Relação entre a psoríase e a psicologia: uma revisão literária

Por paula luiza martins sant ana | 20/05/2016 | Psicologia

RELAÇÃO ENTRE A PSORÍASE E A PSICOLOGIA:

UMA REVISÃO LITERÁRIA

Evaristo MAGALHÃES ¹, Paula Luiza M. SANT’ ANA².                       

¹ Doutor em ciências da saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais, Professor da Faminas BH e Faculdades Kennedy, Belo Horizonte, MG

² Acadêmica de medicina, Faculdade de Minas-BH, Belo Horizonte, MG

 

Resumo: A psoríase é uma doença inflamatória, crônica e recorrente, cuja causa permanece um enigma para a medicina. Este trabalho apresenta como objetivo analisar a literatura científica sobre psoríase e o impacto desta dermatose no cotidiano dos portadores, e relacioná-la com a psicologia. Para tanto, foram utilizadas revisões de 15 artigos, abordando este tema, na base de dados Scielo.

Palavras-chave: psoríase, psicologia, doenças de pele.

 
Abstracts: Psoriasis is an inflammatory , chronic and recurrent disease whose cause remains a mystery to medicine. This paper presents to analyze the scientific literature on psoriasis and the impact of acne on the daily lives of individuals , and relate it to psychology. Therefore , review of 15 articles were used, consider this topic in the Scielo database.

 

 

Keywords: psoriasis, psychology, skin diseases.
 
  1. 1.    INTRODUÇÃO

A psoríase é uma doença que atinge 2% da população mundial, sendo sua prevalência no Brasil de 2 a 3% da população, na Europa de 1,5% a 2%, e nos Estados Unidos de 0,5% a 1,5%. A doença é rara em negros, índios e amarelos e não existe entre esquimós. Esta doença desenvolve-se em homens e mulheres, com maior frequência na faixa etária de 20 a 40 anos, sendo considerada mais grave quando surge em crianças.  Nos últimos 50 anos, com o avanço tecnológico e da medicina, a psoríase foi definida com uma maior precisão, possibilitando uma ideia mais exata da doença, e assim, uma redução no preconceito.

A psoríase é uma doença inflamatória crônica, autoimune e não contagiosa que tem abrangência mundial, sendo então, de grande relevância para estudos por apresentar um desconforto físico e psíquico ao paciente, implicando em uma série de restrições adaptativas. Ela afeta vários sítios do corpo, podendo ser localizada ou sistêmica, e ainda não possui uma causa bem definida, mas sabe-se que está relacionada com uma alteração genética. Alguns fatores relacionados ao estilo de vida, histórico familiar, instabilidade emocional e algumas doenças podem desencadear e/ou agravar esta comorbidade. Os sintomas são variados, dependendo do tipo de psoríase, mas podem incluir manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas; pequenas manchas escalonadas; pele ressecada e rachada; coceira, queimação e dor; unhas grossas, sulcadas ou com caroços; inchaço e rigidez nas articulações

As doenças de pele podem causar ansiedade, depressão, raiva e constrangimento, que levam ao isolamento social e absenteísmo no trabalho e na escola. A realização de atividades sociais e desportivas pode ser dificultada, devido ao fato destas pessoas preocuparem-se com sua aparência. Portanto, é importante uma análise da qualidade de vida dessas pessoas para que haja uma compressão mais ampla da doença, não apenas como sendo uma fisiopatologia, mas a doença como um todo, para que assim haja uma recuperação e tratamento melhores para o paciente.

2. DESENVOLVIMENTO

 

2.1 Metodologia

Trata-se de uma revisão literária, do tipo integrativa, que permite estudos de revisão em diversas áreas do conhecimento e que mantém o rigor metodológico das revisões sistemáticas. Este tipo de revisão permite a combinação de dados teóricos e empíricos conferindo, assim, uma ampliação das possibilidades da análise literária. Foram utilizados 10 artigos nacionais e internacionais entre os anos de 2004 a 2015 relacionados com a psoríase, disponíveis nas bases de dados do SCIELO, Conselho Internacional de Psoríase (CIP).

Para o desenvolvimento do artigo utilizou-se da citação direta e indireta de autores de diversos artigos e filósofos, abordando o tema psoríase.

2.2 Conceito

“A psoríase é uma doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa. É uma doença cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente. Sua causa é desconhecida, mas sabe-se que pode ter causas relacionadas ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à susceptibilidade genética.” ¹ (Portal da Sociedade Brasileira de Dermatologia)

“Lesões cutâneas descamantes-psora.” ²(Hipócrates- 400 aC)

Para Freud, a psoríase era uma histeria de conversão, na qual uma pessoa com uma ideia reprimida tinha a conversão desta para um sintoma motor.

