PROJETO SOCYETY " NEGRO NA PARAIBA"

Por Gildásio Rodrigues Teixeira. | 09/08/2014 | Geografia

PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA E.M.E.F. NAZINHA BARBOSA (POLO VI) PROJETO SOCYETY “NEGRO NA PARAIBA” João Pessoa 2014 GILDÁSIO RODRIGUES TEIXEIRA PROJETO SOCYETY “TRIBO NEGRO NA PARAIBA Projeto elaborado com o intuito de estimular uma consciência maior sobre o significo do “ NEGRO NA PARAIBA” e sobre a sua valorização e construção dos valores éticos. 1-IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 1. TÍTULO : PROJETO SOCYETY”NEGRO NA PARIBA” 2. AUTORES DO PROJETO Prof. Esp. Gildásio Rodrigues Teixeira   3. JUSTIFICATIVA Sabendo que A CULTURA AFRICODESENDENTE foi estabelecido como um dos importantes temas transversais que deve ser desenvolvido por todos os(as) educadores(as) nas diversas fases escolares.   4. OBJETIVOS a) Geral:  Capacitar nossos estudantes para que se tornem agentes GUIA TURISTICO mirins . b) Específicos:  Desenvolver uma compreensão ampla sobre COMUNIDADES NEGRA;  Perceber a heterogeneidade dos territórios e regiões . 5. METODOLOGIA O projeto ora apresentado parte, inicialmente, dentro de uma perspectiva de uma pesquisa-ação, isto é, não tem apenas a pretensão de observar e analisar, mas também de intervir causando um desenvolvimento das relações de todos os envolvidos com A COMUNIDADE. E palestras,seminários sobre o tema da cultura NEGRA. 6. 7. PRODUTO FINAL 8. O produto final esperado é a conclusão com êxito as palestras da educação cultura e ética . 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Base da composição étnica[editar | editar código-fonte] Índios[editar | editar código-fonte] «Dança dos Tapuias», por Albert Eckhout. Antes da chegada dos europeus, a Paraíba era habitada por dois grupos principais: os tupis e os cariris(também chamados «tapuias»). A maioria dos índios que habitavam a região da Paraíba estava de passagem do período paleolítico para o neolítico, e a língua falada por eles era o tupi-guarani, utilizada também pelos colonos na comunicação com eles. Os tupis eram formados pelos potiguaras, tribo mais numerosa que ocupava a região do litoral norte, e pelos tabajaras, os quais tinham uma população que girava em torno de cinco mil índios no início da colonização e eram pacíficos e amistosos, tendo fundado Jacoca (Conde), Alhandra e Taquara, no litoral sul. Apesar de pertencerem ao mesmo tronco tupi e terem um cultura comum, ambos povos viviam em constantes guerras entre si e em incessante locomoção pelo litoral. Os cariris já eram mais numerosos que os tupis e ocupavam uma ampla região, que ia desde o Planalto da Borborema para além dos limites com oCeará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Diziam que haviam vindo de um «grande lago» e se dividiam em cariris velhos e cariris novos. Eram formados pelas tribos sucurus, icós, ariús, pegas, paiacus, caicós e janduís. Destes, os pegas e os sucurus ficaram conhecidos por seu caráter belicoso e por suas lutas contra os bandeirantes. Em virtude disso, a região dos Cariris Novos foi conquistada depois da dos Velhos. Ainda no início da colonização, alguns indígenas tiveram papel expressivo na defesa da Região Nordeste (particularmente do Nordeste Oriental) contra os estrangeiros inimigos: o índio Piragibe fomentou a paz na conquista da Paraíba. Já Tabira lutou contra os franceses, enquanto Felipe Camarão (o índio Poti) enfrentou os holandeses e foi herói na Batalha dos Guararapes. Africanos[editar | editar código-fonte] Na Paraíba, o empreendimento do comércio negreiro iniciou-se logo após o Decreto Real de 1559, da Regente Catarina de Áustria, permitindo aos engenhos comprar cada um doze escravos. O escravo era mercadoria cara, seu valor médio oscilava entre 20 e 30 libras esterlinas. Portanto, em virtude do pequeno desenvolvimento da cultura canavieira no estado e dos altos preços destes, a presença negra foi mais tímida que em muitos estados nordestinos – embora culturalmente tenha tido bastante influência, tendo em vista que a presença negra trouxe como herança manifestações culturais, religiosas e influência na culinária, no