PROJETO DE INTERVENÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA AOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL MAIOR (6º e 7º anos) DA E.A.B E ESCOLAS ANEXAS

Por Sydney Pinto dos Santos | 31/01/2023 | Educação

EQUIPE PEDAGÓGICA DA ESCOLA MUNICIPAL EZILDA ARAGÃO BRASIL – 2022

[1] Org. por Professor Sydney Pinto dos Santos – efetivo do quadro de professores alfabetizadores do Município de Prainha desde 1998. Mestrando em Educação pela FUNIBER/UNINI.

 PROJETO DE INTERVENÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA AOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL MAIOR (6º e 7º anos) DA E.A.B E ESCOLAS ANEXAS: amenizando os impactos na aprendizagem pós-período pandêmico, estratégias e expectativas socioeducativas

 

 

 

Santa Maria do Uruará – Prainha Pará

2022

 

SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO

2 - JUSTIFICATIVA

3 – OBJETIVOS

3.1 – Objetivo geral

3.2 – Objetivos específicos

4 - HIPOTESES LEVANTADAS

5 - REFERENCIAL TEÓRICO E APORTES LEGAIS

6 - PERCURSOS METODOLÓGICOS

Local:

Período de execução:

Agentes ou segmentos atendidos

Parcerias:

7 – RECURSOS UTILIZADOS

7.1 – Humanos

7.2 – Materiais

7.3 – Financeiros

8 – CRONOGRAMA DAS ETAPAS DO PROJETO

9 – AVALIAÇÃO

Processual

Contínua

Formativa

10 - RESULTADOS E EXPECTATIVAS

11 - CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES

11 - REFERÊNCIAS

ANEXOS

 

 

 

 

 

 

1 – INTRODUÇÃO

O período pandêmico, e, consequentemente a suspensão das aulas, e com isto o afastamento dos alunos do ambiente de produção de conhecimentos (espaço escolar), percebeu-se, tanto por parte dos professores, assim como da equipe pedagógica da Escola Municipal de Ensino Fundamental EZILDA ARAGÃO BRASIL e escolas anexas, a primeira localizada no Distrito de Santa Maria do Uruará, e as segundas, nas comunidades adjacentes do distrito referido, tem por base um trabalho voltado a atender todas as demandas existentes em relação aos educandos, invocando para isto, discussões e diálogos constantes entre os atores educacionais, no sentindo amplo e convergente de promover e desenvolver as melhores e eficazes estratégias de ensino, as quais venham contribuir para o fortalecimento do processo de ensino – aprendizagem, inclusive no primeiro ciclo, ou em turmas que tiveram dificuldades de aprendizagem e que precisam ser suprimidas.

E este supressão somente, será possível pelo envolvimento, comprometimento e disponibilidade do docente, e o corpo educacional de apoio pedagógico, na discussão, elaboração, execução e avaliação de possíveis propostas ou projetos de intervenções didáticos-pedagógicas voltadas a atender esta clientela ou percentuais de alunos que foram atingidos por algum tipo de barreira, a qual provocou uma defasagem na sua aprendizagem; mesmo que sejam alunos que estejam no Ensino Fundamental maior, e que apresentam estes tipos de situações. Pois assim:

Entendemos que, o trabalho centrado na discussão da responsabilidade e comprometimento de cada ente “educacional”, também se faz expressamente no favorecimento de atendermos com clareza, pragmatismo, socialização e autonomia à uma educação que se busca nos moldes democrático, justo, socializador, participativo, atingindo todas as camadas que perfazem esta comunidade educacional, como da sociedade na qual está envolvida. (SANTOS, 0rg. 2021, p.56)

Mas para tal empreendimento, precisamos de antemão, nos perguntar, para o devido momento: Quais os fatores que interferiram diretamente na aprendizagem dos alunos no período de afastamento por causa da Pandemia do COVID – 19? E desta forma, traçarmos práticas, ações, estratégias e proposições eficientes, construtivas e eficazes e com resultados positivos que venham e virão contribuir com a aprendizagem durante o processo referente ao ano de 2022 na Escola Ezilda Aragão Brasil e escolas anexas.

Desta forma, e com o período de afastamento dos discentes do espaço escolar, em espacial da escola Ezilda Aragão Brasil e escolas anexas, ficou visível várias consequências sobre a aprendizagem, como a falta de relações pessoais entre os alunos e professores, entre os alunos com outros alunos, alunos com os conteúdos, o que descaracterizou de forma imediata e radical a forma de aprender e a forma de ensinar. Assim como da assimilação e consolidação dos eixos relacionados a alfabetização como: escrita, leitura e interpretação textual, além de cálculos. O que de forma ou outra, e em período posterior farão com que haja uma diferença entre o que seria adequado à aprendizagem e aquilo que se alcançou através de aulas remotas, sem intervenções diretas do professor.

Assim, a busca por estratégias educacionais que proporcionem amenizar os efeitos negativos expressados nos anos de 2020 e 2021, e que atingiram em especial os alunos que atualmente estão nos 6º e 7º anos, em razão da possibilidade do continnum curricular, acredita-se que serão as melhores formas a serem desenvolvidas através de proposições ou intervenções pedagógicas, sendo elas os ideais caminhos suscitados e analisados pela coordenação pedagógica como a gestão escolar, da Escola Ezilda Aragão Brasil, com ênfase a atender uma parcela ou quantitativo deste alunado, os quais tiveram suas habilidades e competências comprometidas no último ano, inclusive, do Ensino Fundamental menor.

Portanto, a Escola Ezilda Aragão Brasil, pensando no bem estar social, educacional e futuro profissional do discente, o qual passará por melhorias no desenvolvimento de suas habilidades didático-pedagógicas, frequentando as aulas no contraturno do seu horário normal de aula presencial, terá este reforço alfabetizatório com finalidade de conduzi-lo a uma prática educativa mais eficiente, criativa e promotora dos eixos que perfazem o ensino aprendizagem nos primeiros anos de molde, e assim nos anos/séries destinadas à alfabetização. Onde se possibilitará um clima de acolhimento, aprofundamento dos conhecimentos e assim, consolidação dos conhecimentos que forma a base do ensino.

