REPRESENTAÇÃO DE PATERNIDADE EM CRIANÇAS DE FAMÍLIAS MATRIFOCAIS

Por Edlane Leal dos Santos | 14/04/2011 | Psicologia

REPRESENTAÇÃO DE PATERNIDADE EM CRIANÇAS DE FAMÍLIAS MATRIFOCAIS


Ana Carolina Borges
Edlane Leal dos Santos
Géssica Cardoso
Maria Daniela Santana
Virginia Santana
Viviane Ferreira



RESUMO

Este estudo buscou observar a representação que a criança faz da figura paterna em famílias matrifocais e se isso traz um impacto negativo no desenvolvimento infantil, já que essa nova formação familiar vem crescendo muito atualmente no Brasil. Averiguou-se especificamente as dificuldades enfrentadas pela mãe que atualmente cuida de seu filho sozinha, comparando com a situação de um pai solteiro, que decidiu assumir a paternidade sem o apoio da figura materna. Foi elaborada uma entrevista semi-estruturada, que foram gravadas, transcritas e posteriormente analisadas e divididas em categorias. Participaram da pesquisa uma mãe e um pai, ambos solteiros que cuidam de seus filhos além de assumirem a chefia da família. Verificou-se que as dificuldades enfrentadas são diferentes para os dois sexos, enquanto a mãe pensa na parte financeira que seria responsabilidade da figura paterna, o pai pensa na emocional característica da maternidade, quando se trata do desenvolvimento de seus filhos.

