RELATÓRIO DE ATIVIDADES Eixo Temático 2 ? SISTEMAS DE PRODUÇÃO E PROCESSOS DE TRABALHO NO CAMPO
Por maria aparecida vieira de melo | 17/08/2010 | FilosofiaBolsista/Voluntário: Maria Aparecida Vieira
Telefone/Email: 087- 9988-6678
Hotel: Portal Gravatá
Professor Formador: Glória Maria Duarte Cavalcanti
Professor Orientador: Glória Paulo e Selma Melo - Ciências da Natureza
Cristiane e Fabiana - Exatas
RELATÓRIO DE ATIVIDADES
Eixo Temático 2 ? SISTEMAS DE PRODUÇÃO E PROCESSOS DE TRABALHO NO CAMPO
(Fonte Arial tamanho 11)
O registro deve ser construído com base no planejamento do EIXO TEMÁTICO, na observação de todas as atividades realizadas, nas orientações do/a formador/a, nos questionamentos e falas de todos os sujeitos educativos envolvidos no processo. Neste roteiro há um espaço destinado ao registro das suas impressões sobre o funcionamento da sala que deve ser devidamente preenchido.
I) Dia 12, 13, 14, 15 e 16 de julho de 2010
1. Horário de Início e Término das Atividades:
Das 08h00min às 12h00min
Das 02h00min às 17h00min
2. Descrição das atividades realizadas (relate fielmente detalhadamente as atividades desenvolvidas, materiais utilizados, tempo dedicado, organização dos grupos, materiais produzidos, etc.):
Segunda ?Feira 12 - 07 - 20
Sabiamente e humanamente o escritor Fábio de Melo (2008), comparou o estado de ser do humano à teia que é preciso para o processo de vir a ser, pois afirma que "Somos semelhantes às tramas dos teares. Os fios se entrelaçam para juntos formarem o tecido. Em suas cores diversas, eles não deixam de ser o que são; apenas entram na trama que comporá o todo." Desse modo, o Projeto Projovem Campo Saberes da Terra compõem o tear dos saberes dos agricultores familiares, que o projeto atinge ao congregar novos modelos de produção como a agroecologia.
A filosofia do projeto constrói-se no encontro dos educadores e formadores para consolidar o saber necessário, para a prática na comunidade local. É nesse encontro que acendemos para qualificarmos cada vez mais os saberes.
Tudo começou como o planejado; o momento da abertura da formação foi diferente dos demais, o que favoreceu para uma maior concentração e atenção com a Palestra da Professora Coordenadora da Área de Agrárias, a Professora Horasa Andrade, mulher de um arsenal de conhecimentos, e que sabiamente proferiu sobre: o Sistema de Produção e Processos do Trabalho no Campo. Tema gerador de toda a formação que sucedera no decorrer dessa semana. A palestra permitiu aos participantes que os significados fossem correlativo.
A manhã da segunda feira 12, na sala 5, com os Municípios Cabo, Águas Belas e São Bento do Una, começou conforme o planejado. As formadoras estavam postas na sala: Glória Paulo e Selma Melo de Ciências da Natureza e Fabiana e Cristiana de Exatas. No primeiro momento quem atuou, foram as formadoras de Ciências da Natureza, juntamente com a participação das colegas formadoras de Exatas. Então, no primeiro momento houve a acolhida com uma dinâmica, que possibilitou, aos educadores/as ao som da música Caboclo Sonhador, cantada por Flávio José, ele/as passearem e se conhecerem. Essa dinâmica tinha por objetivo fazer com que as pessoas interagissem umas com as outras, para ambos se apresentarem, dizendo o nome, a cidade e a expectativa. Muitas pessoas elencaram que as expectativas eram: elevar os conhecimentos, transformação social, qualidade de vida, soberania alimentar, relacionar teoria e prática, reflexão profunda, e tantas outras... Também houve a exibição do vídeo de Agroflorestação, a partir do vídeo foram destacadas varias situações problemas, umas já apresentadas no vídeo, outras elencadas de acordo com a realidade local desses municípios, tendo, então o apoio da fala dos colegas que conhecem os métodos explorados citados no vídeo. A partir daí foram identificados vários problemas, desse modo, após o debate, se escolheu apenas um para ser trabalhado: falta de recursos; humano, financeiro e natural e orientação para o camponês. Dando continuidade, foram elaborados vários objetivos, buscando enfatizar o problema, relacionados com a realidade de cada comunidade, com os ajustes coletivos, elencaram-se oito objetivos, onde a turma se dividiu em grupos, tendo cada um a responsabilidade de desenvolver ações a serem realizadas no objetivo escolhido, com posteriores apresentações ao grande grupo, tendo a intervenção das formadoras, no ajuste dos mesmos. Esse momento contemplou toda a manhã.
