Pt De Luto: Morreu Tiro Certeiro, Fundador Das Farc

Por Félix Maier | 28/05/2008 | Política

Um comunicado do Ministério da Defesa da Colômbia, de 24 de maio de 2008, anunciou que no dia 26 de março deste ano havia morrido o chefe máximo das FARC, Pedro Antonio Marín, também conhecido como "Manuel Marulanda" e "Tirofijo" (Tiro Certeiro), devido à fama de ter boa pontaria para abater os inimigos. A sua morte foi confirmada no dia 25 de maio por um porta-voz das FARC. O substituto de "Tirofijo" será o antropólogo sexagenário Guillermo León Sáenz, de codinome "Alfonso Cano".
 
O PT e demais partidos de esquerda da América Latrina estão, pois, de luto pela morte do companheiro d'armas "Tiro Certeiro", já que as FARC fazem também parte do Foro de São Paulo, organização revolucionária criada por Fidel Castro e Lula, em 1990, que tem como objetivo comunizar toda a região de origem latina das Américas.
 
Com a morte de "Tirofijo", é a quarta grande baixa nas fileiras das FARC desde março. Em 1º de março, morreu Raúl Reyes, porta-voz das FARC e o second-in-command do grupo, num bombardeio colombiano nas florestas do Equador. Uma semana depois, Iván Ríos foi assassinado por um assessor, na divisa entre os Departamentos de Caldas e Antioquia. Copiando o algoz de Che Guevara, o traidor entregou uma das mãos de Ríos e o computador do terrorista ao Exército, recebendo uma recompensa por desistir da luta armada. Há uma semana, a terrorista Nelly Avila, uma das mais ferozes guerrilheiras das FARC, se entregou ao governo colombiano, temendo ter o mesmo fim de Ríos.
 
As FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colômbia) eram inicialmente apoiadas pela antiga União Soviética e se estabeleceram a partir do início dos anos de 1960 como braço armado do Partido Comunista Colombiano. No auge dos atentados terroristas, o bando de "Tiro Certeiro" atuava em todo o país chegou a ter mais de 17.000 combatentes bem armados, inclusive mulheres. Os ataques e seqüestros visam principalmente alvos militares e políticos do país. Calcula-se que atualmente existem cerca de 700 a 800 reféns nas mãos dos bandidos, como a antiga candidata a presidenta da Colômbia, Ingrid Betancourt.
 
De ligação estreita com narcotraficantes, durante o governo do presidente Andrés Pastrana as FARC se estabeleceram em uma área autônoma no país, a “Farclândia”, de 42.000 km², cedida para "negociações da paz". Foi um erro crucial do governo colombiano, que apenas permitiu que o grupo narcoterrorista se reorganizasse e ampliasse o terror em toda a Colômbia.
Com a ascensão do presidente Álvaro Uribe, as ações militares das Forças Armadas contra as FARC foram sendo ampliadas, com importante participação de militares dos EUA, que fornecem ainda dinheiro e apoio em aeronaves para o combate contra os bandidos vermelhos e o narcotráfico. Após quatro décadas de combate, as FARC estão sendo empurradas de volta para as florestas, de onde se originaram, com sua organização "quebrada", segundo afirmação de Nelly Avila. Foi numa dessas ações que morreu Raúl Reyes, em ataque nas matas do Equador, em região de fronteira, o que levou este país a quase entrar em guerra com a Colômbia, insuflado pelo candidato a tiranete da Venezuela, Hugo Chávez. Naquela ocasião, Lula chamou Chávez de "o pacificador". Para ele, o Dalai Lama deve ser um terrorista muito perigoso...
 
As FARC e o ELN já ocasionaram a morte de cerca de 40.000 pessoas na Colômbia. As FARC são também conhecidas como Fuerzas Armadas Revolucionárias de Colombia - Ejército del Pueblo (FARC-EP). Possuem uma facção, a FAD (Frente Amazônica nos Departamentos).
 
Junto com o ELN, as FARC já chegaram a ter 6.000 menores de 18 anos e 2.000 menores de 15 anos, ocasião em que, de cada 10 subversivos mortos, 4 eram menores de idade. Até o início do ano 2000, as FARC já haviam matado 70 pastores evangélicos e, segundo seu então porta-voz, Mono Jojoy, pretendem matar ainda todos os outros.
 
Na Colômbia, a violência não é recente, nem exclusiva das FARC e do ELN - além das milícias formadas pelas Forças Unidas de Auto Defesa, que combatiam os comunistas junto com o Exército e hoje estão praticamente desativadas. De 1948 a 1958, 200.000 pessoas morreram naquele país devido à violência civil.
 
Segundo o Alto Comissariado para Refugiados da ONU, há entre 450.000 e 1,6 milhão de pessoas deslocadas internamente na Colômbia devido à guerrilha, dos quais uns 60% recebem ajuda humanitária, especialmente de ONGs. A imigração para países vizinhos – principalmente Venezuela, Equador e Panamá – é inferior ao deslocamento interno.
 
