Recuperação, manutenção da saúde, condicionamento físico: uma questão de esforço e sacrifício
Por Luiz Alberto da Silva Barreto | 02/11/2011 | SaúdeDr. Luiz Barreto Fisioterapeuta e Fisiologista do Exercício
Quando se trata de esforço físico, nem todas as pessoas estão dispostas a fazer sacrifícios.
Cada vez mais um número crescente de pessoas procuram métodos que não exijam sacrifício físico para conseguir: a manutenção da saúde, um corpo perfeito e um bom condicionamento físico, em detrimento dos métodos tradicionais. Só que não existe nenhuma fórmula milagrosa para se conseguir essas condições que não necessite ser complementada pelo velho e bom esforço físico. A dor e o cansaço são preços que se deve pagar para conseguir o objetivo almejado. Sendo assim, alguns preferem o lazer, a bebida, o cigarro, as conversas dos bares e lanchonetes que proporcionam prazer, não requerem sacrifícios físicos e não causam dor. Pelo menos imediata.
As pessoas tem objetivos, são motivadas por estes objetivos, mas muitos deles necessitam de algum esforço para serem alcançados. Para Duvidoff (1983) a motivação é um estado interno que resulta de uma necessidade e que ativa ou desperta o comportamento usualmente dirigido ao cumprimento da necessidade ativante. Em outras palavras, deve haver um objetivo a se conquistar para que as pessoas queiram mover-se para consegui-lo. Morgan (1977) refere-se a motivação como sendo “o motor do comportamento”. Por exemplo, na reabilitação, se a pessoa deseja andar, precisa se esforçar para realizar os exercícios. Na maioria das vezes isso requer sacrifício intenso.
Na cultura física, a pessoa que deseja esculpir um corpo bonito, precisa se esforçar muito. Sacrifício é a palavra chave. Na manutenção da saúde, também é necessário esforço e sacrifício para manter-se saudável. Mesmo assim, para muitos, esses objetivos parecem não ser suficientes para motiva-los ao esforço e sacrifício. Oliveira ( ) refere-se a essa atitude como sendo inerente a natureza humana de evitar a dor e o desconforto, procurando caminhos mais amenos e prazerosos.
Até o presente momento, não foi relatado em nenhum estudo uma fórmula mágica de se conseguir objetivos físicos sem o mínimo de esforço e sacrifício por parte das pessoas.
Referências
DUVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. MacGraw-Hill. 1983,SP
MORGAN, Clifford T. Introdução à Psicologia. McGraw-Hill. 1977,SP
OLIVEIRA, Marques. Como Persuadir Falando. Ediouro. RJ