RELATÓRIO DO PROGRAMA – PROJOVEM URBANO POLO DE UMARIZAL

Por Maria Dalvaneide de Lima | 09/03/2017 | Educação

 

 

RIO GRANDE DO NORTE

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA

SUBCOORDENADORIA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

PROGRAMA NACIONAL DE INCLUSÃO DE JOVENS – PROJOVEM URBANO – EDIÇÃO 2014

 

 

 

 

 

 

                                                                                

 

 

 

RELATÓRIO  DO PROGRAMA – PROJOVEM URBANO

POLO DE UMARIZAL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

UMARIZAL/RN

2015/2017

 

 

RELATÓRIO PROJOVEM URBANO – POLO DE UMARIZAL

 

De acordo com a resolução nº 08, de 16de abril de 2014 do Ministério da Educação – MEC implementa o Programa  Nacional de Inclusão de Jovens e Adultos – Projovem Urbano, garantindo aos jovens com idade entre dezoito e vinte nove anos, que sabe ler e escrever e que não concluíram o ensino fundamental, ações de elevação de escolaridade, na forma de curso, qualificação profissional inicial e participação cidadã. Tendo em vista a necessidade de promover ações de cidadania voltadas a jovens que, por diferentes fatores, foram excluídos do processo educacional, de modo reduzir a situações de risco, desigualdades, discriminação e outras vulnerabilidades sociais, fomentando a participação dos jovens atendidos pelo Programa.

Levando em consideração o desafio imposto de assumir o Programa com todas as peculiaridades torna-se imprescindível descrever o caminho trilhado até o presente momento a fim de registrar as ações e o cotidiano que se configura em cada núcleo do pólo de Umarizal que abrange os municípios de Umarizal e Martins, por esta razão, a formação inicial que aconteceu no período de 06 a 10 de julhode 2015 permitiu ter um pouco de clareza acerca da metodologia, do material pedagógico, das ações de cada profissional, possibilitando os primeiros contatos com a estrutura do programa, de volta a certeza da responsabilidade assumida é hora de estabelecer estratégias para aula inaugural do Programa e o contato direto com aluno figura indispensável neste processo, começada as aulas, muitos ajustes para que cada núcleo pudesse dá os primeiros passos em busca dos seus objetivos.

Por aqui os desafios foram enormes a começar pelo núcleo de Umarizal que inicialmente tinha 122 alunos matriculados, onde a escola abriu o turno noturno exclusivamente para o programa, sem pessoal de apoio, porteiro, e sem nem uma adesão dos profissionais da própria escola, exceto o diretor da escola que fez o que foi possível dentro de suas limitações para garantir o espaço físico da instituição. A partir daqui começa a luta para garantir um trabalho de qualidade diante das dificuldades estabelecidas como: O diretor da escola convencer as merendeiras do turno vespertino para fazer a merenda no turno noturno, a falta do profissional do administrativo que não foi contratado, a ausência do pessoal de secretaria da própria escola, faz com que eu enquanto diretora de pólo faça também ações que não são da minha alçada, onde relato que isso também não me enfraquece nem nego aqui o desejo que as coisas caminhem de forma satisfatória, por isso não medi esforços para garantir o bom funcionamento do programa. Contudo ainda descrevo que também não é tarefa fácil pois todas as noites tive também a missão de assumir a tarefa de porteira, e pastorar quem entra e quem sai da escola, alguma vezes tendo que pedir a determinadas pessoas que entraram na escola embriagados para perturbar os profissionais e alunos que estão trabalhando. Uma situação desgastante foram as faltas consecutivas da professora de matemática que se encontrava em estado de embriaguez (pois a mesma é alcoólatra, e estava em crise alcoólica, sem perspectivas de retorno) onde tivemos que planejar com os demais professores para garantir que os alunos não tivessem maiores prejuízos com a disciplina, assim adaptamos o horário para que a coordenadora pedagógica também  fosse para sala de aula para trabalhar os temas integradores. Assim encaminhamos relatório e cópias das faltas da professora a secretaria e consequentemente foi dispensada do cargo e convocada a professora classificada em segundo lugar. Um fato que destacamos desde o momento inicial e de grandes prejuízos é que a escola ainda não considera o Projovem como alunos da escola, constatado assim  mais um entrave, pois exigiu que eu enquanto diretora do pólo estivesse mais presente neste núcleo, pois durante metade da duração do curso não dispúnhamos se quer de um armário para organizar o material e documentação dos alunos,(situação essa resolvida posteriormente) ressaltamos ainda que o horário de chegada dos profissionais neste núcleo inicialmente era de 6:00hs as 10:00hs o que permitia que todos os professores fizessem adaptações dos seus planejamentos e garantisse também os plantões pedagógicos, em 2016 os horários foram adequados em função desse planejamento acontecer no mesmo dia da formação continuada.