vocábulo e na maneira de falar. Africanos festejando acontecimento. Hoje em dia, há diversas comunidades quilombolas oficialmente reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares. Caiana dos Crioulos foi reconhecida em 1997, Talhado em 2004, enquanto Engenho Bonfim,Pedra d'Água, Matão e Pitombeira obtiveram a certidão de reconhecimento em 2005. Ao todo, foram identificadas mais de 15 comunidades remanescentes de quilombos. Há outras teorias sobre essas comunidades, tais como a que após a falência de seus proprietários com a lei Áurea, essas terras foram abandonadas a propria sorte e depois confundidas/sofismadas por historiadores ideologicamente tendenciosos com supostos quilombos em terras originalmente ameríndias. Incluindo migrantes rurais recentes do interior de estados vizinhos, por exemplo. A influência africana menos pronunciada, se comparada a estados como Bahia, Maranhão e Pernambuco, deve-se ao fato de o ciclo da cultura canavieira no estado não ter sido tão marcante, o que ocasionou a vinda de pouca mão-de-obra de origemafricana.10 Portugueses[editar | editar código-fonte] Bandeirantes portugueses, explorando o interior do país. Os europeus que vieram para o estado eram predominantemente portugueses, isso desde o início da colonização no século XVI. Estes chegaram à Paraíba provenientes principalmente da Capitania de Pernambuco. O pequeno número de mulheres brancas na época estimulou logo cedo a miscigenação com mulheres das tribos locais e, em menor escala, com as mulheres escravas, sedimentando a base da população atual. No passado, algumas famílias das classes sociais mais elitizadas preferiram manter uma linhagem mais europeizada e casavam entre si (endogamia social). Outras presenças[editar | editar código-fonte] Franceses, holandeses, Judeus, italianos, japoneses e alemães estiveram presentes na sociedade paraibana em épocas distintas e por razões diversas. Sua presença teve mais importância como fato histórico que propriamente contribuiçáso étnica ou demográfica na formação da sociedade do estado. Franceses[editar | editar código-fonte] Antes da colonização da Paraíba pelos portugueses, os franceses já haviam estabelecido na costa do estado com vistas ao comércio do «pau-de-tinta», como era chamado o pau-brasil.6 Uma das estratégias usadas para fazer amizades era o «cunhadismo», que se baseava em se unir a índias para formar laços familiares e de amizade sólidos com os chefes das tribos.6 Capistrano de Abreu relatou em suas crônicas que por muito tempo não se soube se o Brasil seria português ou francês, tal a força da presença francesa e o poder de sua influência junto aos índios.6 No livro «O Povo Brasileiro», o escritor Darcy Ribeiro ressalta: «O principal [nucleo de mestiços caboclos] foi o que se implantou na Guanabara, junto aos Tamoios do Rio de Janeiro, gerando mais de mil mamelucos que viviam ao longo dos rios que deságuam na baía. Inclusive na ilha do Governador, onde deveria se implantar a França Antártica. Outros mamelucos gerados pelos franceses foram com os Potiguaras, na Paraiba, e com os Caetés, em Pernambuco. Alcançaram certa prosperidade pelas mercadorias que eles induziram os índios a produzir e carrear para numerosos navios. Sua mercadoria era, principalmente, o pau‐de‐tinta, mas também barganhavam a pimenta-da-terra, o algodão, além de curiosidades como os soins e papagaios.»6 Com a conquista definitiva da Paraíba em 1585, os franceses começaram a frequentar menos o litoral brasileiro. Contudo, os já estabelecidos continuaram a viver junto aos indígenas e seus filhos mestiços. Judeus sefaradis[editar | editar código-fonte] Dezenas de famílias sefarditas (judeus ibéricos) vieram para o Nordeste e para a Paraíba expulsas de Portugal na época da Santa Inquisição, comodegredados. Outra leva veio com os holandeses, que eram mais tolerantes que os lusitanos no tocante a religião. Muitos judeus posteriormente emigraram para as Antilhas Holandesas e para o Suriname, embora uma parcela tenha preferido se estabelecer, integrando-se à sociedade e camuflando seus ritos, para não chamar a atenção da Coroa Portuguesa sobre