Palavras-chave: Maternidade; Paternidade; Família; Filhos



1. INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como finalidade fazer um estudo sobre as novas formas de famílias, especificamente as monoparentais e observar se a ausência da figura paterna ou materna acarreta em grandes prejuízos na vida da criança e da figura presente, chefe de família que é sobrecarregado tanto físico como emocionalmente. É importante analisar essa nova formação de família, monoparental, visto que vem crescendo muito o número de mães solteiras enquanto que o pai solteiro parece ser uma novidade para a sociedade.
De acordo com o Censo 2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, as mulheres são maioria no Brasil, têm vida média mais elevada que os homens e assumem cada vez mais o comando das famílias. O tipo de organização familiar dominante ainda é o nuclear, composto por homem, mulher e seus filhos, porém houve um crescimento expressivo relativo às famílias cuja responsabilidade é da mulher. Os números atestam: a nova mulher brasileira desempenha um papel cada vez mais importante na sociedade.
Nos primeiros anos de vida da criança, o papel da mãe é importante na sua função nutritiva, enquanto que o pai tem como função de substituto maternal, é tanto que em matéria jurídica, dificilmente se atribui à guarda de crianças pequenas ao pai, mas quase sempre a mãe (LEITE, 2001).
A formação de família nuclear burguesa criou uma rígida divisão de papeis sexuais, deixando um grande espaço entre o lar e o espaço de trabalho. Contudo essa caracterização do pai como essencialmente provedor do sustento econômico, desempenhando um papel reduzido ou indireto sobre a criação dos seus filhos, não mais corresponde à realidade das famílias em grande parte das sociedades ocidentais. Os papéis sociais atribuídos a homens e mulheres estão mudando rapidamente, criando novas expectativas, crenças e atitudes sobre o que pais e mães devem fazer no contexto familiar (SILVA e PICCININI, 2007).
Atualmente a maioria das pesquisas relativas a monoparentalidade se dirige, preferencialmente, às mães solteiras. Não que elas representem a única forma de monoparentalidade, mas vem se observando um aumento considerável desta categoria que desperta o maior interesse dos estudiosos (LEVANDOWSKI, 2006).
Na Europa e no Brasil, até a metade deste século, a categoria mães solteiras vem sempre acompanhada de preconceito da sociedade e marginalizada pela legislação familiar, através da categorização dos filhos (legítimos versus ilegítimos) intitulada pela igreja e oficializada pelo código napoleônico de 1804 (MARIN e PICCININI).
Para os psicólogos, a mãe solteira é descrita como uma sem rumo. Isto é, uma personalidade imatura, se ela é de origem modesta; uma temível neurótica, mais ou menos megalomaníaca se ela é intelectual e economicamente evoluída; uma irresponsável, cujo rebento só tem um destino: ser uma criança de risco (LEITE, 2001).
De acordo com a revisão de literatura foram identificados quatro tipos de mães solteiras:
1 ? As mães impostas: mães solteiras que não quiseram nem ter, nem conservar seu filho, e que são obrigadas a assumir sua gravidez, mas não a maternidade.
2 ? Mães involuntárias: mulheres que não desejam a gravidez, mas decidem assumi-la e educam seu filho sozinha.
3 ? Mães voluntárias: mães solteiras que decidiram engravidar e educar sozinhas seu filho.
4 ? Maternidade de coabitante: mães solteiras que decidem com seu coabitante ter um filho (LEITE, 2001).
Pesquisas mostram que a ausência paterna geralmente tem um impacto negativo em crianças e adolescentes, sendo que estes estariam em maior risco para desenvolver problemas de comportamento, enquanto outras têm mostrado que a criança pode se desenvolver sem prejuízos em lares de mães solteiras quando comparada com as crianças dos lares de mães casadas (EIZIRIK e BERGMAN, 2004).
Segundo a psicanalista Nelci Andregheto, o conceito de família na visão psicanalitica está ligado a processo identificatório. Há necessidade que a criança seja reconhecida e se reconheça dentro de uma determinada herança familiar. O fato de uma mulher ser chefe de família não tem uma relação de causa e efeito para causar qualquer dano na formação de um indivíduo. É importante pensar que o fundamental é o reconhecimento e a transparência nas relações sendo um forte favorecedor da saúde da família, ou seja, se um membro cuidador (seja pai ou mãe) se sinta conflitante nas suas ações, isso sim é algo que interfere nas relações. O ideal é que uma família se constitua com pessoas atuantes e fazendo suas funções de forma harmônica, inclusive às vezes transitando pelas duas funções. As pessoas necessitam de pessoas reais e ninguém nasce de uma pessoa só.
Os pais conhecidos popularmente como pais de primeira viagem exibem o sentimento de angústia ao encarar a chegada de seu primeiro filho como um fato que vai trazer grandes mudanças para suas vidas como a diminuição de liberdade e o aumento das responsabilidades (ALMEIDA e HARDY, 2007).
O papel dos pais no desenvolvimento intelectual dos filhos se manifesta muito cedo, a partir do segundo ano de vida quando a criança ativa a construção da permanência do objeto (Piaget) e começa a utilizar suas capacidades de evocar os objetos internalizados (psicanálise). É nesta fase que a disponibilidade parental e particularmente a paterna deve ser a maior possível. Por isso que é importante a consciência dos futuros pais em relação à formação de seus filhos para que haja uma maior afetividade, comprometimento e valorização da figura materna e paterna.


