PROJETO MAIS SAÚDE NA ESCOLA: QUALIDADE DE VIDA É UMA QUESTÃO DE EDUCAÇÃO
Por Rafael Junior heliodoro | 14/05/2013 | EducaçãoINTRODUÇÃO
Com o objetivo de contribuir para a formação integral dos estudantes, professores e funcionários, por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, sobre a falta de conhecimento de uma alimentação saudável que, comprometem crianças, adolescentes, jovens e adultos levando à doenças hipertensivas e diabéticas, bem como, a falta de conhecimento de DSTs e HIV, entre outros, desde o ano de 2011 é realizado na Escola Estadual Nossa Senhora de Fatima localizada no município de Araputanga-MT o projeto intitulado “ Mais Saúde na Escola: Qualidade de vida é Uma Questão de Educação”.
O projeto é coordenado pelo funcionário enfermeiro Rafael Junior Heliodoro e a funcionaria assistente social Sirlene Alves de Oliveira, funcionários do apoio administrativo educacional. O mesmo possui a metodologia de desenvolver ciclos de palestras para orientar e sensibilizar alunos, professores e funcionários a adotar prática de uma vida saudável como forma de prevenção as doenças. As palestras serão realizadas com o Func. Enfº. Rafael Junior Heliodoro e com profissionais da saúde locais e oriundos de outros municípios, dependendo da temática em questão, As palestras terá como foco principal o combate a AIDS, hipertensão artéria e diabetes mellitus, porem outras temáticas como drogas e alcoolismo, gravidez na adolescência também serão foco destas palestras. Com temáticas da área de saúde estas palestras terão por objetivo promover educação em saúde, durante essas palestras serão distribuídos folders confeccionado pelo projeto em folha A4.
O projeto durante os anos de 2011 e 2012 realizou 20 palestras com alunos do ensino médio, fundamental e educação de jovens e adultos, fez 260 consultas de enfermagem prestando orientações alimentares e diagnostico de hipertensão, obesidade, sobrepeso e obesidade mórbida.
Com a parceria da funcionaria assistente social Sirlene Alves de Oliveira e da coordenação pedagógica, durante o mês de novembro, será realizada na escola uma campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis. Os alunos serão convidados a colaborarem com o projeto doando 1 kg de alimento, para no mês de dezembro, doar a famílias carentes de nossa instituição.
Desenvolvimento
O projeto é desenvolvido na Escola Estadual Nossa Senhora de Fátima, situada à Rua Marquês de Pombal Nº 445, Bairro Jardim Primavera, Município de Araputanga, Estado de Mato Grosso, telefones para contato (65) 3261-1683 e 3261-3112, e-mail institucional ART.EE.N.SFatima. A escola foi criada pelo Decreto 1027/12/91, atende três modalidades de ensino: Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). A equipe de trabalho é composta por 01 diretor, 03 coordenadores pedagógicos, 01 professor articulador, 41 professores, 01 secretário, 03 técnicos administrativos, 02 técnicos para o laboratório de informática, 01 técnico para a biblioteca, 03 Merendeiras, 05 funcionárias de Manutenção de Infra-Estrutura (limpeza) e 03 vigias. Atende uma clientela de aproximadamente 930 alunos, distribuídos em 33 turmas em três turnos.
A escola é um importante espaço para o desenvolvimento de um programa de educação para a saúde entre crianças e adolescentes. Distingue-se das demais instituições por ser aquela que oferece a possibilidade de educar por meio da construção de conhecimentos resultantes do confronto dos diferentes saberes, de alunos, familiares, professores e entre outros. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009.)
Segundo Estanganelli (2006), a associação entre o excesso de peso e de gordura corporal e a maior suscetibilidade às complicações metabólicas, hemodinâmicas e ortopédicas tem sido objeto de inúmeros estudos envolvendo adultos. O sobrepeso e a obesidade são conhecidos eventos direcionados ao desenvolvimento da diabete, das doenças cardiovasculares, da hipertensão, da osteoartrite e de alguns tipos de câncer, entre outras disfunções crônico-degenerativas”. Conforme Santiago (1998), a determinação do excesso de peso/obesidade pode ser feita por vários métodos dentre eles as relações entre peso e altura (P/A), a relação entre o peso em Kg e o quadrado da altura em metros (Índice de Massa Corporal — IMC).
