Realismo Informacional na Tese de Ramon Capelle
Por Alex Freitas | 24/01/2009 | FilosofiaIntrodução
O presente artigo tem por finalidade abordar a temática do "Realismo Informacional" do ponto de vista de Ramon Capelle. No entanto, não se pretende aqui aprofundar todos os aspectos do tema. Buscar-se-á aqui elaborar um mapa conceitual das principais abordagens filosófico-científicas do conceito de informação.
Num primeiro momento, a abordagem recairá sobre o conceito de informação enquanto suporte do todo existente. A informação é aqui entendida como um processo auto-organizado que permite o estabelecimento de padrões de ação para organismos situados em ambientes governados por relações compartilhadas de ordem.
Posteriormente a preocupação será em mostrar como a informação auto-instanciadora, matriz disposicional das respostas adaptativas de um organismo ao seu ambiente, é entendida em termos de princípios bio-organizacionais em atuação no domínio dos seres vivos.
Na terceira parte será abordada a conexão entre o repertório de prescrições disposicionais e o organismo no processo de auto-instanciação informacional.
Por fim, finalizar-se-á refletindo sobre os aspectos físico-químicos damatriz informacional intrínsecos aos elementos existentes na natureza. A organização está presente no mundo externo e, dessa forma, incorporada na percepção – ação dos organismos.
1. Informação: uma propriedade basilar do universo
Dando início à reflexão sobre o realismo informacional, pretende-se neste primeiro tópico apresentar o que é e em que se caracteriza a informação. De acordo com Ilya Prigogine, não há como discursar sobre a ordem do universo, pois a matéria é infinitamente dividida, constituindo a lei do caos. Diferente de Prigogine é a posição do filósofo e biólogo Tom Stonier, que diz sobre a não existência do conceito caos, mas afirma que o universo possui uma informação que propicia a sua auto-organização. É a partir do pensamento de Stonier que se delineará a primeira etapa desta pesquisa.
Em Stonier existe algo que proporciona a organização do universo, independentemente de uma prova racional ou de um significado, a qual ele denomina informação: "[...] informação existe. A informação não necessita ser entendida para existir e nem requer inteligência para interpretá-la. Ela não tem que ter significado para existir. A informação existe.".[1]
Segundo Stonier, a informação tem como causa final a organização da matéria. Essa organização se faz presente na micro e na macro estrutura da matéria, nos sistemas biológicos, nas percepções sensíveis, no fluxo da consciência e nas sociedades. A ordem é, portanto, o reflexo do conteúdo informacional de um sistema – estrutura onde as partes interagem entre si, separadas dos outros que forma um conjunto que é autônomo e que, a principio, não interage com os outros.
Desse modo, pode-se dizer que, assim como a matéria e a energia, a informação desfruta de um estatuto ontológico objetivo enquanto se apresenta como propriedade intrínseca do universo. No entanto, ela não pode ser explicada a não ser por analogia ao conceito de energia. Se por um lado a energia se manifesta de diversos modos (calor, som, elétrica, luz), a informação se manifesta em diversas modalidades, tais como:
estrutural (que reflete a organização da matéria e da energia), cinética (a informação em ação, produzindo eventos termodinamicamente improváveis), temporal, espacial, biológica (expressão do código genético), lingüística humana, em código de máquina, etc.[2].
Se a energia é definida como capacidade para realizar trabalho, a informação se define como "capacidade para organizar um sistema". Por assim dizer, a organização é a expressão física de um sistema que contem informação.
Além do que foi apresentado acima, cabe ainda dizer que a informação pode ser acrescentada a si mesma, possibilitando níveis altos de auto-organização como afirma Stonier:
[...] a continua adição de calor à matéria resulta na obtenção de certos valores críticos, pontos nos quais ocorrem transições de fase. Dessa forma, a continua adição de informação à matéria resulta em alcançar o equivalente a uma transição de fase, em que sistemas se tornam reorganizados em novas classes de padrões. A mudança de fase envolvida com a adição de informação resulta na criação de hierarquias de informação[3].