”Estresse é a soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos e que permitem ao indivíduo superar determinadas exigências do meio ambiente e o desgaste físico e mental causado por esse processo.”3 (Wikipédia)

“O estresse é um elemento inerente a toda doença, que produz certas modificações na estrutura e na composição química do corpo, as quais podem ser observadas e mensuradas. Este se manifesta através da Síndrome Geral de Adaptação (SGA).”4 (Hans Selye)

”O estresse é uma circunstância ou um sentimento experimentado quando a pessoa percebe que as demandas excedem os recursos pessoais e sociais que o indivíduo está habilitado a mobilizar.” 5 (Lázarus)

A psoríase é uma doença inflamatória crônica, sistêmica e autoimune que se caracteriza por lesões avermelhadas e descamativas que afetam vários sítios do corpo, como cotovelos, joelhos, unhas, articulações, extremidade dos dedos das mãos e pés, genitais, axila, região palmo-plantar. Ela se desenvolve quando células responsáveis pela defesa do corpo, como os linfócitos T, começam a acometer as células da pele, iniciando, assim, uma série de respostas imunológicas tais como, dilatação dos vasos sanguíneos da pele, aumento na produção de leucócitos (para combater a infecção) e um rápido crescimento dos queratinócitos que vão se acumulando. Esse ciclo faz com que essas não consigam ser eliminadas eficientemente, formando manchas espessas e escamosas na pele.

Esta é uma doença psicossomática e não possui cura, apenas períodos de remissão. Sendo que se agrava ou pode ser desencadeada por diversos condicionantes, tais como fatores emocionais, histórico familiar, infecções (HIV), drogas, fatores endócrinos, tabagismo, obesidade, etilismo, tempo frio. O histórico familiar é um fator que se relaciona a essa doença por ser um predisponente, já os outros fatores, por afetarem o sistema imunológico e consequentemente levarem a uma maior vulnerabilidade do organismo. Assim, uma pessoa pode desencadear a psoríase apenas pelo estresse emocional, acarretando em alterações fisiológicas, principalmente do sistema imune, que levam à doença.

Existem sete tipos de psoríase, os quais estão citados abaixo:

  • Psoríase em placas ou vulgar:

Presença de lesões inflamadas, avermelhadas e sobressalentes, cobertas por escamas prateadas ou esbranquiçadas. Geralmente afetam couro cabeludo, cotovelos, joelhos e lombar, podendo atingir todas as partes do corpo, inclusive, genitais e dentro da boca. As lesões podem causar coceira, dor, rachaduras ou sangramentos.

  • Psoríase Ungueal

Afeta os dedos das mãos, dos pés e unhas, podendo atingir a matriz e o leito ungueal. Faz com que a unha cresça de forma anormal, engrosse, escame e perca a cor, surgindo depressões puntiformes e manchas amareladas. Em alguns casos a unha chega a descolar e, nos casos mais graves, a esfarelar.

  • Psoríase Gutata

Caracterizada por pequenas feridas em gotas, cobertas por uma fina escama, que aparecem no tronco, braços, pernas e couro cabeludo, sendo desencadeada por infecções bacterianas, como as de garganta.  

  • Psoríase Invertida

Atinge principalmente áreas úmidas, como axilas, virilhas, embaixo dos seios e ao redor das genitais, formando manchas inflamadas, vermelhas e que não descamam.

  • Psoríase pustulosa

Podem ocorrer manchas em todas as partes do corpo ou na região palmo-plantar, surgindo bolhas cheias de pus não infeccioso ou bolhas secas, seguidas de descamação. A psoríase pustulosa generalizada pode causar febre, calafrios, coceira intensa e fadiga.

  • Psoríase Eritodérmica

Caracteriza-se pelo acometimento de todo o corpo com manchas vermelhas, uma descamação maior, que podem coçar ou arder intensamente, e por uma inflamação sistêmica. Ela pode ser desencadeada por queimaduras graves, tratamentos com uso ou retirada abrupta de corticosteroides e infecções.

  • Psoríase Artropática

Além da inflamação na pele e da descamação, causa fortes dores nas articulações, tendo como desencadeador a complicação de qualquer forma clínica da psoríase. Embora seja menos grave do que a artrite comum pode causar rigidez progressiva.

