PSICOLOGIA: CIÊNCIA E SENSO COMUM
Por Paulo Marcos Ferreira Andrade | 20/09/2014 | EducaçãoUNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE LINGUAGENS
DEPARTAMENTO DE LETRAS
CURSO DE LETRAS/ESPANHOL
PAULO MARCOS FERREIRA ANDRADE
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
PSICOLOGIA: CIÊNCIA E SENSO COMUM
Cuiabá, MT
2014
PSICOLOGIA: CIÊNCIA E SENSO COMUM
Entrevista
Pergunta: O que você pensa que seja a Psicologia?
Respostas
1- Penso que psicologia é a forma de explicar as coisas da mente, da religião, e também do dia a dia das pessoas. Ajuda enfrentar os problemas da vida.
2- É a disciplina que estuda os comportamentos das pessoas e explicas a forma com estas pessoas são na sociedade e como os valores sociais interferem em suas vidas.
3- É uma ciência que tenta resolver problemas como depressão, distúrbios e familiares, através de diálogos e aconselhamentos ou técnicas de interação social.
4- Psicologia uma das profissões mais necessária nos dias atuais, pois a nossa sociedade está um caos e cada dia mais os problemas vem causando preocupações na vida das pessoas e estas precisam de psicólogos para ajudá-las.
5- É uma ciência, que no meu pouco conhecimento é responsável por explicar questões da mente humana e como estas interferem no dia a dia das pessoas.
A partir dos obtidos na pesquisa de campo, pode-se perceber que as pessoas tem uma ideia de psicologia em sua maioria voltada para análise do comportamento humano a partir de sentidos, crenças, tradições, movidos pelo o que se vê ou sente. Ideias que fundamentam nas experiências quotidianas, ou mesmo em questões que já se tornaram evidencias no meio social. Esta é sem dúvida a psicologia do senso comum não exige grandes esforços nem bases consistentes frutos de investigações que atestem a sua veracidade ou proveniência, ao contrário da psicologia cientifica.
Fletcher (apud de Pinto, 1999) salienta que “o senso comum é um corpo de crenças e conhecimentos culturais partilhados por um grupo ou comunidade acerca do funcionamento das pessoas e do mundo que as rodeia.” Para o autor, o senso comum pode ser analisado segundo as três perspectivas seguintes:
1-O senso comum é constituído por um conjunto de crenças fundamentais sobre a natureza do mundo físico e social. 2- O senso comum é constituído por um conjunto de máximas e provérbios que as pessoas partilham sobre o mundo físico e social. 3- O senso comum é constituído por uma maneira comum de pensar sobre o mundo físico e social.
A relação da psicologia científica com o senso comum é complexa, mas em linhas gerais podemos dizer que o SENSO COMUM se baseia em testemunhos culturais e a PSICOLOGIA CIENTIFICA – baseado em métodos de pesquisa. Deste modo é possível afirmar que que a psicologia cientifica se ocupa de diferentes perspectivas com o intuito de evidencias concretas, ou seja a partir de atitudes investigativas concisas
Segundo Pinto (1999):
A psicologia científica tem uma especificidade própria e não precisa de se preocupar em servir de contraponto à psicologia popular e ao senso comum. Isso não quer dizer porém que outras áreas do saber como a fenomenologia, a psicanálise e a antropologia sociocultural não se ocupem do senso comum, elaborando modelos que possam esclarecer as interações entre estes conceitos. Estas são áreas, aliás, que pela sua abrangência e generalidade costumam exercer um grande fascínio, mas também discussões e controvérsias desgastantes.
O autor salienta que a relação entre psicologia científica e senso comum “varia conforme a área da psicologia considerada.” áreas da psicologia a neurofisiologia e a psicologia cognitiva experimental de nada servem o senso comum pelo contrário é totalmente investigativa e estruturalmente tecnológica. Assim a psicologia cientifica assume uma linguagem rigorosa, metódica de técnicas específicas.
Pinto (1999) afirma que a psicologia investiga sob diferentes perspectivas para que possa ter o entendimento conciso e seguro do comportamento humano, a saber:
1- Perspectiva biológica, a ira pode ser analisada a partir da ativação de certos circuitos neuronais do cérebro, lesões cerebrais provocadas pelo parto, alterações cromossomáticas ou genéticas e da presença ou ausência de certo nível hormonal no organismo. 2- Perspectivas comportamentais, a ira pode ser analisada a partir dos gestos e expressões faciais produzidos, do rubor da face e dos estímulos externos que precederam e acompanham a manifestação da ira. 3- Perspectivas Cognitivas, a ira pode ser analisadas a partir das experiências passadas vividas, do modo como um indivíduo as organiza, representa e manifesta, e ainda do modo como tais vivências afetam a maneira de pensar e raciocinar em situações específicas. 4- Perspectiva Sociocultural, a ira pode ser analisada a partir da pertença a certos grupos sociais, meios residenciais ou ainda em contextos em que há ou não um público presente. Os acessos de ira costumam diminuir quando o público se afasta. 5- Perspectiva Psicanalítica, a ira pode ser analisada a partir de conflitos parentais não resolvidos na infância, que foram depois reprimidos pelo sujeito para evitar a ansiedade daí resultante, podendo, no entanto irromper de forma inesperada e abrupta. 6- Perspectivas Fenomenológicas, a ira tende a ser analisado a partir da história de vida de uma pessoa, tendo em conta os ultrajes e afrontas vividos e sofridos, da imagem que se tem de si próprio e do controle que se julga ter sobre as situações.