Após este momento, houve a explanação do texto: A Fábula do Caçador, conforme consentiu aos educadores/as uma ampla reflexão sobre o educador, que o mesmo precisa se preparar para os imprevistos e mudanças no planejamento, retomar a estratégia, interagir com a situação, buscar saídas... Assim, precisamos considerar que o processo educativo é evolutivo e dialético, e que precisa sempre se reconstruir.
Dando prosseguimento, à tarde houve uma explanação sobre o senso agropecuário e a agricultura familiar. Assim serviu para uma altercação significativa sobre os dados e ao mesmo tempo uma leitura e interpretação refreada nos gráficos. Então houve uma discussão sobre a participação dos agricultores em empréstimos do Pronaf A, B, C, D e E, essa seqüência diz respeito ao quanto o agricultor pode tirar em valor $$ no empréstimo.
Então ainda no horário da tarde, teve a integra das apostilas e a retomada do que tinha sido feito até então, assim as pessoas assistiram mais uma parte do vídeo de Agroflorestação, permitindo uma discussão sobre: compromisso, desafio, desenvolvimento, elevação de cultura, problemas sociais, mobilização, articulação, resistência, resgate cultural e reforma agrária.
A sistematização dos dados coletados pelos educadores foi conforme (ver anexo 1 e 2; a tabela e os gráficos). Então, após a elaboração dessa tabela com o sistema de produção e a infra-estrutura, por Municípios, passou-se à etapa da elaboração dos gráficos, tendo como objeto de avaliação, a estatística do sistema de produção, assim os gráficos ficaram de acordo com a escolha da equipe por Município.
Os matérias usados foram canetas, papeis, cartolinas, lápis coloridos e papel 40.
Terça ?Feira 13 -07 -20
Iniciamos esta manhã com a retomada dos acontecimentos do dia anterior, então, todos participaram dizendo o que acontecera na segunda feira, assim a Formadora Selma alertou para a produção do diário etnográfico e relato de experiências, que muitos têm dificuldades em fazer. Após este momento, houve a acolhida com a música Farinha de Djavan, logo as pessoas disseram uma só palavra que identificava o porquê de muitos estarem ali, assim muitos disseram que estavam por que: acredito no programa, acumulo de conhecimento, teoria e prática, força de vontade, curiosidade, saber mais, amor, prazer, satisfação... E o vídeo de Agroflorestação que abordava a temática do solo desgastado. Desse modo Selma atentou para a atividade que seria feita, na qual se precisa enfatizar para a relação dos objetivos e a problematização, bem como a importância das áreas de conhecimentos estarem integradas para a sistematização do projeto. Então foram eleitos os objetivos, que não deu para finalizar nesse momento, pois, logo mais seriam a mística, juntamente com a roda de diálogos com os palestrantes Oscar Rover e Severino Ramos.