2 – JUSTIFICATIVA

Em razão do distanciamento dos alunos do espaço escolar em virtude do período pandêmico, e consequentemente absorção e desenvolvimento de aspectos negativos na aprendizagem do aluno, o educandário Ezilda Aragão Brasil e escolas anexas, após análise sobre os rendimentos do conhecimento referente aos anos de 2020 e 2021, desenvolverá este plano de intervenção didático-pedagógico, com o intuito de integrar os alunos do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental Maior, em turmas que irão funcionar em diferentes turnos, isto é, em contraturno, de acordo com os horários dos alunos  das séries/anos, onde os mesmos, e não todos, apresentam dificuldades de aprendizagem, surgidas possivelmente a partir da falta de orientações e explicações em aulas presenciais nos anos destacadas, quando estes alunos estavam respectivamente no 4º e 5º anos.

Assim, verifica-se a razão da formação destas turmas, e de acordo com os números apontados pelos docentes anteriores, onde os alunos com dificuldades de aprendizagem, inclusive nos eixos de leitura, interpretação, produção textual e cálculos, participação das aulas, em estilo “reforço”, para que assim amorteça ou amenize os impactos atribuídos aos anos anteriores, devido a este afastamento das aulas presenciais.

Desta forma, e segundo o Projeto “Sentiram Minha Falta” (2020) da SEMED – Prainha, esclarece que deva haver:

Realização de ações que promovam o acesso e o aproveitamento escolar dos alunos, contribuindo na construção de uma educação pública de qualidade... desenvolvendo estratégias que garantam a permanência de crianças e adolescentes na escola....”onde” intenciona-se contribuir com a escola para a sistematização das providencias e encaminhamentos... enfrentando a problemática junto com cada escola da rede municipal....”compartilhando e fortalecendo a união entre escola, equipe técnica da SEMED, comunidade escolar, família e demais instituições.

:Logo, para que se concretize de forma eficiente, pragmática e com resultados eficazes, a proponente, neste caso a Escola Ezilda Aragão Brasil e escolas anexas, assegura a realização na parceria e apoio da Secretaria de Educação, seus segmentos e outras instituições, onde o sucesso e o retorno condizente da Projeto de Intervenção, denominado:  PROJETO DE INTERVENÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA AOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL MAIOR DA E.A.B E ESCOLAS ANEXAS: amenizando os impactos na aprendizagem pós-período pandêmico, estratégias e expectativas socioeducativas, e assim ao progresso e desenvolvimento dos alunos participantes, está na responsabilidade, comprometimento e participação ativa de todos os atores envolvidos.

3 – OBJETIVOS

3.1 – Objetivo geral

Desenvolver estratégias de intervenções didático-pedagógicas em sala de aula (tipo reforço) com finalidade de amenizar os impactos negativos causados pelo período pandêmico no processo de aprendizagem aos discentes da escola Municipal de Ensino Fundamental Ezilda Aragão Brasil e escolas anexas.

3.2 – Objetivos específicos

1 – Assegurar aos discentes com dificuldades de aprendizagem, dos 6º e 7º anos do ensino fundamental maior, o direito de desenvolver adequadamente as habilidades referentes ao processo de alfabetização;

2 – Possibilitar que os discentes desenvolvam habilidades e competências de aprendizagem através de aulas de reforço, com sentido de prover e possibilitar aos educandos o acompanhamento integral dos eixos formativos do processo alfabetizatório.

3 – Possibilitar o funcionamento de turmas a serem alfabetizadas com alunos do 6º e 7º anos com finalidade de aprimorá-los nos eixos de leitura, interpretação e cálculos.

4 – Manter as estratégias educacionais do referido projeto em consonância com os propósitos cognitivos das turmas série/ano as quais os alunos estão matriculados no referido ano letivo.

4 - HIPOTESES LEVANTADAS:

Entre as possíveis hipóteses levantadas sobre a problemática desenvolvida ou detectada para que houvesse a proposta de intervenção pedagógica, destacam-se:

  1. Falta de explicação e contato direto dos professores com os alunos neste período de afastamento/isolamento.
  2. Os pais não foram formados e não receberam treinamento para lidar e assim ajudar seus filhos nas atividades apresentadas;
  3. Os alunos, devido ao curriculum continnum, foram de uma série a outra, inclusive do ensino fundamental menor para o maior, sem grandes interações com os conteúdos, orientações didáticas e outros fatores agregadores e formadores da aprendizagem;
  4. As atividades propostas remotamente, jamais poderiam substituir o espaço de tempo usado nas aulas presenciais, assim como o papel do professor mediando o ensino;
  5. São vários os fatores e aspectos intervenientes e assim, contributivos, que estabelecem uma educação e/ou uma aprendizagem proficiente ao discentes; perpassando pelos valores emocionais atitudinais e comportamentais, como os cognitivos, que muitas vezes somente o espaço escolar, com seus atores envolvidos e capaz de produzir este resultado positivo.
  6. Bem possível que, muitas atividades, mesmo sendo entregues com preenchimento adequado, não tenham sido executadas pelos alunos, pois a “liberdade” proposta no ambiente familiar, desconfigura a nitidez e eficácia da sala de aula e assim das estratégias didáticas utilizadas pelos docentes.

5 - REFERENCIAL TEÓRICO E APORTES LEGAIS

Segundo Santos (2021), quanto a este momento de dificuldades em estar em contato direto com o aluno, e com isto buscar maneiras de atende-lo, diz que:

Vivemos em um momento atípico, implementado pelo período pandêmico, no primeiro momento, em relação ao uso das tecnologias e outras dinâmicas, ficamos um pouco "perdidos", mas me parece que conseguimos aos poucos nos reinventarmos no sentido de manter e atender estes atores tão importantes no processo ensino-aprendizagem, que é o discente.