2.3 Histórico

Os gregos, pioneiros em medicina, foram os primeiros a diagnosticar a psoríase. Estes classificavam as doenças de pele em psora, lepra e leichen, sendo Hipócrates (460-377 AC) um dos primeiros autores a descrever sobre estas doenças. Ele utilizou a palavra lopoi para descrever as erupções secas, escamosas e deformantes da psoríase, lepra e outras doenças de pele. O termo psoríase foi utilizado pela primeira vez por Galeno (133-200 DC).  A psoríase era classificada juntamente com a lepra até o final do século XVIII, sendo separadas definitivamente apenas em 1841, por Hebra, que definiu as características clínicas da psoríase.

O encontro de Freud com a Histeria e com a histérica está na origem da Psicanálise. Freud, em um mundo patriarca, via na histeria uma manifestação psíquica, como uma forma de significar o corpo e o mundo. Ele pôde perceber o “valor do sintoma” e estuda-los sob uma nova óptica.

Freud denomina de solicitação somática a propensão de algumas pessoas a transformar a dor psíquica em dor física, indicando, ainda, que a presença de doenças físicas anteriores à conversão favoreceria a localização do sintoma em uma determinada área do corpo (Freud, 1893-1895/2007). A presença de doenças físicas facilita a descarga do afeto "porque satisfaz", como indica, "o princípio de menor resistência”.

2.4 Diagnóstico

O diagnóstico da psoríase é baseado no exame físico da pele, couro cabeludo e unhas, necessitando eventualmente de biópsia de pele para confirmação do diagnóstico. Sendo necessária a coleta do histórico médico e uma discussão sobre a família. A doença pode então ser classificada de acordo com sua severidade para ajudar nas decisões do tratamento.

É importante discutir a família e a história médica quando o paciente é suspeitado experimentar sintomas da psoríase. Isto é porque há uma relação hereditária forte com psoríase. Adicionalmente, outros problemas médicos e a medicamentação particular podem igualmente ter um impacto na probabilidade de um indivíduo a sofrer da psoríase. Outros fatores do estilo de vida que podem ter provocado o início da psoríase são igualmente importantes.

O grau de severidade da doença é realizado pelo Índice de Gravidade da Psoríase por Área (PASI) e pelo Índice de Qualidade de Vida em Dermatologia (DLQI). O PASI á realizado em duas etapas, a primeira esta relacionada com a gravidade (avaliada de acordo com o eritema, espessura e escamação das lesões)  e extensão das lesões ( feito pelo cálculo da área coberta pelas lesões), e a segunda etapa pela combinação de dados coletados na primeira etapa, gerando um número que varia entre 0(casos em que não há psoríase) a 72(casos mais graves da psoríase). Já o DLQI mede o índice de qualidade de vida de uma pessoa, sendo realizadas 10 perguntas simples que avaliam o quanto a doença de pele afetou a vida do paciente ao longo de uma semana, considerando seis diferentes aspectos. Alternativamente, um método mais simples de classificação é baseado unicamente na área afetada do corpo, psoríase suave (menos de 3% do corpo afetado), psoríase moderada (3-10% do corpo afetado), psoríase severa (mais de 10% do corpo afetado).

O diagnóstico diferencial clínico compreende lúpus cutâneo, dermatite seborreica, dermatite atópica, dermatite de contato, linfoma T cutâneo e pitiríase rubra pilar para diferenciar da psoríase em placas; pitiríase rósea, sífilis secundária, erupção por drogas para diferenciar da psoríase gutata; erupção pustulosa por drogas, eczema disidrótico, micose vesicobolhosa dos pés e mãos e dermatose pustulosa subcórnea para diferenciar da pustulosa; erupção por drogas, dermatite ectematosa, micose fungoíde e pitiríase rubra pilar para diferenciar da eritodérmica; queratodermias congênitas, dermatites de contato e micose de pés e mãos para diferenciar da ungueal; dermatite seborreica e candidose para diferenciar da invertida.

2.5 Tratamento

A psoríase possui inúmeros tratamentos, sendo tratada por tópicos quando é considerada leve, por fototerapia e radiação UVB quando moderada ou grave, e uso de fármacos no tratamento sistêmico, quando grave.

 

2.5.1 Tratamento tópico da psoríase

Hidratantes e ceratolíticos

Todo paciente com psoríase deve habituar-se a usar hidratantes, mesmo se a doença estiver em remissão. Opções para hidratar a pele incluem creme de ureia, ceramidas, vaselina (com ou sem ácido acetilsalicílico) ou lactato de amônia.

Corticosteroides

Entre os medicamentos tópicos, os corticoides são os mais u, pois utilizados, pois são capazes de diminuir a inflamação da pele. Existem várias formulações tópicas à base de corticoides para o tratamento da psoríase, incluindo hidrocortisona, betametasona, clobetasol, fluocinonida, etc.

