Religião E Diversidade Cultural, Desafio Da Escola Atual

Por Maria Janete de Carvalho | 08/01/2007 | Educação

A religião, em seu sentido mais puro, isto é, elo entre o homem e Deus, é necessidade de todo ser humano, basta ver que desde os primórdios o homem cultua deuses, a certeza de nossa pequenez face ao Universo nos leva a sentir, mais que racionalizar a existência de uma força Superior inteligente e que nos entende e atende, isto é, pois, algo intrínseco ao homem. É verdade, que se revela de diversas formas, por diversos meios a depender do grau de evolução do homem.

A fé é indispensável nesta busca de resposta a esse clamor interno de comunhão com o Divino, principalmente, porque estamos longe de sermos capazes de encontrar essa comunhão pelo caminho da razão.

Há diversos caminhos e, portanto diversas religiões. Seria hipócrita dizer que são todas igualmente valorizadas e respeitadas socialmente.

Somos uma sociedade basicamente cristã, infelizmente mais em teoria, verbalização e jogo de cena que por convicção e fé em Jesus Cristo, primogênito da criação divina.

Cristão não mata, não rouba, não fere, não usa as pessoas.

Cristão não tem preconceito de cor, de credo, de posição social, nem de opção sexual.

Cristão ama e respeita o outro como centelha divina, entende que cada um esta em seu próprio nível de evolução e que independente de suas falhas, algumas escabrosas é ainda um ser humano, um filho de DEUS, um irmão.

Conhecem algum cristão? Parabéns! É coisa muito rara.

Religiosos e sectários, não são cristãos e principalmente não crêem em Deus, senão saberiam que sendo ele Amor, só o amor nos leva até Ele.

É imprescindível, que nós comecemos o questionamento por nós mesmos, aceitamos e respeitamos, embora não sejamos obrigados a segui-los, os católicos, os evangélicos, os espíritas, os umbandistas?Até onde vai na nossa vida essa aceitação?Como ensinar, transmitir conceitos que nós não vivenciamos?

Quem acredita num dentista com dor de dente? Ou num fumante numa caminhada contra o tabagismo?

Nossos alunos são jovens, irrequietos, danados, mas não são bobos, recebem de forma muito clara as mensagens que tentamos camuflar com nosso discurso.

Respondendo de forma direta ao tema proposto. Sim conheço muita gente religiosa, mas muito pouca gente com fé verdadeira, muitos poucos com ações religiosas em seu real sentido e poucos, pouquíssimos cristãos, infelizmente.

Não cabe aqui nenhuma acusação, considerando que cada um de nós está no caminho da evolução espiritual, e não se chega ao alto da escada sem passar pelos degraus.

Minha intenção, se alguma houve, foi de refletir dentro de uma ótica subjetiva, a coerência entre o dizer, o ser e o agir religioso e, consequentemente da nossa prática pedagógica.