Assim, a busca por alternativas de ensinar ou ainda, de amenizar os impactos negativos causados ao aprendizado do aluno, não só provocou, neste período de pandemia e consequentemente do afastamento do aluno do ambiente escolar, ao professor de utilizar as ferramentas tecnológicas que estavam ao seu alcance, como buscou este, pesquisar e se aprofundar mais sobre alternativas viáveis e favoráveis ao seu trabalho, encurtando a distância entre ele, a escola e o discente.

Assim, a escola, precisa ser mais que democrática, acessível, propulsora de conhecimentos, dever ser além de igualitária, ela tem que ser uma:

Escola inclusiva, que se preocupa em oferecer condições para que todos possam aprender, é aquela que busca construir no coletivo uma pedagogia que atenda todos os alunos e que compreenda “as dificuldades do aluno” e a diversidade humana como um fator impulsionador de novas formas de organizar o ensino e compreender como se constroem as aprendizagens (MANTOAN, 2011, p. 78)

Nesta busca de se reinventar e construir, ficou claro, que as atividades elaboradas e destacadas aos alunos através de seus responsáveis, onde os discentes teriam de resolvê-las em seu ambiente familiar, não eram suficientes para conduzir e possibilitar um aprendizado que viesse atender aos interesses dos alunos, e principalmente dos professores e da escola, onde os docentes estavam ambientados e acostumados com a presença dos primeiros dentro do espaço da sala de aula, ministrando as aulas de uma forma clara e produtiva, visto as manifestações emocionais e inter-relacionais entre estes dois atores do processo de ensino – aprendizagem.

Porém, como o período se estendeu, muito além do esperado, soube-se através de análises feitas em cima das atividades que, não houvera avanço e progresso suficiente na aprendizagem dos alunos, que se submeteram a este tipo de atividades. E, assim, consequentemente causando transtornos irreversíveis e negativos que podem perdurar na sua conduta como aluno; porém, podem ser amenizadas quando se busca alternativas, como a execução de projetos de intervenções relacionados à promoção da alfabetização de alunos com dificuldades de aprendizagem ou aqueles que foram afetados diretamente com o afastamento do espaço escolar, e consequentemente das aulas ministradas presencialmente nas salas de aula.

Estas alternativas ou estratégias educacionais com sentido amplo de desimpactar os resultados negativos nos alunos que de alguma forma foram “contaminados” a não se desenvolverem adequadamente, requerem muito mais que desenvolvimento de competências e habilidades pedagógicas, requer um trabalho sensível do profissional que irá desempenhar este papel de alfabetizador em consonância com as séries/anos já alcançadas pelos alunos. Já que a sua alfabetização não alcançou de forma conveniente a absorção dos eixos condutos e formadores da aprendizagem.

Pois:

Alfabetização, não é apenas requer livros, materiais, agentes (professor, aluno e família), ferramentas didáticas e apoio pedagógico, requer atenção, sensibilidade, troca, compreensão, postura, harmonia, dedicação, cumplicidade, e troca emotivas, especialmente entendimento para aqueles que estão sob nossos cuidados, orientação e cuidados. São fatores, que precisam ultrapassar quaisquer necessidades de uso brusco de materiais, de procedimentos sejam elas de cunho controlador ou de domínio. Pois, percebe-se que algumas ações advindas do ensinar tradicional, jamais farão com que haja um aprendizado à altura daquilo que esperamos. (SANTOS, 2021)

Logo, entende-se que a alfabetização, pode até acorrer durante todos os níveis, etapas, ciclos e séries/anos, porém, expressivamente em menor grau, pois, a aprendizagem de molde está vinculada e sob a responsabilidade dos docentes e profissionais de educação (pedagogo) dos primeiros anos do ensino fundamental. Onde, os alunos, com os conteúdos e eixos formadores, podem se sentir seguros, capazes e eficientes no que tange aos conteúdos a serem assimilados e consolidados nos anos posteriores, isto é, nos anos/séries finais do ensino fundamental.

E quanto a constituição do projeto de intervenção via alfabetização, se faz necessário que:

os proponentes (professores alfabetizadores e pedagogos), acreditem na possibilidade de não só promover ou direcionar o projeto aos discentes, mas também, como criar novas metodologias e estratégias nas escolas e a outros professores, no sentido de se atingir as metas e os objetivos deste projeto, junto aos alunos no período de alfabetização. (SANTOS, 2014)

Porém, se assim não for, certamente teremos problemas acentuados e resultados negativos ou expressivamente grandiosos e, muitas vezes difíceis de serem corrigidos a tempo e dentro de uma expectativa que não venha contemplar apenas os discentes que apresentam dificuldades ou distúrbios de aprendizagem, mas sim todo um conjunto envolvido no processo de ensino e aprendizagem, incluindo é claro, o alfabetizatório.

Pois, embora a alfabetização requeira tempo, espaço, compreensão e atenção por parte dos professores, existem outros processos e fatores que intervém diretamente de uma avalição feitas no processo em relação aos discentes. Portanto:

O professor precisa, antes de mais nada, detectar o nível em que se encontra cada aluno, para então intervir coerentemente em seu processo de aprendizagem. Deve procurar atingir os alunos de todos os níveis, desafiando-os para provocar o avanço. As atividades podem motivar diferentes níveis e em cada criança implicarão uma mudança, ou adequação, da hipótese própria do nível em que ela se encontra. (RUSSO, 2012, p. 41)

Ou seja, para cada indivíduo, uma ação estratégica diferente e eficiente, para cada nível ou grupo de alunos, ações intervenientes eficientes capazes de solucionar ou amenizar os reflexos negativos que se quer contorna-los.

Assim, quando falam em alfabetização, é claro que neste bojo, também precisamos nos expressar sobre a aprendizagem, onde a mesma:

Não é a simples passagem da ignorância ao saber sem resistências ou conflitos. Nesse processo, algo novo que não envolve uma simples reestruturação. Trata-se, pois, de um fenômeno a partir do qual um sujeito toma para si uma nova forma de conduta, transformando a informação adquirida em novos conhecimentos, hábitos e atitudes. (LAKOMY, 2014, p. 12)

 

6 - PERCURSOS METODOLÓGICOS

Sabe-se que é fundamental que haja sempre um contato direto entre o docente e o discente para que se tenha uma aprendizagem consolidada dentro dos moldes exigidos pelo processo, como por aquilo que se espera tanto dos professores e da própria escola quanto a fomentação e consolidação do ensino, com diretrizes, estratégias e ações que venham resguardar o direito de aprender e apreender do aluno; claro, obedecendo alguns requisitos que tangem as limitações, recursos e habilidades pessoais de cada agente envolvido neste contexto, inclusive do educando.