si. A presença marrana é forte no Seridó. Neerlandeses[editar | editar código-fonte] Na época da invasão holandesa no Nordeste (1624-1654), embora a miscigenação não tenha sido oficialmente estimulada, há relatos de uniões interraciais. A ausência de mulheres holandesas estimulou a união e mesmo o casamento de oficiais e colonos holandeses com filhas de abastados senhores de engenho luso-brasileiros11 e, mais informalmente, destes com índias e caboclas locais (nessa época a miscigenação entre brancos e negros não era tão comum, embora já existisse timidamente).12 13 Italianos[editar | editar código-fonte] Ver artigo principal: Italianos na Paraíba Entre as décadas de 1870 e 1930 várias famílias italianas escolheram a Paraíba para se fixar.14 15 As primeiras levas coincidiram com a época da grande recessão que atingiu a Europa no século XIX, assim como com a independência e a abolição da escravatura no Brasil, que trouxeram a crescente necessidade de realocação de mão-de-obra. Família de imigrantes italianos. Nos fins do século XIX famílias italianas em busca de paz e condições de vida que não encontravam na Europa emigram para várias regiões do Brasil, entre elas o Nordeste.16 Esses imigrantes escolhiam principalmente a Bahia ePernambuco, sobretudo pelo fato de serem estados com os maiores índices de desenvolvimento econômico no Nordeste na época.17 Os que chegavam à Paraíba preferiam se estabelecer nos maiores centros econômicos, João Pessoa, e Campina Grande, mas houve também núcleos em Mamanguape, Pilar e cidades do Brejo, como Areia, solânea, Alagoa Grande eBananeiras, região de clima mais ameno, em razão das altas altitudes do Planalto da Borborema, das chuvas regulares e dos solos férteis. Entretanto, as condições econômicas pouco viáveis no estado na época não favoreceram a vinda de maior quantidade desses imigrantes, como aconteceu no Sul e Sudeste, que seriam palco da «Grade Imigração» no Brasil.15 O Centro Cultural Dante Alighieri, de João Pessoa, realizou um levantamento cujo resultado revelou que havia 326 famílias descendentes desses imigrantes residindo no estado no início dos anos 2000.15 Já no começo do século passado, por volta de 1920, havia 600 italianos vivendo na Paraíba, segundo o levantamento de feito por Franco Cenni no livro Italianos no Brasil: andiamo in 'Merica, o que demonstra que o estado acabou se tornando o terceiro destino preferido por peninsulares para se estabelecer no Nordeste, após a Bahia e Pernambuco.18 Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE também demonstram que cidadãos vivos nascidos na Itália eram 207 em 1920 e 85 em 1940, residindo sobretudo em João Pessoa.19 nota 2 Japoneses[editar | editar código-fonte] Família de imigrantes japoneses. Ver artigo principal: Japoneses na Paraíba A migração de japoneses para a Paraíba foi um pequeno movimento demográfico de nipônicos que ocorreu a partir do fim da década de 1930 no estado brasileiro da Paraíba e teve duas fases: a agrícola e a baleeira. Tal movimento foi inciado quando algumas famílias nipônicas se instalaram na «Fazenda São Rafael», às margens do rio Jaguaribe, a convite do governo paraibano da época, que almejava fomentar a horticultura no estado. Mais tarde, um outro pequeno fluxo se seguiu, quando famílias diretamente vindas do Japão foram contratadas para trabalhar na indústria de caça à baleira em Costinha, no litoral paraibano.nota 3 Alemães[editar | editar código-fonte] No começo do século XX, em torno de 80 trabalhadores alemães (alguns com suas famílias) chegaram ao estado para trabalhar na Companhia de Tecidos Rio Tinto20 (então de propriedade dos Lundgren, família paraibana de origem sueca). Em 18 de agosto de 1945, no final da Segunda Guerra os operários brasileiros da fábrica invadiram os chalés e casas dos alemães, quebrando tudo e exigindo que os estrangeiros fossem deportados. Tanto no país quanto em Rio Tinto ardia o ódio advindo do torpedeamento de navios da Marinha Mercante do Brasil por submarinos supostamente alemães, o que é contraditório, pois no final da segunda guerra, os alemães já não tinham mais tantas armas, exércitos