Qualidade do Ensino

Por LADIVA CARDOSO DE ARAÚJO GUIMARÃES | 11/08/2009 | Educação

INTRODUÇÃO

 

Quando se fala em qualidade de ensino é necessário compreender qual a concepção que as pessoas têm sobre o tema, já que pode ser visto por vários ângulos.

Pretende-se nesta pesquisa observar as concepções de qualidade de ensino dos docentes para se ter noção do que é qualidade de ensino para eles e se suas didáticas estão de acordo com algumas referências básicas sobre o assunto.

               Nesse sentido, Noemia Farina (2005:46) explica que "acredita no poder transformador da educação". Percebe-se então a visão da professora que acredita na educação como um degrau para a autonomia. Paulo Freire (1996, pag .26) afirma que " o educador democrático não pode negar-se ao dever de na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão.” Sendo assim, a educação deve reforçar a capacidade crítica do aluno e fazê-lo buscar sua liberdade, através do conhecimento, para que não se torne submisso.

Constata-se que o ideal de educação pregado pelos autores pesquisadores ainda caminha em busca da conquista, porém, já houve avanços, já que a história da educação começou como um privilégio para poucos, com a participação da igreja nessa linha. No início do século XIX os professores eram formais e preocupavam-se com a “decoreba”, ao invés da produção de conhecimentos.

              É por isso que quando se fala em qualidade de ensino pensa-se num ensino democrático e crítico, como Paulo Freire prega:

Uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítico é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e todos com os professores ou professoras ensaiam a experiência profunda de assumir-se como ser social e histórico como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos capaz de ter raiva porque é capaz de amar.(FREIRE, 1996, pg.41)

 

              No processo de ensino-aprendizagem, a qualidade de ensino é prioridade, e precisa ser analisada em diversos olhares entre docentes, bem como ser divulgada para os próximos estudiosos sobre o assunto. Pedro Demo observa o que vem ocorrendo ultimamente:

O lugar preponderante, onde o professor é típica vitima, pode ser visualizado em dois momentos: de um lado no processo de formação, geralmente falta de qualidade ao extremo,  principalmente quando se trata de escolas particulares noturnas e de escolas normais, de outro as condições dos profissionais, marcadamente deprimida de tal sorte que a seleção negativa acaba impunindo. (DEMO,1993, pg.43)

        

Diante de tais comentários constata-se que uma pesquisa nesse aspecto é essencial, já que a qualidade de ensinar vem sendo pregada por muitos.

“A pesquisa é vista sob dupla face complementar numa como princípio científico, noutra como princípio educativo. No espaço da educação básica prepondera a segunda face, porque não está em jogo produzir ciência propriamente, mas construir a metodologia do aprender a aprender”. ( DEMO, ).

 

A pesquisa torna-se a curiosidade metodicamente rigorosa, o que estimula automaticamente o processo de aprendizagem do educando, fazendo-o descobrir várias formas de memorizar tal conhecimento e desafiar a si mesmo.

 

A ESCOLA

 

No processo de ensino-aprendizagem a escola deve manter sua autonomia perante aos educandos e educadores, executar um trabalho que faça interagir todos os sujeitos dentro ou fora da escola, que seja um trabalho produtivo e de qualidade no ensino. O papel da escola é o principal, ela deve elaborar meios de estimular a inteligência do educando e desenvolver suas habilidades, contudo, facilitar os meios pedagógicos aos docentes, que são os condutores das novas estratégicas de aprendizagem. A escola tem diversas ferramentas de avaliação que servem de fonte de idéias para a proposta pedagógica, conta com uma secretaria que atende aos três turnos e uma sala de direção. A escola possui televisão, DVDs, biblioteca e adota uma pedagogia interativa entre a comunidade escolar, o que facilita o desenvolvimento e aplicação de qualquer atividade que faça parte do universo educacional. A prática pedagógica abordada pela escola é a sócio-interacionista, que considera como as pessoas assimilam os estímulos ambientais organizados. Os alunos são considerados sujeitos ativos e o conhecimento não é transmitido, mas construído.

A escola do ponto de vista institucional equivaleria basicamente às práticas concretas de seus agentes e clientela, tendo a relação professor-aluno como núcleo fundamental. Isto significa “conceber as instituições enquanto práticas sociais que, em sua particularidade, existem pela ação dos que cotidianamente a fazem e pelo reconhecimento desses fazeres como uno necessário, justificado" (Uirado, 1986, p.14).

 

O LÚDICO

 

O presente artigo é de natureza bibliográfica e tem como objetivo evidenciar a importância do lúdico nas aulas, visa estimular a aprendizagem e aperfeiçoar a qualidade de ensino.

