PROPOSTA DE UNIFICAÇÃO DOS COMANDOS DAS POLÍCIAS - CRIAÇÃO DA PROCURADORIA-GERAL DE POLÍCIA NO ESTADO DE SANTA CATARINA – GOVERNO ESPERIDIÃO AMIM – 1998/2002 - PARTE XVI: “CASTELMARE”  (Felipe Genovez)

Por Felipe Genovez | 19/03/2018 | História

 

Dia 21.09.98, por volta das 13:00 horas Jorge Xavier me telefonou:

  • Tu estais sabendo de alguma coisa para hoje à tarde? (Jorge)
  • Sim, recebi o recado por meio do Braga, às 16:00 horas tem a apresentação do Plano de Governo.
  • Ah, e será que é o nosso “Plano”?
  • Olha Jorge eu não sei.
  • Se for o nosso temos que convocar todo o pessoal, a Leninha é que recebeu o recado.

Do outro lado escuto Jorge Xavier conversando com sua esposa:

  • Leninha, tu não sabes se é a apresentação do nosso “Plano” ou se é...
  • Não! (Leninha)

Retornando a conversa:

  • A Leninha também não sabe dizer. Eu vou fazer contato com o Krieger e com aquele menino, o Palma, e tu faz contato com o Garcez.
  • Tudo bem, mas estive conversando com o Braga e ele disse estar preocupado com o Wanderley. Disse que ele tem sido muito autoritário, dando a impressão de que ele é que vai mandar.
  • Ouvi dizer que ele andou anunciando por aí que vai ser o Diretor do Detran.
  • Ta aí, é uma boa para ele, ou o Detran ou o Sistema Penitenciário.
  • É melhor o Sistema Penitenciário.
  • Ah, Jorge, no primeiro encontro com o Júlio vou dizer para ele que o teu nome tem que ser colocado como indicado por nós para Procurador-Geral ou Secretário Adjunto, lembra aquele dito popular: “Me lança, me lança!”.
  • E você Delegado-Geral.
  • Não sei Jorge, não quero acabar como você, Bado, Moreto e outros, se aceitar vai ser em função do nosso “Plano”.
  • Ah, sim! A gente se encontra lá no Castelmar.
  • Certo.

Ligação telefônica para a residência do Garcez:

Nesse mesmo dia, por volta das 14:00 horas:  

  • Alô?
  • Sim, alô.
  • É a Zaira?
  • Não. É a Laila.
  • Escuta, o teu pai está em casa?
  • Quem deseja falar com ele?

Lembrei que todas as vezes que telefonei para a residência Garcez aquela pergunta era condição “Sine Qua”:

  • É o Felipe, poderia chamá-lo?
  • Não. Ele acabou de sair.
  • Ele está de plantão na Delegacia?
  • Não. Ele foi dar uma volta aqui mesmo em Biguaçu.
  • Certo. Laila você poderia transmitir um recado para ele?
  • Sim.
  • Avisa para ele que hoje às 16:00 horas é a apresentação do “Plano” de Governo Amin no Hotel Castelmar. Avisa que nós estaremos lá e aguardamos a sua presença, mas avisa mesmo.
  • Certo!

Ao desligar o telefone lembrei que “Laila” também era o nome da minha sobrinha recém-nascida que visitei na tarde do dia anterior e, a seguir, em se tratando de compromisso com o Garcez, veio aquela dúvida: "Será que ele estará lá? Sou capaz de apostar que não, mas pelo menos tenho sido persistente nos convites, e o negócio é aguardar".

Por volta das 16:00 horas, ao chegar no subsolo do Hotel Castelmar encontrei o Delegado Lauro Braga e mais Jamil - Capitão de Mar e Guerra Reformado, amigo de Celestino Secco, que havia sidoi indicado para participar do nosso Grupo de trabalho. Mais tarde chegam também o Delegado Sell, depois Jorge Xavier e "Pedrão", além de “Cesinha” (filho de Jorge Xavier).

