Quosque Tandem, Catilina, Abutere Patientia Nostra?
Por mirna albuquerque | 18/07/2009 | Educação
Ante scriptum: É de lamentar-se que a última
'grande'reforma da educação,em 1964, foi um retrocesso em todo o
sentido. Foram retirados das grades de ensino,, matérias de extrema
importância para que o aluno viesse a desenvolver os estudos para o
grego e o latim, por exemplo.
Tendo eu escrito o artigo: "Quosque tandem"...Até quando José Sarney irá abusar de nossa paciência" , e usado parte da expressão no título e também no corpo do mesmo , trago aos senhores leitores seu significado, pois certamente, grande parte ou a maioria dos mais jovens não tem idéia do que se trata.
Assim, posto esta matéria. Explica a célebre frase de Cícero, que atravessou os séculos e é hoje usada quando se quer demonstrar a impaciência ante fatos que nos estão a aborrecer por demais, como é este do presidente do Senado a querer demonstrar uma inocência que não existe sobre os atos "secretos" os quais carecem apenas de uma "mera formalidade" ou seja: carecem de publicidade, consoante nossa Lei Maior.
No ano de 63 Antes de Cristo, Roma não era um Império. Era uma República (Res - Publica = Coisa Pública).
Na República Romana o mais alto cargo que um Senador ou um político podia almejar era o de Cônsul.
Neste ano de 63 A.C., um dos dois consules eleitos pelo Senado era um homem chamado Marcus Tullius Cicero, que passou à posteridade simplesmente como Cícero, o maior de todos os oradores romanos, e o mais respeitado jurista da República. Foi também grande estadista, filósofo e político.
Ocorre que um nobre cuja família havia empobrecido e perdido a influência, chamado Lucius Sergius Catilina, ambicionava também o cargo de Cônsul. Para tentar conseguir seus fins, liderou uma conspiração a fim de executar um golpe de estado, para que ele próprio pudesse alcançar o cargo de cônsul. Mas além de corrupto era indiscreto, e sua conspiração logo ficou conhecida de todos.
Cícero então pronunciou no Senado uma série de discursos, as famosas "Catilinárias", denunciando Catilina, e a Primeira Catilinária começa com uma frase famosa:
"Quosque tandem, Catilina, abutere patientia nostra?"
"Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência?"
Em consequência dos discursos de Cícero em defesa da República, Catilina teve de abandonar Roma para nunca mais voltar, exilando-se na Grécia.
Tendo eu escrito o artigo: "Quosque tandem"...Até quando José Sarney irá abusar de nossa paciência" , e usado parte da expressão no título e também no corpo do mesmo , trago aos senhores leitores seu significado, pois certamente, grande parte ou a maioria dos mais jovens não tem idéia do que se trata.
Assim, posto esta matéria. Explica a célebre frase de Cícero, que atravessou os séculos e é hoje usada quando se quer demonstrar a impaciência ante fatos que nos estão a aborrecer por demais, como é este do presidente do Senado a querer demonstrar uma inocência que não existe sobre os atos "secretos" os quais carecem apenas de uma "mera formalidade" ou seja: carecem de publicidade, consoante nossa Lei Maior.
No ano de 63 Antes de Cristo, Roma não era um Império. Era uma República (Res - Publica = Coisa Pública).
Na República Romana o mais alto cargo que um Senador ou um político podia almejar era o de Cônsul.
Neste ano de 63 A.C., um dos dois consules eleitos pelo Senado era um homem chamado Marcus Tullius Cicero, que passou à posteridade simplesmente como Cícero, o maior de todos os oradores romanos, e o mais respeitado jurista da República. Foi também grande estadista, filósofo e político.
Ocorre que um nobre cuja família havia empobrecido e perdido a influência, chamado Lucius Sergius Catilina, ambicionava também o cargo de Cônsul. Para tentar conseguir seus fins, liderou uma conspiração a fim de executar um golpe de estado, para que ele próprio pudesse alcançar o cargo de cônsul. Mas além de corrupto era indiscreto, e sua conspiração logo ficou conhecida de todos.
Cícero então pronunciou no Senado uma série de discursos, as famosas "Catilinárias", denunciando Catilina, e a Primeira Catilinária começa com uma frase famosa:
"Quosque tandem, Catilina, abutere patientia nostra?"
"Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência?"
Em consequência dos discursos de Cícero em defesa da República, Catilina teve de abandonar Roma para nunca mais voltar, exilando-se na Grécia.