De acordo com Stonier, a hierarquia informacional é entendida como "[...] o acréscimo e o subseqüente encapsulamento da informação em camadas de crescente complexidade."[4] Nesse ponto as propriedades globais desempenham um papel importante, isso porque elas, apesar de derivarem da própria interação (material – energética – informacional) entre os elementos que constituem um sistema, não se reduzem à soma desses elementos.[5] Tais propriedades apontam para a existência de um salto qualitativo na passagem do micro para o macro na estrutura da matéria.
Além disso, no que tange à informação, todos os sistemas são gerados a partir de sistemas mais elementares, onde cada patamar superior pode ser entendido como manifestação de uma nova organização. A consciência, por exemplo, é algo que surge da relação do corpo/mente em interação com o ambiente. Da organização cerebral máxima (avançada) surge a consciência – uma propriedade que não estava na matéria, que não existia no sistema, portanto, uma propriedade emergente.
Até o presente momento, buscou-se discorrer sobre a hipótese central de Stonier, isto é, de que a organização provém da existência de uma propriedade basilar do universo: a informação. Viu-se que ela é responsável pela organização do todo, e não apenas da soma de partes da matéria. É uma ordem que unifica a própria ordem, cria uma estabilização no sistema. Diante disso, pode-se concluir, até o presente momento, que o conteúdo informacional é suporte de todo o existente.
Após expor os postulados de Stonier acerca da natureza ontológica da informação, apresentar-se-á agora sua tese central, a saber: "[...] 'os entes que povoam o mundo' são 'portadores de informação potencial', possuem 'uma interioridade informacional.'"[6]81
2. A informação auto-instanciadora
Depois de observado que no pensamento de Tom Stonier a existência da organização decorre da presença ontológica da informação, que é a propriedade básica do universo, a reflexão recai agora sobre a organização dos sistemas biológicos como expressão da capacidade de auto-instanciação informacional. O que se perceberá é que a organização corresponde a um índice da presença da informação nos sistemas físicos, biológicos, psicológicos e sociais.
Assim como Stonier, Cooney defende que a informação auto-instanciadora assemelha-se a um repertório interno de prescrições disposicionais responsável pela inserção sensorial ou biossemiótica, do organismo ao seu ambiente.[7] A partir da evolução natural das espécies houve uma complexificação dos sistemas auto-instanciadores. Diz Cooney:
Tanto a estrutura da molécula de DNA de uma bactéria quanto a organização neural do cérebro correspondem a casos de informação armazenada que permite que o organismo detecte eventos relevantes e selecione respostas apropriadas.[8]
Em relação à interação mente/mundo, este autor tem como pressuposto o isomorfismo entre os perceptos e a reverberação informacional no espaço interno que identifica o percebedor. Assim sendo, o percebedor entra em contato com aquilo que lhe é exterior e não o organiza por representações mentais. A noção principal por trás do rótulo informação auto-instanciadora é a noção de estabilidade morfogenética.[9]
A estabilidade morfogenética constitui-se pela atuação de mecanismos de controle adaptativos responsáveis pela manutenção de uma identidade biológica específica no percurso do tempo. Esta manutenção só é possibilitada porque o organismo responde às variações ambientais externas ou internas sem alterar o repertório de respostas adaptativas.
O papel que a informação auto-instanciadora desempenha, em síntese, define-se assim: supervisiona os estados temporais, ou instâncias, de um organismo; identifica variações internas e/ou externas; responde adaptativamente.
Por meio da atuação de complexos interdependentes e unificadas redes de condições nomológicas (nomologia = estudo das leis que presidem os fenômenos naturais), um organismo forja a sua auto-manutenção/auto preservação dinâmica.[10]
No que diz respeito à auto-preservação dos organismos, o que se sabe é que os componentes físicos necessitam ser constantemente substituídos e renovados. Isto fica claro quando se pensa na "cobertura estomacal". Percebe-se que esta estrutura tem a capacidade de se renovar a cada cinco dias. Já o fígado pode se regenerar de dois em dois meses. Noventa e oito por cento dos átomos do corpo são substituídos a cada ano. Entretanto, mesmo que haja uma renovação dos átomos/células/tecidos da estrutura corporal, uma identidade biológica (bio-psíquica) é preservada.
