QUESTÕES SOBRE A SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE MAX WEBER
Por Paulo Marcos Ferreira Andrade | 25/08/2014 | EducaçãoUNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE LINGUAGENS
DEPARTAMENTO DE LETRAS
CURSO DE LETRAS/ESPANHOL
PAULO MARCOS FERREIRA ANDRADE
INTRODUÇÃO A SOCIOLOGIA
ATIVIDADE V - 3ª SEMANA
QUESTÕES SOBRE A SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE MAX WEBER
Cuiabá, MT
A SOCIOLOGIA COMPREENSIVA DE MAX WEBER
A primazia da teoria de Weber era a de compreender a racionalização do ocidente por ser a maior expressão capitalista. Ao contrário de Dhurkaim, para desenvolver sua teoria Weber se afasta da visão positivista e otimiza uma sociologia que permitia a compreensão de como as ações sociais estão conectada, assim o que ele objetiva é a compreensão dos sentidos existentes nos fenômenos sociais. Isso se tornou possível ao separar metodologicamente as ciências humanas, ou sociais, das ciências naturais.
Em seu método Weber apresenta uma linha de pensamento que defende o individualismo metodológico, tendo como ponto de análise a ação individual que por sua vez tem influência direta nos fenômenos sociais, logo na coletividade. Conforme salienta Monteiro & Cardoso (2002, p.01) há em sua teoria “um forte antídoto contra as tendências holistas de impor conceitos coletivos na análise dos fenômenos sociais, históricos e políticos.”
Neste sentido seu método apresentou quatro características fundamentais, conhecidas como tipos ideais. O tipo ideal trata de um de um modelo real essencial à determinação da casualidade, permite a reconstrução das ações na busca de compreender os sentidos que estas tiveram para seus agentes. Os tipos ideias Weberianos se configuram da seguinte forma:
- Racionalidade: a análise é objetiva e parte das possíveis consequências de ações do indivíduo ou objetos entono de um objetivo;
- Valores: A ação do indivíduo se caracteriza por meios de forças ou exigências a ele dirigidas independente do resultado da ação efetuada
- De forma afetiva: as ações são dirigida a partir do estado emocional e afetivo do indivíduo.
- De modo tradicional: encontra-se no limite de uma ação orientada pelo sentido, pois acaba, não raras vezes, sendo expressão de uma reação surda a um estímulo habitual (WEBER, 1999).
No que diz respeito a racionalização Pode-se no pensamento weberiano pode-se afirmar que implica na redução à racionalidade de todos os aspectos da vida social. Sendo a racionalização um processo, o que ocorre é a sublimação, ou seja, a ação está emotivamente condicionada como descarga consciente de um estado sentimental. Somos os indivíduos nascidos dentro dos mecanismos da ordem econômica da produção. A racionalidade deveria governar o trabalho e a vida social. Mas não é o que acontece. Ao contrário, como demonstrou Weber, a determinação dos fins pessoais é dada pela experiência da vida e pela forma como se comportam os demais. Todavia se faz necessário observar alguns fatores como:
- A racionalização e a ação racional são distintas.
- A racionalização oferece as condições em que ação é exercida.
- A racionalização é o processo que confere significado à diferenciação de linhas de ação.
- Embora uma ação seja racionalizável no interior de cada esfera, não é possível uma racionalidade total.
- O mundo não é racionalizável como um todo.
A ideia de Weber referente à racionalização no mundo contemporâneo, está na importância crescente das instituições formal e substantivamente racionais. A racionalização da ação e como ele próprio diria: “é a substituição da submissão íntima dos costumes pela adaptação planejada a uma situação objetiva de interesses... seja racionalizando valores, seja racionalizando os fins...”.
Referencias
MONTEIRO, J. Cauby S. & CARDOSO, Adalberto Trindade. Weber e o Individualismo Metodológico. Anais do 3º. Encontro Nacional da ABPC – Associação Brasileira de Ciência Política. Niterói – RJ, Julho de 2002.
WEBER, Max. Metodologia das Ciências Sociais, Parte 2. Tradução Augustin Wernet; Introdução à edição brasileira Maurício Tragtenberg. São Paulo: Cortez; Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 1992.
_______ História geral da economia. São Paulo: Mestre Jou, 1968.
_______. A política como vocação. A ciência como vocação. In: GERTH, H. H.