QUAL O PAPEL DA ESCOLA E DA FAMÍLIA EM RELAÇAO AO ALUNO?

Por Ticiane de Paula Ferreira | 30/10/2018 | Educação

RESUMO

O presente artigo fala sobre a relação entre a escola e a família no desenvolvimento da criança enquanto educando. Refletindo sobre a relação família-escola percebeu-se que atualmente a escola não pode viver sem a família e a família não pode viver sem a escola, pois são interdependentes para alcançar seu maior objetivo. Objetivo este que é fazer com que o educando/filho aprenda para ter um futuro melhor e assim construir uma sociedade mais justa e digna para se viver. A metodologia pela qual optei trabalhar tratou-se de uma pesquisa qualitativa descritiva, puramente bibliográfica, com pesquisas em livros, sites e bibliotecas, portanto não deve permanecer em hipóteses, pois, a problemática quando foi escolhida necessitava passar por uma verificação do contexto sócio histórico em que se encontrava inserida. Os vínculos afetivos faziam parte da aprendizagem. O contexto escolar que consistia em ambiente físico e social devia estar preparado para transformar a criança em um membro inserido e produtivo na sociedade e cabia à família participar ativamente na vida dos filhos motivando-os, estabelecendo uma boa qualidade nessa relação.

Palavras chaves: Escola, família e educação.

1. INTRODUÇÃO

 

Assimilei à função da escola, essencialmente voltada à família, em relação ao aluno, criando uma pesquisa puramente bibliográfica.

No passado, a família era a união de pessoas aparentadas que viviam em geral na mesma casa, particularmente o pai, a mãe e os filhos. Porém com o decorrer dos módulos oferecidos pode-se perceber que atualmente, em muitas casas e em muitos lares, em família já não é mais assim. Diante da complexidade do nosso dia-a-dia, percebeu-se que novas configurações familiares estão surgindo fazendo parte da nossa realidade e que devem ser vistas, observadas e consideradas por nós profissionais, para que possamos dar andamento aos nossos atendimentos, considerando sempre o todo.

Refletindo sobre a relação família-escola percebeu-se que atualmente a escola não pode viver sem a família e a família não pode viver sem a escola, pois são interdependentes para alcançar seu maior objetivo. Objetivo este que é fazer com que o educando/filho aprenda para ter um futuro melhor e assim construir uma sociedade mais justa e digna para se viver. Conforme o artigo 53 do estatuto da criança e do adolescente (1990), a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento da sua pessoa.

De forma que esse estudo buscou entender as ações cabíveis ao orientador educacional e focaram-se os métodos utilizados para a efetivação da aproximação entre família e escola.

Cada vez mais cedo os pais necessitam deixar seus filhos em creches e escolas, eles tiveram a obrigação de passar a responsabilidade que até então lhes cabia para os educadores. Crescendo aceleradamente a sociedade em que vivem, os pais precisavam trabalhar para dar o sustento dos filhos enquanto menores de idade, pois nosso País não permite o trabalho antes dos dezesseis anos de, fazendo com que o tempo que lhes restava para dedicar à família não fosse suficiente.

Sendo de extrema importância a participação dos pais na vida escolar de seus filhos, preparando-os emocionalmente para um futuro próximo e cheio de obstáculos, não deixando essa função para a escola que é a de educar e formar cidadãos conscientes de seus deveres e obrigações.

Pôde-se pensar em um método para orientar ambas as partes, tanto escola quanto família, lhes proporcionando assim formas que resolvessem pacificamente os problemas e situações ocorridos no cotidiano escolar e familiar, ajudando de maneira íntegra a aprendizagem e o afeto da família.

Uma infinidade de pesquisas, teses e artigos são encontradas no sentido de retomar essa discussão, mostrando o quão positiva é a interação família/escola para o desenvolvimento escolar das crianças. Observa-se, porém, que muito foi escrito sobre essa problemática e, no entanto, ainda não existe muita clareza a respeito do problema devido a sua complexidade.

Não se pretendeu aqui, esgotar o assunto, mas apontar mais alguns aspectos que parecem ser relevantes para o enfrentamento das dificuldades encontradas no processo de relacionamento entre família/escola. Estas Instituições, assim como toda Instituição, têm passado por profundas transformações ao longo da história. Mudanças sociais, culturais, políticas e econômicas ocorridas em função da globalização acabam por interferir na estrutura dinâmica escolar, de forma que a família, em vista das circunstâncias vem transferindo para a escola a tarefa de educar que deveria ser sua.

Sabe-se que são muitos os problemas nesse campo da educação e talvez fosse à principal justificativa da escolha do tema, a carência, à distância, a falta de diálogo, a dedicação mútua, o interesse pelo outro, entre tantas outras coisas.