e poder. Meses depois, com a situação mais calma, a Companhia de Tecidos Rio Tinto acionou judicialmente o Estado em busca da indenização dos prejuízos, a qual nunca foi obtida. Os alemães, enquanto isso, lá permaneceram para insatisfação dos locais. Em 1963, um ex-operário da fábrica, o torneiro mecânico Antonio Fernandes de Andrade, elege-se prefeito municipal e começa a trabalhar contra os interesses dos Lundgren. A partir de então, os Lundgren mostram-se desestimulados para continuar a contratar estrangeiros e começam a abandonar seus investimentos na cidade. Com o passar dos anos, os alemães que permaneceram se integraram à sociedade do estado, muitos dos quais casaram-se com cidadãos locais e migram para a capital. Nos idos dos anos 40, Rio Tinto era considerada a mais europeia das cidades paraibanas, em virtude da notória influência arquitetônica alemã em muitos de seus prédios e do estilo de vida que os trabalhadores alemães então residentes levavam. Hoje em dia a única lembrança dessa presença destes reside em algumas construções arquitetónicas imponentes da cidade (palacete da família Ludgren, Igreja Santa Rita de Cássia, Companhia de Tecidos Rio Tinto, delegacia, cinema, chalés e armazéns).21 Religião[editar | editar código-fonte] Segundo censo do IBGE em 2000, dos 3.443 825 pesquisados no Estado da Paraíba, declararam-se segundo o credo:22 23 [[Ficheiro:|255px|alt=|Palácio da Redenção, foi construído em 1586 pelosjesuítas.]] Convento de São Francisco, em João Pessoa, Paraíba. Palácio da Redenção, foi construído em 1586 pelos jesuítas. Religião Praticantes Católicos 2.897.900 pessoas Protestantes 322.843 pessoas Espíritas 12.804 pessoas Religiões Afro-brasileiras 1.408 pessoas Religiões Orientais 357 pessoas Outras religiões 20.970 pessoas Sem religião 180.671 pessoas Não determinado 2.510 pessoas Notas 1. Ir para cima↑ Após séculos de mestiçagem e de nenhuma corrente migratória expressiva vinda da Europa para o estado, pode afirmar com precisão que o branco médio paraibano é apenas fenotipicamente branco, pois ogenótipo reflete a intensa miscigenação ocorrida durante toda a história do estado.7 O mesmo tipo de mestiçagem ocorre também na população quilombola, negra e índia do estado,8 e nesta última a mestiçagem já era comum na época das invasões francesas.9 2. Ir para cima↑ As estimativas por vezes conflitantes refletem as várias fontes tomadas na época: governo italiano, consulado americano e IBGE 3. Ir para cima↑ Na década de 70 começam a migrar nipo-brasileiros principalmente deSão Paulo para atividades do terceiro setor, muitos dos quais para trabalhar na Universidade Federal da Paraíba, como professores e funcionários. Referências 1. Ir para cima↑ Mini Enciclopédia Mundo Fisico (em português). 2. ↑ Ir para:a b c IBGE Estados@ – Paraíba>Acesso em 29 de março de 2012. 3. ↑ Ir para:a b Da redação (12 de julho de 2014).Migrantes representam 8,9% da população da Paraíba, diz IBGE. G1 – Paraíba. Página visitada em 13 de julho de 2014. 4. Ir para cima↑ Estimativa Populacional 2013. Estimativa Populacional 2013. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de agosto de 2013). Página visitada em 19 de setembro de 2013. 5. Ir para cima↑ Da redação (22 de julho de 2011). IBGE aponta aumento de brasileiros que se declaram pardos ou pretos. Jornal Estadão. Página visitada em 5 de março de 2014. 6. ↑ Ir para:a b c d e RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. [S.l.]: Companhia das Letras, 1995. 470 p. ISBN: 9788571644519 7. Ir para cima↑ VASCONCELOS, Pedro de Almeida (15 de julho de 2007). O debate sobre a questão racial no Brasil urbano. Revista Bibliográfica da Universidade de Barcelona. Página visitada em 13 de julho de 2014. 8. Ir para cima↑ RAMOS, Arthur; OLIVEIRA, Waldir Freitas. A mestiçagem no Brasil – coleção nordestina. [S.l.]: Universidade Federal de Alagoas (UFAL}, 2004. 179 p. ISBN: 9788571771819 9. Ir para cima↑ PRESSER, Margaret. Pequena Enciclopédia para Descobrir o Brasil. [S.l.]: Senac, 2006. 359 p. ISBN: 9788587864741 10. Ir para cima↑ GALLIZA, Diana Soares de (1995). A escravidão na Paraíba. Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Página visitada em 5 de março de 2014. 11. Ir para cima↑http://www.revistanordeste.com.br/nordeste_paraiba.php 12. Ir para cima↑ Histórias do Brasil - Folha Online 13. Ir para cima↑ The Atlantic World and the Dutch 14. Ir para cima↑ PONZI, Alfio. Presença italiana na Paraíba. [S.l.]: Achiamé, 1989. 209 p. 15. ↑ Ir para:a b c Manuel C. Andrade (2 de janeiro de 2007). Italianos na Paraíba e sua importância econômica. Jornal A União. Página visitada em 12 de junho de 2013. 16. Ir para cima↑ COSTA, Adailton Coelho. Mamanguape, a Fenix Paraibana. [S.l.]: Grafset Ltda., 1986. 210 p. 17. Ir para cima↑ DE BONI, Luís Alberto ‘’et alii’’. A Presença Italiana no Brasil, Volume 3. [S.l.]: Escola Superior de Teologia, 1996. 18. Ir para cima↑ CENNI, Franco. Italianos no Brasil: «andiamo in 'Merica» – 3ª edição. [S.l.]: EdUSP, 2003. 535 p. 19. Ir para cima↑ SEITENFUS, Ricardo Antônio Silva. A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial. [S.l.]: Edipuc – RS, 2000. 378 p. ISBN: 8574301221 20. Ir para cima↑ Fatos ocorrido na época das Familias Alemãs em Rio Tinto.. Lembranças do nazismo na Paraíba (20 de Novembro de 2000). 21. Ir para cima↑ Empresa Paraibana de Turismo S.A. 22. Ir para cima↑ IBGE, Censo Demográfico 2000 23. Ir para cima↑ Centro Apologético Cristão de Pesquisas - CACP. Censo Religioso. CACP.org. Página visitada em 3 de março de 2011. • Portal da Paraíba • Portal da geografia Categorias: • Geografia da Paraíba • Demografia do Brasil por estado Menu de navegação • Criar uma conta • Entrar • Artigo • Discussão • Ler • Editar • Editar código-fonte • Ver histórico • Página principal • Conteúdo destacado • Eventos atuais • Esplanada • Página aleatória • Portais • Informar um erro Colaboração • Boas-vindas • Ajuda • Página de testes • Portal comunitário • Mudanças recentes • Manutenção • Criar página • Páginas novas • Contato • Donativos Imprimir/exportar • Criar um livro • Descarregar como PDF • Versão para impressão Ferramentas • Páginas afluentes • Alterações relacionadas • Carregar ficheiro • Páginas especiais • Ligação permanente • Informações da página • Item no Wikidata • Citar esta página Idiomas Editar ligações • Esta página foi modificada pela última vez à(s) 12h34mi Os quilombos constituíram-se em locais de refúgio dos escravos africanos e afrodescendentes em todo ocontinente americano.1 Eram entendidos pelo Conselho Ultramarino do governo português em 1740 como todo "agrupamento de negros fugidos que passe de cinco, ainda que não tenham ranchos levantados em parte despovoada nem se achem pilões neles". A definição antropológica da Associação Brasileira de Antropologia de 1989 para esse agrupamento é: toda comunidade negra rural que agrupe descendentes de escravos, vivendo de cultura de subsistência e onde as manifestações culturais têm forte vínculo com o passado. No Brasil, abrigavam também minorias indígenas e brancas. Ao longo da América, tinham diversas denominações: cimarrones em algumas partes da América espanhola; palenques em Cuba (1677, 1785 e 1793) e Colômbia (1600); Maroons na Jamaica (1685) e Suriname (1685 com a fuga do seu fundador);marrons no Haiti (1665, independente em 1804); Cumbes na Venezuela (1552, 1763, 1765) (CARVALHO, 1996); quilombos e mocambos no Brasil.2 Os escravos fugiam das fazendas entre os séculos XVI e XIX, e se abrigavam nos quilombos para se defenderem da escravidão e resgatarem a cosmovisão africana e os laços de família perdidos com a escravização. Neles, existiam manifestações religiosas e lúdicas, como a música e a dança. O mais famoso deles na história do Brasil foi o de Palmares. Denominam-se "quilombolas" os habitantes dos quilombos. Atualmente, as comunidades quilombolas passam por um processo de reconhecimento legal de sua existência por parte dos governos nacionais e das organizações internacionais.3 4 Índice [esconder] • 1 Etimologia • 2 Legislação • 3 Características o 3.1 Escravidão nos Quilombos • 4 Estudos genéticos • 5 Referências • 6 Bibliografia • 7 Ligações externas Etimologia[editar | editar código-fonte] A palavra "quilombo" tem origem nos termos "kilombo" (Quimbundo) e "ochilombo" (Umbundo), estando presente também em outras línguas faladas ainda hoje por diversos povos Bantus que habitam a região de Angola, na África Ocidental. Originalmente, designava apenas um lugar de pouso, utilizado por populações nômades ou em deslocamento; posteriormente passou a designar também as paragens e acampamentos das caravanas que faziam o comércio de cera, escravos e outros itens cobiçados pelos colonizadores. Significava também "acampamento guerreiro",5"capital, povoação, união".6 Porém foi só no Brasil que o termo "quilombo" ganhou o sentido de comunidades autônomas de escravos fugitivos.7 Moradores da comunidade quilombola de São Domingos, em Paracatu, em Minas Gerais, no Brasil Legislação[editar | editar código-fonte] As comunidades quilombolas, de acordo com certos critérios, podem pleitear ao Estado brasileiro: • O reconhecimento oficial como comunidade quilombola, pela Fundação Cultural Palmares; • O título de propriedade da terra, como consta na Constituição de 1988 (ver Terras quilombolas no Brasil); • O acesso a projeto de sustentabilidade, preservação e valorização de seus patrimônios histórico-culturais, assegurado nos Artigos 214, 215 e 216 da Constituição do Brasil. Características[editar | editar código-fonte] Tradicionalmente, os quilombos eram das regiões de grande concentração de escravos, afastados dos centros urbanos e em locais de difícil acesso. Os quilombos da Confederação Quilombola do Campo Grande, em Minas Gerais, conhecida como Quilombo do Campo Grande, alteram em muito esse conceito generalizante, pois, a partir de 1735, se formaram e se fortaleceram com pretos forros e seus escravos, brancos pobres e seus escravos, além de escravos fugidos da escravidão. Todos eles fugiam do sistema tributário da capitação que vigorou nas Minas no período de 1735 a 1750.8 Embrenhados nas matas, selvas ou morros, esses núcleos se transformaram em aldeias, dedicando-se à economia de subsistência e às vezes ao comércio, alguns tendo mesmo prosperado. Existem registros de quilombos em todas as regiões do país, com destaque ao estado de Alagoas, na região do atual municípiode União dos Palmares, onde surgiu o principal e maior quilombo que já existiu: o Quilombo dos Palmares, na então Capitania de Pernambuco, quando Alagoas era ainda comarca pernambucana.9 10 Segundo os registros, existem quilombos nos seguintes estados brasileiros: Maranhão, Pernambuco,Espírito Santo, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pará, Amapá, Acre, Rio Grande do Norte, Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe, Ceará, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Tocantins, Piauí, Paraíba e Ceará. Quilombolas no lançamento da Agenda Social Quilombola e do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial, no Palácio do Planalto, em Brasília. Foto: Antônio Cruz/ABr Os seus habitantes,11 denominados de "quilombolas", eram, originalmente, agrupamentos de ex–escravos fugidos de seus senhores desde os primeiros tempos do período colonial. Em algumas épocas e locais, tentaram reproduzir a organização social africana,12 inclusive com a escolha de reis tribais. Quanto à violência praticada pelos quilombos e quilombolas, Luiz Gonzaga da Fonseca, no seu livro "História de Oliveira", na página 37, descreve o caos provocado no Caminho de Goiás, a Picada de Goiás, pelo quilombolas do Quilombo do Ambrósio, o principal quilombo de Minas Gerais: Não há dúvida que esta invasão negra, fora provocada por aquele escandalosa transitar pela picada, e que pegou a dar na vista demais. Goiás era uma Canaã. Voltavam ricos os que tinham ido pobres. Iam e viam mares de aventureiros. Passavam boiadas e tropas. Seguiam comboios de escravos. Cargueiros intérminos, carregados de mercadorias, bugigangas, minçangas, tapeçarias e sal. Diante disso, negros foragidos de senzalas e de comboios em marcha, unidos a prófugos da justiça e mesmo a remanescentes dos extintos cataguás, foram se homiziando em certos pontos da estrada ("Caminho de Goiás" ou "Picada de Goiás"). Essas quadrilhas perigosas, sucursais dos quilombolas do Rio das Mortes, assaltavam