Reflexão sobre a morte de CHAVES - Wallas Cabral de Souza

Que humor vai além da imoralidade, insinuações grosseiras e palavrões? Que piada engraçada tem o tempero da simpatia de coisas do dia a dia de forma simples, pura até, e não de "sacanagens" com a pura preocupação de um ibope selvagem e estúpido? Que programa que não precisa provar mais nada para ninguém quanto ao seu efeito, uma vez que com um humor ingênuo e objetivo, reflete o que nós como uma criança comum se mostra ao mundo. Um programa que mostra o nosso medo do desconhecido, das incertezas mais doces e dos nossos desejos mais loucos... Quem não tem consciência da criança que está em nós não se conhece como essência. A felicidade sem muitas complicações e o valor da palavra AMOR ao próximo com sentimento traz nesse programa a receita que admiramos com risos. desde os pequenos até os idosos, quantas gargalhadas e menções se fazem a este mentor de sensibilidade!! Essas respostas vão além dos apresentadores que se dizem engraçados no Brasil, vão infinitamente além do "ZORRA TOTAL", programa apelativo ao cubo e muito forçado, porém enlatados de superficialidade, vão além até mesmo diante de tudo o que imaginamos sobre comédia, pois foi com sentimento que construiu-se uma cadeia de efeito e com repercussão que se encontrou. E o ciclo da vida põe o fim a um nome. Morre Chaves! O mentor do que o mundo inteiro um pouco desejou, sentiu e decidiu, de uma forma ou de outra, se identificar. Este conseguiu tirar lágrimas de mim, mas tenho certeza que não fui de longe o único. Adeus, amigo!