Ficamos postados próximo à porta de entrada. Procurei preencher o tempo esperando a grande celebridade da tarde. Aproveitei para aprofundar a conversação com Jamil acerca da Marinha (nas reuniões do nosso grupo de trabalho já tive essa curiosidade, um profissional estranho às duas polícias, mas considerando a minha postura de reserva até então não havia surgido ainda uma oportunidade), qual era o seu papel, quando descobri que estava ali pela amizade com Celestino Cecco e que tinha feito cursos de informações o mesmo, além de residirem no mesmo edifício.

Com muito atraso, enfim chegou o Senador Esperidião Amin que passou cumprimentando os presentes, isso próximo da porta de entrada. Como da última vez,  o Senador transitou pelo mesmo local que havia passado da última vez, próximo ao meu lado, e parece ter evitado novamente uma aproximação, apenas um cumprimento formal , o que poderia significar um mal presságio... (procurei minimizar esse fato, acreditando que talvez fosse pelo número de pessoas presentes, a pressa e os compromissos ou, ainda, porque havia permanecido mais tempo sentado, enquanto os demais se levantaram rapidamente, na medida em que o candidato se aproximava. Também, não poderia desconsiderar que alguém tivesse feito mais alguma contra informação... já que tudo era bem diferente do que ocorreu no Hotel Floph. Sem fazer muita força veio à mente o nome do Delegado Redondo, contudo, naquela altura  achei que tudo não passasse de maus presságios...  Mais à frente, sentindo que o Senador Amin estava passando próximo do local onde eu me reposicionei, me virei e aguardei o momento propício para que houvesse nova oportunidade para cumprimentá-lo melhor, o que de fato veio a ocorrer naturalmente, sem que pudesse trocar uma única palavra... Na sequência, o Senador Amin passou pelo grupo de Delegados, olhou para "Pedrão" e  estampou um sorriso matreiro, deixando uma frase solta: “Será que não vou ser revistado para entrar aqui?”. 

Aproveitei para perguntar ao Delegado Sell sobre o encontro dos Delegados do final de semana e ele respondeu que foram poucas pessoas, mas que estavam lá o Júlio Teixeira, Carlos Dirceu (PMDB) e o Bona, e que não foi tratado de política no evento. Perguntei ainda se o Delegado “Pedrão” não tinha sido avisado daquela  solenidade e Sell respondeu que avisou em cima da hora. “Pedrão” havia chegado no local com aquele seu jeito autoritário e irreverente, com ares de “poderoso chefão” (ou “pseudo poderoso”). O “chefão” na verdade seria mais uma consequência da própria solidão (quando o entrevistei no seu prédio, juntamente com os Delegados Valério Brito e Osteto, fomos recebidos no salão de festas, inferindo que sua esposa não permitiu nossa presença no apartamento). Também, tinha que se considerar aquela excessiva obesidade, o que fez “Cesinha” observar que "Pedrão" nem conseguia sentar direito. (quando passou do meu lado fez de conta propositalmente que não notava a minha presença e só dos demais), despetando a certeza de que aquela sua postura chegava a ser infantil e ao mesmo tempo estratégica no sentido de querer se autoafirmar ou demonstrar superioridade perante supostos adversários, também, impor sua ascendência hierárquica, experiência, principalmente, em razão de não aceitar que aqueles que antigamente foram perseguidos (especialmente durante à administração Sché)  agora estavam ali dentro de um projeto político concreto que poderia levar à posição de comando, enquanto ele, Sell e outros representavam o antigo.

Braga em determinado momento perguntou a fonte daquele meu comentário na parte da manhã sobre a confirmação da candidatura de Sidney Pacheco (era público e notório que sua candidatura estava sob recurso no TSE, correndo o risco de ser indeferida em razão de problemas de contas na sua gestão como Titular da Secretaria de Segurança Pública entre 1991 e 1994). Reiterei ter sido informado na sexta-feita (não conseguia lembrar por quem) que Pacheco havia ganho o recurso em Brasília.

A seguir os grupos de Delegados se dividiram e cada qual foi sentar onde mais conviesse. Eu, Cesinha, Jamil, Jorge e Pitanga sentamos mais a frente ("Pitanga" era figura folclórica e bem conhecida na cidade, amigo de “Cacau Menezes”, várias vezes citado na sua coluna do Diário Catarinense).