              Observa-se que a escola propõe um trabalho de enriquecimento, tornando o momento de ensino em algo divertido e ao mesmo tempo rico em conhecimentos afins. Apesar da resistência por parte de alguns professores, nota-se a relevância de conscientização de alguns educadores para uma plena introdução do lúdico nas aulas e os benefícios de uma infância bem vivida em termos lúdicos reflete positivamente ao longo da existência do indivíduo.

Por essa razão, investir em recursos, metodologias e estratégias de ensino de caráter lúdico (jogos, brincadeiras, teatro, representações etc.) viabiliza o incentivo ao aprendizado prazeroso, além de não incorrer em custos e ser acessíveis às escolas públicas com poucos recursos. Todo trabalho apoiado em atividade lúdica gera muitos benefícios. No jogo, o aluno aprende a aceitar regras, esperar sua vez, aceitar o resultado, lidar com frustrações, experimentar, descobrir, inventar, além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporcionando o desenvolvimento das funções cognitivas e de ser um momento de auto-expressão e realização, propiciando a formação educacional necessária.

Nesse sentido, o lúdico constitui valiosa ferramenta para o desenvolvimento do educador e do educando. Além de identificar os problemas e as soluções almejadas pela criança, é necessário que o professor conheça diversas maneiras de lidar com as situações,  estimulando a autonomia do aluno.

O lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana. Principalmente na infância e adolescência, o ensino-aprendizagem é essencialmente pedagógico e tais atividades são essenciais para facilitar a transmissão de conhecimento.

Atualmente, a qualidade de ensino proposta pela sociedade exige muito, devido às mudanças que ocorrem todos os dias em nosso meio. A evolução tecnológica faz com que as crianças percam o interesse pela forma de ensino sem desafios, criadas pelo próprio educando e muito se tem discutido sobre esse assunto.

Tendo em vista que a qualidade de ensino é observada e discutida por vários autores e pesquisadores, busca-se nessa pesquisa aprofundar sobre o tema, devido ao interesse, proporcionando através do cotidiano escolar há vários anos.

Cobram-se muito da escola, a qualidade no ensino, tanto para a administração, quanto para o corpo docente. Porém, há várias dúvidas e incertezas sobre essa qualidade de ensino que se quer alcançar. A realidade da escola onde ocorreu o estágio, conforme a  problemática: qualidade do ensino, a maior parte do corpo docente é capacitada e a minoria encontra-se em processo de capacitação, percebendo o empenho que todos estão buscando para o desenvolvimento pedagógico, na busca de sempre melhorar os serviços prestados aos seus alunos. Observa-se que a gestão da escola possibilita o desenvolvimento dos profissionais no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar.

Nessa perspectiva, procura-se propriamente identificar as concepções dos docentes no ensino primário, sobre a qualidade de ensino. É importante fazer um paralelo entre o ensino tradicional e o atual, pontuando seus avanços e as suas discrepâncias.

É necessário que essa pesquisa seja realizada de uma forma mais ampla dentro do ensino lúdico, analisada nos diversos olhares dos docentes, bem como precisa ser divulgada para os próximos estudiosos sobre o assunto.

O mais importante é que se faça um retrato promissor da educação primária em relação à qualidade de ensino na educação, com o aval do docente. Nesse sentido, Pedro Demo (1993:112) diz que: "pode-se observar o papel estratégico do professor cuja desenvoltura, liderança e exemplo são o capital fundamental da escola qualificativa, apta a fundamentar a expectativa sobre educação".

Visto que a educação tem seus diversos desafios e que o ensino de qualidade pode ser real, mas  não se deve esquecer que o docente precisa compreender seu papel. Paulo Freire (1996:47) insiste que o professor deve saber que ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.

A qualidade de ensino na educação possui outro enfoque que de certa forma deve ser lembrado, um exemplo é a história da educação, que em várias fases foi apresentada com autoritarismo. Segundo a professora Consuelo Carvalho (2005:48) "ser um bom profissional era ser autoritário".

            Na atualidade, a escola tem sua quota de autonomia, porém não é suficiente. Na ditadura, a educação foi marcada pela expansão nas regiões urbanas devido à larga migração da zona rural e os investimentos públicos estavam mais voltados para a construção de prédios e não para a qualidade de ensino na educação. Havia assim, muita insatisfação profissional, além de altos índices de repetência e evasão escolar. Já nos anos 80, surgem novas teorias pedagógicas, como o construtivismo de Piaget. O ensino profissionalizante deixa de ser obrigatório no nível médio, e os professores se mobilizam para recuperar as perdas salariais e a escola perde ênfase na qualidade de ensino. Pedro Demo explica que:

