RELATÓRIO DE ENSINO DE PRÁTICA IV: LEITURA E ESCRITA

Por MARIA DO LIVRAMENTO SAMPAIO RIPARDO RODRIGUES | 15/05/2017 | Educação

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

CENTRO DE FILOSOFIA, LETRAS E EDUCAÇÃO – CENFLE

CURSO DE LETRAS

MARIA DO LIVRAMENTO SAMPAIO RIPARDO RODRIGUES

RELATÓRIO DE ENSINO DE PRÁTICA IV: LEITURA E ESCRITA

SOBRAL – 2015

  1.  INTRODUÇÃO

O presente relatório tem por objetivo relatar as atividades desenvolvidas dentro da escola de ensino fundamental Elber Albuquerque Aguiar, que está situada no município de Moraújo. Atividades que foram desenvolvidas durante três dias, no total de 20/h de estágio dentro da escola. Durante esses dias foi observada a estrutura da instituição, foram feitas entrevistas com os professores de língua portuguesa e com a Diretora, também foi observado os projetos da escola para leitura e escrita.

Verificou-se que o núcleo gestor da escola tem grande preocupação com o processo de leitura e escrita, e que procuram trabalhar metodologias para melhorar a aprendizagem dos alunos, através oficinas de leituras, projetos que estimulem à escrita. Os professores também fazem o possível e o impossível para incentivar os alunos a se engajarem nos projetos da escola, e consequentemente melhorarem seu desempenho escolar. 

  1.  DADOS PRELIMINARES DA INSTITUIÇÃO

O local escolhido para a realização das atividades de campo foi à escola Elber Albuquerque Aguiar, que se localiza no Município de Moraújo. A Diretora foi bastante compreensiva em permitir que o estágio se realizasse na escola a qual faz parte.

Durante esse período de aprendizagem foi coletada algumas informações sobre o Projeto Politico Pedagógico (PPP), número de funcionários, a quantidade de salas de aula, de alunos e de professores na área de língua portuguesa. Em relação ao Projeto Politico Pedagógico (PPP), informou que ele foi construído com a participação do núcleo gestor escolar juntamente com os professores. Procuraram elaborar um projeto que se adequa-se com as necessidades da escola, como também dos alunos.

Esta escola tem 413 alunos distribuídos do 6ª ao 9ª, nos turnos manhã, tarde e noite. A noite funciona o EJA (Educação de Jovens e Adultos). No total a escola consta 58 funcionários distribuídos entre professores, diretor, coordenador, porteiros, auxiliares, vigias. Em relação aos professores de língua portuguesa, dentro da escola são 07 professores.

A estrutura física da escola está conservada, muito bem dividido em 04 salas de aula, 01 Sala da diretora, 01 secretária, 01 sala de professores, 01 biblioteca, 01 sala de informática, 01 cantina, 01 bebedouros, 02 banheiros. A escola possue um anexo, as qual funcionam 04 salas de aula e uma quadra de esportes ampla. 

  1.  HISTÓRICO

A escola de Ensino Fundamental Elber Albuquerque Aguiar, escola pública municipal, com sede em Moraújo, localizada na CE 364 s/n, CEP 62.480-000, foi criada pela lei municipal N° 257, de 13 de abril de 1999 e é mantida pela Secretaria da Educação do Município. A modalidade de ensino ministrada pela escola é o ensino fundamental, nos dois turnos, atendendo alunos da zona urbana e rural do município.

Recebeu esse nome em homenagem ao jovem estudante universitário, morto em trágico acidente na cidade de Fortaleza, Elber Albuquerque Aguiar, filho do líder político José Teodoro Aguiar Filho e de Rita Albuquerque Aguiar.

A escola teve como suas primeiras diretoras, as professoras Sandra Fontenele Aguiar e Maria Aparecida Vasconcelos, nomeadas pelo prefeito da época, Francisco Odernes de Vasconcelos. Atualmente o Núcleo Gestor é constituído pela Diretora Geral, a Professora Antônia Maria Benício e pelos coordenadores Antônio Amaro de Lima e pela Márcia Maria de Araújo.

Apesar de poucos anos de vida, esta escola tem um histórico repleto de êxito e orgulho, exemplo de qualidade de ensino. Outro fato relevante para a história desta unidade de ensino foi o ultimo resultado obtido no ultimo SPAECE, em nível de 9ª, onde a Escola Elber Albuquerque de Aguiar ultrapassou as metas estabelecidas pelo Governo do Estado, colocando o município de Moraújo entre os dez melhores do estado do Ceara, demostrando excelente desempenho de aprendizagem de seus alunos. 

  1.  PROJETO PEDAGÓGICO PARA A MATÉRIA DE LÍNGUA PORTUGUESA

Através da entrevista realizada com a gestora da escola Elber Albuquerque Aguiar, verificou-se que o PPP da instituição abrange a escola no geral, ou seja, não tinha algo voltado especificamente para a disciplina de Língua Portuguesa.

Para conhecer melhor as metodologias que são aplicadas pelos professores de Língua Portuguesa, foi feita uma entrevista com uma professora de português e com a Diretora da escola. Elas procuraram mostrar de que maneira trabalhavam essa disciplina e quais metodologias utilizavam para incentivar seus alunos com o processo de aprendizagem da Língua.

