Relação pai/filho o grande desafio vivencial para ambos

Por CLÁUDIO DE OLIVEIRA LIMA | 01/11/2011 | Psicologia

RELAÇÃO PAI/FILHO O GRANDE DESAFIO VIVENCIAL PARA AMBOS

 Ao nascer, a criança vem ao mundo sem qualquer capacidade de cuidar de si. É totalmente incapaz de sobreviver por si só, logo alguém terá que cuidar dela até que seja capaz. Os pais assumem esse papel, além de gerá-la, tem a responsabilidade de cuidar dela antes e após o nascimento, até que seja capaz de conduzir a sua própria vida.

 Alguns pais têm dificuldade em se libertar dessa tarefa e acham que, são eternamente responsáveis pela vida e pelas atitudes do seu filho.Esquecem de que essa responsabilidade não é eterna e que, o filho, ao atingir a maioridade, terá que responder integralmente pelas suas atitudes em relação a si e ao outro. Por sua vez, alguns filhos, têm dificuldade em assumir a própria vida, colocando no passado ou nos pais a responsabilidade pelo seu insucesso vivencial e/ou profissional.Em vista disso, o texto, em pauta, visa expor de uma maneira simples, cada etapa dessa relação e suas conseqüências no relacionamento pai/filho.

 Fase 1:Pais Biológicos.

 Nessa fase, os pais devem cuidar das necessidades biológicas do filho: alimentar, proteger, limpar, etc. A sobrevivência do filho depende totalmente dos pais e qualquer coisa que aconteça com ele é de sua inteira responsabilidade.

 Fase 2:Pais Biológico/Educador.

Nessa outra fase, os pais, além de cuidar das necessidades biológicas, têm como responsabilidade educar e criar condições psicológicas para que o filho possa aprender.Nessa relação, a responsabilidade dos pais é também total.

Como já foi dito, as duas fases acima apresentam como características a dependência total da criança e a inteira responsabilidade dos pais como protetores e educadores.Tudo que a criança vê e sente no seio da família, absorve como sendo a verdade absoluta.

Se a família é equilibrada e oferece muito amor, a criança será, certamente no futuro, um adulto com maior possibilidade de se tornar uma pessoa equilibrada. Caso contrário, ao ser desrespeitada e desprezada, a criança, além de desenvolver certos conflitos psicológicos que a farão sofrer, poderá, em algumas situações, ter dúvidas a respeito de si, achando-se merecedora desse tratamento.

Certamente essas experiências vivenciais negativas praticadas ao longo dessas fases, deixarão feridas que jamais serão esquecidas e que poderão interferir no seu desenvolvimento nas fases seguintes.

 Fase 3:Pais Educador/Amigo.

É um momento muito importante na vida dos pais e do filho.É uma fase de transição em que o relacionamento entre pais e filhos começa a se alterar, requerendo mudanças dos pais que antes controlavam tudo, para pais amigos que terão que começar a perceber e respeitar o nascimento desse ser como pessoa, que tem sentimentos, vontades, gostos e pensamentos diferentes dos seus. A participação dos pais é sem dúvida importante, nesse momento, no desenvolvimento e na afirmação da auto-estima do filho.

Nessa fase, o filho começa a entender e a assumir gradativamente a responsabilidade dos seus atos e surge nele o desejo de ser uma pessoa independente.  É, sem dúvida, um momento de extrema importância na vida do ser humano. É período de auto-afirmarão em que ele vivenciará suas dúvidas, incertezas e inseguranças. Ele vai precisar de todo apoio e compreensão dos pais. Se isto não ocorrer, poderá ter dificuldade em assumir a sua independência vivencial. 

 Conseqüências negativas: caso não consigam interatuar com essa nova realidade, pais e filhos terão dificuldades em lidar com a 4ª fase.

Fase 4:Pais Amigos.

 Nessa quarta fase, a função de educador termina e os pais devem assumir o papel de amigos. Perdem o controle sobre os atos do filho, pois ele já tem discernimento sobre a própria vida.  Nessa fase,o filho passa a ser o seu próprio gestor, tornando-se independente do seu passado vivencial e do autoritarismo dos pais.Deverá determinar, por si mesmo, a trajetória de sua existência.

 Importante!

Para o autogerenciamento vivencial, apesar dos pesares, o direito de mudar, por ser inerente a cada pessoa, estará sempre preservado para ambos (pais/filho), não importando o que tenha acontecido no passado. Que bom!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 Através do auto-amor e da autorreflexão, nós humanos, podemos cunhar novas opções vivenciais.

 Enfim!!!!

 É importante ressaltar que o desenvolvimento físico ocorre de acordo com as leis biológicas. Já o desenvolvimento cognitivo/vivencial está ligado às escolhas feitas por cada ser humano na sua trajetória vivencial.

 Drº Cláudio de Oliveira Lima – psicólogo

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