Qual a diferença fundamental entre responsabilidade ética e responsabilidade moral?
Por Elizete da Silva Brito | 04/11/2019 | EducaçãoQual a diferença fundamental entre responsabilidade ética e responsabilidade moral?
Por: Elizete da Silva Brito
Sabemos que moral é: o conjunto de regras de conduta assumidas pelos indivíduos de um grupo social com a finalidade de organizar as relações interpessoais segundo os valores do bem e do mal. Ética, ou filosofia moral, é mais abstrata, constituindo a parte da Filosofia que se ocupa com a reflexão sobre as noções e princípios que fundamental a vida moral. (ARANHA E MARTINS, 1998, p. 117)
Parece complicado, mas muitos outros especialistas no assunto definem de outra forma estes dois termos: pois eles falam que moral vem de princípios assegurados na comunidade ou sociedade, já a ática se relaciona às leis e normas impostas aos cidadãos. Assim, responsabilidade ética, no meu entender significa respeita os direitos dos outros e resguardando os meus; enquanto que, moral é equilibrar os valores existentes nas comunidades, que segundo Aranha e Martins (1998), “não são coisas, mas resultam das relações que os seres humanos estabelecem entre si e com o mundo em que vivem”.
Assim ter responsabilidade ética é conduzir as regras e respeita-las de acordo com os preceitos exigidos pela jurisprudência; enquanto que a responsabilidade moral, significa respeitar os valores que emergem dentro dos seios da comunidade e da sociedade em questão ou em que os indivíduos se inter-relacionam entre si.
Considerando a recorrência com que se tem falado em corrupção e clientelismo, no cenário político brasileiro, discorra acerca das relações entre ética e política.
Todas as vezes que nos dirigimos ao termo “política”, logo vem em mente aquilo que se está vinculado a políticos e partidos políticos, e que no cenário atual brasileiro, consequentemente soa como corrupção e outros crimes chamados de “crimes do colarinho branco”. No entanto, política está dentro de uma conjuntura muito maior, que abrange os campos sociais, principalmente, e inclusive o da educação.
Assim sendo, ser político muitas vezes desvincula aquilo que o homem bom representa, pois neste quadro político destrói o mesmo, pois o desacreditar já impregnou a mente dos cidadãos, onde que se dar bem são aqueles que tem vinculação com alguém que esteja estreitamente a um cargo, e que este sempre vai levar a melhor, pelo apadrinhamento, ou por algum tipo de serviço em favor do serviente, “o clientelismo”.
Pois vale dizer que:
não se deve sacrificar homem algum mesmo em nome do suposto bem de toda a humanidade, pois seria contraditório sacrificar a própria humanidade em si mesma, já que esta não é um entidade abstrata, uma vez que se encontra encarnada em cada homem individualmente (...) . ( SOUZA et. al. 2012, p. 72)
É pertinente afirmar que a juventude vive um cenário de desesperança? Justifique:
Talvez! Pois não seja a desesperança, mais um cenário vivente desta nova geração, onde o consumismo é muito vigente, assim como uma dependência à família também, pois com o aparecimento e o “império” das novas tecnologias, vimos uma dependência e uma geração que parece inerte diante aos fatos; embora as oportunidades atuais sejam mais palatáveis que as de antes, mas que parecem que ficaram distante destes “novos indivíduos”...
REFERÊNCIAS
ARANHA, M. L. Arruda; MARTINS. M. H. P. Filosofia. 3ª Série. Ensino Médio. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1998.
SOUZA, Maria de Fátima (org.). Origem e evolução do Conhecimento – OEC. Vol. 1. – São Paulo: Acquerello, 2012. (Coleção Diálogo Interdiciplinares)