Logo entende-se que, quanto ao projeto, o processo educacional, deve ser entendido como um conjunto de elementos e variáveis que permitem que o aluno se destaque na aprendizagem, absorvendo, assimilando e o máximo de conteúdos inerentes a sua afinidade. Tendo um papel central de dar as orientações e diretrizes através dos mais variados planos que aos poucos podem ser convertidos em estratégias eficientes e construtivas à aprendizagem.

Portanto, os segmentos da escola, perfazerão as etapas e os percursos metodológicos do projeto, descrevendo as atribuições e responsabilidade de cada ator ou agente que os compõem. Como também, acrescido com uma introdução acerca do papel destes segmentos dentro do processo educacional.

6.1 - Quanto ao papel da escola – a escola ou educandário, neste período ficou um “campo morto”, pois com a ausência dos alunos neste espaço se torna muitas vezes inviável uma aprendizagem que venha contemplar os anseios, desejos e objetivos, não somente dos principais agentes dos educandários, como, alunos, docentes e pedagogos e outros; porém, de todo um conjunto de segmentos que estejam envolvidos, como a família, o Estado e a sociedade. Pois, assim, a escola pode responder as necessidades daqueles que esperam resultados positivos e favoráveis, mas com a contribuição e ajuda, também, de outros atores socioeducacionais. Pois:

”se faz necessários, que as próprias escolas analisem profundamente quais necessidades e desafios a serem enfrentados, quando possibilitarão um planejamento mais eficaz e racional junto aos objetivos que se quer alcançar”, Santos, (2019)

Nesta lógica, a escola ou educandário Ezilda Aragão Brasil, buscando analisar os rendimentos dos alunos através de sua coordenação pedagógica junto aos professores, referentes aos anos de 2020 e 2021, discutirá a elaboração e posterior execução desta proposta pedagógica centrada na alfabetização dos alunos destas series/anos, os quais apresentaram elevados de dificuldades de aprendizagem.

Portanto, a unidade escolar, com seus segmentos, incluindo as problemáticas idênticas das escolas anexas, colocaram em prática esta proposta de intervenção durante o ano letivo de 2022, com amplo desejo de amenizar os impactos ocorridos na aprendizagem em decorrência do período pandêmico.

6.2 - Quantos aos docentes – Pode-se dizer que foi um despertar para os profissionais do magistério, pois, como jamais tinham passado por uma situação igual, sentindo-se limitados, já que muitos tiveram que se reinventar quanto ao uso das ferramentas digitais; as quais, na prática os ajudaram consideravelmente neste período, como por exemplo, na pesquisa, nas formas de abordagem de conteúdos e assim como no uso e na dinâmica de atender os alunos que estavam distantes.

Esta reinvenção, ligada ao uso sistemático e contínuo das TICs (Tecnologias de Informações e Comunicações), em muitos casos, era inovador e assim como “radical”, já que muitos docentes não tinham ou possuíam o domínio dos equipamentos ligados á tecnologia; o que em alguns momentos se sentiu inibidos numa simples conversa “on line” com seus estudantes. Mas que por outro lado, se tornou um choque de realidade, pois, dentro de suas limitações de domínio, se provocaram à mudança de comportamento e utilidade destes instrumentos, que de alguma forma já faz parte de cotidiano da escola, mas especificamente em serviços burocráticos.

Assim, como afirma Melo, Urbanetz (2012, p. 93):

Quando o professor percebe que não vai ter tempo, que não consegue realizar um trabalho diferenciado ou ainda que não tem espaço para este tipo de atividade, ele consegue ao menos, ter consciência de que o processo foi interrompido ou insatisfatório a partir de tal questão. Então, ele deve localizar os problemas, analisar como a situação ocorreu e propor novas estratégias de ação eficientes para o aprendizado dos alunos, já que este é o maior objetivo da escola.

Logo, entende-se que nesta etapa, os professores serão consultados acerca dos quais eixos constituintes da aprendizagem foram comprometidos pelo “afastamento” dos alunos em razão da suspensão das aulas presenciais nos anos 2020 e 2021; quando os mesmos identificarão, junto com a coordenação pedagógica, quais as habilidades, conhecimentos e competências foram afetadas, e quais alunos, quanto ao grau de sua deficiência ou dificuldade de aprendizagem, poderão ser ingressos no projeto, com sentido de amenizar ou ainda promover conhecimentos de acordo com sua idade/série.

6.3 - Quanto aos discentes – estes atores, por estarem mais ligados, atualmente, a um mundo em mudanças através do uso da tecnologia, não houve tantas restrições, até mesmo porque as atividades práticas eram entregues já impressas aos seus representantes, o que diminuía alguns entraves, como por exemplo, a produção de conteúdo que poderia ser transformado em aulas on-line. Mas também, tornou-se um desafio, pois muitos alunos, no âmbito de sua família, não possui um celular ao menos, com sentido de pesquisar ou ainda tirar alguma dúvida referente às atividades. Em outras palavras, na maioria dos lares, as atividades a serem desenvolvidas, ficavam à espera de um conhecimento ínfimo do aluno, ou de alguém mais instruído deste grupo social.

Nesta etapa, a qual concerne aos discentes, será feita a seleção daqueles que apresentaram elevado grau de dificuldade em alguns eixos da alfabetização, inclusive no que diz respeito ao da leitura, interpretação textual e cálculos. Assim, dividindo-os de acordo com o possível contraturno que a turma irá participar, durante as aulas ministradas 3 vezes na semana com duração de 2 horas/aulas dias.