Então os representantes das áreas do conhecimento, explanaram seus seguintes questionamentos: Linguagens ? sabendo que esse momento de transição do agronegócio para a agroecologia, não é fácil. Como os professores do projovem podem contribuir para a melhoria de vida das comunidades onde ensinamos, pois se tem muita resistência? Ciências Agrárias - que atividades e oportunidades os jovens vão ter na permanência no campo, e quais são as políticas publicas; como seria a mobilização dos sujeitos envolvidos? Ciências Humanas - por que o jovem estar desestimulado de trabalhar com a cultura agrícola? Ciências da Natureza e Exatas - porque os jovens do campo recebem menos do que os da cidade, como conseguir fazer valer a prática? Então após, esses questionamentos os palestrantes começaram a proferir. O palestrante Oscar Rover foi muito feliz em suas colocações, pois foi muito pertinente a sua explicação sobre as relações de trabalho e que os jovens e mulheres precisam estar inseridos na organização social. Além do mais, contribui com o processo histórico do sistema de produção e a relação de trabalho, referindo à questão do êxodo rural. O palestrante Severino chamou atenção para o conflito entre o agronegócio e a agroecologia, onde ocorre choque desses modelos de produção, também enfatizou a temática da militância, ou seja, do envolvimento pela causa, e que os professores do projovem precisam ser militantes, e entender os fatores da produção: recursos naturais (terra), trabalho (humano; dentro e fora) e capital (recursos investidos e meios produtivos). E, que não dá para romper com o modelo facilmente. E muito mais, foi abordado nesse momento...
Dando continuidade a tarefa da manhã, no momento da tarde, houve o momento do vídeo em que abordou o modelo agroecologico de produção e que as Formadoras Selma e Glória falaram sobre a importância desse modelo, e fizeram jus a visita que acontecera na propriedade de Joelma em Cumaru ? PE, então se deu continuidade à tarefa de alçar atividades, atentando para a problemática e os objetivos já elaborados coletivamente, então conseguimos finalizar esse momento satisfatoriamente. Os materiais usados foram papeis e canetas.
A noite houve o momento da integração de saberes, que foi muito processual, pois permitiu que muitos atuassem como protagonistas. Então houve umas apresentações, com os relatos do que se tinha feito na comunidade, uns banires, e algumas confecções estavam expostas, outros cantaram, declamaram e foi muito acalorado, porém alguns disseram que não estavam preparados, pois não foram avisados que teria esse momento.
Quarta ? feira 14 -07 -20
Encetamos com vídeo, que abordava as temáticas: consórcio e diversidade de cultura. Empós, teve a retomada da terça feira e nesse momento houve uma breve altercação relacionada aos desconfortos, em não achar que o estudo estivesse suprindo as necessidades. Com isso, foram expostas as expectativas em relação à formação e daí um melhor ajuste para continuidade da mesma. Então ao ser expostas todas as angustias em relação à formação, concluiu-se que a formação precisa ser focada nas áreas (ciências e matemática), e uma maior aproximação da Universidade com os professores na base, lá na comunidade.
Para concluir a manhã, foram instituídos os conteúdos, a serem vivenciados de acordo com cada objetivo, atividade e a problematização, interposto com o cordel publicado na coletânea de textos do Sistema de produção e processos de trabalho no campo, tema em estudo, posteriormente esses conteúdos, foram socializados com o grande grupo demonstrando as proeminências existentes entre os conteúdos e o cotidiano a ser vivenciado pelo educando. A finalização da manhã se deu, com a entrega das sínteses de todo o processo da jornada pedagógica vivenciada até o presente momento. E para a reflexão de todos que estavam presente, foi exposta uma mensagem, sobre as borboletas, muito interessante e propicio neste momento, pois precisamos de muita força de vontade para aderir a uma filosofia que enalteça a vida de quem estar no campo, haja vista que a realidade é muito difícil.
Todas as atividades desenvolvidas foram mediadas pelas formadoras da área de ciências que contribuíram muito, para o que foi produzido, que segue logo mais, (ver anexo 3 a jornada didático ? pedagógica).
