Relação do Congresso de Viena com a Independência do Brasil
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 12/03/2013 | HistóriaRelação do Congresso de Viena com a Independência do Brasil.
EM 1815, o Brasil era apenas uma colônia portuguesa, em 1822 o mesmo recebeu o título de Reino Unido junto à metrópole esse fato indelével está relacionado diretamente com a mudança da corte portuguesa para o Brasil e com as determinações resultadas do Congresso de Viena.
Com a transferência da família imperial para o Brasil aconteceu um fato político peremptório interessante, o príncipe de Portugal Dom João VI passou a governar a metrópole e seus domínios não mais a partir da coroa, com ação administrativa exatamente da colônia.
Esse acontecimento não foi aceito pelo povo português. Então com a elevação do Brasil a Reino Unido o príncipe regente passou a ser denominado aquele que desenvolveu sua governabilidade, fora da lógica da geopolítica da época, o que não estava previsto para aquele momento histórico.
Além naturalmente senhor das conquistas realizadas na África e outras partes do mundo. Mas qual a relação do Congresso de Viena com a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, isso em referência ao ano 1808, fato o qual foi propelido para seu entendimento.
Obviamente o que está relacionado com vários fatores. Uma das principais razões políticas está determinada com a invasão francesa, certa prosápia de Napoleão, Portugal não conseguiu resistiu tal situação apesar do apoio político e econômico inglês.
Bonaparte antes tinha dominado vários países na Europa, como a Áustria, Prússia, Rússia e Espanha seu objetivo fundamental dominar a Europa e impor a mesma ao seu modelo de desenvolvimento político e econômico perlustrou com objetividade seu propósito.
Na verdade Napoleão queria que esses países não desenvolvessem o comércio com a Inglaterra, motivo pelo qual a mesma estava empenhada em defender Portugal, o que fez com eficiência.
Quando Portugal consegue ficar livre da intervenção francesa, a Inglaterra nomeia um interventor que governava Portugal e prestava obediência ao príncipe Dom João VI no Brasil.
O príncipe governou perviamente o Brasil a partir do ano 1808. Essa situação política com outras medidas tomadas pelo regente durante a sua passagem pela colônia, como por exemplo, a abertura dos portos, o que levou como reação uma revolução constitucionalista em 1820 em Portugal.
Outro fato político inexoravelmente importante aconteceu com a derrota de Bonaparte enfraquecendo politicamente a França, na guerra de Waterloo, na Bélgica, então as monarquias da Europa reuniram em Viena na Áustria.
Objetivo estabelecer as monarquias, na defesa no estabelecimento do princípio da restauração e legitimidade e do equilíbrio do poder a questão das fronteiras geográficas, evitando pernície à coroa real.
Em primeiro lugar ficou estabelecido à restauração das monarquias, que tinha sido destruída pelas tropas de Napoleão, as que estavam no poder antes do bloqueio continental.
As monarquias tinham como finalidade estabelecer poder político militar por meio das referidas, essa tática evitar o movimento expansionista liberal tendo em frente Napoleão.
Para defesa das monarquias era fundamental organizar e manter os exércitos atentos, com a finalidade de defender os Estados monárquicos.
Eles tinham com pervicácia ajudar uns aos outros. Mas então qual o grande motivo de elevar o Brasil ao Reino Unido de Portugal.
Quando foi realizado o Congresso de Viena, a realeza portuguesa estava no Brasil, numa situação politicamente minimamente idiossincrática, Dom João VI dirigia Portugal a partir de uma colônia, era inconcebível do ponto de vista político para a metrópole.
De acordo com os princípios adotados pelo Congresso de Viena, a Casa de Bragança, que reinava em Portugal antes da invasão napoleônica, teria que ser restaurada, era o objetivo principal.
Porém, Dom João VI estava no Brasil, não residia naturalmente em Portugal. O nosso país era uma colônia, não tendo o mesmo quilate político que o Reino.
A perspectiva formulada para resolver a contradição, foi determinar o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, seguindo, naturalmente o modelo inglês feito Reino Unido da Grã-Bretanha.
A grande antítese não resolvida no momento, o reino tinha dois centros políticos de poder: Lisboa, e Rio de Janeiro, onde residia naquele tempo o príncipe regente.
Essa contradição continuou por outros anos, quando aconteceu em Portugal, a Revolução Constitucionalista de 1820, obrigando que a coroa tomasse providência a respeito do próprio poder em referência ao governo português.
Pressionado pelas forças políticas de Portugal Dom João já havia sido transformado em rei, após o falecimento de Maria I, teve que voltar rapidamente à Europa, ano de 1821, caso contrário poderia perder a coroa.
Em seu lugar, deixou o príncipe herdeiro Pedro de Alcântara de Bourbon, como príncipe regente. Na verdade ele tinha como objetivo dar a família duas coroas.
Jamais passaria pela sua cabeça que um dia a monarquia viesse ser substituída pela República o que veio acontecer tardiamente com a queda do imperador Pedro II.
Contudo, a rápida evolução da crise política levaria, já em seguida, à proclamação da Independência da maior colônia portuguesa.
O príncipe regente tornava-se, assim, Dom Pedro I, o primeiro imperador do Brasil. Foi exatamente o que aconteceu, a elevação do Brasil a Reino, colaborou em fazer a monarquia restabelecer em Portugal em um curto tempo, mas o Brasil tornou-se definitivamente independente de Portugal.
Edjar Dias de Vasconcelos.