Pude constatar no local um grande número de pessoas que sempre faziam de tudo para estar próximos do príncipe. No ar podia-se respirar aquele fetiche de encantamento, como se uma força magnética encapsulasse quase a todos, num estado de graça circundante gerando uma transição entre o real e o surreal, uma dualidade de espírito e matéria em transe na medida em que o Senador Amim fazia seu show. Por onde passava nosso astro podia se notar um brilho no olhar das pessoas, resultado de uma força quase que irresistível capaz de transformar o ambiente como num passe de mágica. E o Senador Amim, como um czar, parecia incorporar muito bem esse seu papel de quase uma divindade do Olimpo, capaz de conduzir os homens daquele espaço a um estado de  transe, ao ponto de ficarem quase que irreconhecíveis. Na face do líder um sorriso nada infante ou espontâneo. O tempo dava a impressão que chegava a parar, tamanho o estado de euforia estampado nos rostos das pessoas. A respiração acelerava, tudo por um olhar, um destaque, um lugar melhor posicionado (lembrei que nos dois últimos encontros fiquei atrás de uma coluna para não ser quase visto e achei que era predestinação, de qualquer maneira daquela vez tive mais sorte, pois utilizei um espelho existente numa das colunas que me proporcionou uma visão indireta e privilegiada do candidato, com direito a todos os detalhes, inclusive, pude ver sem ser notado as "caretas" (digamos, "tiques")  que o Senador  Amin incontidamente deixava escapar. E, conclui mais uma vez que a arte da política exigia do ator uma série de sacrifícios compensados por um orgasmo sazonal, o que pensaria nosso político daquele cenário? E veio a minha mente o título daquele filme: “Longe deste insensato mundo”. As pessoas quando estão ofuscadas pelo poder são arrastadas por uma força centrípeta quase que incontrolável, ficam irremediavelmente comprometidas pelo fator limitação, principalmente, pelas contingências extra sensoriais e perdem a noção de sua identidade, como se fossem desprovidas de alma e espírito e agem como se fossem um "alien".  

Finalmente, o Senador Amin apresentou seu “Plano de Governo”, sendo assediado pela imprensa presente, com destaque para os jornalistas Moacir Pereira e Vânio Bosle. O candidato passou fazer comentários sobre as diversas áreas que foram objeto de abordagem nos seminários. Quanto à Segurança Pública, apenas registrou an passant que houveram contribuições nessa área, porém, sem se alongar sobre esse tópico que chegava a passar desapercebido (imediatamente Jorge Xavier – meio que atônito ou desconectado - chegou a perguntar ao pé do meu ouvido se o palestrante já havia falado alguma coisa sobre a nossa área).

Moacir Pereira questiionou o Senador Amin como é que iria  resolver o problema do rombo no Estado, caso vencesse as eleições. O candidato se reportou a um ato administrativo datado de 24 de agosto de 1998, onde o Governo do Estado concedeu descontos para que as empresas tivessem descontos de impostos que ainda venceriam em fevereiro de 1999. E, além do futuro governante receber três folhas atrasadas (décimos terceiros de 1997 e 1998 e o salário de dezembro do corrente ano, teria que enfrentar ainda outros problemas financeiros provocados pelo atual governo, como o caso das letras, a priorização do pagamento de bancos e empresas). Ainda, na resposta ao jornalista o Senador Amim disse que pretendia implementar seu “Plano de Governo” com recursos do Estado, fazendo como a Prefeita da Capital (Ângela Amin) que também havia recebido os salários dos servidores municipais em atraso e dívidas, entretanto, não só colocou tudo em dia, como também adiantou metade do décimo terceiro daquele ano no final do primeiro semestre. Quanto à formação de sua equipe de governo, registrou que levaria em conta três critérios básicos: probidade, representatividade política e lealdade. No aspecto representatividade faria como fez o ex-Governador Vilson Kleinubing: o seu secretariado, ou seja, teria a cara da sua bancada na Assembleia Legislativa. Declarou que em 1994 a receita do Estado era de cerca de quase um milhão de reais, a despesa com a folha de pagamento era de seiscentos e cinquenta mil reais e o governo teria honrado os seus compromissos não deixando dívidas para o futuro governo, já a receita de 1997 teria sido de cerca de dois milhões e quinhentos mil reais e a despesa com a folha chegou ao patamar de um milhão e quinhentos mil reais, assim pretendia colocar em dia esses compromissos atrasados, fazendo poupança porque o Estado teria recursos e nunca se arrecadou tanto. Concluiu que a sua prioridade eram os salários dos servidores, depois o pagamento das creches e, por último, as dívidas com a OAB. Os credores do atual governo teriam que esperar a satisfação desses débitos.