Ainda na quarta feira à tarde, houve a formação da área de Exatas, com as formadoras Fabiana e Cristiane. Então principiou a acolhida, com a música Galho Seco/ Zé Geraldo. Posteriormente a Coordenadora Geral do Projovem, deu alguns informes a turma, e assim prosseguimos com a jornada. Desse modo, houve a explicação da acuidade da estatística em nossas vidas. Então no decorrer dessa explanação, o pessoal de matemática, participou bem mais, assim como aconteceu com ciências da natureza. O estudo permitiu que surgisse varias duvidas em relação aos gráficos patentes, o que promoveu um bom estudo, pois o gráfico possibilita que as pessoas façam um estudo sobre os problemas mais recorrentes na comunidade. Assim a turma inquietou-se ao trabalhar o gráfico da produção de ovos e galinhas e as Formadoras solicitaram que em grupo a turma abordassem algumas questões para o estudo do mesmo, (ver anexo 4), pois o mesmo permeia uma serie de conhecimentos, que também faz o uso da leitura e interpretação. Então se observou que no gráfico exposto continha vários erros, o que gerou uma maior atenção e participação dos envolvidos. Assim se encerrou esse momento, o pessoal satisfeito, em ter algo prático em sala, para aprender e passar adiante. Os materiais usados nessa tarde foram papeis, canetas, cartolinas, pinceis coloridos.
Quinta ? Feira 15 ? 07 ? 10
Nessa aurora tivemos a acolhida com a Música Sêmem do Mestre Ambrosio, após este momento um educador pediu permissão as Formadoras de matemática para contar uma piada, o que favoreceu para a turma descontrair. Com um slide exposto a turma ficou questionando se a resposta estaria correta, pois nesse mundo complexo e mutante, as antigas questões requerem novas respostas, isso para sabermos se dois mais dois é quatro, muito interessante a resposta. Essa atividade levou a discussão de como avaliar o aluno em matemática, pois a facilidade de aprendizagem é subjetiva, e precisa ser respeitado, considerar os conhecimentos prévios dos educandos, usar estratégias para chegar ao resultado através do raciocínio lógico, justificar as respostas, contextualizar para a realidade dos educandos.
A complexidade do estudo de gráficos requer leitura e interpretação, pois uma análise de gráfico envolve varias questões, elementos, como grandezas e medidas, dobro, proporção e tabela. Conforme discussão as Formadoras pediram para que os educadores fizessem a atividade de ler e interpretar, para analisar o gráfico de setor, o que é diferente do gráfico de pizza. Perante isso, foram elaborados alguns questionamentos e apresentações pela turma que favoreceu a continuidade da jornada.
Então tivemos a mística, que até o presente momento ressignificou toda a formação, pois foi muito estrema e significativa ao permear a integração das atividades do homem do campo, envolveu nesse processo a pesca, a caça, a roça, o vaqueiro, a cultura e a organização social que mobiliza o perpetrar suceder. Empós a roda de dialogo com o professor Molica, que foi muito feliz em seu desempenho, pois municiou sua palestra expressivamente, toda com um embasamento teórico, favorecendo para uma maior atenção dos participantes, assim contribui com a elucidação do processo do sistema de produção, onde tudo começou com a revolução verde e hoje a necessidade de assegurarmos a soberania alimentar e a qualidade de vida, estando em harmonia com a natureza através da agroecologia. Já o Ramon, com a sua explanação não teve a mesma felicidade, pois a sua palestra era apenas fotos e sua verbalização não teve fundamento teórico, apenas relatos de propriedades visitadas que estão alternando suas práticas agrícolas.
À tarde deu-se continuidade, com a acolhida no momento de apreciação da Música, Chover de Cordel de Fogo Encantado. Em seguida, houve a explicação e apresentação do gráfico trabalhado pela manhã em dupla. Conforme a dinâmica da explicação do gráfico foi analisado mais um gráfico. Com esse gráfico permitiu a discussão sobre a importância do uso da calculadora. Nessa análise, foi possível avaliar se estava certa, a escala, a proporção, a coluna, falta de legenda, em fim as partes do todo que compõe o gráfico. Para o cumprimento das atividades foram usadas cartolinas para os gráficos, pinceis, canetas e papeis.