Para atingir patamares aceitáveis de qualidade  educativa da população é estratégia primordial resolver a questão dos professores. A questão dos professores é complexa, incluindo pelo menos dois planos mais relevantes: valorização profissional e competência técnica. O problema é de qualidade formal e política. (DEMO,1993 pg.87)

 

Percebe-se que nos anos 80 houve uma retomada às idéias da educação popular, ou seja, era preciso considerar os saberes das populações pobres e a experiência de vida dos alunos, para que o conhecimento tivesse sentido, um dos maiores defensores dessa educação, Paulo Freire diz que:

Por isso mesmo pensar certo, coloca ao professor ou, mais amplamente, a escola, o dever de não só respeitar os saberes com que os educandos, sobretudo os das classes populares, chegam a ela saberes socialmente construídos na prática comunitária, mas também como há mais de trinta anos venho sugerindo discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos. (FREIRE, 1996 pg.30)

 

Atualmente, a escola está repleta de novas tecnologias.  O Ministério de Educação e Cultura (MEC) lançou a TV escola, um canal para promover a atualização dos professores. Foram criados o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e o Programa Bolsa-Escola.

Dentre algumas ações do governo na educação, estão o (FUNDEB), que além de melhorar o salário e a formação de professores, permite maior acesso da população na área da educação; um programa para promover a inclusão digital na rede pública e a popularização do uso da internet para funcionários, professores e alunos das escolas estaduais e municipais. Este programa permite que várias pessoas acessem o mesmo artigo em tempo real, nos programas de editores de textos e planilhas, facilitando a comunicação entre a comunidade escolar, através de agendas eletrônicas, chats e mensagens instantâneas, economizando tempo e recursos públicos, mais o treinamento de alunos e professores para utilização de novas ferramentas na educação.

Quanto ao ENEM, em 2009, mantém como características principais a voluntariedade e o fato de destinar-se aos alunos concluintes do ensino médio e às pessoas que terminaram este nível de ensino em anos anteriores, os chamados egressos.

As médias do ENEM poderão ser usadas no vestibular das instituições federais e em processos seletivos de cursos profissionalizantes pós-médios. A partir do ano de 2010 o exame irá avaliar o desempenho acadêmico dos estudante das instituições do Ensino Superior.

Outra questão discutida é a que a partir de 2009 o ENEM passa a ser aceito por várias universidades federais, como alternativa ao vestibular, no critério de seleção de estudantes. O exame é composto por quatro provas, com quarenta e cinco questões objetivas de múltipla escolha, que vão avaliar o conhecimento dos alunos nas áreas de linguagens, códigos e redação: matemática, ciências humanas e  da natureza e suas tecnologias.

 

MUDANÇAS OCORRIDAS

 

              O ENEM, aplicado pelo governo federal, sofreu algumas modificações em seu formato e em seus objetivos. “O novo ENEM”, apesar de não estar com um formato apropriado, tende a valorizar mais o candidato bem preparado. Anteriormente a prova era utilizada basicamente para o aluno se auto-avaliar, fazia parte de vestibulares de algumas faculdades particulares e ainda comparava os desempenhos das escolas nacionais. Atualmente, o objetivo do novo ENEM é unificar a seleção dos ingressantes em universidades federais e reestruturar o currículo do Ensino Médio. O conteúdo da nova prova quase não sofreu modificações, mas os assuntos passaram a ser divididos em quatro áreas do conhecimento a saber: linguagem, ciências da natureza, ciências humanas  e matemática. A tendência é que o ENEM torne-se um vestibular unificado para as 55 universidades federais do país.

 

BENEFÍCIOS PARA O PROCESSO EDUCACIONAL

 

A prova do ENEM vai avaliar as competências e habilidades dos alunos. Isso inclui tudo o que foi aprendido durante a educação básica, seja dentro ou fora da escola. As questões vão verificar basicamente cinco competências dos participantes: dominar linguagens, compreender fenômenos, enfrentar problemas, argumentar e elaborar propostas de intervenção solidária da realidade.

Segundo o ministro da educação, Fernando Haddad com a nova proposta do ENEM, em substituição ao vestibular a ênfase deixa de ser na memorização e passa a ser na capacidade de compreensão dos fenômenos da natureza. 

