Processo de Ensino da Matemática
Por Keller Ribeiro Faga dos Santos | 27/11/2009 | AdmProcesso de ensino da matemática
Adorada por uns, odiada por muitos, a matemática está presente em todas as fases de nossa vida, e como tal, deve ter atenção especial desde os primeiros passos na escola. O processo de ensino-aprendizagem da matemática deve acontecer no aluno das séries inicias como sendo uma construção do pensamento lógico, despertando nele o espírito da investigação, além de fornecer elementos básicos para a participação desses alunos na vida em sociedade.
É preciso desde cedo conscientizar o estudante para a importância que a matéria terá na sua vida. Desde uma simples compra no mercado, a matemática estará presente, e consciente disso, despertará no aluno o interessa em aprender a matéria, mesmo que a considere 'chata'. Hoje, uma educação de qualidade só é alcançada pelo aluno se o professor levá-lo a refletir sobre situações que os rodeia no seu mundo real, na busca de fazer com que esse aluno vislumbre a aprendizagem da matemática.
Para muitos alunos o ensino da matemática não tem atração, pois não conseguem compreendê-la, mas é essencial na vida de todos. Após o estudo dessa área do conhecimento humano, entendemos que para se atingir estes objetivos no nosso aluno, os professores devem fazer da sala de aula um laboratório, levantando sempre situações-problemas que os instigue.
É sempre bom enfatizar a importância de se desenvolver atividades matemáticas na escola infantil, uma vez que estamos inseridos no universo dos números desde que nascemos e que as crianças são capazes de desenvolver noções matemáticas mesmo antes de entrar na escola. Consideramos o conhecimento que utilizam na sua vida como, por exemplo, seriação, classificação, contagem numérica, etc. Partindo deste referencial acreditamos que freqüentar uma classe de educação infantil significa, além da convivência entre pares, ter acesso a muitas oportunidades para a construção de novos conhecimentos, graças às ações que a criança exerce sobre o mundo real.
Atualmente o ensino da Matemática se apresenta descontextualizado, inflexível e imutável, sendo produto de mentes privilegiadas. O aluno é, muitas vezes, um mero expectador e não um sujeito partícipe, sendo a maior preocupação dos professores cumprir o programa. Os conteúdos e a metodologia não se articulam com os objetivos de um ensino que sirva à inserção social das crianças, ao desenvolvimento do seu potencial, de sua expressão e interação com o meio.
A utilização de técnicas lúdicas: jogos, brinquedos e brincadeiras direcionadas pedagogicamente em sala de aula podem estimular os alunos a construção do pensamento lógico-matemático de forma significativa e a convivência social, pois o aluno, ao atuar em equipe, supera, pelo menos em parte, seu egocentrismo natural. Os jogos pedagógicos, por exemplo, podem ser utilizados como estratégia didática antes da apresentação de um novo conteúdo matemático, com a finalidade de despertar o interesse da criança, ou no final, para reforçar a aprendizagem.
Um cuidado metodológico muito importante que o professor precisa ter, antes de trabalhar com jogos em sala de aula, é de testá-los, analisando suas próprias jogadas e refletindo sobre os possíveis erros; assim, terá condições de entender as eventuais dificuldades que os alunos poderão enfrentar. Contudo, devemos ter um cuidado especial na hora de escolher jogos, que devem ser interessantes e desafiadores. O conteúdo deve estar de acordo com o grau de desenvolvimento e ao mesmo tempo, de resolução possível, portanto, o jogo não deve ser fácil demais e nem tão difícil, para que os alunos não se desestimulem (BORIN, 1995).
Conforme afirmam Fiorentini e Miorim (1996): O professor não pode subjugar sua metodologia de ensino a algum tipo de material porque ele é atraente ou lúdico. Nenhum material é válido por si só. Os materiais e seu emprego sempre devem estar em segundo plano. A simples introdução de jogos ou atividades no ensino da matemática não garante uma melhor aprendizagem desta disciplina (p.9).