Sendo assim, entende-se que a informação auto-instanciadora se manifesta como propriedade irredutível aos componentes físico-químicos passageiros do organismo. Por isso, um organismo deve ser compreendido em termos de um feixe de respostas biológicas ou adaptativas, aos eventos e/ou contingências internas e/ou externas. E estas respostas necessitam estar incorporadas ao fluxo ininterrupto e constante produção de componentes materiais. Ou seja, entende-se o organismo dentro de um processo de respostas adaptativas, e não em termos de uma coleção de componentes materiais.[11]
O que se conclui é que a informação é responsável por uma contínua atividade de controle adaptativo e pela auto-manutenção biológica do mundo. E dentro desta auto-manutenção está incluído o controle metabólico, mecanismos de transcrição-tradução, gênese e substituição de componentes físico-químicos; padrões de ação instintivos e autônomos; recepção sensorial de perceptos; e ao menos no que diz respeito ao organismo humano, abertura epigenética simbólico-cultural ao ambiente.[12]
3. Causação final-eficiente (informacional)
A causa final pode ser entendida em termos da existência de tendências gerais. O que o autor Schaeffer propõe é a substituição da causa final pela causa informacional. Isto se dá, pois a informação, propriedade básica do universo, define-se em termos da existência ontológica de princípios universais que organizam a evolução dos sistemas tanto físicos, quanto biológicos, como psicológicos e sociais.[13] Na concepção peirceana a causação final é um
[...] modo de produzir a ocorrência de fatos de acordo com uma descrição geral do resultado, inteiramente independente de qualquer compulsão para tal descrição ocorrer deste ou daquele modo. [...] A causação final não determina em qual particular modo o efeito há de ocorrer, mas somente que o resultado tenha um certo caráter geral.[14]
Como se pode entender da passagem de Peirce supracitada, a causação final associa-se à idéia de terceiridade, ou terceira categoria ontológica. E esta pode ser compreendida como um feixe de hábitos capaz de conectar a possibilidade à restrição da possibilidade. Isto leva à estabilidade ontológica dos existentes. A informação, de modo semelhante à terceiridade, pode conectar matéria e energia compondo sistemas organizados. A informação auto-instanciadora pode ser entendida como manifestação de princípios gerais, ou causas finais em atuação no plano das organizações vivas, intentando promover a auto-manutenção dos organismos.[15]
Já a causação eficiente é somente uma força que segue e atualiza informacionalmente as prescrições gerais inscritas nas leis. Como diz Peirce: "Lei, sem força para executá-la, seria uma corte sem xerife..."[16]. Quando não há o poder organizador das leis, a causa eficiente, ou força, somente espalha a desorganização. A causalidade final não pode ser pensada sem a causalidade eficiente. Uma causa eficiente, dissociada de uma causa final na forma de uma lei, nem mesmo possuiria eficiência.
O mais importante aspecto do tratamento que Peirce confere à causação é a percepção de que a causa eficiente e a causa final constituem um par complementar, que só podem ser separadas por abstração. Schaeffer concebe a informação auto-instanciadora como:
[...] um conjunto de regras internas ou premissas de possíveis silogismos; as situações ambientais correspondem a complexos de premissas menores; e as respostas do organismo (enquanto sistema auto-instanciador) constituem as inferências dedutivas através das quais unicamente há manutenção ontogenética de si.[17]
Esta é uma possível resposta ao problema da conexão causal entre a informação presente no código genético e o organismo em um processo de auto-instanciação. Enfim, o repertório interno de prescrições disposicionais de um sistema auto-instanciador corresponde à premissa maior de um silogismo hipotético (causa-final). Um evento ambiental corresponde à causa eficiente (premissa menor). Schaeffer sugere que os eventos ambientais eficientes constituem o próprio ambiente do organismo.[18]
4. A hipótese informacional do conhecimento sensorial
Dentro da reflexão proposta por Ramon Capelle acerca do realismo informacional, percebe-se que um outro aspecto importante que ele propõe é a questão da "hipótese informacional do conhecimento sensorial" na perspectiva de Schaeffer.
