QUINN, Daniel. A História de B. Editora Fundação Peirópolis. “População: uma abordagem de sistemas"

Por Nandara Caroline Stoll | 02/05/2017 | Direito

Há cerca de duzentos mil anos atrás, surgiu neste planeta a espécie denominada Homo Sapiens, à qual pertencemos. Como todas as espécies do mundo surgiram primeiro, alguns indivíduos que foram aumentando sua população em períodos de tempo, passando a povoar todos os continentes do globo. Após cerca de cento e noventa mil anos nos leva ao início da era histórica deste planeta, no início da revolução agrícola, que é a base de nossa civilização. Não foi preciso muito tempo para a população elevar-se, iniciando com uma estimativa e dez milhões e duplicando-se em tempos, passando de antes e após o calendário cristãos, até os dias de hoje.

Vivenciamos atualmente um problema de população, que pode ser relacionado com a fábula: "Bênção: Uma fábula sobre a população". Nessa fábula, um laboratório desenvolve um medicamento usado como analgésico (que recebe o nome de Bênção), que livrava as pessoas de quaisquer dores que as mesmas possuíssem. Logo o medicamento passou a ser um complemento alimentar que proporcionava as pessoas um bem estar, deixando-as mais afetuosas, e, era previsto um aumento na taxa de natalidade daquela população. As pessoas desse planeta passaram a ser invasoras e usurpadoras da propriedade alheia, expandindo-se para todo o globo e crescendo aceleradamente, resultando na fome em várias partes do mundo. Esse crescimento desenfreado levou líderes mundiais a buscar soluções. Então o bio-historiador Dr. Lépido, tenta alertar a população de que esse crescimento está diretamente ligado com Bênção, porém sem sucesso, mesmo que líderes mundiais se reúnam para debater providências, o medicamento Bênção nem se entra em discussão. Essa parábola se relaciona com a realidade tornando Bênção como a causa da explosão populacional e a sua eliminação traria estabilidade. Essa Bênção corresponde ao alimento que é produzido por nós, indivíduos, e é também o A do ABC da ecologia. Sendo o B a regra que diz: mais comida, crescimento e menos comida, declínio. Para uma determinada população aumentar é necessário um aumento da quantidade de alimento, para ela diminuir, a quantidade de alimento deve diminuir e, para se manter estável, a quantidade de alimento deve ser a mesma, consequentemente.

Estudos indicam que a população mundial vem crescendo e que haverá doze bilhões de pessoas no mundo em mais ou menos quarenta anos. Esse crescimento acarreta num aumento na demanda de alimento, que por sua vez, será necessária uma maior produção do mesmo. E a produção de alimento resulta também na eliminação de milhões de toneladas da camada superior do solo, levando a ocupar outras áreas de terras para plantio, invadindo ecossistemas intactos e sadios, acabando com a flora, extinguindo a fauna ou obrigando-a levar medidas extremas para sobreviver.

Conscientizamo-nos de que a expansão populacional é algo sério, que pode trazer consequências desastrosas para vários ambientes do mundo e nos atingir como indivíduos do mundo. E é necessário controlar as causas para evitar as consequências, sendo que você não espera se afogar para começar a nadar.