REMINISCÊNCIA
Por Jose Wilamy Carneiro Vasconcelos | 02/02/2018 | PoesiasREMINISCÊNCIA
O som troava no rádio do meu vizinho
A música era uma eterna nostalgia
Tudo parecia mágico naquele domingo
Os pardais faziam a festa catalogando as borboletas,
Que ficara na noite anterior ofuscada pela luminosidade
E quando amanhecera já era tarde para levantar voo.
Os primeiros transeuntes trafegavam pelo calçamento solto
Os cachorros latiam, acuando seu algoz
O sol tímido fitava uma luminosidade opaca.
O que me mantém na memória de adolescente
A olhar pela brecha da fechadura da porta de casa
Como um detetive que busca uma resposta.
De repente o inconsciente me mantém na memória
Recordação vaga e quase apagada!
Mas, a saudade veio daquele tempo de menino traquino.
Como a alma descolasse do meu corpo,
E viageasse pelo mundo afora.
Agora, aqui estou mergulhado numa verdade
Retomando a consciência dos velhos tempos.
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¹ JOSÉ WILAMY CARNEIRO VASCONCELOS é professor, poeta, historiador, memorialista, pesquisador e cordelista. Formado em Direito e Especialista em Meio Ambiente. Pós-graduado em Ciências (Matemática).