A partir da evidenciação de que a informação auto-instanciadora corresponde a uma matriz informacional de prescrições disposicionais que confere estabilidade ontogenética aos organismos, e tendo por base o realismo informacional de Stonier, Capelle afirma:
Schaeffer sugere que um feixe de disposições está por trás da estabilidade ontológica apresentada pelos entes físicos inorgânicos enquanto tais – e não apenas pelos organismos: todo indivíduo ontológico é um portador temporal de uma matriz de potencialidade informacional em incessante e sempre inacabada atualização[19].
Com relação a essa matriz informacional, por exemplo, a própria formação de uma molécula de água pressupõe a detecção de aspectos da matriz informacional físico-química intrínseca aos elementos integrantes, hidrogênio e oxigênio. O átomo de oxigênio é, pelos átomos de hidrogênio, identificado como oxigênio, assim como cada átomo de hidrogênio é identificado como hidrogênio pelo átomo de oxigênio e pelo outro átomo de hidrogênio. Isso tudo para dizer que ambos possuem características físico-químicas bem definidas.
Dessa forma, no plano físico-químico, o encontro entre os existentes, oxigênio e hidrogênio, parece envolver a detecção, transmissão e recepção de conteúdos informacionais, conteúdos esses que se expressam como propriedades disposicionais, poderes causais.
O princípio geral que estaria por trás da percepção-ação dos entes (em todos o espectro organizacional da natureza) seria o princípio da detecção de formas. No que diz respeito à interação mente e mundo, nota-se razoável supor que a mente esteja desposada da tarefa de organizar, via representações mentais internas, o fluxo de eventos externos, uma vez que uma identidade sensível unificada está inscrita na própria matriz informacional que confere estabilidade ontológica aos perceptos que povoam o campo fenomenológico de percebedor.
Para Capelle, segundo Schaeffer, tal matriz corresponde às seguintes noções: "à aristotélica de forma substancial – um princípio de organização inscrito na matéria -, auto-instanciação informacional (no plano da organização biológica, tal como proposta por Cooney) e semiose, tal como desenvolvida por Peirce"[20].
Contudo, analisar-se-á a reflexão somente de Peirce. Então, na concepção dele, o substrato ontológico de todos os existentes corresponde a um processo autogerativo que pode ser representado pela relação triádica objeto – signo – interpretante. Quando, por exemplo, se está diante de uma xícara, aquilo que se pode apreender da xícara é uma forma determinada, atualizada e abstraída de um feixe interno de hábitos que conduz o processo universal semiótica de incessante geração de signos – xícara (ou formas – xícara). Essa relação triádica é entendida da seguinte maneira:
A fase signo da xícara – o presente – produz um interpretante (uma instância futura capaz de preservar a sua identidade ontológica), a partir da fase objeto da xícara; uma instância temporal passado conectada a uma membrana ontológica, de natureza geral, que corresponde ao próprio processo semiótico, no qual presente – passado – futuro estão juntos ao mesmo tempo[21].
Os interpretantes (emocional, energético e lógico), os quais são gerados pelos signos e identificados via conhecimento sensorial, podem ser considerados como expressões externalizadas da matriz de informação interna que confere estruturação sensível aos perceptos.
Em relação à xícara, o interpretante emocional corresponde à qualidade de sentimento despertada pela xícara em alguém. O interpretante energético manifesta-se na distinção ontológica percebedor – xícara, no esforço cognitivo subjacente à percepção de que a xícara corresponde a alguma outra coisa que não o percebedor. Já o interpretante lógico corresponde à possibilidade de o percebedor empregar a xícara como um meio para a satisfação de um fim (conseqüências práticas: tomar chá, por exemplo).
