Processos Seletivos Exigentes

Por Tarique Layon Lima Vilhena | 04/11/2020 | Sociedade

         Nos tempos de nossos avós, notávamos a construção de uma carreira firme e consolidada em apenas uma empresa. Grande parte da geração citada anteriormente fazia sua carreira em apenas um local e dedicavam a vida a tal. Desta tiravam seu sustento e proventos para a família, moradia e lazer.

         Com o passar dos anos, as oportunidades de serviço foram se diversificando e exigindo maior capacitação dos interessados nas vagas. Conseguimos perceber que o que era conseguido anteriormente com o ensino fundamental completo, se pede atualmente ensino médio/técnico e domínio de alguma outra área (informática e outro idioma, por exemplo).

         Teriam as vagas se tornado mais exigentes ou as pessoas menos capacitadas? Por vezes se notam reportagens que apontam que o mercado está abarrotado de vagas, mas não existem pessoas que preencham os pré-requisitos necessários. Será que as pessoas estão estudando menos e tais vagas ficarão desocupadas ad eternum?

         Mais oportunidades de estudo e de acesso à informação são ofertadas com uma facilidade jamais vista. A quantidade de cursos à distância e online subiu exponencialmente e a informação – antes presente em bibliotecas e enciclopédias apenas – agora está presente a um clique de distância.

         Cada vez mais indivíduos se capacitam e atingem patamares maiores em suas carreiras visando boas oportunidades de mercado. Paralelo a isso, o mercado se torna ainda mais exigente e tenta recrutar as pessoas que se tornaram mais diferenciadas e qualificadas para ocupar os lugares de relevância nas suas respectivas empresas.

         Desta forma, podemos concluir que (conforme as pessoas foram se capacitando ainda mais) as empresas aumentaram o grau de exigência para que pleiteasse ocupar tais postos. Conforme a oferta de pessoas capacitadas se tornou abundante, as corporações elevaram o sarrafo para que somente os mais qualificados pudessem estar aptos.

         Entretanto fica a questão reticente: como ter pessoas de destaque e perfil para repor as prováveis aposentadorias que o calendário venha a impor para as corporações se as mesmas se ressabiam de oferecer postos à disposição para quem não possui nenhuma experiência no mercado de trabalho? Dúvidas essas que o ingresso das gerações Y e Z poderão nos responder com o passar do tempo.