Análogos da vitamina D

Pomadas à base de vitamina D, como calcipotriol ou calcitriol, podem ser usadas em substituição ou junto aos corticoides, sendo o segundo mais eficaz. Entretanto,  não são indicadas para uso na face devido a fotossensibilidade.

 Alcatrão

Preparações com alcatrão estão disponíveis em xampus, cremes, óleos ou loções para serem aplicados sobre a pele ou couro cabeludo. Os medicamentos à base de alcatrão não causam efeitos colaterais graves, mas podem manchar a pele, cabelo e roupas. São geralmente usados ​​junto com corticosteroides ou com tratamentos de luz ultravioleta .

Inibidores de calcineurina

Os inibidores da calcineurina são medicamentos com ação imunológico e também podem ser usados por via tópica. As opções são o tacrolimos ou pimecrolimos em creme, usados especialmente na face e nas dobras da pele, tais como a axila ou sob os seios.

2.5.2     Luz ultravioleta para psoríase

Fototerapia/fotoquimioterapia

A fototerapia é um método terapêutico para a psoríase, sendo indicado para pacientes com lesões de grandes extensões, mas também pode ser utilizado em casos em que a área acometida é pequena. Os efeitos da fototerapia estão baseados nas ações da radiação ultravioleta (UV) de imunossupressão local, redução da hiperproliferação epidérmica e apoptose de linfócitos T. Sua utilização é feita 2-3 vezes/semana, em clínicas dermatológicas com exposição à radiação artificial ou banhos diários de sol, no período da manhã ou tarde.

Fototerapia com ultravioleta B (UVB)

A fototerapia com UVB em altas doses é praticamente tão efetiva quanto à com PUVA, com tempo de tratamento para obtenção de remissão discretamente maior. A radiação com UVB tem a vantagem de não requerer medicamento por via oral, por isso tende a ser mais bem tolerada, além de não necessitar de cuidados extremos após a sessão devido à fotossensibilidade. Ao contrário da PUVA, pode ser utilizada na gestação e lactação e não está contraindicada em casos de insuficiências renal ou hepática avançadas. A radiação UVB de banda estreita interfere na produção de proteínas e ácidos nucleicos, que leva à redução da proliferação de queratinócitos, redução do número de células de Langerhans, com prejuízo à capacidade de apresentação de antígenos, e redução de secreção de citocinas nos macrófagos.

O tratamento com radiação UVB constitui o tratamento de primeira linha para pacientes que não toleram medicamento por via oral; pacientes que relatam rápida melhora com exposição solar; pacientes com lesões de espessura fina; pacientes em gestação ou lactação; pacientes pediátricos.

Radiação PUVA

A fototerapia com psoraleno mais radiação ultravioleta A (PUVA) consiste num grupo de técnicas que utiliza psoralenos para aumentar a sensibilidade à radiação. A fototerapia com PUVA está indicada para pacientes com placas espessas; pacientes com envolvimento palmoplantar; pacientes com lesões ungueais; e pacientes que apresentaram falha terapêutica à fototerapia com radiação UVB.

Entretanto, os efeitos carcinogênicos da PUVA devem ser lembrados, especialmente nos fototipos mais baixos. 

Radiação UVB mais PUVA

As duas formas de fototerapia podem ser associadas com redução de doses totais, mas faltam estudos

sobre fotocarcinogênese. Assim, seu uso não é recomendado de rotina e também não é recomendado neste

Protocolo.

Radiação UVB mais tratamento tópico

Fotoprotetores como óxido de zinco, podem ser utilizados para proteger áreas que não precisam ser tratadas, a fim de evitar efeitos adversos nesses locais. A associação da radiação UVB de banda estreita ao alcatrão mineral, mostra resultados melhores.

Corticoides tópicos não alteram resultados da fototerapia.

Radiação UVB mais tratamento sistêmico

A associação de UVB e MTX parece ter bons resultados com a redução da dose utilizada, menos sessões de fototerapia e, assim, menor toxicidade, mas ainda não é recomendado. A combinação de radiação UVB e ciclosporina, seu uso em longo prazo não é recomendado.

seguida, iniciaram regime de fototerapia. As doses acumuladas de fototerapia foram significativamente

menores nesse grupo .Já a associação de UVB com retinoides, comprovadamente reduz doses de radiação e doses acumuladas da acitretina. A associação da radiação UVB de banda estreita e acitretina mostra-se melhor do que os tratamentos individuais para psoríase pustulosa palmoplantar.

2.5.3     Tratamento sistêmico por via oral

Nos casos considerados graves são indicados os fármacos de uso sistêmico, sendo os classicamente usados no tratamento sistêmico da psoríase moderada ou grave, o metrotrexato (MTX), a acitretina e a ciclosporina.

