PRODUTO INTERNO BRUTO RELATIVO AO QUARTO TRIMESTRE DE 2014

Por Caio Henrique Souza Dias | 20/04/2018 | Economia

1 INTRODUÇÃO

Neste trabalho traremos uma análise técnica do PIB (Produto Interno Bruto) em relação ao quarto trimestre de 2014. Analisando sua variação em relação ao ano anterior pelas óticas da Produção e Despesa, ou seja, do produtor, como agente ofertante, e do consumidor, como agente demandante.

O objetivo é que possamos entender com uma visão macroeconômica as Contas Nacionais e os setores da economia (agropecuária, comércio, indústria, etc.) e como estes afetam diretamente no aumento ou declínio do PIB de nosso país.

Para nossa metodologia de pesquisa, utilizamos de portais e editorias especializados na divulgação das conjunturas econômicas periodicamente, como meio de enriquecimento e solidez deste trabalho.

Portanto, indicamos que seja feita uma leitura atenta aos dados e gráficos dispostos, para melhor compreensão das oscilações que nortearam a situação atual do PIB e sua influência direta na economia.

2 NOVA METODOLOGIA DE CÁLCULO DO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)

Muito se falou sobre a mensuração de toda a riqueza produzida no ano de 2014 pelo fato de ser o primeiro ano de medição da riqueza brasileira que utilizou-se apenas do novo Sistema de Contas Nacionais (SCN) de 2010. A última atualização do SCN foi em 2007, que passou a incorporar algumas pesquisas anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2003 eo Censo Agropecuário 1996, além de atualizar conceitos e definições dadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e outros ógãos internacionais.

O SCN-2010, além de atualizar informações sobre classificação de produtos e atividades, recenseamento demográfico (2010) e agropecuário (2006) e atualização de acordo com a estrutura tributária, tem-se clara a sua mais importante atualização:

Adoção das recomendações da quarta versão (2008) do Manual Internacional de Contas Nacionais. Algumas modificações do SNA 2008 podem ter impacto nos resultados do Produto Interno Bruto. Esse é o caso da nova taxonomia para os ativos não financeiros, ampliando o que deve ser considerado como Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), ou seja, investimento. Assim, por exemplo, os gastos em softwares e em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) deixam de ser considerados como consumo intermediário e passam a ser registrados como FBCF (Comunicação Social, IBGE. 2015).

A partir dessa informação, temos que o desenvolvimento de softwares em geral e os gastos efetuados com Pesquisa e Desenvolvimento de novas tecnologias passaram a incorporar a FBCF, passando assim a ser considerados parte da variável Investimento ao invés de ser considerado parte da variável Consumo, como era contabilizado na antiga metodologia.

Observando as mudanças pela ótica da produção, as mudanças desse modelo afetaram positivamente apenas o setor de serviços e negativamente o industrial e agropecuário. Pela ótica da despesa, fica claro o aumento na FBCF devido a incorporação dos gastos com softwares e P&D.

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