QUARESMA, TEMPO DE CONVERSÃO

Por João Vitor Mariano | 18/02/2015 | Religião

Aqueles quarenta dias no deserto, fez com que Jesus experimentasse as três maiores tentações nas quais se debate todo ser humano: o poder, o ter e o prazer. Não precisava passar por isso, porém, Deus tinha um propósito ao permitir que Jesus fosse tentado no deserto: assegurar-nos de que temos um sumo sacerdote capaz de Se relacionar conosco em todas as nossas debilidades e fraquezas (Hebreus 4,15), pois Ele mesmo foi tentado em todos os pontos nos quais também somos. A natureza humana do Nosso Senhor permite que Ele compreenda as nossas próprias fraquezas por ter sido submetido à fraqueza também. "Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados" (Hebreus 2,18). A palavra grega "tentado" significa "pôr à prova". Então, quando somos colocados à prova e testados pelas circunstâncias da vida, podemos ter certeza de que Jesus entende e se solidariza como alguém que sofreu as mesmas provações.  Se por um lado temos três grandes tentações que nos cercam todos os dias, temos também três grandes armas com as quais podemos derrotar esses inimigos: caridade, oração e jejum. A quaresma, que se inicia hoje, quarta-feira de cinzas, nos convida a exercitar essas três atitudes que são os pilares da vida cristã: a Oração, relação do homem com Deus; o Jejum, relação do homem consigo mesmo; e a Caridade, relação do homem com o próximo. É um tempo rico de reflexão sobre a nossa vida, buscando valorizar o que temos feito de bom e dar um novo caminho ao que temos feito de ruim ou deixado de fazer. É o convite à conversão. Esse ano, a Campanha da Fraternidade nos mostra que um dos melhores caminhos para conversão passa pelo serviço aos irmãos. Jesus foi e sempre será o grande exemplo a ser seguido, sendo Filho de Deus, ser fez pequeno e servidor de todos. Ser cristão não é simplesmente estar na Igreja todos os dias, mas buscar através da Igreja a graça de Deus para estar sempre a serviços dos pequeninos, oprimidos e excluídos da sociedade. Que lema da Campanha da Fraternidade possa ser o nosso lema: “Eu vim para servir”.

 

João Vitor Mariano

Uraí - Paraná