Acitretina

A acitretina pertence à classe dos fármacos retinoides e seu mecanismo de ação é feito através da modulação da proliferação epidérmica e da reação inflamatória. Por não ser fármaco imunossupressor, a acitretina é uma boa opção para pacientes HIV positivo com psoríase moderada a grave. Esta pode ser utilizada em todos os tipos de psoríase, mas possui melhores resultados na forma pustulosa e eritrodérmica .

A associação de acitretina à fototerapia (radiação UVB ou PUVA) permite a utilização de menores doses de ambos, o que reduz a toxicidade e o potencial carcinogênico da fototerapia. O efeito sinérgico está relacionado à redução da camada córnea que permite maior suscetibilidade aos efeitos da fototerapia.

Metrotrexato

O Metrotrexato(MTX) é  estruturalmente um análogo do ácido fólico e, dessa forma, inibe competitivamente a enzima di-hidrofolatorredutase (DHFR), interferindo na síntese do DNA e, consequentemente, na divisão celular. Sua ação na psoríase está baseada na atuação como fármaco imunossupressor, sendo recomendado como tratamento sistêmico de primeira linha para psoríase. Os resultados costumam demorar 3 meses para aparecer.

Ciclosporina

A ciclosporina é um fármaco altamente eficaz e de rápida ação sobre a psoríase, seu mecanismo de ação baseia-se na indução de imunossupressão pela inibição da enzima calcineurina, que promove a primeira fase de ativação das células T. Dessa forma, ocorre inibição de muitas citocinas inflamatórias.

Psoríase artropática: Utilização do anticorpo monoclonal neutralizador IL17, bloqueando a ligação de Il17 com seu receptor e impedindo que essa citocina pró-inflamatória desencadeie o processo imunológico.

Outras drogas

Várias outras drogas imunossupressoras têm sido usadas no tratamento da psoríase. Entre elas podemos citar: azatioprina, etanercepte, infliximabe e adalimumabe.

O excesso de medicamentos contra a psoríase, demonstra que não existe uma droga nitidamente superior e com efeitos curativos. Nenhum dos tratamentos citados acima é capaz de curar  a psoríase, mas, na maioria dos casos, a doença consegue ser bem controlada, proporcionando boa qualidade de vida ao paciente.

Psoríase artropática: Utilização do anticorpo monoclonal neutralizador IL17, bloqueando a ligação de Il17 com seu receptor e impedindo que essa citocina pró-inflamatória desencadeie o processo imunológico.

3 CONCLUSÃO

A partir dos dados e do conteúdo apresentados neste artigo, retirados de revisões bibliográficas, pode-se concluir que a psoríase pode ser desencadeada por fatores emocionais. Modificando a ideia retrocessa que doenças são geradas apenas quando fatores fisiológicos estão alterados . A psoríase sendo uma doença psicossomática pode ser desenvolvida ou agravada pela depressão, estresse do dia-a-dia no trabalho, em casa, no trânsito, nos estudos, e outros.  Sendo que esta doença possui uma tendência a aumentar na população mundial devido o aumento de doenças psicológicas, como a depressão, e também do nível de estresse.

4. REFERÊNCIAS

Silva J.,  Müller M. Uma integração teórica entre psicossomática, stress e doenças crônicas de pele. Estudos de psicologia (Campinas). Campinas, Apr./June 2007, 24,2.

http://www.psoriasiscouncil.org/docs/ipcpsoriasisreview_portuguese_sept2010_final.pdf?LanguageID=EN-US

https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=8&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjU4LG9gNXMAhUBWpAKHUTLA9MQFghFMAc&url=http%3A%2F%2Fdocplayer.com.br%2F12537810-Revisao-de-psoriase-do-cip.html&usg=AFQjCNEoH4mTBPsdn2DVWf_W8ct5KTHozA

http://www.solapso.org/archivos/consbra.pdf

http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v24n2/v24n2a12.pdf

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-48382012000100006

Baixar o Endnote ou Medeplay.

3 WIKIPÉDIA. Desenvolvido pela Wikimedia Foundation. Apresenta conteúdo enciclopédico. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Estresse>. Acesso em: 16 May 2016

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042015000600469&lang=pt

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722012000200005&lang=pt

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962011000600008&lang=pt

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962004000400002&lang=pt

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962004000300002&lang=pt

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962011000600014&lang=pt

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962010000400011&lang=pt

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962009000300005&lang=pt

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962011000600008&lang=pt

http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-07932014000400007&lang=pt( LER)