Quanto ao núcleo de Martins, existem 200 alunos matriculados, 76 concluíram o curso e124 desistiram, estrutura e assistência da escola é visivelmente presente, pois o diretor da escola não mede esforços para garantir este requisito, as aulas seguem seu curso normal, tendo que seguir a realidade local, pois as aulas começam de 06: 20hs as 9:30hs porém nem todos  professores conseguem chegar ao núcleo exatamente as 5:30hs para fazer as devidas adaptações do planejamento, contudo percebe-se que isso também não compromete aprendizagem dos alunos, pois a formação continuada permite maior integração dos professores preenchendo essa lacuna , outro ponto é o anexo do núcleo em  Serrinha dos Pintos onde funcionam duas turmas por lá, sendo um dos principais problemas a falta de merendeira, pois a pessoa que a excelentíssima prefeita da cidade contratou uma pessoa que tem um problema físico no braço dificultando fazer a merenda sozinha, por esta razão os alunos reclamam que estão comendo merenda como: suco com bolacha, batgut etc, três vezes por semana, porém o diretor desloca uma funcionária duas vezes por semana para fazer a merenda cozida, isto é um esforço muito grande para garantir também o funcionamento deste anexo, no entanto vale salientar que a parceria da prefeitura de Serrinha dos Pintos foi muito importante para solucionar este problema. Outro entrave acontece com as ações do próprio sistema do programa, que apresentava inconsistência e não reabria os períodos para arrumarem as informações corretas, acarretando prejuízos para os alunos, e assim o programa terminou e o MEC não sinalizou a solução, acarretando o atraso das informações e das bolsas dos alunos. Quanto a sala de acolhimento, foi  organizado um trabalho mais voltado para o acolhedor de Serrinha dos Pintos, que não tem toda as desenvolturas que as acolhedoras de Umarizal, talvez tenha algumas dificuldades por ser homem e não ter toda essa didática para trabalhar.

Outro fato que merece ser mencionado é que existe um desentendimento visível entre DIRED e Secretaria, pois já ficou claro que não falam a mesma linguagem gerando desconforto nesta parceria que deveria acontecer para somar as ações e garantir melhor qualidade e assistência ao programa. Compreende-se que dentro da resolução 08/2014 legalmente o pólo é, portanto, uma instancia de gestão do Projovem urbano que funciona no espaço físico da própria regional de ensino e responde a coordenação geral do programa, porém vale salientar que onde acontecem todas as efervescências do programa é exatamente nos núcleos, onde exige a presença da gestão da escola.

Podemos dizer que durante a trajetória dos 18 meses do Projovem Urbanos passamos por muitas situações complicadas para poder superar determinados problemas porem tendo a certeza que devemos ter uma visão holística da situação, que sempre podemos fazer um pouco mais para que os resultados sejam satisfatórios acerca da qualidade da educação e possamos ser agentes de transformação na vida desses alunos tão segregados pelas condições sociais, econômica etc. E um ponto que merece toda atenção é a parte pedagógica do programa que tem toda uma estrutura de organização para da sustentabilidade ao programa.