2. MÉTODO

Durante a nossa pesquisa sobre como se dá a representação de paternidade e maternidade em crianças de famílias monoparentais, foi utilizado o método qualitativo como estratégia de pesquisa para analisar e interpretar o comportamento da criança em relação à ausência paterna e materna.
Foram os participantes das entrevistas, uma mãe e um pai, ambos solteiros, de classe média e residem em bairros periféricos da cidade de Salvador - BA. Os dados foram coletados com autorização do uso de gravador e após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Utilizamos entrevistas semi-estruturadas analisando como os mesmo justificam a ausência do pai ou da mãe para a criança e observamos o comportamento da criança na representação da família no brincar e as possíveis dificuldades que elas apresentam na escola em relação à ausência paterna ou materna.
As entrevistas foram realizadas em horários e locais escolhidos pelos participantes, gravadas e depois transcritas. Os sujeitos foram estimulados a falar da gravidez, da separação, das responsabilidades que adquiriram e do significado que a figura ausente representa para eles e para os filhos no espaço doméstico.
A mãe tinha 24 anos, três filhos: uma menina de 6 anos filha do primeiro relacionamento e dois meninos, entre 3 e 10 meses com o segundo companheiro, nível médio incompleto, dona de casa e recebia ajuda financeira da avó com renda mínima de aproximadamente dois salários mínimos. O pai de 39 anos, uma filha de 7 anos, nível médio completo, trabalhava de segurança e tinha uma renda de três salários mínimos.
Consideramos as diretrizes para pesquisa com seres humanos, que visam à proteção dos direitos dos envolvidos na pesquisa, conforme os aspectos éticos apontados pela Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Por ocasião do convite aos sujeitos para participação na pesquisa, foi-lhes garantido: anonimato, sigilo sobre suas informações, direito de desistência em qualquer etapa da pesquisa, acesso às pesquisadoras e aos resultados do estudo. Foi-lhes também garantido o uso de nomes fictícios na construção do relatório.


3. RESULTADOS

A nova formação de famílias monoparentais acarreta muitas modificações e construção de sentimentos na vida de indivíduos que decidem ou de alguma maneira são obrigados a assumirem a responsabilidade de cuidar de seus filhos sem a ajuda do (a) companheiro (a). As entrevistas foram divididas em nove categorias, que estarão acompanhadas de algumas falas dos participantes.

? GRAVIDEZ
De acordo com o relato de Cristina, quando engravidou o pai não se importou, pois não assumiria a paternidade, não queria ter responsabilidades, apesar de ter que assumir sua filha sozinha decidiu seguir em frente com um sentimento de frustração, pois era adolescente e não tinha apoio, se sentiu abandonada. Já Carlos, ficou muito feliz com a gestação de sua companheira e disse que a decisão de ter um filho foi do casal quando ainda estavam juntos, se sentiu realizado ainda mais quando soube o sexo do bebê e foi uma gravidez tranqüila. Ele acompanhava o pré-natal, sempre estava presente nas ultrassonografias e gostou muito da gravidez.

? SEPARAÇÃO
Para Cristina, a separação ocorreu de forma um pouco violenta, o casal brigava muito e até chegou a agredi-la, como ela relatou:
"...foi algumas baixarias, terrível, teve algumas brigas, como sempre e alguns murros na cara, coisas assim..."
Carlos disse que a separação ocorreu devido a influências familiares, mas confessa que também teve uma parcela de culpa para o acontecimento, até que a esposa chegou a trai-lo com o vizinho e daí então ela passou a morar na casa da mãe com a filha deles que já tinha 3 anos de idade. Após algum tempo, ele tentou se reconciliar com a mãe de sua filha por ver que ela não tinha condições financeiras para dar uma boa criação para a menina, porém a mesma se recusou e por não encontrar outra solução ele resolveu abrir um processo na justiça para ter a guarda da criança. Foi a partir deste momento que Carlos passou a assumir a paternidade sozinho, a mãe tinha restrições quanto aos horários de visita.