Nessas atividades, as Formadoras explicaram como fazer o uso de meios metodológicos, fáceis de elaborar e que todos podem confeccionar como, por exemplo, usar a caneta como unidade de medida e outros. Fizeram o uso da literatura de cordel, sobre montante. E assim deu-se o término da atuação das Formadoras que tralharam objetivamente.
À noite, houve o momento cultural, o que favoreceu-nos para integrar os saberes de forma lúdica, possibilitando-nos o fortalecimento das relações interpessoais, que são tão importantes, para congregarmos as medidas do nosso ser que precisam ser balanceadas com as medidas daqueles que são e estão do nosso lado.
Sexta ? Feira 16 ? 07 -10
A manhã surpreende ? nos com a sua indecisão; com a sua aparência em ser ou não, haja vista chovia outra hora o sol brilhava, e foi assim o dia todo. Principiamos este dia com a dinâmica da segunda feira, ou seja, a turma organizada por Municípios, onde estavam os Municípios de Águas Belas, Cabo e São Bento do Una. A manhã foi indecisa para muitos, pois muitos estavam cansados de uma noite distendida, após o horário consagrado do descanso.
A acolhida aconteceu com a apreciação da Música Sêmem do Mestre Ambrosio, e ao mesmo tempo a dinâmica: ficar em dupla pegados nas mãos e trocar quando necessário e por fim, ambos se abraçarem. Empós, as Formadoras de Ciências da Natureza, organizaram e sistematizaram o júri popular, em que tivemos como defensores os participantes Agnaldo (agricultura camponesa) e Simoni (agronegócio), a Moca como a juíza.
Então, nesse momento, em que os defensores atuaram percebemos o quanto eles se apropriaram do que tínhamos estudado até então, uma vez que houve palestras significativas como a da professora Horasa, Oscar e Molica que ministraram sabiamente com muitos fundamentos os conceitos até então, discutidos.
Conforme a apresentação do defensor da agricultura camponesa, que requer um novo modelo da prática agrícola, para favorecer a agroecologia, ele explanou bem, os beneficiamentos da agricultura com o modelo agroecologico, porém não se valeu, nos pesquisadores do ramo, como Altieri, Gleisman, Caporal e outros. Diante disso, a atuação do mesmo deixou a desejar em seus argumentos para a persuasão dos jurados. Já a atuação da defensora do agronegócio, a Simoni, atuou convalida nos pesquisadores da Universidade e no pesquisador Molica que ministrara a palestra sabiamente, e surtiu efeito para a defensora, pois ele fez um resgate histórico do sistema de produção, falando do melhoramento genético, pacote tecnológico que existe, não requer muito esforço para a obtenção de lucro e que os frangos não têm hormônios. Convenceu mesmo a Simoni, e ela teve um argumento eloqüente e que levou aos jurados a aprovar o agronegócio.
Ambos tiveram argumentos bons, o que dificultou a escolha dos jurados, após esta atividade, as Formadoras de matemática aturam, explicando o porquê de terem aprovado o agronegócio. Desse modo, explicaram que os argumentos precisam ser bem elaborados para convencer e não só considerar a emoção, mas a razão, assim elas nos fizeram refletir sobre a importância de dominarmos a oratória, que tem o poder de persuadir muito, e defender é argumentar com visão holística do assunto para não ficar repetitivo o discurso, ou seja, precisamos estar com o nosso discurso organizado, para não ficarmos apenas nos achismos e sim em teorias, que provem o nosso argumento e assim não haver contra argumentações.
Conforme acontecido, essa atividade possibilitou outras: a leitura, a narração, a produção textual, a interpretação, a leitura facial, a oralidade, a problematização, a pesquisa bibliográfica, a simulação e outros elementos que corroboram para a execução dessa atividade. Diante disso, consideramos que a atividade possibilitou uma integração de saber e despertou em muitos o protagonismo, pois no ato deles atuarem se vêem empoderados. Assim como o respeito às regras estabelecidas nessa atividade.