O Ministério da Saúde nos aponta que devemos:
[...] promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais [...] (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009 apud BRASIL, 2009)
No entanto, a saúde na escola promove dinâmicas que contribuem com a qualidade de vida dos alunos, conscientizando sobre os meios e os modos como eles se comportam perante o meio social em que vivem.
Uma forma de conhecer a vulnerabilidade das instalações, dos equipamentos e dos espaços onde as crianças, adolescentes e jovens circulam é por meio da identificação dos riscos no ambiente escolar, com o objetivo de corrigi-los ou eliminá-los. Esse procedimento implica diagnóstico de situação com propostas de correção e envolvimento dos gestores e gerentes da educação e da saúde na adoção de soluções, sempre contribuindo com educação continuada para que amenize esses problemas e o meio que facilita essas ações são através de projetos elaborados, levando a instrumentação técnica de diversos atores envolvidos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009 apud PORTUGAL, 2006.)
Outro aspecto importante é a incorporação da medida da pressão arterial na avaliação de rotina de crianças e adolescentes que tem permitido o diagnóstico mais precoce de HAS secundária em indivíduos assintomáticos, bem como a detecção precoce de HAS primária, que, embora seja diagnóstica principalmente em adultos, inicia-se na infância, que possivelmente esse fato pode ser de hereditariedade. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006 apud SINHA, 2007.)
O melhor meio para que possa observar essas alterações da pressão é aferindo a pressão sanguínea dos componentes envolvidos no projeto, avaliando as alterações e orientando sobre a importância da diminuição de sódio em suas alimentações.
As pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde destaca que uma alimentação equilibrada é essencial para ter uma boa saúde, portanto, vale ressaltar que:
O papel da alimentação no controle e na prevenção das doenças, especialmente das crônicas não transmissíveis, é cada vez mais evidente. Destacam-se, nesse aspecto, as doenças cardiometabólicas – como a hipertensão arterial, a doença isquêmica do coração, a Diabetes mellitus. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009 apud BARRETO, 2005):
Essas doenças crônicas como diabetes e hipertensão estão surgindo cada vez mais precoce no Brasil, pois o grande índice dessas pessoas não estão consumindo alimentos saudáveis, devido a grande quantidade de agrotóxicos utilizado para cultivo dos alimentos. Essa prática facilita a falência da saúde na sociedade.
Por isso, uma educação continuada é primordial à saúde nas escolas, pois a grande dificuldade em relação à uma alimentação saudável começa a partir dessa faixa etária. Sendo assim, o processo de reeducação alimentar e o conhecimento sobre como ingerir uma alimentação saudável, desperta no aluno o interesse de adotar medidas preventivas para evitar doenças crônicas, que compromete a sua saúde e ao seu estilo de vida.
Conclusão
Através da sensibilização por meio das palestras e atividades propostas pelo projeto alunos, professores e funcionários poderão adquirir um hábitos de vida saudável, contribuindo para a mudança da realidade física, mental e social. Os participantes do projeto serão multiplicadores, disseminando desse novo estilo de vida no meio em que vivem.
Seguindo as orientações do seminário estadual de temáticas da educação, os coordenadores, buscarão em 2013, parcerias para expandir o projeto para as cinco escolas estaduais e instituições educativas do município de Araputanga.
Referencial Bibliográfico
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009.
ESTANGANELLI, Luiz Claudio reeberg; Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes: estimativas relacionadas ao sexo, a idade e a classe socioeconômica.São Paulo; Revista brasileira de educação física: 2006.
GUTER, A. E. L. Introdução a psicologia escolar. São Paulo: casa do psicólogo. 1997.
SANTIAGO, Luiz Miguel; Excesso ponderal e obesidade em jovens: estudo observacional de base populacional. São Paulo; saúde infantil: 1998.
TRUJILLO FERRARI, Alfonso. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982.