6.4 - Quanto ao papel da família: no que respeito ao período pandêmico, a família, se tornou um elemento intermediário, inclusive nas poucas orientações advindas dos docentes e que deveriam serem levadas aos alunos das respectivas famílias. Estas famílias caberiam à obrigação de mediar a busca das atividades, e assim, entrega-las no espaço escolar em data predefinida; o que certa forma, mas com pouca ou nenhuma interação com os conteúdos e orientações pedagógicas, já que as mesmas em seu contexto geral, não possuem quaisquer formações, ou raros casos; ou ainda que, pelas suas ocupações diárias em suas atividades, pouca importância dava aos conteúdos que compunham as atividades proposicionadas aos seus entes.

Desta forma, este segmento social, isto é, a família, irá ser previamente comunicada sobre os seus alunos/filhos, os quais estarão ingressando no projeto de intervenção através da alfabetização. Quando serão entregues aos mesmos um termo de consentimento de participação de seus filhos nas aulas pertinentes ao projeto. Assim, esclarecendo as diretrizes, normas, estratégias, horário, dias e processos norteadores, com o da finalidade e objetivos práticos do projeto. Como também da justificativa para tal participação.

Local de aplicação ou execução do projeto: Distrito de Santa Maria do Uruará, em específico à Escola Municipal de Ensino Fundamental Ezilda Aragão Brasil e escolas Anexas; quando a escola polo está localizada na parte central do referido distrito, possibilitando com isto atender aos alunos que ora residem às proximidades do educandário, assim como àqueles que moram em comunidades adjacentes e que por algum motivo, deram preferência em se matricular neste espaço escolar. Assim, não só dinamizando os processos socio-educativos, como permitindo contribuir com a aprendizagem dos mais variados alunos, no que tange aos seus aspectos cognitivos, comportamentais, atitudinais e emocionais. Pois além de dar clareza aos processos condutores do ensino – aprendizagem, busca manter afinada a relação com as famílias dos discentes.

Período de execução: durante todo o ano letivo de 2022, isto é, nos bimestres que compõem o espaço-tempo do ano letivo. Sendo executado em 3 dias da semana de forma alternada, com duração de 2 horas diárias, no contraturno; ou seja, as turmas do 6º e 7º que funcionam pela manhã, estarão participando no período da tarde, e assim vice-versa.

Agentes ou segmentos atendidos:

Em especial aos alunos do Ensino Fundamental Maior, precisamente dos 6º e 7º anos, os quais tiveram seu aprendizado comprometido em razão do período pandêmico, referente aos anos de 2020 e 2021, os quais eram constituintes do 4º e 5º anos, e que devido ao processo de aprovação baseada na frequência das atividades, não tiveram contato com o educandário, a sala de aula, e muito menos com o docente dos referentes anos.

Parcerias: Neste processo, de viabilização e execução do Projeto de Intervenção Alfabetizadora, onde as ações didáticas-pedagógicas estarão voltadas para ao eixo estruturante da aprendizagem que é o Fortalecimento da Aprendizagem, assim como da consolidação dos eixos formadores, em espacial centrada na leitura, interpretação textual e cálculos, serão parceiros na empreitada a Secretaria de Educação, A Diretoria de Ensino, a equipe Técnica da SEMED, outros colaboradores; e da parte da escola Ezilda Aragão Brasil, estará: a Coordenação Pedagógica E.A.B., a Gestão Escolar  Central, as gestões das escolas anexas, os docentes atuantes e alfabetizadores, e os conselhos escolares das respectivas unidades educacionais.

Cabendo à SEMED e outros segmentos aliados suporte quanto aos espaços (salas de aula) para funcionamento, a remuneração dos docentes alfabetizadores, aquisição de material de suporte, equipamentos multimídia, alimentação escolar.

Já a escola proponente e escolas anexas ficará com a s seguintes responsabilidades:

  1. Análise e seleção dos alunos a participarem da Intervenção Alfabetizadora;
  2. Indicação dos professores alfabetizadores, inclusive da escola-polo;
  3. Divulgação aos pais e responsáveis sobre os calendários, diretrizes e outros aspectos;
  4. Monitorar, através de sua coordenação pedagógica, os avanços e resultados positivos. Assim como das eventuais necessidades e barreiras encontradas;
  5. Promover nos três dias da semana (gestão escolar) a preparação da alimentação escolar aos participantes;
  6. Aquisição, através dos conselhos escolares, de materiais didáticos, jogos interativos e lúdicos direcionados às práticas educativas;
  7. Manter todos os protocolos de higienização, uso de equipamentos de proteção (inclusive máscara) e possível distanciamento dos alunos quando interagindo no espaço destacado.

7 – RECURSOS UTILIZADOS

7.1 – Humanos:

Entre os recursos humanos participativos e utilizados no projeto de intervenção ao qual será colocado em execução, destacam-se: alunos, professores alfabetizadores, pedagogos, gestão escolar, pais dos alunos que irão participar do projeto; outros.

Pois, todos são essenciais e fundamentais para que haja em tese um retorno positivo com resultados esperados e os anseios almejados. Quando cada um terá sua participação reconhecidamente pelo processo de ensino-aprendizagem e pelos esforços na derruba de barradas e ultrapassagem de desafios.

7.2 – Materiais:

Dentre os materiais a serem utilizados, destacam –se:

7.2.1- Preliminares: aqueles usados na discussão, elaboração do projeto, como computador, cadernos, carteiras escolares, canetas, impressoras.

7.2.2 -Essenciais: usados na execução e uso dos professores: computador, mesa, livros didáticos, pincel de quadro, canetas, data show, carteiras e cadeiras escolares, quadro branco, brinquedos dinâmicos e lúdicos, cartolinas, pinceis variados.

7.2.3 -Auxiliares ou de apoio: são aqueles usados para que sejam usados pelos alunos e professores no espaço escolar, e utilizados em consequência do período atípico, como: álcool em gel, sabão e água, máscaras, pias, banheiros, alimentação escolar, termômetro, agua e outros.