transeuntes e os deixavam mortos no fundo dos boqueirões e perambeiras, depois de pilhar o que conduziam. Roubavam tudo. Boiadas. Tropas. Dinheiro. Cargueiros de mercadorias vindos da Corte (Rio de Janeiro). E até os próprios comboios de escravos, matando os comboeiros e libertando os negros trelados. E com isto, era mais uma súcia de bandidos a engrossar a quadrilha. Em terras oliveirenses, açoitava-se grande parte dessa nação de 'caiambolas organizados' nas matas do Rio Grande e Rio das Mortes, de que já falamos. E do combate a essa praga é que vai surgir a colonização do território (de Oliveira (Minas Gerais) e região). Entre os mais perigosos bandos do Campo Grande, figuravam o quilombo do negro Ambrósio e o negro Canalho.13 — Embora a escravidão no Brasil tenha sido oficialmente abolida em 13 de maio de 1888, alguns desses agrupamentos chegaram aos nossos dias, graças ao seu isolamento, como, por exemplo, Ivaporunduva, próximo ao rio Ribeira de Iguape, no estado de São Paulo. A maioria dos quilombos tinha existência efêmera, pois uma vez descobertos, a sua repressão era marcada pela violência por parte dos senhores de terras e de escravos, com o duplo fim de se reapossar dos elementos fugitivos e de punir exemplarmente alguns indivíduos, visando a atemorizar os demais cativos. Escravidão nos Quilombos[editar | editar código-fonte] Apesar de representar uma resistência à escravidão, muitos quilombos contavam com a escravidão internamente. Esta prática levou vários teóricos a interpretarem a prática dos quilombos como um conservadorismo africano, que mantinha as diversas classes sociais existentes na África, incluindo reis, generais e escravos.14 15 Contudo, a escravidão nos quilombos em nada se assemelhava à escravidão dos brancos sobre os negros, sendo os escravos considerados como membros das casas dos senhores, aos quais deviam obediência e respeito.16 Semelhante à escravidão entre brancos, comum na Europa na Alta Idade Média.17 Assim, a prática da escravidão nos quilombos tinha dupla finalidade:18 • a primeira, de aculturar os escravos recém-libertos às práticas do quilombos, que consistiam em trabalho árduo para a subsistência da comunidade, já que muitos dos escravos libertos achavam que não teriam mais que trabalhar; e • a segunda, que visava a diferenciar os ex-escravos que chegavam aos quilombos pelos próprios meios (escravos fugidos, que se arriscavam até encontrar um quilombo. Sendo, neste trajeto, perseguidos por animais selvagens e pelos antigos senhores, e ainda, correndo o risco de serem capturados por outros escravistas) daqueles trazidos por incursões de resgates (escravos libertados por quilombolas que iam às fazendas e vilas para libertar escravos). Estudos genéticos[editar | editar código-fonte] Estudos genéticos realizados em quilombos têm revelado que a ancestralidade africana predomina na maioria deles, embora seja bem significativo a presença de elementos de origem europeia e indígena nessas comunidades. Isso mostra que os quilombos não foram povoados apenas por africanos, mas também por pessoas de origem europeia e indígena que foram integradas nessas comunidades. Os estudos mostram que a ancestralidade dos quilombolas é bastante heterogênea, chegando a ser quase que exclusivamente africana em alguns, como no quilombo de Valongo, no Sul, enquanto em outros a ancestralidade europeia chega até a predominar, como no caso do quilombo do Mocambo, na Região Nordeste do Brasil, mas isso é a exceção.19 Ancestralidade genética de habitantes de quilombos20 Nome do quilombo Africana Europeia Indígena Cametá (Norte) 48% 17,9% 34,1% Cajueiro (Nordeste) 67,4% 32,6% 0% Curiaú (Norte) 73,6% 26,4% 0% Paredão (Sul) 79,2% 2,8% 18,1% Trombetas (Norte) 62% 27% 11% Valongo (Sul) 97,3% 2,7% 0% Mimbó (Nordeste) 61% 17% 22% Sítio Velho (Nordeste) 72% 12% 16% Referências 1. Ir para cima↑ O chihuahua anão: um blog de antropologia aleatória. Disponível em http://igorreno.wordpress.com/2010/01/01/suriname-e-maroons-outras-informacoes/. Acesso em 31 de março de 2013. 