De acordo com MEOG “A gestão da sala de aula diz respeito á ação do professor para criar, na turma um clima que favoreça o ensino e aprendizagem. Esse clima traduz-se em sensibilização dos estudantes; mobilização dos seus conhecimentos prévios; estímulo à participação e à cooperação; respeito pelo outro, desafios aos desafios de cognição e a criatividade. A gestão da sala de aula não deve, pois ser confundida com idéias tradicionais de manter a disciplina, vista como subordinação ás normas da escola – que se traduz como silêncio e imobilidade dos estudantes. Não podem também significar liberalização sem limite que transforma a participação em tumulto. È nas salas do Projovem urbano que as propostas pedagógicas se concretizam  ou não, é lá que se constitui o currículo real e isso significa lidar sobretudo com o múltiplo e o plural, as diferenças não acontece somente do ponto de vista intelectual, ela diz respeito aos níveis socioeconômico, as famílias, aos valores compartilhados,  as crenças, onde o professor precisa construir  e definir formas de trabalhar e se relacionar com a turma, porque precisa compreender que são esses alunos, seus níveis de escolaridade, de interpretação, pois uns sabem ler e escrever, e não interpretam, o professor precisa organizar o tempo e o espaço da sala de aula em função de melhor atender a necessidades vigentes da turma, seja ele da área de matemática, língua portuguesa, ciências humanas, ciências da natureza e língua inglesa, cabe-lhes acompanhar e avaliar o desempenho de todos os jovens nesses aspectos,  garantir os conhecimentos básicos necessários para que os alunos avancem na sua produção intelectual.O professor orientador (PO) tem um a função muito importante no programa pois deve promover o trabalho interdisciplinar e integrar todas as ações curriculares, estabelecendo os vínculos necessários para orientação educacional de cada estudante individualmente e do grupo, um dos aspectos importantes são as sínteses integradoras que estimulam o trabalho em equipe, portanto os professores devem estimular a corresponsabilidade, a troca de conhecimentos e a experiências que proporcionem referencias comuns e sentimento de pertencimento, que contribuam para a construção para identidade pessoal e respeito pelo outro, isto é vai alem da apropriação dos conteúdos  básicos, é o processo da construção da cidadania plena dos seus direitos e deveres. Quanto esse aspecto foi trabalhado com muita eficácia pois foi possível perceber o quanto os alunos evoluíram e se envolviam nas atividades integradora.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

      

      

                                                                                                   

 

                                                             

 

 

 

 

Aluno: Djales Batista

 

 

Em relação a inclusão digital, hoje é um aspecto fundamental da própria inclusão social, é de extrema necessidade que seja ensinada  como instrumento para todos os componentes curriculares, numa perspectiva integradora. Em relação a esta temática infelizmente não aconteceu como deveria acontecer, pois a escola não tem laboratório de informática e não dispunha de recurso para as aulas acontecerem de forma satisfatória, se resumindo apenas as aulas expositivas pelo professor, não houve prática no núcleo de Umarizal, já no núcleo de Martins aconteceram aulas no laboratório onde os alunos tiveram acesso aos computadores, no entanto esses momentos aconteciam esporadicamente, pois nem todos os professores tinham domínio para trabalharem os temas necessário para desenvolverem a inserção das novas  tecnologias da informação e comunicação.

No tocante ao Projeto de Orientação Profissional (POP) dos jovens, é função do educador orientar o desenvolvimento da Formação Técnica Geral (FGT) e a implementação dos Arcos ocupacionais escolhidos por cada município, analisar os projetos de maneira  a poder interagir efetivamente como educadores de participação cidadã  e com integrantes da equipe de formação básica, o aluno deveria  participar  do Programa Nacional de acesso ao ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) e posteriormente integrar os conteúdos das ocupações ofertadas nos cursos com as reflexões dos conteúdos trabalhados ao longo do programa. Esta temática foi um pouco fragmentada uma vez que o estado não firmou a parceria com o PRONATEC causando prejuízo aos alunos que ficaram apenas com as orientações do professor de qualificação profissional e não foi ofertado nenhum curso  durante o programa. Esta ação esteve mais presente no núcleo de Martins, onde a professora de língua Portuguesa Fátima Cruz que já havia trabalhado no Pronatec  conseguiu parceria dos colegas trazendo cursos para o PROJOVEM, esta foi uma ação de grande relevância para o município uma vez que foram desenvolvidas oficinas como

 

 

 

Alunas do núcleo de Martins na fabricação de tiaras.

