PROVAS E EXPIAÇÕES

Por SILNEY DE SOUZA | 03/08/2009 | Religião

A CORRIGENDA

 

No Capítulo 6 do Livro Fonte Viva, psicografado por Chico Xavier, ditado pelo Espírito de Emmanuel, está descrito que: “E, na verdade, toda correção, no presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela..- Paulo.”

 

O que é a correção, senão a nossa necessidade constante de aprimoramento? E por que aprimoramento?

 

  • Os materialistas acreditam que após a vida terrestre há o nada. Já os panteístas crêem que retornamos ao todo universal. Diversas religiões pregam que a nossa individualidade é mantida após a morte e que permaneceremos aguardando o dia do arrebatamento ou do juízo final. O espiritismo ensina a necessidade do aprimoramento contínuo (da correção), para que possamos estar reparando as nossas faltas e evoluindo.

 

Diz ainda a lição:

 

  • A terra, sob a pressão do arado, rasga-se e dilacera-se, no entanto, a breve tempo, de suas leiras retificadas brotam flores e frutos deliciosos.

  • A árvore, em regime de poda, perde vastas reservas de seiva, desnutrindo-se e afeando-se, todavia, em semanas rápidas, cobre-se de nova robustez, habilitando-se à beleza e à fartura.

  • A água humilde abandona o aconchego da fonte, sofre os impositivos do movimento, alcança o grande rio e, depois, partilha a grandeza do mar.

  • Qual ocorre na esfera simples da Natureza, acontece no reino complexo da alma.  A corrigenda é sempre rude, desagrada.

  • A corrigenda é sempre rude, desagradável, amargurosa; mas, naqueles que lhe aceitam a luz, resulta sempre em frutos abençoados de experiência, conhecimento, compreensão e justiça.

  • A terra, a árvore e a água suportam-na, através de constrangimento, mas o Homem, campeão da inteligência no Planeta, é livre para recebê-la e ambientá-la no próprio coração.

  • O problema da felicidade pessoal, por isso mesmo, nunca será resolvido pela fuga ao processo reparador.

 

As oportunidades de Correção estão em todos os cantos. No entanto, raramente as aceitamos de bom grado, pois normalmente o remédio é amargo, embora curativo. Daí se conclui que “bem aventurados os que sofrem”. Os que sofrem serão consolados; os que sofrem estão tendo a oportunidade de reparar seus erros de aprender, de evoluir, de quitar seus débitos com seus semelhantes.

 

Se não devemos reclamar das provas e expiações a que somos submetidos, tampouco devemos criticar o responsável por elas acontecerem. Este é um aprendizado de difícil aplicação, pois normalmente não aceitarmos as provas, não conseguimos perdoar os seus autores. O perdão das ofensas e a conseqüência que se chega no não esquecimento das ofensas..... Sentimentos de vingança que não levam a nada. Apenas à destruição do corpo, do perispírito, do caráter, do amor, todos os bons sentimentos. Praticar o perdão ainda é difícil, porém necessário. É um aprendizado, bem sabemos que o principal caminho é o esquecimento das ofensas. Deve ser praticado hoje e sempre.  Afinal, o que somos em essência ?

 

Somos apenas as nossas almas. Desta forma, devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos oferece para nos aprimorarmos. Estamos neste grande hospital (este planeta de provas e expiações), principalmente com dois objetivos: 1) Evoluirmos espiritualmente; 2) Aprendermos a amar.