REFLEXÕES

Por Pedro Gomes da Silva | 12/08/2010 | Filosofia

Aqui eu reporto-me ao tema amplamente abordado em todos os eventos, promovidos pela igreja e todas as suas pastorais, onde entre outros, um dos mais condenados e prejudiciais a causa evangelizadora, da igreja é o comodismo. Muitas vezes apresentado em múltiplas facetas, como desculpa pelo não cumprimento de suas obrigações, na igreja e na comunidade.
Pois assim como eu nunca ouvi dizer, que o padre houvesse esquecido de rezar a missa, hora ou local, assim como todos os objetos sagrados, por força de juramento de um compromisso assumido.
Assim, pois, entendo que devemos prazerosamente agendarmos em nosso cotidiano todos os deveres, da igreja e da comunidade, repartindo-os entre nós equitativamente, respeitando as condições físicas de cada um em situações adversas.
Sendo que, ao meu juízo não acho correto esperar que meu irmão disponha de todo seu tempo restante dos seus afazeres, que poderia ser usado em seu descanso ou como lhe aprouver.
Para se dirigir à minha casa convidar-me e executar compromissos já assumidos por mim e que deverão ser regularmente executados, como se ele dispusesse de todo tempo do mundo, e seu afazeres fossem de somenos importância, negando-lhe assim o sagrado direito da partilha.
E ainda invocando para mim as beneficias do salutar repouso, enquanto deixo para meu irmão todos ou a maioria dos trabalhos da igreja, pastoral ou comunitário, negando-lhe também minha solidariedade. E ainda escudado na desculpa do: não tive tempo, não fui informado ou não deu pra ir, ridicularizando meu irmão. Negando-lhe assim a minha fraternidade humana. Não vejo de modo algum em minhas ações o propósito de co-responsabilidade. (1Jó ? 3:11)
Por isso sem ter a intenção de apontar pessoa alguma, mas apenas analisando os fatos, e muito mais os meus conflitos.
No ver, julgar e no agir comunitariamente, pergunta-me:
SEREMOS NÓS OU SEREI EU, O DONO DA VERDADE?
SEREMOS NÓS OU SEREI EU, O MAIS OCULPADO DOS HOMENS?
A ponto de não poder dispor de algum espaço do meu tempo para o bem comum?
Partindo do princípio: O tempo de fundação da nossa comunidade, já teríamos alcançado a nossa meta evangelizadora, humanitária, fraterna e conscientizadora?
Segundo o evangelho nos diz em 1Jô ? 3:18. E o corpo físico de nossas instalações comunitárias. Teríamos ou teria eu, ignorado a lição de humildade, que Jesus nos deu através do seu Santo pai carpinteiro. E sucumbido à prepotência.
Bem, a meu ver, ou salvo melhor juízo, está na hora de repensarmos tudo isso. E irmanados todos, sob a bandeira da paz que Jesus empunhou, imbuirmos do mais puro espírito de justiça, dar o testemunho do sol da terra e luz do mundo, fazendo cumprir-se assim os desígnios de Deus.
Isto é um desafio. Mostremos-nos, pois capazes de sermos chamados filhos de Deus e povo unido.


PEDRO GOMES DA SILVA