À tarde houve um esvaziamento geral no hotel, mas as Formadoras deram continuidade à pauta do dia, assim elas usaram a música Farinha de Djavan para o acolhimento e deram o encaminhamento do próximo eixo 3, (ver anexo 5).
Então, foi desse modo que terminamos a semana da formação dos professores, com mais uma caminhada que nos revela que o caminho se faz caminhando, mais uma vez saí com o sentimento de satisfação, por participar do compromisso social das pessoas que perpetram a instituição, se empenham e praticam. A felicidade consiste nisso, no cumprimento do nosso dever, e foi isso que a equipe do Projovem Campo Saberes da Terra, conseguiu nessa semana. Dessa forma, essa formação foi melhor do que a do eixo 1, e tenho certeza que a do eixo 3, será melhor do que a do eixo 2, e assim, sucessivamente, pois é nesse sentido que caminhamos, todos nós que estamos envolvidos. É, por que, antes de tudo, acreditamos que uma educação publica e de qualidade no campo é possível. Ademais é nessa caminhada que almejaremos a política publica voltada para o campo. Sejamos persistentes que no fim teremos o resultado do qual tanto esperamos.
3. Demais registros relevantes (registre suas impressões sobre o desenvolvimento do trabalho, reações do grupo nos diversos momentos da atividade, condução das atividades pelo/a formador/a, vivência do planejamento e outros aspectos que julgar importante):
No domingo com a expectativa de pegar estrada e fazer uma das coisas que mais gosto, cumprir com o meu dever social, nesse interesse maior sigo convicta do meu fazer. Então logo mais no fim da tarde tivemos o credenciamento e após no inicio da noite tivemos a abertura que foi muito boa, pois não houve a formação da mesa que demanda tempo e de forma rápida, não menos importante a Coordenadora apresentou a equipe juntamente com as instituições parceiras e no mais houve a palestra com a professora Horasa, que foi fiel ao cumprimento do horário. Desde o inicio o horário foi respeitado o que possibilitou um melhor aproveitamento das atividades previstas.
Na segunda, no momento da acolhida percebi que a turma expressara seu contentamento com a calosidade da mesma. Talvez por estarem satisfeitos em ter recebidos os kits da Universidade Federal e da Secretaria de Educação do Estado (parceiras do projeto).
No momento em que estávamos vivenciando as jornadas didáticas pedagógica, percebi que a turma estava contente por estar ali, porém insatisfeitas com o desenrolar da formação, pois muitos julgam que a Universidade é muito repetitiva na formação e assim fica cansativo. Conforme as discussões em sala os educadores, foram participativos e expuseram suas inquietações em relação à formação o que nos possibilita uma melhor atuação. E de acordo com os acontecimentos em sala aprendi muito com tudo o que acontecera e conforme ouvi há sempre um meio para alternar a forma de atuar em sala de aula.
As discussões sempre proporcionaram uma boa interação entre todos. Embora tenha alguns que não participam de forma alguma e julgam que tudo isso é perca de tempo.
A tabela nos mostra que não há uma diversidade de produção, tem sempre umas culturas que prevalecem como, a do milho e feijão. Desse modo os gráficos foram confeccionados conforme a realidade das comunidades.
Nos momentos das místicas e das rodas de diálogos todas foram muito interessantes, mas teve uma em especial que agregou e congregou valor a todas, pois em peculiar comungou os saberes essenciais para o nosso fazer, haja vista que permite uma atenção maior dos participantes.
Uma das coisas que fazia, não sabia se era correto! Era nos intervalos conversar com os participantes, se estavam gostando, o que estavam achando da formação, ouvir muitos relatos, uns agradáveis outros nem tanto, e assim pode fortalecer a relação interpessoal, o que me favoreceu para atuar com o que de melhor há em mim, e fazer o que mais gosto: servir, ouvir, prezar e considerar e a família do projovem a cada vez cresce mais.
