Relação da Psicanálise e do Direito
Por Adriana Ferreira | 14/06/2019 | SociedadeA Psicanálise e o Direito,tendem a compartilhar a idéia tem em comum a conduta humana, ainda que divirtam quanto a complexidade e possibilidade de integração desses conhecimentos, ambas são influentes e mutuamente enriquecedoras de seu objeto de interesse, ambas partem do indivíduo como sujeito único, responsável pelos seus atos e condutas e com capacidade para modifica-los, porém temos salientar a importância das diferenças entre as duas disciplinas, quanto a valores, primícias básicas e métodos de aproximação e compreensão.
O Psicanalista tem que ser treinado para trabalhar no contexto forense, de forma de entender melhor o lado jurídico, mas vale ressaltar que existe o fator tanto de amenizar como de intensificar o conflito, e isso depende muito de como o profissional do direito trata as diferenças entre a Psicanálise e o Direito.
O profissional da área do direito no primeiro momento utiliza o pressuposto que o homem pode decidir sobre suas ações, a Psicanálise busca e vê a presença de fatores psicopatologico que pode impedir o sujeito de avaliar sua conduta, examina explicações dos fatores que determinam o comportamento.
Na teoria comportamental a conduta pode ser relativa ao resultado da história pessoal, punições e recompensas, que vem por deternimismo intrapsiquicos.
Essas diferenças conceituais quanto a compreensão do ser humano vai resultar na motivação e compreensão do caso, onde uma causa psicopatologica pode ser identificada para explicar uma conduta, o que concebe mostrar ao Direito que o sujeito não estava de posse de suas faculdades mentais normal e não poderia responsabilizar por sua conduta, na prática a Psicanálise mostra que uma condição orgânica possa explicar o comportamento, vale ressaltar que o mesmo serve para mostrar o contrário afirmando que o sujeito não tem pré disposição a conduta de psicopatologia de comportamento.
É de grande importância o cuidado e eficiência a redação do laudo, pois em função das diferenças paradigmática, muitos termos podem ser mal interpretados pela área jurídica, onde Psicanálise e Direito possuem culturas diferenciadas, nas quais os mesmos termos podem ter significados muito diferentes.
Quando se discute a natureza dos fatos, cada profissional constrói a noção do que é um fato, o psicanalista trabalha com a probabilidade psíquica e juristas nem sempre são sensíveis a essa perspectiva.
Outro fato importante é o efeito da idade mínima para a responsabilidade penal, para o psicanalista isso pode não corresponder ao desenvolvimento individual do sujeito avaliado, onde pode-se mostrar tanto o lado psíquico, quanto o grau de crueldade consciente desde muito cedo em cada sujeito, e reconhecer isso ainda é um grande desafio de cultural no Brasil.
Participar dessa discussão da política de direitos civis e penais é algo muito importante para todos, pois a Psicanálise vem contribuindo muito nas normas já existentes, desde a quantidade de informações para um processo, quanto para interpretação de dados ligados ao contexto geral da vida do sujeito contendo dados relevantes da matéria legal.
Hoje é muito comum em casos de repercussão social, psicanalistas serem consultados em discussões públicas, essa situação geralmente acontece em casos que mobilizam a comunidade e muitas vezes conseguem levar orientações de percepção psíquica direta, muitas vezes inserindo um alerta, um olhar diferenciado para afeto embotado, labilidade, neologismo, entre outros.
Concluí que a parceria da Psicanálise para o Direito é atribuir ou não ao sujeito um status de debilidade ou insuficiência e sua capacidade comportamental.