7.3 – Financeiros:

São os direcionados para a manutenção para o projeto, os quais devem advirem de duas ou três fontes: recursos do conselho escolar, da administração pública municipal via SEMED e dos colaboradores locais, os quais podem ser destacados para os seguintes fins:

  1. Aquisição de materiais a serem utilizados pelos alunos em sala de aula.
  2. Pagamento de espaço para o funcionamento das salas de aula, tendo em vista que o educandário proponente não dispõe de espaço específico para o projeto.
  3. Suporte à alimentação escolar dos alunos participantes do projeto.

8 – CRONOGRAMA DAS ETAPAS DO PROJETO

Data

 

 

 

 

Ações/atividades

1º semestre e 2º semestre de

2021

1º bimestre de

2022 (início de janeiro)

2º bimestre de 2022

3º bimestre de 2022

4º bimestre de 2022

Identificação do problema de aprendizagem

 

X

 

 

 

 

Discussão acerca de um projeto interventivo à aprendizagem.

 

X

 

 

 

 

 

Análise sobre a situação dos discentes em relação aos anos 2020/2021

 

 

 

X

 

 

 

Proposição de elaboração do projeto de Intervenção.

 

 

X

 

 

 

Fomentação e Construção (digitação) do projeto.

 

 

X

 

 

 

Apresentação do projeto de intervenção à SEMED para discutir parcerias e resolução à problemática.

 

 

 

 

X

 

 

 

Aquisição de material didático-pedagógicos para os trabalhos em sala de aula (lúdicos e dinâmicos)

 

 

 

X

 

 

 

Execução do projeto de intervenção didático – pedagógica.

 

 

 

X

 

 

X

 

 

X

 

 

X

Avaliação de verificação sobre as eventuais distorções das etapas, das estratégias e métodos usados na execução do projeto.

 

 

 

 

 

 

 

X

 

9 – AVALIAÇÃO

O processo avaliatório é e pode ser considerado um processo e instrumento extremamente importante na aprendizagem, inclusive, assim dando-nos direções e possíveis indícios concretos para assim tomarmos futuras decisões. E uma destas decisões, são a implementação e execução de intervenções pedagógicas-didáticas, as quais venham contribuir para a aprendizagem eficiente do aluno, não apenas dentro de um período curto ou imediato, mas, conduzindo-o à proficiência cognitiva contínua.

Pois:

Trata-se de um tema polêmico, talvez justamente por ser importantíssimo na vida de cada ser humano, pois avaliar desempenho humano não é função de fácil cumprimento, uma vez que envolve deparar com valores de um ser semelhante a você e a mim. E, que, quando bem concebida, bem entendida, realizada com possível senso de justiça e solidariedade, ao mesmo tempo valoriza, faz perceber valores nunca antes percebidos e desperta o ser humano para o reconhecimento de valores seus que até então ainda não haviam sido despertados. (BOTH, 2012, p. 91)

Desta forma, como se sabe, é relevante que, professores, família, escola, pedagogo e os próprios discentes tenham a noção exata da atribuição da avaliação no processo educativo e suas variáveis intervenientes; pois, segundo Both, (2012, p. 203) “a avaliação cumpre função de identificar o nível de qualidade do realizado, revelando os itens que correspondem ao previsto no planejamento e aqueles que necessitam de realinhamento e de correção de rumo.

Assim, depois da avaliação preliminar, conhecida com diagnóstica, precisa-se implementar outras de cunho tão importante quanto esta. Pois, elas darão uma segurança ao trabalho do professor, como de outros agentes, como o pedagogo, a escola em si, e ao próprio aluno, quanto a sua verificação pessoal durante o processo.

Processual – aquela decorrente das análises feitas durante o processo, quando a mesma tem por finalidade e objetivos verificar possíveis ajustamentos diante das estratégias e ações paralelas usadas na execução do projeto. Pois visa corrigir, além de tudo não somente uma “postura” do discente, porém, e principalmente do docente quanto as formas ou maneiras de interagir, socializar e mediar o processo de aprendizagem.

A Avaliação Formativa e Contínua:

Quanto a este tipo de avaliação, Both (2012), destaca que, “seja no âmbito presencial ou no à distância, nunca sugere ponto final, pois é expressão que pressupõe sobrevida acadêmica, humana, profissional perenemente”.  Ou seja, esta perenidade, deve co-existir e possibilitar o docente a ultrapassar as possíveis barreiras, desafios e processos intervenientes, inclusive os negativos, que se apresentam ao longo da trajetória de aprendizagem do aluno e de seu próprio trabalho didático-pedagógico. Pois, mesmo que saibamos, que “o desenvolvimento cognitivo ou da inteligência ocorre aos poucos, passo a passo, com maior intensidade nos primeiros anos de vida” (Both, 2012, p. 120), a alfabetização em seu aperfeiçoamento e consolidação, através da avaliação formativa, deve permanecer e prevalecer junto com as outras, por toda a vida educacional do aluno, e assim do trabalho didático-educacional do professor.

Já Morosov; Martinez (2012, p. 130), destacam quanto a avaliação formativa e contínua sobre a aprendizagem dos alunos “na perspectiva integral do aluno”:

Tem como fundamento os processos de aprendizagem em seus aspectos cognitivos, afetivos e relacionais. Além disto, está calcada em aprendizagem significativas e funcionais, que se aplicam em diversos contextos e devem ser atualizadas tanto quanto for preciso para que se dê continuidade à aprendizagem.

Esta atualização, deve estar diretamente ligada às estratégias e métodos usados nas ações didáticas com os discentes.

Vale ressaltar que, para a discussão, elaboração, seleção de alunos, desenvolvimento de estratégias e execução do projeto de intervenção, se baseou em um dos instrumentos de avalição denominado de conselho ou análise pedagógica, que segundo Both (2012), é “a reunião liderada pela equipe pedagógica da instituição para análise de grupo(s) de alunos sobre o seu desenvolvimento escolar”, e, consequentemente seu estágio ou nível de aprendizagem em relação a sua faixa etária x ano/série.