Durante a semana da formação a turma reagiu com mais compromisso, uma vez que não houve muito entre e saí, teve mais participação na sala, demonstração de interesse, porém vez ou outra ouvia comentários: "eu preciso de subsídios para a minha pratica na base, espero que aqui tenha atividades de como trabalhar, como agente trabalhar nos educandos se eles estão lá só por causa da bolsa que não sai, há uma distância entre a Universidade e a gente professores que estamos na base fazendo o que podemos do jeito que podemos". Esses foram alguns comentários angustiantes dos professores, o que considero que não é fácil, mas quem prometeu que seria não é mesmo? Nessa formação houve um melhor desenvolvimento, pois o horário foi devidamente cumprido, não houve excesso de trabalho dos monitores e acredito de todos da organização, o que não foi muito legal, porém não determinante para o cumprimento de nossas atividades, foi o fato de estarmos em outro hotel, mas ainda assim deu tudo muito certo e foi uma semana de soma de valores.
4. Perguntas e Sugestões:
Reflexões finais (se julgar necessário)
Durante a semana da formação pude sentir varias emoções. O quanto é importante o trabalho que até então temos desenvolvidos, pois conforme relatos de alguns educadores/as, não é fácil, conseguirmos em dois anos o que se leva uma vida toda para aprender, mas o mais bonito é que não nos prendemos no que levamos uma vida toda para aprender, mas sim o brilho do olhar de quem se reconhece, descobre quem é, e que não admitirá que os outros o tornem qualquer coisa. Quando os sujeitos do campo têm o sentimento de pertença pelo o lugar que estão, pela forma de viver a vida, homens simples de mãos calejadas, de lida rotineira, de madrugas frias e de tardes ensolaradas que não sossegam, enquanto não cumprir o ofício do dia que chega ao por do sol de cada dia, de sua luta do seu fazer e refazer constante. Homens que não cansam da sua luta por que sabem que do suor mais suado, trabalham para por na mesa de todos, o alimento essencial a vida. É para esses educandos/as que não desistem de dias melhores, que nós da equipe do projovem também suamos, pois é nessa caminhada que tenho certeza que o sonho de muitos idealizadores será realizado. Então o programa colabora com o reconhecimento da identidade dos educandos/as agricultores, uns já desacreditados da agricultura e que no ato da participação reconhecem-se como importante para o desenvolvimento de todos os seres humanos tanto da cidade quanto do próprio campo. Assim terão a adoção de novas atitudes, pois só é possível quando há altivez, sentimento que o programa desperta em muitos e que eles buscam estar inseridos em organizações sociais, para viabilizarem o desenvolvimento e a valorização do suor que incessantemente sai do seu corpo no ato do árduo ofício de trabalhar na terra. Dessa forma há meios para aprimorar a realidade local, onde os educandos/as obtêm novas informações práticas e teóricas, para realizar nas atividades agrícolas e tirar dela a sua sustentabilidade. Dessa forma possam eles fortalecer a indissociabilidade entre as informações que são necessárias para os educandos/as que têm o programa como orientação de suas práticas agrícolas. Também possa haver uma aproximação que nos ajude a descobrir as necessidades dos educandos/as do campo, apontando os desafios, limites e possibilidades de nossa realidade social, que envolve a atuação dos educandos/as redesenhando seu modo de ser e estar no mundo, à medida que reacreditam no seu ofício e que é a agricultura que sustenta mundialmente a todos. E, sigo nessa jornada com o desejo de percorrer todo o caminho necessário para então ver de perto o que mais desejo o protagonismo social de todos que fazem o campo. O projovem foi o que de melhor até então aconteceu no meu processo de formação.
Local/Data: Garanhuns 10/ 08/ 2010
Assinatura: Maria Aparecida Vieira de Melo