Quando me estranho
Por Edu Prearo | 22/06/2011 | PoesiasTu pensas que é ainda bonito,
Mas é só passar pelos jovens e ouvir: Seu Madruga!
É até um elogio, não é?,
Diante de tudo que pensas ouvir.
Tu planejas conversar com um dos amigos de Huguinho,
Mas não te arriscas, não é?,
Tu te arriscas com coisas inúteis, como escrever, por exemplo.
Tu pensas que não és boêmio, não é?
Mas és, e um dos maiores.
É bom sentir que o mundo giras em torno de ti,
O mundo, vasto mundo, e como é pequeno!
Estás tão perdido, meu Deus do céu:
Uma alegria agora é um milagre;
Ficas a andar feito um boboca,
Ou então uma barata entontecida pelo fracasso.
És um senhor aqui, ali, em qualquer parte,
E isso o pôe em labirintos sem saída,
Escandaliza?o por mais que tentes não perceber.
Odiastes primeiro que o ódio que têm contra ti,
Sim, é o que parece...
E a felicidade parece tão próxima;
E pegar o elevador até o quadragésimo andar faz parte dela.
Mas não adianta:
Ninguém o quer, ninguém o vê;
Após alguns segundos nada se sustenta,
Tudo cai no abismo da incompreensão e da miséria.
Arrumas alguém que durmas contigo e pronto: vences a batalha!