4.1. Objetivos da disciplina

Através da entrevista com a professora de Língua Portuguesa e com a Diretora da escola Elber Albuquerque Aguiar, foram mostrados os objetivos da disciplina, dentro das necessidades da escola. O Núcleo Gestor, juntamente com os professores de português procuram repassar com essa disciplina:

  • Empregar a língua oral em diferentes situações de uso.
  • Desenvolver o uso da língua escrita no contexto de produção.
  • Analisar textos produzidos, lidos, ouvidos e assistidos.
  • Aprofundar através de textos literários o pensamento crítico.
  • Aprimorar os conhecimentos linguísticos.

4.2. Possibilidades metodológicas

As atividades que procuram trabalhar a disciplina de Língua Portuguesa devem privilegiar a leitura, a escrita e oralidade. Para poder melhorar esses eixos dentro da disciplina, os professores podem fazer debates e enquetes com os alunos chamando a atenção deles para essas atividades, e desenvolvendo o pensamento crítico de cada um.

A exposição do conteúdo pelo professor sobre os temas que são propostos para as aulas de português, contribuem bastante para o aprendizado dos alunos. Propor que eles leiam e comentem os textos que são repassados na sala de aula, exercícios de percepção e de incorporação da língua, distinção entre os gêneros textuais, trabalhos feitos por eles, que podem ser expostos, tudo isso são possibilidades metodológicas que podem e devem ser trabalhados dentro da sala de aula. 

  1.  METODOLOGIAS PARA O PROCESSO DE APRENDIZAGEM EM LECTOESCRITA

5.1. Projetos da escola para este processo

Através da visita a escola Elber Albuquerque Aguiar, verificou-se que os professores de português em parceria com a Diretora trabalham com seus alunos a leitura e escrita através de oficinas e dinâmicas. Procuram incentivar esses dois processos com metodologias mais descontraídas.

Trabalham com a distinção dos gêneros textuais, onde o professor expõe sobre esses gêneros, e os alunos depois fazem produções textuais, ou seja, cada aluno tem um caderno de produção sobre cada gênero textual. E no final do ano, com base nesse projeto que é desenvolvido durante todo o ano, os alunos fazem um livro, onde cada um escolhe um tema e desenvolve o seu projeto de composição de um livro, de autoria própria.  Esse livro é apresentado na semana “Minha vida literária”, promovida pela Secretaria de Educação do município. Os melhores alunos são premiados.

Esse é o principal projeto desenvolvido pela escola em parceria com Secretaria de Educação. Ao longo do ano, os professores de Língua Portuguesa procuram incentivar seus alunos a pratica da leitura e escrita.

  1.  A VISÃO DOCENTE DO PROCESSO

De acordo com a experiência da professora de português que ministra aulas do 6ª ao 9ª na escola Elber Albuquerque Aguiar, o processo de leitura e escrita é um pouco lento, e vários fatores contribuem para agravar isso.

O s alunos chegam ao ensino fundamental II           sem saber ler e escrever e muitas vezes fatores como a falta de apoio e acompanhamento da família é um agravante para esses dois processos. A professora observou que os alunos que são incentivados e acompanhados pelos pais, tem maior êxito na sua vida escolar. O que acontece que poucas famílias se preocupam com o aprendizado de seus filhos. Os pais acham que a escola é um deposito, apenas jogam seus filhos na escola, e os professores que se virem para educa-los. O processo de leitura e escrita está cada vez mais lento, pois muitos alunos chegam sem base no ensino fundamental II e os professores tem começar pelo começo, pelo básico, ensinando a ler e escrever. 

  1.  A VISÃO GESTORA

Concordando com a professora de português, a Diretora também pensa que a falta de acompanhamento da família é um fator que contribuem para que esse processo de leitura e escrita seja um processo lento.

 A família deveria ser a primeira a se preocupar com o aprendizado dos filhos, mas o que acontece é que elas acham que toda responsabilidade é da escola. E já ficou comprovado que os alunos que mais se destacam dentro da escola são aqueles em que os pais acompanham e estão sempre visitando a escola para acompanhar o rendimento dos filhos.

O Núcleo Gestor e os professores fazem o que podem para obter uma aprendizagem satisfatória dos seus alunos. Mas pensam que só eles não estão tendo êxito, e que a grande maioria dos alunos não estão tendo um bom rendimento. 

  1.  CONSIDERAÇÕES

O processo de leitura e escrita na escola está ocorrendo de maneira lenta, os professores estão tendo muita dificuldade para acelerar esse processo. Os alunos chegam ao ensino fundamental II, sem saber ler, algo que uma criança do 6ª deveria saber fluentemente. Muitos fatores contribuem para tal dados constatados pelos professores.

No Brasil as escolas estão cada vez mais lotadas, as salas de aulas com média de 30 a 40 alunos, dessa maneira é complicado para um professor conseguir que todos os seus alunos tenham um bom rendimento. A carência de professores que possam dar conta de tal quantidade de alunos, e que possam obter resultados satisfatórios. Isso é algo que deve ser resolvido ou a nossa educação será empurrada com a barriga, como vem acontecendo.