Com o encerramento do evento, aproveitei para dar um abraço no meu primo Newton Knabben que estava no grupo encarregado do plano na área dos transportes. Perguntei como estava a campanha de Paulinho Bornhausen e Niltinho respondeu que estava muito boa, inclusive, também a do candidato Antonio Carlos Konder Reis para Deputado Federal.

Na saída do hotel, com vistas para a Ponte Hercíio Luz e ao fundo do mar que beijava a parte insular e o continente, como já era nosso costume, ficamos eu, Jorge Xavier e o “Cesinha” para os últimos contatos. Jorge Xavier aproveitou para fazer o seguinte esclarecimento:

  • Visse, foram no encontro o "Pedrão" e o Sell. Disseram que estavam lá o Júlio, a Hebe Nogara e o Carlos Dirceu, a cúpula da Segurança Pública não fo (estava falando do encontro dos Delegados)i.
  • É mesmo? (Felipe)
  • A Lúcia proibiu todo o seu pessoal de ir, ela tinha conversado com o Mário para levar o Paulo Afonso ao encontro e ele não aceitou.

(...)

Enquanto rolava esse bate-papo, passavam as pessoas e políticos em caravana pelo nosso lado, todos se dirigindo para frente do hotel (“tá aí uma visão incômoda”, pensei). Um vento gelado veio do lado da Baía Sul, depois de dias seguidos de chuva. E, finalmente, surgiu Fernanda Bornhausen com aquele seu jeito manso de andar e sorrisos... Nos últimos tempos sempre se apresentava solitária (pensei na solidão dos políticos, no abismo que os acompanham no plano existencial e o que é pior, na medida em que o tempo passa correm riscos de isolamento interior, ostracismo..., no seu caso contrastando com a tradição política da família, chegava a chamar a atenção seu papel de representar a tradição da família, quase como uma cobrança moral... em nome de seu avô que também foi Delegado de Itajaí e graças a isso começou sua vida política como vereador. Recordei naqueles instantes derradeiros que Fernanda durante a solenidade estava representando especialmente seu pai (político experiente), tendo o Senador Amin destacado essa circunstância e, também, pude mais uma vez lembrar que nos encontramos várias vezes (inclusive num jantar que estavam Niltinho, Nina e Renato Sá), sendo que eu sempre procurei me conter no sentido de agradecer-lhe os votos à minha eleição à Câmara Federal em 1986 (conforme relatou Niltinho). Mas, restou um discreto cumprimento que foi retribuído, não precisando me submeter a aproximações que mais poderiam parecer...

Retornando e finalizando a conversa perguntei a Jorge Xavier:

  • Vai haver a festa amanhã? (era o jantar no Candeias)
  • Que festa? (Jorge)
  • O jantar lá no Candeias...
  • Esse cara (Jorge)

Como Geraldo (dono do “Candeias”) era quem estava financiando os jantares, notava que Jorge Xavier não queria abusar da condição dele ser sogro do “Cesinha”, fazendo o possível para reduzir gastos, pedindo aperitivos:

  • Mas tu tens que falar com a Tereza para ver a data com o Júlio, eu estive lá no Gabinete dele e ainda não foi marcado a data da festa (Jorge)
  • Pois é, deixa comigo. (Felipe)
  • Deixa comigo não, sem ver isso como é que nós vamos fazer a reunião? Precisamos dessa informação.
  • Tens razão Jorge.
  • Reuni este final de semana meus parentes lá em casa, foram dezenove pessoas, . um bom número, tem uns cinco cabos eleitorais que são bons e se dispõem a trabalhar bastante para o Júlio, a minha família vai pegar toda junto (Jorge)
  • Ô pai, eu disse para o Felipe que estou fazendo um bom trabalho lá em Barreiros,  a campanha está muito boa, o Heitor Sché também está sendo bastante ajudado pelo Badu da Auto Peças lá. (Cesinha)
  • Isso é bom, mas vamos embora, amanhã a gente se fala.(Jorge)

(...)