Alunas do núcleo de Martins na fabricação de tiaras e a professora Maria de Fátima Cruz na condução dos trabalhos

   

 

 

Oficina de chocolates

Alunos do núcleo de Martins e a direita a filha de uma delas

Oficina de chocolates

Alunos do núcleo de Martins e a professora Janitária conduzindo os trabalhos

  

 

 

 

Oficina de chocolates

 

OFICINA DE MOUSSES

 

 

 

Oficina de mousses

Alunos de Serrinha dos Pintos na fabricação dos mousses e a professora Janitária Sousa.

  

 

 

Oficina de mousses

Aluna Suely de Serrinha dos Pintos apresentando a receita dosmousses

Oficina de mousses

Alunos de Serrinha dos Pintos na aula sobre a preparação do mousse.

 

 

DE acordo com o MEOG o  componente curricular Participação cidadã tem como objetivo primordial a aquisição, por parte dos cursistas, de aspetos conceituais relacionados a democracia participação social, bem como a elaboração, a implementação a apresentação de resultados e a avaliação de planos de intervenção social, culturas juvenis, espaços de inserção cultural, social, profissional e política das juventudes, condição juvenil, participação social e pública, direitos humanos e direitos de cidadania, planejamento participativo, sistematização e socialização de processos  de aprendizagens. O Plano de Ação  Comunitária  no núcleo de Umarizal teve como arco ocupacional o tema: Administração foi desenvolvido junto aos alunos e a comunidade do bairro caraíbas , sobre a problemática do saneamento básico , alunos e professores visitaram o bairro para identificar quais os principais problemas que a falta de esgoto apropriado poderia  prejudicar as pessoas do bairro, a coleta foi feita  através de entrevistas, posteriormente a professora montou o slide de apresentação, e envolveu os alunos numa peça teatral para esclarecimento dos riscos que acarretam a saúde publica do bairro caraíbas, fizemos convite ao poder público local, como vereador, enfermeiro, agente de saúde, blog – para assistirem o trabalho dos alunos e compreenderem fazendo um chamado para as autoridades e o que poderiam contribuir na câmara de vereadores, no entanto infelizmente os convidados não deram a devida atenção e não compareceram, só esteve presente o blog de Raniere Gomes, que fez uma série de entrevistas com os professores e alunos, e posteriormente publicou uma matéria e fomos convidados a dá uma entrevista na rádio local da cidade. É essa a missão mensagem que gostaríamos de levar a comunidade e de certa forma causou impacto na comunidade de Umarizal uma vez que fizemos um trabalho de mobilização dos poderes acerca da responsabilidade que devem ter com a saúde publica.

 

 

 

 

Abertura da apresentação do PLA - Umarizal

Diretora Maria Dalvaneide de Lima

                      

 

Diretora Maria Dalvaneide de Lima

Francisco Geraldo - Hildenia -  Maria da Paz - Raniele Gomes

                     

 

Exposição das sínteses dos alunos

Exposição das sínteses dos alunos

                 

 

 

 

 

ALUNA VERÔNICA CARIAS

 

PROJOVEM URBANO

ALUNA- RAINADER F. LIMA

        

 

                                                       APRESENTAÇÕES

 

APRESENTAÇÃO DA PARODIA

ALUNOS DE UMARIZAL

           

 

ALUNOS E PROFESSORES DE UMARIZAL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Depoimento da aluna Rainander F Lima acerca do impacto que o PROJOVEM URBANO repercutiu na sua vida.

 

 

 

                              

 

 

Depoimento do aluno Djales Batista sobre a importância do Programa e a dedicação dos professores.