? PARICIPAÇÃO DA FIGURA AUSENTE
Em relação aos filhos de Cristina, eles não recebem nenhuma ajuda financeira dos pais, às vezes uma visita e nada mais. Quem ajuda na criação das crianças é a avó dela, que também foi responsável por ela na ausência da mãe.
Diante do desejo de ter uma filha, Carlos sempre assumiu as responsabilidades financeiras da criança e de sua residência com seu trabalho, falando com muito orgulho. A mãe, tem horários definidos pela justiça para visitar a criança, de 15 em 15 dias das 08:00 às 16:00hs, mas quando volta do trabalho às vezes passa na casa dele, olha a menina e vai embora.
"...desde quando minha filha nasceu eu sempre mantive minha filha e minha residência com meu próprio suor."
? EXPLICAÇÃO SOBRE A AUSÊNCIA
Quando as crianças perguntam sobre o pai, Cristina costuma dizer para seus filhos que o pai deles está na casa do avô ou que saiu, ela fala que eles entendem que o pai não se importa com eles. Ela disse:
" ...seu pai ta na casa do seu avô, seu pai saiu, eles entendem já o desprezo que o pai dá a eles."
Já a filha de Carlos, segundo ele pergunta muito pouco sobre a mãe, pois o mesmo tenta suprir essa ausência estando sempre em contato com a criança, mesmo quando está no trabalho, liga pra ela. E fala que a mãe não liga pra filha e que não pode ser chamada de mãe, pois abandonou e maltratou a filha.
"A explicação que eu dou é que ela se mostrou uma pessoa totalmente disprezível e que não ta nem ai pra filha, porque uma mãe que se diz mãe, ela não abandona o filho, não abandona e nem maltrata, nem os animais faz isso."
? DIFICULDADES DA CRIANÇA
Segundo Cristina, seus filhos não apresentam nenhuma dificuldade relacionada à ausência da figura paterna. A filha de 6 anos que já freqüenta a escola, tem um bom comportamento, a professora não reclama, é uma criança ativa e está desenvolvendo normalmente. Ela acredita que os filhos não terão dificuldades no futuro, pois assim como eles, ela também não teve a presença do pai.
Assim como a filha de Carlos, que também não apresenta nenhuma dificuldade na escola ou nos relacionamentos com parentes, vizinhos e amigos. Ele diz que a filha demonstra ser uma criança bem desenvolvida tanto no aspecto físico quanto intelectual.

? RELAÇÃO CUIDADOR E FILHO
Cristina falou que a relação com seus filhos é muito estressante, muito difícil tanto apesar dela cuidar deles. Ela fala que as dificuldades é em relação a parte financeira que acaba ficando sem paciência. Ao contrário do pai Carlos que brinca, diz ser um pai ativo, presente e que ama muito sua filha.
"A minha filha é a minha vida. Hoje eu vivo em função da minha filha, o ar que eu respiro é a minha filha, pra mim não existe nada além de minha filha pra mim."
? REPRESENTAÇÃO DE FAMILIA NO BRINCAR
Cristina disse que sua filha só fala de mãe quando brinca, não representa de maneira nenhuma o pai. O mesmo acontece com a filha de Carlos, quando brinca com as bonecas ele nunca observou se ela faz alguma representação de mãe.
? PAI IDEAL
Cristina acredita que o pai ideal teria que ser a figura responsável pela parte financeira da família, seria quem sustentaria as crianças e só a presença não adianta em nada. No momento, a ausência desse pai não está fazendo diferença para ela, porém não sabe para as crianças pois acha que eles são pequenos demais para ter noção sobre isso.

? MÃE IDEAL
Carlos acredita que é muito importante e necessária para a filha a presença de uma figura feminina, pois ele acha que terá dificuldades de conversar sobre as transformações físicas na fase da puberdade. Sendo a mãe ideal, aquela que amasse e cuidasse, protegendo sua filha.