Pois, entende-se que:

A avaliação pode ser, e muitas vezes é, uma arma altamente prejudicial no processo de ensino-aprendizagem, pois a maneira como são elaboradas as provas e todas as atividades que tenham o objetivo de validar o desempenho com uma nota ou conceito pode transformar o ato avaliativo em uma calamidade, algo temido por muitos e por todos... analises conjuntas e conversas, o resultado tende a ser melhor, a avaliação menos temida e até entendida. Tudo depende de nós. PAULA; SILVA, 2012, p. 15)

 

10 - RESULTADOS E EXPECTATIVAS

Dentre os possíveis resultados esperados e os já consolidados, em relação a este projeto de Intervenção didático-pedagógico, implementado através da alfabetização de alunos do 6º e 7º anos do Ensino Fundamental Maior da escola Ezilda Aragão Brasil e escolas anexa, destacam-se: compromisso da escola em dar condições e viabilidade de aprendizado aos alunos com deficiência e dificuldades de aprendizagem; promoção e execução de projetos de intervenções didáticos-pedagógicos, os quais venham contribuir com as possíveis atrasos em relação aos alunos que não obtiveram êxito e proficiência no período de alfabetização; aprimoramento dos trabalhos dos professores, na elaboração de novas estratégias educativas, com a utilização da TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) de forma dinâmica e acessível; manutenção de turmas, durante os anos letivos, que sejam formadas por alunos que necessitam de intervenções por professores capacitados e eficientes no processo de alfabetização, em fomentar e consolidar os principais eixos formativos da aprendizagem: leitura, escrita, oralidade, interpretação, produção textual e cálculos; possibilidade de aquisição e parcerias com a SEMED, com sentido de obtenção de equipamentos e materiais, como jogos lúdicos, para promover a educação de forma dinâmica e socializadora.

Pois este compromisso da escola, parte da análise de seu corpo docente e pedagógico, sobre os alunos em atraso, os quais por alguma razão no decorrer do ano letivo não conseguiram e/ou se possibilitaram avançar de acordo com os parâmetros exigidos para a sua idade/série.

Em relação a discussão, elaboração e execução de projetos intervencionistas, devem atender uma parcela dos alunos ingressos no ano letivo, selecionando àqueles que precisam e necessitam de um aprofundamento mais coerente e atencioso por parte de professores exclusivos e capazes de atender as necessidades cognitivas através da alfabetização paralela destes discentes.

A aprimoramento do trabalho docente, está vinculado a uma nova metodologia, um avanço no trabalho didático do profissional, onde este esteja apto no uso e utilização das ferramentas que poderão transformar e dar nova roupagem na sua forma de ensinar. Partindo da premissa de que isto somente será possível através de cursos e orientações sobre as ferramentas tecnológicas com oferta e parceria com a Secretaria de Educação e as escolas. Pois:

o estudo e domínio das novas tecnologias possibilitam ao educador um conjunto de saberes e informações que ora podem conduzi-lo a novas produções, quando através destas, passa a ser um indivíduo mais atualizado e informado no que diz respeito às transformações contínuas do universo dos campos e de atividades de atuação na sociedade atual. (SANTOS, 2014)

A formação das turmas, em cada ano letivo, em espacial no ano letivo de 2022, tem como princípio de que “cada corpo, cada indivíduo é universo único e próprio, com suas características, vontades, desejos e peculiaridades”, e assim, aprendem em tempo, velocidade e interesse diferentes, o que muitas vezes os afastam de um conjunto homogêneo, o que faz com que se faça necessários adequá-los através de intervenções pedagógicas, com sentido de lhes dar condições igualitárias aos seus pares mais avançados.

Já, quanto as expectativas ou aos resultados esperados pela ação e intervenções através do projeto, espera-se: aprimoramento dos conhecimentos, habilidades e competências dos discentes envolvidos e participantes do projeto de alfabetização, desta forma amenizando os impactos negativos causadas a sua aprendizagem em razão de vários fatores e elementos intervenientes, inclusive pela falta de contato direto com os conteúdos e estratégias de ensino no espaço escolar neste período pandêmico.

Outro, seria a manutenção e formação das turmas em cada ano letivo, renovando e reformulando as estratégias de ensinar, e assim como do uso de novos equipamentos e materiais lúdicos que provoquem a percepção, atenção, criatividade e interesse dos alunos participantes, como dos professores que atuarão no processo do desenvolvimento do projeto, assim como chamar a atenção dos professores alfabetizadores e pedagogos, no que tange de ficarem alertas quanto as possíveis situações e ocasiões que poderão ocasionar prejuízos à aprendizagem; manter a escola como atora e fortalecedora das parcerias que venham a acontecer, inclusive fazendo parcerias no sentido de amenizar as problemáticas surgidas no processo de aprendizagem, no decorrer dos anos letivos; construção de espaços educacionais, voltados exclusivamente para atender as turmas que poderão ser constituídas, para assim amenizar os resultados negativos detectados no ano letivo anterior; interação direta, democrática e assídua com a família dos alunos da escola e daqueles que apresentam quaisquer tipos de declínio no aprendizado, muitas vezes sendo resultado das convivências e vivência no próprio ambiente familiar.

É notório salientar que, muitos dos fatores que promovem o declínio, as dificuldades de aprendizagem ou deficiências de aprendizagem, não estão ligadas diretamente aos processos e atores do espaço escolar, como por exemplo, uma atenção mais aguçada por parte do docente àquele aluno que não se socializa com os demais; pode sim ser reflexos advindo do espaço familiar, o que poderá além de desestímulo, desinteresse, abandono escolar ou mesmo absenteísmo; provocados por falta de assistência pessoal, desintegração moral, ética e de valores no núcleo de vivência, além de diálogos abertos e falta de estímulo por parte dos pais e responsáveis dos alunos.