A perspectiva epistemológica e ontológica adotada pelo realismo informacional pode ser enunciada como se segue: a organização está presente no mundo externo e, por conseguinte, incorporada na percepção – ação dos organismos. Ramon Capelle percebe isto dentro da fala de Schaeffer quando ele diz:
(...) o que passa do mundo sensível para a mente, como percepto, outra coisa não pode ser que a própria informação existente nos seres. O encontro perceptual da mente com o mundo é necessariamente uma transação causal – informacional[22].
Enfim, para Schaeffer, aquilo que se apresenta à consciência – sensorial possui a mesma natureza ontológica que a realidade, de modo que não há um contraste entre aparência (como os perceptos nos aparecem) e realidade (como os perceptos são em si mesmos), visto que a organização está inscrita nos perceptos e, por isso, e ao mesmo tempo, incorporada na percepção-ação.
Conclusão
O que se pôde perceber a partir da elaboração deste artigo, é que a organização presente no universo provém da existência de uma propriedade basilar, isto é, a informação. Viu-se que ela é responsável pela organização do todo, e não apenas das partes da matéria. Além disso, essa propriedade cria uma estabilização nos sistemas.
Notou-se, igualmente, que aquilo que se denomina informação auto-instanciadora é responsável pela atividade de controle adaptativo e pela auto-manutenção biológica dos organismos. E estes organismos possuem uma matriz informacional, a qual leva em conta os aspectos físico-químicos dos mesmos, isto é, percebe que a organização está inscrita nos perceptos.
Obs:Este artigo foi um trabalho elaborado em conjunto com outros colegas do curso de Filosofia, a saber: José Marcio Carlos e Philipe fernandes.
Referências bibliográficas
CAPELLE, R.. O Realismo Informacional e a hipótese neoaristotélica do conhecimento sensorial proposta por Schaeffer. Marília, 2006. (Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Filosofia, Unesp – Campus de Marília, para obtenção do título de mestre em Filosofia).
GONZALEZ, M.E.Q., NASCIMENTO, T.C.A., & HASELAGER, W.F.G. (2004). Informação e conhecimento: notas para uma taxonomia da informação. In: A. Ferreira, M.E.Q. Gonzalez & J.G. Coelho (Eds.). Encontros com as Ciências Cognitivas, Volume 4. São Paulo: Coleção Estudos Cognitivos (pp. 195-220).
[1] CAPELLE, R. apud STONIER, 2006, p.73.
[2] Ibid.p.73
[3] Ibid.p.75.
[4] CAPELLE, R.. O Realismo Informacional e a hipótese neoaristotélica do conhecimento sensorial proposta por Schaeffer. p.76.
[5] Ibid. p.76.
[6] CAPELLE, R. apud SCHAEFFER, 2006, p.81.
[7] CAPELLE, R.. O Realismo Informacional e a hipótese neoaristotélica do conhecimento sensorial proposta por Schaeffer. p.82.
[8] CAPELLE, R. apud COONEY, 2006, p.82.
[9] Ibid.p.83.
[10] Ibid.p.84.
[11] Ibid.p.84-85.
[12] Ibid.p.85.
[13]Ibid.p.86.
[14] CAPELLE, R. apud COONEY, 2006, p.86.
[15]Ibid.p.87.
[16] CAPELLE, R. apud PEIRCE, 2006, p.87.
[17] CAPELLE, R. apud SCHAEFFER, 2006, p.88.
[18]Ibid.p.88.
[19] CAPELLE, R.. O Realismo Informacional e a hipótese neoaristotélica do conhecimento sensorial proposta por Schaeffer. p.89.
[20] Ibid. p.91.
[21] Ibid. p.91.
[22] CAPELLE, R. apud SCHAEFFER, 2006, p.93.