 

O Projovem Urbano é um bom programa do governo, que deu a oportunidade de estudo a todos aqueles que não tiveram essa oportunidade ou não valorizaram quando a tiveram. Penso que é um programa que deve continuar para dar novas chances a mais pessoas, permitindo que elas aprendam mais e criem mais expectativas sobre seu crescimento pessoal e profissional.  O Projovem me fez despertar interesse para buscar coisas novas na minha vida. Antes do curso não lembrava se quer o que era estudo, nunca dei um devido valor aquilo que realmente era e é importante para mim, e hoje com essa oportunidade pude abrir minha mente e a esperança de ser alguém na vida, por isso quero adquiri novos conhecimentos que me ajudarão no cotidiano. Ao participar do Projovem comecei a traçar novos objetivos para meu crescimento. Com o término do ensino fundamental, proporcionado pelo Projovem, fiz minha matrícula e vou cursar o ensino médio. Pretendo, quando terminar o ensino médio, fazer um curso profissionalizante ou até mesmo fazer uma faculdade e prestar concurso público. Obrigado ao Projovem e obrigado a todos que fizeram o programa acontecer.

Samuel Miranda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

              

               

 

                 

       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No núcleo de Martins foi trabalhado o arco ocupacional Turismo, contudo foi desenvolvido o tema: A falta de emprego no município de Martins O PLA foi apresentado pela professora e participação cidadã através de slides, foi aproveitado os cursos que vinham acontecendo durante o programa e apresentado a través de uma parodia, lá o trabalho foi mais complicado uma vez que os alunos não se envolveram muito, a ação também não foi monitorada uma vez que a professora não morava em Martins e teve problemas com deslocamento. Contudo foi exposto na ocasião uma serie de atividades durante a exposição como as tiaras fabricada pelas alunas, os mousses, as garrafas e pratos decorados etc, pode-se dizer que uma ação como essas apesar das dificuldades traz impacto positivo para a comunidade, pois os alunos são capazes de produzir materiais e produtos para seus sustentos diários, outro ponto relevante que durante as oficinas os professores contribuíam financeiramente para garantir algumas palestras que fossem palestrantes com tema necessários para compreensão produção dos alunos.

NÚCLEO DE MARTINS

PARÓDIA -

 

TEMPO DE ALEGRIA

 

É PROJOVEM

É RESULTADO DE MUITO TRABALHO

É COM PRAZER QUE ESTAMOS AQUI

VER TODO MUNDO ASSIM CANTANDO JUNTO

É MARAVILHOSO!

 

É PROJOVEM

FELICIDADE TRANSBORDANDO EM NÓS

RECONHECENDO NOSSOS DESAFIOS

CHEGOU A HORA DE SOLTAR A VOZ

FEITO POESIA!

 

DÁ PRA VER, PODE CRER

DESPERTANDO A MAGIA

CHEGANDO COM HARMONIA

 COMO UMA LUZ  DO SABER!

 

ÔÔÔ, ÔÔÔÔÔ, ÔÔÔ

ALEGRIA,ALEGRIA!

ÔÔÔ, ÔÔÔÔÔ, ÔÔÔ

ALEGRIA,ALEGRIA!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

  

 

 

 

 

       

 

        

 

 

   

 

    

                                                                 

   

 

 

