REDE DE AFILIADOS NO BRASIL: UM MERCADO COM GRANDE POTENCIAL
Por Vanjosé Ursine Fudoli Júnior | 07/10/2016 | AdmResumo:
Este artigo tem como objetivo demonstrar o potencial de crescimento da rede de afiliado no Brasil. Este mercado, que tem como base o marketing on-line, ainda não está totalmente desenvolvido. No Brasil, existem poucas grandes Redes de Afiliados, com destaque para a Lomadee, Rise, Afilio e Zanox. Essas empresas atuam dentro de um segmento em franco crescimento e promissor. Cabe aos afiliados entender o potencial da área e buscar por informação, pois se trata de um mercado ainda novo e desconhecido no Brasil. Portanto, este estudo visa demonstrar as principais vantagens e desvantagens da rede de afiliados, o que culmina no fato de que tal mercado está ainda em fase embrionária e ainda requer cuidados e paciência, por se tratar de algo novo, requer ajustes e certa desenvoltura de seus afiliados.
Introdução
Atualmente, vive - se um mundo dinâmico, onde o cenário empresarial torna - se cada vez mais competitivo, tornando - se necessário conhecer as diversas ferramentas do marketing online, para que mercados potenciais sejam completamente explorados. Quem ainda não trabalha com e-commerce ou não conhece, ou está atento às novas tendências de marketing online, dificilmente deve conhecer o que é uma "Rede de Afiliados". Trata-se de um modelo de vendas e publicidade pela internet, que explora principalmente as mídias sociais, onde afiliados, cadastram seus sites ou redes sociais para divulgarem promoções e ofertas de empresas (anunciantes) e recebem uma porcentagem em cima das ações que geram resultado, ou seja, uma nova maneira de faturar navegando na internet. (AUGUSTO, 2012) A afiliação acontece em sites de cupons de desconto, comparadores de preço, Publisher (blogs e sites de conteúdo), e-mail marketing, redes sociais, PodCasting, sites de fidelidade e programas de Cash Back. A Rede de Afiliados é um mercado ainda em crescimento no Brasil, mas que ainda depende de uma mudança de mentalidade da população, que deve entender que é totalmente possível viver deste trabalho e dedicar tempo em busca de novos parceiros para ampliar as suas redes sociais, o que torna mais visíveis as marcas divulgadas. (AUGUSTO, 2012).
Segundo a Affiliate Bench Marks (2012), empresa especializada em pesquisas de marketing online, nos Estados Unidos, as Redes de Afiliados geram 23% das vendas dos varejistas online. Além disso, compradores que 3 passam por esses canais gastam cerca de U$ 7 a mais que consumidores comuns. Ainda não existem pesquisas sobre o assunto no Brasil, mas estimase que a porcentagem das vendas geradas por redes de afiliados no Brasil ainda não representa 2% das vendas on-line.
Para se ter uma ideia da força deste comércio on-line, no mercado americano, existem agências de marketing online especializadas no gerenciamento das redes de afiliados. Estas empresas oferecem um serviço funcional para os grandes varejistas, pois esses não precisam se preocupar com a administração de seus afiliados e exploram melhor o potencial deste canal. No Brasil, existem poucas grandes Redes de Afiliados, destaque para a Lomadee, Rise, Afilio e Zanox.
Diante do exposto questiona-se: A Rede de Afiliados pode agregar valor as vendas online, no Brasil? O trabalho justifica-se pela possível relevância de aderir a um plano de afiliados ser uma grande oportunidade para pequenos, médios e grandes varejistas e também para quem quer ganhar dinheiro como afiliado, neste mercado de franca expansão.
O objetivo deste artigo é demonstrar as principais vantagens e desvantagens da rede de afiliados.
Métodos
A metodologia utilizada neste trabalho foi a realização de uma pesquisa bibliográfica, com caráter exploratório. A pesquisa bibliográfica foi realizada a partir de materiais publicados em livros, revistas, internet, dissertações e teses, sendo feita durante os meses de Maio a Outubro no ano 2015, na qual utiliza as seguintes palavras-chaves: rede de afiados, cashback, marketing on-line e redes sociais. Conforme Richardson (1999), método é o caminho ou a maneira pela qual pode-se chegar a um determinado objetivo, o que diferencia-se assim do conceito de metodologia, que refere aos procedimentos e regras utilizadas pelos métodos. A pesquisa bibliográfica é uma etapa fundamental do trabalho científico que influencia todas as etapas de uma pesquisa, na medida em que utiliza o embasamento teórico no qual baseará o trabalho. Segundo Cervo, Bervian e da Silva (2007), a pesquisa bibliográfica “constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado ”. Revisão de Literatura Numa época em que não se espera que os consumidores sejam fiéis, conseguir manter a fidelização não é uma tarefa fácil para nenhuma empresa, manter a sua marca em evidência é tarefa das mais árduas e requer muito empenho e criatividade. A lealdade às marcas pode ser demonstrada em dezenas de formas, mas nem todas têm impacto direto nas vendas, se não bastasse a dificuldade que existe para mensurar este impacto, exemplo disso é o que acontece com os meios digitais, especialmente o Facebook, que oferece uma métrica nova: os links nas páginas das marcas. O objetivo primário é o de que os consumidores gostem das marcas, o objetivo secundário é repetir uma compra. De acordo com Kotler e Armstrong (1998, p. 10) “...muitas organizações seguem o conceito de venda, o qual sustenta que os consumidores não comprarão uma quantidade suficiente dos produtos de uma empresa a menos que está dispenda um grande esforço em vendas e promoção.” Algumas empresas têm um compromisso assumido com o seu cliente no sentido de colocá-lo sempre em primeiro lugar e ser-lhe leal em todas as decisões. Tudo que elas fazem depois é que ditar as regras, a abordagem e o tipo de transformação que criam dentro de seu negócio. Este tipo de lealdade gera também a lealdade, ou fidelidade dos consumidores, porque os compromete no seu próprio compromisso. Surge então o Marketing Relacional 5 (MR), segundo Evert Gummesson (2005), “é Marketing baseado na interação entre redes de relações.”. Os primeiros programas de fidelidade foram criados por companhias aéreas nos Estados Unidos na década de 80. No início da década de 90, a TAM trouxe esse conceito para o Brasil, seguida pelo Smiles. Rapidamente empresas de diferentes setores começaram a perceber a importância de premiar seus clientes para fidelizá-los. (GUMMESSON, 2005) Ao adotarem um programa de fidelidade para seus clientes, algumas empresas perceberam que essa fidelização crescia somente até os limites da empresa e elas poderiam trazer outras empresas para seus clientes, fidelizando-os ainda mais. Assim, começaram a surgir os Programas de Coalizão, que reúnem diversas empresas de diferentes setores. (GORDON, 1999) Um programa de fidelidade só alcança seu objetivo se fizer o cliente se sentir em uma situação vantajosa. Para isso, o cliente precisa ser recompensado e, o mais importante, se sentir recompensado. Assim, os programas de fidelidade criaram diversas formas de recompensar aos usuários: descontos cumulativos, pontos, produtos, serviços e o mais recente, dinheiro (cashback). Os clientes procuram hoje empresas que “otimizaram ao máximo o uso de seus limitados recursos, aproximaram-se de seus clientes e criaram soluções que satisfizeram melhor suas necessidades.” (KOTLER, 2000, p.24). O diagrama abaixo mostra a diferença, do posicionamento do cliente, entre o organograma tradicional e organograma de empresa orientada para o cliente (Kotler, 2000).
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