No dia 22 de setembro de 2000, foi preso no Brasil (Foz do Iguaçu, PR) o ex-padre Olivério Medina, porta-voz das FARC, o que gerou protestos de representantes do Movimento Tortura Nunca Mais (Vitória Grabois), do ressuscitado PCB (Zuleide Faria de Mello), do MST (Anselmo Joaquim), da CUT (Antônio Carlos de Carvalho) e da UNE (Vladimir Morcilo), sendo libertado pouco tempo depois. A Colômbia pede a extradição do padreco vermelho, porém o governo do PT o mantém muito bem protegido nesta República que uma vez tinha como objetivo se tornar Federativa, mas que é, na prática, apenas uma fascista república bananeira de amparo à bandidagem.
 
Em janeiro de 2001, representantes das FARC participaram do Fórum Social Mundial (FSM), realizado em Porto Alegre, RS, com apoio dos governos petistas estadual e municipal. Na ocasião, um terrorista das FARC fez um discurso inflamado no auditório da PUC, conclamando toda a América Latrina a fazer uma revolução contra o imperialismo ianque. O terrorista foi amplamente ovacionado pelos globalistas vermelhos que são contra a globalização. Globobões de todo o globo globalizado, uni-vos!
Segundo denúncias de vários jornais, especialmente de O Estado de S. Paulo, integrantes das FARC atuam no interior do Brasil em atividades revolucionárias e guerrilheiras com o MST. E há provas da ligação das FARC também com as mais importantes facções criminosas do Rio e de São Paulo, o Comando Vermelho e o PCC.
 
As FARC têm comprado armas de traficantes de drogas brasileiros, a exemplo de Fernandinho Beira-Mar, como apurou uma CPI, em 2000: AK-47, HK.91 (G3), A-3, AR-15, fuzis Dragunov e Galil, metralhadoras calibre .50, lança-granadas 40mm e Gr-90, além de mísseis portáteis terra-ar, como o AS-14 e AS-16 russos, o Redeye dos EUA e mísseis Stinger da Síria. A mesma CPI brasileira relacionou o envolvimento de 827 funcionários brasileiros com o narcotráfico, como legisladores, magistrados, ministros, presidentes de bancos e policiais. Alguém chegou a ser preso? Claro que não, pois o Brasil é o paraíso da impunidade. Por isso, bandidos de todo o mundo correm para cá quando estão em apuros. Foi assim com Ronald Biggs, o célebre assaltante do trem-pagador inglês. Foi assim com o médico nazista Josef Mengele, que aqui viveu tranqüilamente até morrer de velho. É assim na ficção do cinema hollywoodiano, em que marginais assaltam bancos nos EUA e fogem para Copacabana, em busca de uma vida boa, com muito dinheiro, samba, praia e mulata. É assim com Cesare Battisti, terrorista italiano ligado às Brigadas Vermelhas, que foi preso no Brasil e a Peste Vermelha daqui é contra sua extradição para a Itália. É a prova definitiva de que vivemos, literalmente, em uma República Socialista dos Bandidos, em que os meliantes daqui dentro protegem os meliantes de lá fora.
 
Beira-Mar foi preso em 2001 na Colômbia e recambiado para o Brasil, onde cumpre pena em prisão de segurança máxima, para o uso tranqüilo de seus 8 telefones celulares - pelo menos é o que ocorria até recentemente. Quando Beira-mar chegou ao Brasil, teve tratamento VIP no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, ocasião em que foi submetido a uma cirurgia no ombro, cujo ferimento foi provocado por um tiro de fuzil. Enquanto isso, oficiais e sargentos das Forças Armadas esperavam na fila do centro cirúrgico, com um coronel do Exército tendo fratura exposta. Coisas que só ocorrem no Brasil.
 
Intimamente, o governo Lula colocou as bandeiras do Brasil a meio-pau nas repartições públicas, para chorar, por três dias, a morte de "Tirofijo", um velho companheiro d'armas. Ao som lânguido da Marcha Fúnebre de Chopin, sob a batuta de Marco Aurélio "Top Top Top" Garcia, o MAG. Garcia é o barbaroja tupiniquim, o verdadeiro substituto de Manuel Piñero, criador do serviço secreto cubano e inspirador do Molipo de José "Daniel" Dirceu.
 
Ultimamente, MAG tem sido um o papagaio de pirata de Lula em todas as reuniões do Foro de São Paulo, seja no Foro propriamente dito, seja na reunião da recém-criada União de Nações Sul-Americanas (Unasul), ocorrida em Brasília nos dias 23 a 25 de maio de 2008, com a presença de 12 chefes de Estado. É um prenúncio daquilo que o governo petista tem em mente para o Brasil, ou seja, a futura criação da União das Repúblicas Socialistas da América Latina (URSAL).
 
Como se pode comprovar, o fantasma de "Tiro Certeiro" continua a pairar sobre toda a região latino-americana, como uma ave de mau agouro. Afinal, a ideologia do Foro de São Paulo se apóia no "Abutre do Caribe", Fidel Castro, vulgo "coma andante", que também está programando sua visita próxima aos infernos, para confabular com Che, Prestes, Lamarca, Marighela, Apolônio e "Tirofijo".