 Quanto a sala de acolhimento inicialmente no núcleo de Umarizal tínhamos excelentes profissionais que se destacaram no quesito trabalhar com crianças, dispondo de estratégias diárias como, desfile cultural, dia da beleza, noite da chapinha, praça de alimentação, além da sua mala móvel etc, as crianças se sentiam muito bem e as mamães muito seguras em confiarem seus filhos a estas professora. Mais infelizmente a falta de pagamento em dia do programa também causou prejuízo humano, pois a professora Ariana Suassuna pediu demissão do cargo haja vista morar em Caraúbas e o translado ser perigoso, e ainda as despesas com transporte serem altas demais e dinheiro ofertado não compensava continuar. A saída dessa professora complicou demais o desempenho da sala de aula haja vista que a professora que ficou não tinha o mesmo desempenho pedagógico, quebrando o trabalho que vinha sendo desenvolvido, apesar das dificuldades ainda a mesma continuou prestando serviços até meados de setembro de 2016 e posteriormente pediu demissão pelos mesmos motivos da primeira professora, a situação se agravou aumentando cada vez mais nossa responsabilidade, pois as crianças passaram a serem uma preocupação a mais para todos, pois ficávamos revezando a atenção e o cuidado para com ela, confessor que terminar o programa sem esse profissional não foi tarefa fácil, porque tivemos que assumir essa postura porque claramente corríamos o risco das mães se evadirem do programa.

Outra situação importante que merece maior atenção, é que inicialmente tínhamos120 alunos matriculados e a freqüência dos alunos oscilam bastante, razão esta que devemos considerar alguns fatores como: a falta de interesse fortemente explícita cansaço, e ainda na cidade existe uma escola exclusiva de EJA onde garante praticamente toda demanda da cidade, a demora no recebimento da bolsa de estudo lamentavelmente causa um impacto muito forte na vida desses alunos, pois muito deles só contava com essa bolsa de (cem reais) para ajudar nas finanças da família, quando saíram as primeiras percebemos que voltaram a escola, com isso nossa preocupação aumentou também, pois tínhamos que desconstruir a idéia que eles tinham que estudar não apenas pelo dinheiro e sim pelo fato de terem a oportunidade de concluírem uma etapa escolar que fora negada a eles por alguma razão individual de cada um. E assim esse processo aconteceu durante o programa, o que ficou constatado que 29 concluíram e 60 alunos só fizeram a matrícula e não frequentaram e 23 desistiram no meio do caminho vale salientar que todos os professores enfrentaram uma luta diária para manter os alunos na escola, como grupos de watzap,visitas as residências, chamadas na rádio comunitária etc.

A trajetória foi ardilosao que exigia a toda hora provar nossa resiliencia, pois por motivos pessoais a coordenadora Maria da Paz Coringa pediu demissão do programa em outubro de 2015 o que mais uma vez acarretou prejuízo pedagógico ao núcleo de Umarizal/RN uma vez que burocracia da secretaria demorava um pouco na contratação de novos profissionais porque estava passando por transição também da equipe estadual do programa. Outra substituição aconteceu com a professora de qualificação profissional em 22 de julho de 2016 que desistiu de atuar por motivos pessoais e que nesta época o processo de contratação aconteceu mais rápido, uma vez que a equipe central estava toda organizada. O núcleo de Martins tivemos que dividir os acolhedores para ir ao anexo de Serrinha dos Pintos uma vez que havia duas turmas que funciona na Escola Municipal Leis Gomes, o professor que trabalhava por lá era formado em pedagogia mais não percebíamos que não tinha muita habilidade para trabalhar com crianças e posteriormente passou num concurso e foi embora pedindo demissão do programa em julho de 2016 e foi contratada outra professora que tinha o perfil bem diferente e a qualidade dos trabalho já se mostrava diferenciado.

Em relação a formação continuada dos professores acredita-se que é de extrema importância uma vez que os profissionais necessitam de apoio pedagógico para efetivar a estrutura pedagógica do programa e garantir os direito de aprendizagem que os alunos tem.Essa experiência foi relatada pelos professores do pólo.

Professor 1 - Bom as formações ocorrida foram de total importância nessa jornada do Projovem eram momentos de interações entre os dois núcleo, onde podíamos trocar ideias, sugestões, relatar nossas frustrações e assim buscar meios de se chegar ao nosso objetivos...........................

            Professor 2- A formadora sempre pronta a nos ouvir e juntos professores, coordenadora , diretora de polo, além de planejarmos, nos auto avaliamos pra assim vê o que vinha sendo feito, o que podíamos melhorar o que fazer, para manter nossos alunos em sala de aula diante de tantos desafio ......................

