Opinião sobre o vídeo: Quem se importa?
Por Oscar Paulo Pietsch | 31/10/2017 | EducaçãoNuma sociedade capitalista e materialista em que vivemos, onde muitas vezes o ser humano é desvalorizado, renegado, e até deixado de lado, onde o que importa é o lucro, o poder, o dinheiro, uma sociedade onde o ter tornou-se muito maior do que o ser, podemos nos perguntar, será que ainda alguém se importa com a humanidade? No bem dos outros? Em ajudar sem querer nada em troca? E a resposta é sim, ainda que poucos, existem algumas pessoas que seguem essa vocação de ajudar, a esses chamamos de empreendedores sociais.
No decorrer do documentário vimos diversos exemplos desses empreendedores sociais, que são pessoas que não pensam somente no lucro, usam a sua criatividade, a sua inteligência, o seu bem para ajudar o próximo, sem esperar uma grande quantidade de dinheiro em troca, ou até esperar um retorno. Diferentemente dos empreendedores tradicionais, que visam o lucro e o dinheiro, os empreendedores sociais, visam o seu bem estar ajudando o próximo que mais necessita.
O empreendedor que escolhi falar foi Eugênio Scanavino. Este, segundo o documentário, foi até a Amazônia querendo ensinar os pescadores a “pescar”. Esta pesca por sua vez referia-se a auxílios médicos, através de coisas básicas e simples, como a higiene, o cuidado com a água, o bem estar, etc. Ele começou apenas fazendo uma visita de alguns dias, mas se solidarizou com a realidade que lá encontrou.
Começou então, fazendo um teatro para melhor explicar os cuidados básicos que o ser humano deve ter para viver bem e ter saúde. Com o tempo ele foi cativando o parte e se tornando um deles. O seu projeto cresceu e quis extender para outras comunidades ribeirinhas, então, conseguiram um barco e o projeto prolongou-se para mais necessitados.
Sua principal estratégia era a de acompanhar, de estar junto com a comunidade, criar no povo uma consciência de que todos podem ser transformadores. Com o decorrer do projeto, um nome surge “Saúde e Alegria”, um projeto que não gera lucro individual, mas que ajuda no bem estar, na saúde e na alegria de todo o povo.
Assim, com o documentário podemos perceber que para mudar o mundo, basta que tenhamos vontade e iniciativa. Todo ser humano tem a capacidade de criar algo para benefício do próximo, cabe a nós querermos escolher fazer o bem e não o mal. Cabe a cada um de nós querermos usar nossa criatividade visando aqueles que mais necessitam, dar de graça o que recebemos de graça de Deus, e ajudar aqueles que estão numa situação menos confortável do que a nossa, olhar o próximo como a nós mesmos, fazermos o bem sem olhar a quem, sermos verdadeiros empreendedores sociais, assim, seremos, felizes e realizados.