Nunca em toda a história, as empresas entidades sociais e ONGS se comprometeram tanto com a educação e o docente foi tão cobrado em relação à competência. De acordo com  Pedro Demo ,

a qualidade do processo educativo remete-se primordialmente à competência sempre renovada do professor, que pode encontrar em outros expedientes subsídios de peso, como a adequação física dos prédios, apoios didáticos e assistenciais, instrumentações eletrônicas.(DEMO,1993: 245)

 

Nesse sentido, o docente é o centro das atenções e a sociedade cobra e exige competência com o intuito da qualidade de ensino. Já a escola como um todo também tem seu papel frente às mudanças educacionais e rumo à qualidade de ensino. O que importa não é que uma atividade está categorizada como "tradicional" ou "inovadora", o importante são as propostas de trabalho reunidas sob determinadas condições: partir dos problemas formulados pelo uso da escrita, contemplar diferentes procedimentos, admitir diferentes respostas, gerar alguma aprendizagem a respeito do sistema pedagógico em todos os membros do grupo, favorecer o debate e a circulação de informações, garantir a interação entre os membros, propiciar uma crescente autonomia na busca de informação. Pedro Demo acredita que:

...o papel da escola torna-se ainda mais específico,  ultrapassando a figura da complementação da família, ou da sociedade de normas e valores, para assumir a condição de lugar da formação de um tipo essencial de competência frente à formação da cidadania e frente às mudanças na sociedade e na economia. A escola tenderá torna-se instância estratégica em termo de qualificação das mudanças estruturais qualitativas e universais, para assegurar a todos a mesma oportunidade de desenvolvimento. (DEMO, 1993:244)

 

Nessa perspectiva, esta pesquisa direcionará os docentes para uma visão crítica da qualidade de ensino através das falas de alguns autores, docentes e estudiosos sobre o tema, revelando um pouco da história da educação e traçando um perfil da qualidade de ensino almejado na educação.

 

CONSIDERAÇOES FINAIS

 

               Essa proposta de trabalho reforça a importância do ensino e aprendizagem pedagógica vivenciada durante o curso, na linguagem e no conhecimento em geral.

               Durante o período de estágio pôde-se perceber que o processo da qualidade de ensino e aprendizagem na escola, apresenta-se através de atividades e classifica-se na utilização de vários processos analíticos e sintéticos, uma vez que a criança em processo de alfabetização necessita que o ensino seja qualitativo. Durante o estágio percebeu-se que a dramatização das músicas ciranda cirandinha e atirei o pau no gato e  dentre outras, foi essencial para ver no olhar de cada criança o interesse em participar desse momento.

               A escola como um todo tem seu papel frente às mudanças educacionais em direção à qualidade do ensino e aprendizagem. É um momento rico porque possibilita a articulação entre várias linguagens tradicionais e modernas.

               Os docentes se voltam para uma visão crítica da qualidade de ensino através das  pesquisas até então realizadas sobre o tema, relevando parte da história da educação e traçando um perfil da qualidade do ensino almejado.

               Trabalhar o lúdico, implementando jogos, brinquedos e brincadeiras no espaço escolar, proporcionará maior interesse ao aluno, que terá um desempenho melhor. Esta prática proporciona momentos de expor idéias no processo em diálogo, intervindo nas muitas formas de aquisição de conhecimento.

               Evidencia-se que normalmente há dificuldades em criar novas formas lúdicas de ensinar, adaptando-se os jogos lúdicos à sua clientela e as suas necessidades, observando-se que há uma série de estratégias para o lúdico, tanto na forma de jogos, quanto de brincadeiras. Seja ensinado na linguagem ou promovendo participação do aluno de forma ativa e envolvente.

               O referencial bibliográfico utilizado durante todo o curso do estágio curricular confirma a importância de se desenvolver o lúdico, a criatividade e a vivência em equipes, valorizando atividades e relações humanas em sala de aula, mesmo dentro de conteúdos específicos da disciplina.

               A fundamentação teórica encontrada nos matérias de estudo durante o curso foi de grande valia, os autores passaram de maneira significativa a importância da qualidade de ensino prestada aos discentes, e conseqüentemente a qualidade no processo educacional vigente.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

DEMO, Pedro. Desafios modernos da Educação, 4ª edição. Editora Vozes: Rio de Janeiro, 1993.

CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. Educação para o Lazer. Editora Moderna: São Paulo, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 27ª edição.Editora Paz e Terra S/A: São Paulo, 2003.

SILVA, Daniel Vieira da, Hetinger, Max Gunther. Ludicidade e Psicomotricidade. 1ª edição. Editora IESDE Brasil S/A: Paraná, 2007.

Revista, Nova Escola, Educação Infantil. Fundação Victor Civita.  Novembro de 2008.

Revista, Nova Escola, Em busca da Qualidade na Educação. Fundação Victor Civita. Outubro de 2006. 

Revista, Nova Escola, Inclusão digital. Fundação Victor Civita. Setembro de 2006.

Revista, Nova Escola, Leitura. Fundação Victor Civita.  Agosto de 2006.

Site: www.enem.inep.gov.br

Acessado em 22 de julho de 2009

www.noticiaki.com/2009

Acessado em 22 de julho de 2009