Por volta das 23:00 horas telefonei para Júlio Teixeira que se encontrava em Rio do Sul envolvido com sua campanha. Ouvi aquela voz de quem estava de saco cheio porque tinha que suportar desgastes na reta final da campanha, mais parecendo louco para se livrar de tudo e de todos. Na medida em que Júlio Teixeira tomou conhecimento do que se tratava passou a mostrar interesse gradativo, dando a impressão que estava ainda com gás. Não tive como não lembrar do silêncio que envolvia o ambiente do outro lado da linha, "puxa bem que poderia estar numa cama ou até numa alcova, e sem querer lembrei de do ex-Delegado Carlos Sontag, e ex-vereador na cidade de Ibirama, seu fiel escudeiro noutras campanhas, homem de frente para  todas as horas". Nisso:

  • Alô?
  • Júlio é o Felipe, desculpa o horário, já estavas dormindo?
  • Oi Felipe, tudo bem. Não, estou aqui numa reunião.
  • Tudo certo, escuta eu estou telefonando para ver a data da nossa festa, ficastes de marcar a data, tem que ser nesta semana.
  • O Felipe, tu sabes né, eu ainda não pude marcar essa data, tenho que estar direto aqui na minha região.
  • Certo, tu tens que saber o que é melhor para ti. Escuta, estiveste no encontro dos Delegados neste final de semana?
  • Sim, estive.
  • E, aí?
  • Foi bom. Mas não teve caráter político.
  • Parece que havia poucas pessoas.
  • Sim. Mas Felipe, saiu aqui o resultado da pesquisa perfil – depois até quero te mostrar – indicando o meu nome em primeiro lugar na região para deputado estadual, isso significa que vou arrancar com cerca de quinze a dezessete mil votos, só aqui em Rio do Sul, e nesses treze dias que faltam eu tenho que ficar direto por aqui, ir a fábricas, se a gente pudesse deixar isso para a semana que vem?
  • Tudo bem, tudo bem. E o Heitor, como é que está? A gente não deseja mal para ninguém, apesar de ser teu concorrente.
  • É, isso mesmo, ele está em quinto lugar.
  • Está certo Júlio. Escuta, eu estive hoje a tarde lá no Hotel Castelmar, e o Amin falou que no preenchimento de cargos de primeiro e segundo escalão irá priorizar três aspectos: representatividade política e lealdade (esqueci momentaneamente o da probidade). Com relação a festa, a semana que vem vai ser pior ainda. Eu acho que tu deves estabelecer prioridades, se não puderes vir deixa que nós te representamos. Nessa nossa festa irão cerca de umas cem pessoas.
  • Que bom, isso significa a ampliação do trabalho.
  • É, neste final de semana o Jorge reuniu a família, dezenove pessoas, tem a minha família também, o pessoal da penitenciária, mais os amigos do pessoal que está conosco, o local da festa é lá no ginásio da Cassol, tu sabes, o Krieger é casado com a filha de um dos donos daquele negócio e se prestou a colocar o local a nossa disposição.
  • Muito bom. (Júlio)
  • Escuta, estais sabendo alguma coisa do Redondo em ir para o Detran? O Braga me disse ontem e mais o Jorge de que caso Amin seja eleito ele seria o Diretor?
  • Não. Felipe, uma das coisas que nós temos como acertado é que não existe nada ainda a respeito de cargos.
  • É?. Eu acho que talvez seja mais fofoca, nessas horas tu sabes como é que são as coisas, mas assim eu fico mais tranquilo, além do mais nós todos temos é que trabalhar para te ajudar fazer uma boa votação porque o que interessa é o nosso “Plano”, e por falar nele o que tu achas?
  • Tranquilo, isso é prioridade, vamos batalhar em cima. Eu gostei daquilo que tu me disseste de que o Amin irá priorizar  os aspectos da representatividade política e da lealdade. Quanto a isso nós estamos muito bem, podes ter certeza!
  • Então está muito bom, mas Júlio ficamos assim, com relação a festa deixa que nós explicamos a tua situação e te representamos.
  • Tá bom Felipão!
  • Um abraço, e qualquer coisa a gente se fala.
  • Certo!