 

11 - CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES

Considerando a alfabetização como processo que desencadeia os melhores processos que consiste no aprendizado do educando, inclusive no que tange, ao desenvolvimento das habilidades e competências, que vão desde da idade de molde, passando pelos vários níveis ou ciclos de alfabetização. Mas para que isto ocorra de maneira eficiente e eficaz, deve haver agregados ao processo, inúmeros outros fatores intervenientes os quais possibilitam de forma clara e precisa a aprendizagem, como por exemplo, professores compromissados e eficientes; alunos interessados e entusiasmados; famílias responsáveis e incentivadoras; escolas acolhedoras e preocupadas com o aprendizado; investimentos em equipamentos e ferramentas úteis às estratégias no ensinar, por parte das instâncias superiores de fomentadora da educação, no caso o  Estado e órgãos ou entidades mantenedoras.

Considerando o valor essencial e construtivo, além de eficiente e produtivo dos projetos de intervenções didáticos-pedagógicos nas unidades escolares, com objetivos claros no que se refere a amenizar ou mesmo solucionar uma problemática vigente nestes espaços educacionais, procura-se, desta forma desenvolver mecanismos, ferramentas e instrumentos capazes de impedir que certos resultados negativos ou mesmo reflexos incongruentes se tornem insolúveis, provoquem instabilidades no processo ou que ainda possibilite uma avalanche de resultados inconsistentes contrários aqueles esperados pelo processo de ensino-aprendizagem.

Considerando o papel do professor, como elemento mediador entre os conteúdos programáticos e o aluno, quando este desenvolverá estratégias eficientes com sentido específico de contribuir, assegurar e garantir o progresso e avanço dos discentes na aprendizagem, adequando-os e consolidando os eixos formativos através das habilidades e competências desenvolvidas durante o processo; o que de certa forma manterá o aluno em ritmo adequado no seu desenvolvimento cognitivo e na sua progressão educativa, respeitando suas limitações, anseios e possibilidades criativas.

Considerando que a comunidade escolar, onde a família indiretamente a compõe, e como entidade social provedora do bem-estar social e educacional do aluno, cabe a responsabilidade além dos espaços do âmbito familiar e escolar, dar e proporcionar a este, condições suficientes e pertinentes ao seu sucesso como cidadão, elemento constituinte e modificador dos interesses da sociedade em que está inserido. Pois, a escola por si só, através da escolarização, não conseguirá garantir aos educandos os objetivos educacionais, que por dever desta e expectativas da família devem ser consolidados de forma igualitária e eficiente, além de democrática.

Considerando que, os fatores externos e alheios à escolarização, também tem um papel importante para a formação pessoal e social dos alunos, no que tange a sua vida, inclusive com reflexos positivos ou negativos no processo e na formação educacional do indivíduo, onde precisa-se estar atento às relações inter-pessoais e as vivências fora do espaço escolar, quando as mesmas podem contribuir para que os desafios, objetivos e interesses sejam consolidados de forma positiva a estes atores. Pois muitas vezes, as armadilhas do mundo de fora do mundo escolar, poder sobressair aos interesses do ambiente educacional, fazendo com que haja uma descaracterização dos valores, atitudes e princípios morais formadores do processo de ensino e aprendizagem.

11 - REFERÊNCIAS 

BOTH, Ivo José. Avaliação: “voz da consciência” da aprendizagem. 1ª ed. Curitiba/PR. 2012. (Série Avaliação Educacional)

LAKOMY, Ana Maria. Teorias Cognitivas da Aprendizagem. – Curitiba/PR, Intersaberes, 2014. (Série Construção Histórica da Educação)

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. (Org.) O Desafio das Diferenças nas Escolas. 4ª ed. Editora Vozes.- Petrópolis/RJ, 2011.

MELO. A. de; URBANETZ, S. T. Fundamentos da Didática. Ed. Intersaberes. 1ª ed. Curitiba/PR, 2012.

MOROSOV, Ivete; MARTINEZ, Juliana Zeggio. A Didática do Ensino e a Avaliação da Aprendizagem em Língua Estrangeira. - Curitiba/PR: Intersaberes, 2012. (Coleção metodologias da Língua Portuguesa e Estrangeira)

PAULA, A. B; SILVA, R.C.P. Didática e Avaliação em Língua Portuguesa. – Curitiba/PR: Intersaberes, 2012. (Coleção metodologias da Língua Portuguesa e Estrangeira)

PEREIRA, A. C.; SANTOS, S. P. DISCUSSÕES ACERCA DA INCLUSÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO. Santa Maria do Uruará/PA, 2014. Disponível em: www.webartigossydneypintodossantos

RUSSO, M. F. Alfabetização: um processo em Construção. 6ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2012.

SANTOS, Sydney Pinto dos Santos (Org.) Projeto Político Pedagógico – PPP – Ezilda Aragão Brasil. Santa Maria do Uruará – Pará, 2021. (reformulação do PPP) Disponível em: www.webartigossydneypintodossantos.

_______. Visitação Pedagógica: “Compartilhando com a Família o Processo Educativo”. UFOPA, 2014. (Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação. Disponível em: www.webartigossydneypintodossantos.

________. A SITUAÇÃO DA APROVAÇÃO PREMEDITADA E AS DIFICULDADES EXISTENTES NO PERÍODO PANDÊMICO. Santa Maria do Uruará – PA, 2021. Disponível em: www.webartigossydneypintodossantos.

________. ALFABETIZAÇÃO E APRENDIZADO: Muito além da aquisição e domínio das letras do alfabeto. Santa Maria do Uruará – PA, 2021. Disponível em: www.webartigossydneypintodossantos

________. EDUCAÇÃO INCLUSIVA - UMA ANÁLISE ACERCA DA SITUAÇÃO. Santa maria do Uruará/PA, 2019. Disponível em: www.webartigossydneypintodossantos.

SEMED (Org.) Projeto “Sentiram Minha Falta”. Prainha/PA, 2020.

_________. TRABALHANDO A LUDICIDADE NA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: Aprendendo a Leitura e a Escrita através dos Jogos Lúdicos. Santa Maria do Uruará/PA, 2014. Disponível em: www.webartigossydneypintodossantos.

 

 

Proponentes:

             Equipe Pedagógica E.A.B:                             Equipe Gestora/Administrativa

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Santa Maria do Uruará, Escola Ezilda Aragão Brasil, 26 de janeiro de 2022.

 

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