4. DISCUSSÃO
Como podemos observar, a família monoparental ainda passa por dificuldades tanto para a pessoa responsável por chefiar a família quanto para a criança que sofre influências desse cuidador e das adversidades do relacionamento.
Podemos perceber que as crianças quando brincam, não procuram não representar essa figura faltante, talvez por não saber como ela agiria no cuidado com elas próprias.
Os dois sujeitos entrevistados tentam e aparentemente estão conseguindo fazer o duplo papel de pai e mãe dessas crianças que estão desenvolvendo sem maiores problemas. A mãe se apresenta bem rígida com seus filhos quando eles erram e o pai, muito carinhoso e dedicado às necessidades de sua filha.
Os traços da família nuclear ainda se encontram presentes nos relatos dos entrevistados. A mãe fala muito da falta que o pai faz, pois seria o responsável pelo sustento da família, seria ele o provedor do sustento econômico, estando mais distante da criação dos filhos. Assim como para o pai, a mãe seria a figura que dá proteção e amor, é a parte mais sentimental da família.
Foi observado que a mãe, talvez por ser jovem e não ter tido uma representação paterna na sua infância, faz acreditar que seus filhos não terão problemas futuros e que ela conseguirá conduzir bem o crescimento deles. Mas a figura paterna não é só responsável pelo sustento financeiro, é também importante para o desenvolvimento intelectual e comportamental, é uma figura identificatória., principalmente nas primeiras fases da vida que o pai seria o responsável pela segurança, é para as crianças o herói.
O pai entrevistado, percebe que apesar de ele dar atenção total para sua filha, ela precisa de uma figura feminina mais próxima que possa ajuda-la no seu desenvolvimento intelectual, principalmente na fase da adolescência, momento que ocorre os conflitos com as transformações do corpo infantil para o corpo adulto.


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Então, diante de tantas mudanças no mundo profissional, as famílias também estão se transformando, tornando-se menores, mas a falta de um pai ou uma mãe, não é agravante quando a figura presente consegue suprir todas as necessidades da família sem estar sobrecarregada ou demonstrando incapacidade diante das dificuldades apresentadas.
Assumir a paternidade ou maternidade sem ajuda de um companheiro é uma escolha difícil e precisa de maturidade e preparação para saber ultrapassar todos os obstáculos vividos pela criança em desenvolvimento.
Faz-se necessário um estudo mais aprofundado dessas famílias monoparentais, pois vem crescendo muito o numero de mulheres chefes de família e também de homens que resolvem cuidar de seus próprios filhos sem a ajuda de uma companheira, apesar de ser mais difícil encontrar essa formação pai e filho, com o intuito de investigar os sentimentos das crianças que estão envolvidas e que são as principais afetadas.

6. AGRADECIMENTOS

Agradecemos a professora Silvia Regina de Souza Santos, que nos auxiliou na construção deste artigo e aos participantes das entrevistas que se dispuseram a nos ajudar dando seus depoimentos.




REFERÊNCIAS

ANDREGHETO, Nelci. Quais são as implicações da mulher como chefe de família para o próprio conceito de família? Centro de Atenção Psicossocial da Infancia e da Adolescência (CAPSi): Carapicuíba-SP
EIZIRIK, M; BERGMANN, D.S. Ausência paterna e sua repercussão no desenvolvimento da criança e do adolescente: Um relato de caso. Porto Alegre, 2004.
IBGE ? Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2000). Disponível em www.ibge.gov.br
LEITE, E. O. Famílias Monoparentais, 2ª ed. São Paulo: RT, 2001.
LEVANDOWSKI, D.C; PICCININI, C.A. Expectativas e sentimentos em relação a paternidade entre adolescentes e adultos. Porto Alegre: UFRGS, 2006.
LORDELO, E.R; FONSECA, A L; ARAÚJO, M.L. Responsividade do ambiente de desenvolvimento: crenças e práticas como sistema cultural de criação de filhos. Salvador: UFBA, 1999.
MARIN, A H; PICCININI, C.A. Comportamentos e práticas educativas em famílias de mães solteiras e famílias nucleares.
MATOS, A.C. H. As famílias não fundadas no casamentos e a condição feminina.
PERUCCHI, J.; BEIRÃO, A M. Novos arranjos familiares: paternidade, parentalidade e relações de gênero sob o olhar de mulheres chefes de família. Santa Catarina, 2007
SILVA, R. S.; PICCININI, C.A Sentimentos sobre a paternidade e o envolvimento paterno: um estudo qualitativo. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Psicologia, 2007.