No interior de nossa própria cultura sem sair de nossa própria cidade nem de nosso próprio bairro, um belo dia observamos nosso ambiente e nos damos conta de que tudo mudou, tanto que mal somos capazes de saber como as coisas funcionam. Sentimo-nos então desorientados, tão desorientados como se tivéssemos viajado para uma sociedade estranha e distante, mas sem esperança de voltar e recuperar aquele ambiente conhecido no qual sabíamos nos arranjar sem problemas. (Esteve, 2004, p 24).

Dessa forma, percebeu-se que todas as mudanças ocorridas na família ao longo da história, em função de diversos fatores, entre eles a emancipação feminina, fizeram com que os papéis da escola fossem ampliados para dar conta das novas demandas da família e da sociedade. Ao negar esse fato ignora-se a realidade, pois as mudanças na família além de afetar a sociedade como um todo, e também a educação dos filhos, reflete indiscutivelmente sobre as atividades desenvolvidas na escola.

É por esta razão que o presente trabalho teve por finalidade apresentar uma metodologia de pesquisa e intervenção voltada para o fortalecimento dos laços de aproximação entre escola e família, criando uma atmosfera para o fortalecimento do desenvolvimento e a aprendizagem das crianças nesses dois ambientes sociais e educacionais. Pois como diz Piaget:

Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois muita coisa mais que a uma informação mútua, este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se a uma divisão de responsabilidade [...] (Piaget, 2007, p 50).

Sendo assim, o processo de mediação para um relacionamento significativo, entre família e escola, deve ter como ponto de partida a própria escola, visto que os pais pouco ou quase nada sabem sobre características de desenvolvimento cognitivo, afetivo, moral e social, tampouco sabem como se dá a aprendizagem, por isso a dificuldade em participar da vida escolar dos filhos. Para os pais, os professores são os especialistas em educação, devendo estes auxiliá-los, quando não assumir a educação dos seus filhos. De acordo com os pais é para isso que mandam seus filhos para a escola.

 Portanto, o papel que a escola possui na construção dessa parceria é fundamental, devendo considerar a necessidade da família, levando-as a vivenciar situações que lhes possibilitem se sentirem participantes ativos nessa parceria e não apenas meros expectadores. Vale ainda ressaltar que escola e família precisam se unir e juntas procurar atender o que é FAMÍLIA, o que é ESCOLA, como eram vistas anteriormente essas instituições e como é hoje, e ainda procurar, juntas, entender o que é desenvolvimento humano e aprendizagem, como a criança aprende etc., pois como diz ARROYO (2000):

Observei o quão importante se tornou a escola no âmbito familiar, crianças cada vez mais cedo sendo levadas à escola. Deixando dessa maneira, que os pais saíssem de casa, despreocupados para trabalhar, pois sabiam que a escola é a segunda casa deles.

Deve-se relacionar o carinho a disciplina, o amor a maturidade, a atenção a bagunça. Essas são sugestões que estão em destaque na sociedade em que se vive, pois através delas os professores e orientadores gritam por algum tipo de ajuda e são poucos e muitas vezes esquecidos pelas instituições responsáveis, mesmo tendo o acompanhamento devido na escola, e o papel dos pais em casa?

Portanto, pode-se observar que a família, especialmente a mãe e o educador tinham funções e importâncias diferentes para a criança, que em nenhum momento o educador possa servir de substituição à mãe.

Invertendo um pouco as funções, tendo uma vida satisfatória, como conseguir relacionar-se nas escolas que tem profissionais agressivos e despreparados, sendo isso muito comum nos dias atuais, professores estressados, com um currículo extenso necessitando de acompanhamento psicológico para lidar com essas situações, daí aparece uma situação-problema com relação à indisciplina, eles acabavam se esquecendo de usar o bom censo.

Precisa-se urgentemente analisar os métodos utilizados, pois a vida acadêmica também necessita da preparação para a futura professora que me tornarei. A escolha desse tema foi de fundamental importância, pois sou muito preocupada com a relação que deverei ter para com os meus futuros educados, estando ciente de que a jornada será árdua e ao mesmo tempo gratificante, pois educar é uma dose de adrenalina diária.

Os procedimentos metodológicos necessários à realização da pesquisa proposta partiram da abordagem qualitativa, permitindo descrever, analisar, objetivando compreender efetivamente a relação escola-família. A opção pela abordagem qualitativa referiu-se a facilidade que ela apresentou na descrição do conhecimento a ser produzido na área educacional.

Através do auxílio de fontes bibliográficas que tratam da temática foi possível efetivar a construção do conhecimento proposto para a investigação, gerando conhecimentos científicos significativos, que serão de suma importância dentro da sala de aula. [...]

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