            Professor 3 - Muitas vezes depois dá semana puxada de tarefas chegávamos cansados e até estressados e assim descarregávamos em Dalvaneide , Francisca e Verônica, mas logo elas nos acalmava pois estavam sempre prontas a nos ouvir e buscar junto a nós as possíveis soluções.........

            Professor 4 – Assim, as formações foram sim de certa forma prazerosas , mas deixaremos com sugestões, o pagamento em dias da bolsa e mais dinamicidade por parte do programa mesmo, pois hoje estamos diante de uma nova realidade , um novo século onde o ensino mecânico tem que dar espaço a um novo ensino voltado para o aluno ser humano que traz uma bagagem de vivências que vão além de semanalmente uma síntese..............

Professor5- Partilhamos nossos conhecimentos através das reflexões feitas durante a formação e Juntos buscamos ideias de como fazer para realizar aulas agradáveis, oferecer ensino de qualidade e com muito dedicação para que os alunos se sentissem os sujeitos mais importantes nesse programa ProJovem.

 

De acordo com o MEOG tanto a avaliação diagnostica como a formativa podem processar-se como instrumento de investigação e servem como parâmetro  para subsidiar o trabalho do professor que deve dedicar-se para observar e identificar as principais dificuldades de aprendizagens dos alunos, elaborar mecanismos de superação e promover a construção do conhecimento. Nesse sentido as sínteses, os plantões pedagógicos e os estudos complementares ajudaram significativamente para que os professores pudessem auxiliar na superação das principais dificuldades apresentadas pelos alunos, trabalhando de forma coerente seguindo os princípios da interdicisplinaridade perpassando o individualismo das disciplinas isoladas, o trabalho em equipe favorecendo a troca de saberes e ascensão do conhecimento. A avaliação portando aconteceu de forma contínua, e de natureza qualitativa e quantitativa sobre o processo de ensino e aprendizagem

Assim o Projovem urbano enfatiza o desenvolvimento do jovem como sujeito, valorizado sua capacidade de pensar e de agir com autonomia, a aprendizagem é vista como construção ativa dos estudantes, na interação constante com seus professores e colegas de turma com produções individuais e coletivas, articulando, mobilizando e colocando em ação seus conhecimentos, habilidades e valores de solidariedade, cooperação, éticos e estéticos, para que sejam capazes de responder aos constantes desafios do dia a dia de sua vida enquanto cidadão, e também do mundo trabalho. O programa concebe  educação como processo construtivo e permanente, que vai da vida para a escola e da escola para a vida , articulando conhecimentos formalmente estruturados e saberes tácitos, promovendo  a autorealização e o desenvolvimento das pessoas.  É uma proposta de ensino que valoriza e tem o cuidado e o zelo de tratar os alunos que estão fora da escola, dando o tratamento adequado para que esse sujeito se sinta parte do mundo e volte a sociedade com autonomia e sintam que são capazes de produzir e atuar como agente de transformação para uma sociedade mais justa e igualitária para todos, construindo um paradigma educacional pautado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade entre os pares e avance em relação as ideias históricas e  cristalizadas da produção da exclusão dentro e fora da escola.

 

 

 

 

 

 

 

REFERENCIAS

BRASIL, Ministério da Educação e da Cultura – MEC  Manual do Educador Orientações Gerais/ (organização: Maria Umbertina Caiafa Salgado; Revisão Ortográfica: Rafael Paixão Barbosa) – Brasília: Programa Nacional de inclusão de jovens – Projovem Urbano, 2012. 216p.: - (coleção Projovem Urbano).

 

BRASIL, Ministério da Educação e da Cultura Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Conselho Deliberativo MEC- RESOLUÇÃO Nº 8, DE 16 DE ABRIL DE 2014 PROJOVEM URBANO.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CRONOGRAMA DO PROJOVEM URBANO

 

Horário no Núcleo

Horário na DIRED

Segunda-feira

Segunda-feira

Terça-feira

Terça-feira

Quarta-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Sexta-feira