Resenha Crítica do Artigo: A MENSURAÇÃO DOS PASSIVOS OCULTOS UM DESAFIO PARA A CONTABILIDADE.

Por GUILHERME DA SILVA LEITE | 08/09/2017 | Adm

Resenha Crítica

Guilherme da Silva Leite

A MENSURAÇÃO DOS PASSIVOS OCULTOS: UM DESAFIO PARA A CONTABILIDADE.

    1. REFERÊNCIAS

Pereira, Anísio Candido. Giuntini, Norberto. Boaventura, Wilson Roberto. FECAP - FAESP. A mensuração dos passivos ocultos: um desafio para a contabilidade.

  2. CREDENCIAIS DOS AUTORES

Prof. Dr. Anísio Candido Pereira (Coordenador) Doutor e Mestre em Contabilidade e Controladoria pela Universidade de São Paulo – FEA/USP. Professor do Mestrado em Controladoria e Contabilidade Estratégica da FECAP/FACESP.

Norberto Giuntini – Mestrando em Controladoria e Contabilidade Estratégica na FECAP/FACESP. Docente na Fundação de Ensino Octávio Bastos e FASPFaculdades Associadas de São Paulo.

Wilson Roberto Boaventura - Mestrando em Controladoria e Contabilidade Estratégica na FECAP/FACESP.

    3.    APRECIAÇÃO CRÍTICA

O artigo sobre o qual essa resenha foi escrita trata sobre Ativos e Passivos Contingentes e como mensura-los de acordo com a norma de contabilidade internacional número 37. Os Autores começam mostrando a importância de se evidenciar e mensurar corretamente as contingências, e intangível, mostrando que ao contabilizar algo que ainda não é certo uma empresa pode estar supervalorizada e causar perda aos seus investidores. Aborda a escola europeia, americana e a legislação brasileira para mostrar que a dificuldade em mensurar passivos e ativos ocultos é mundial. Os autores  Também conceituam Ativos Intangíveis de acordo com os autores Iudicibus e Marion (1999;152)  “bens que não se podem tocar, pegar, que passaram a ter relevância a partir das ondas de fusões e incorporações na Europa e Estados Unidos.“

            Os Autores descrevem fatos como aquisição da KIBOM pela Unilever que custou 930 milhões de dólares, mesmo o patrimônio físico da KIBOM valendo 30% do valor que foi vendida, sendo assim o que se pagou foi pela marca KIBOM e tudo que vem junto com ela, tudo que pode se gerar de retorno no futuro, também cita a NIKE que vende bilhões de dólares sem ter fábricas, sem nada produzir, já que terceiriza sua produção, e tão somente vende sua marca.  

            Também conceituam passivos ocultos de acordo com Pereira e outros (2000:109) conceituam o Passivo Oculto como “Uma exigibilidade cuja informação acerca de sua existência permanece encoberta ao usuário externo dos demonstrativos contábeis e em alguns casos até dos próprios dirigentes. Passando como entendimento que ações da empresa como possível dano ambiental decorrente da produção de determinado produto ou dano ao cliente são passivos ocultos, que fazem a marca perder valor, sem evidencia contábil da perda.

            Os autores mostram como reconhecer um passivo contingente através de uma provisão, que depende da observação de alguns requisitos: A empresa ter a obrigação legal resultante de um acontecimento passado; Ser provável que um desembolso de recursos incorporando benefícios econômicos futuros seja exigido para liquidar a obrigação e ser possível fazer uma estimativa razoável da quantia da obrigação. Assim, basta que um destes requisitos não se verifique para que não haja lugar a contabilização de uma provisão, podendo haver apenas a divulgação de um passivo contingente, através de notas explicativas. Pág. 10.

            Por fim os autores falam como o IASC trata as contingências através da IAS 37, defendendo a contabilização das perdas contingentes apenas nos casos em que existe obrigação presente, que pode implicar um desembolso de recursos incorporando benefícios econômicos futuros para liquidar, e a possibilidade de se fazer uma estimativa razoável da quantia a despender. Caso aquelas condições não sejam reunidas, haverá apenas que divulgar o passivo contingente. Pág 16. O artigo facilita o entendimento do que é tratado, de forma que é compreensível o que os autores tentam passar, servindo assim de grande valor para o aprendizado e compreensão do conteúdo.