2. Ir para cima↑ Quilombos (vídeo) 3. Ir para cima↑ BALDI, C. A. As comunidades quilombolas e o seu reconhecimento jurídico. Disponível em http://6ccr.pgr.mpf.mp.br/documentos-e-publicacoes/docs_artigos/artigo_cesar_augusto_baldi.pdf. Acesso em 31 de março de 2013. 4. Ir para cima↑ PYL, B. e SANTINI, D. Repórter Brasil. 14 de novembro de 2012. Disponível em http://reporterbrasil.org.br/2012/11/consciencia-negra-apenas-uma-comunidade-quilombola-foi-reconhecida-em-2012/. Acesso em 31 de março de 2013. 5. Ir para cima↑ PEPETELA. A gloriosa família: o tempo dos flamengos. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1999. p. 407. 6. Ir para cima↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 435. 7. Ir para cima↑ Vídeo: Tradição e desenvolvimento 8. Ir para cima↑ MARTINS, T. J. Quilombo do Campo Grande - A História de Minas que se Devolve ao Povo. Contagem. Santa Clara Editora. 2008. 9. Ir para cima↑ Obs. O Quilombo de Palmares teve nove vilas ou núcleos. O Quilombo do Campo Grande, de Minas Gerais, contou com 27 vilas ou núcleos. 10. Ir para cima↑ Cronologia do Quilombo dos Palmares 11. Ir para cima↑ Nação Palmares (vídeo) 12. Ir para cima↑ Quilombos discutem seus problemas durante encontro em Luziânia (GO). (vídeo) 13. Ir para cima↑ História de Oliveira,Edição Centenário, 1961, p. 37 - sem citar qualquer fonte. A evidência é a de que sua fonte tenha sido a Carta da Câmara de Tamanduá à Rainha, 1793, publicada pela Revista do APM, ano II, 1897. Vide ainda Quilombo do Campo Grande - História de Minas que se Devolve ao Povo, p. 355-363. 14. Ir para cima↑ Libby, Douglas Cole e Furtado, Júnia Ferreira. Trabalho livre, trabalho escravo: Brasil e Europa, séculos XVIII e XIX. págs. 321-322. Annablume, 2006 -ISBN 8574196274, 9788574196275 15. Ir para cima↑ Libby, Douglas Cole e Furtado, Júnia Ferreira. Trabalho livre, trabalho escravo: Brasil e Europa, séculos XVIII e XIX. págs. 321-322. Annablume, 2006 -ISBN 8574196274, 9788574196275 16. Ir para cima↑ Landmann, Jorge. Tróia Negra. Mandarim, 1998 - ISBN 8535400931, 9788535400939 17. Ir para cima↑ Cornwell, Bernard. O Último Reino. Record, 2006 - ISBN 8501073520, 9788501073525 18. Ir para cima↑ Landmann, Jorge. Tróia Negra. Mandarim, 1998 - ISBN 8535400931, 9788535400939 19. Ir para cima↑ [1] 20. Ir para cima↑ [2] Bibliografia[editar | editar código-fonte] • MOURA, Clóvis. Os quilombos e a rebelião negra. São Paulo: Brasiliense. 1987. Coleção Tudo é História. • CARVALHO. José Jorge. O quilombo do Rio da Rãs: história, tradição e lutas. Salvador: EDUFBA, 1996. Ligações externas[editar | editar código-fonte] • Quilombo do Campo Grande - Confederação Quilombola. • Filme Quilombo, do Campo Grande aos Martins. • Mapa do Campo Grande. • Quilombos • Livro "Um Estudo Sócio-lingüístico das Comunidades Negras do Cafundo, do Antigo Caxambu e de seus Arredores" de Sílvio Vieira de Andrade Filho • Remanescentes de Quilombos • Quilombos do Ribeira • Quilombo • Quilombos de Alagoas • Território negro • Aldeias familiares Conceito de quilombos urbanos • Comissão Pró-Índio de São Paulo • Quilombos no Paraná • Quilombo São José da Serra Categoria: • Quilombos Menu de navegação • Criar uma conta • Entrar • Artigo • Discussão • Ler • Editar • Editar código-fonte • Ver histórico • Página principal • Conteúdo destacado • Eventos atuais • Esplanada • Página aleatória • Portais • Informar um erro Colaboração • Boas-vindas • Ajuda • Página de testes • Portal comunitário • Mudanças recentes • Manutenção • Criar página • Páginas novas • Contato • Donativos Imprimir/exportar • Criar um livro • Descarregar como PDF • Versão para impressão Ferramentas • Páginas afluentes • Alterações relacionadas • Carregar ficheiro • Páginas especiais • Ligação permanente • Informações da página • Item no Wikidata • Citar esta página Noutros idiomas • বিষ্ণুপ্রিয়া মণিপুরী • Català • Deutsch • English • Español • Français • עברית • Italiano • Nederlands • Norsk bokmål • Polski • Română • Русский • Tiếng Việt Editar ligações • Esta página foi modificada pela última vez à(s) 02h19min de 23 de junho de 2014. • Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a condições adicionais. 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