Problema do Mal em Agostinho
Por Thiago Silva Rodrigues | 16/08/2012 | FilosofiaProblema do mal em Agostinho
Por: Thiago Silva
1. Introdução
Vamos abordar o problema do mal no pensamento de Santo Agostinho, problema esse abordado no livro I capitulo IV da obra confissões, onde Agostinho questionado pelos maniqueus sobre a procedência do mal se propõem em resolvê-lo, muitos consideravam o mal como uma entidade dualista, ou seja, havia o mal e o bem separado eram duas “coisas” separadas, Agostinho se afligia por não conseguir responder a esses questionamentos, então ele se propôs a tentar resolve-lo.
No período de Agostinho havia muitas correntes filosóficas pagãs que estavam em entraves filosóficos muito grandes como o já mencionado maniqueísmo, o estoicismo, o ceticismo etc., a respeito da procedência do mal, pois o pensamento de filósofos como Platão, Plotino, eram ainda muito efervescentes, sobre a questão do sumo bem e a existência do mal e nesse meio se encontrava Agostinho. A grande pergunta era de onde vem o mal, Esse era o problema do mal e motivo das discussões filosóficas que Agostinho tentou responder.
Diante dessa pergunta Agostinho tenta entender de onde vem o mal, ele foi criado por Deus? Qual a sua origem? Esse é um ponto muito importante, tanto nas respostas de Agostinho, como para a sociedade hodierna, pois esse problema é bem vivo ainda nas discussões, sobretudo por questionamentos de quem se diz ateu e que acredita na existência do mal, pois para eles as provas estão aí, catástrofes, terremotos, pais matando filhos e filhos matando país, pessoas inocentes morrendo de doenças etc., são provas da existência do mal.
Agostinho de maneira magnifica na sua obra confissões, responde a essa pergunta dividindo esse questionamento em quatro partes, dando uma solução para essa discussão que a muito se perdurava, explicação essa que é muito usada ainda hoje como resposta para esse problema. Agostinho nos mostra com seus argumentos convincentes, por sinal, a resposta para esse problema que a muito se perdurava e tanto o afligia, pois eram grandes os questionamentos, as causas, os danos que o mal tem feito na vida do homem e na vida da sociedade.
2. O problema do mal na sociedade contemporânea.
O mal nos parece tão presente, tão real, que dizemos muitas vezes que ele esta em todo o lugar, ele existe, seja na composição do ser, que vem ao mundo às vezes com a falta de algum membro que fazia parte e era comum de seu organismo, seja de ações do homem que maltratam, destroem a natureza e em muitos casos até mesmo faz mal ao seu semelhante ou por desastres naturais que devastam cidades inteiras com terremotos, tsunamis, etc., e não se sabe o porquê da causa. Não se pode negar diante dessas evidencias a existência do mal. Essa é a concepção da sociedade moderna em relação aos malefícios que sofre, o mal existe.
A presença do mal implica às vezes a não existência de Deus, a raiva à revolta isso incentiva sentimentos que provocam as atitudes contraditórias. Por causa da existência do mal como certa, se questiona a existência de Deus, ora no fundo se procura responsabilizar a Deus pelo sofrimento das pessoas, como se Ele tivesse criado e abandonado a sua criação, daí a pergunta de Agostinho: “Mas de onde vem o mal se Deus é bom e fez todas as criaturas boas?”. (Confissões, VII, p.172) “Porventura da matéria que Ele usou?”, (Confissões, VII, pag. 175) “O Onipotente teria sido impotente para convertê-la, de modo que nela não permanecesse mal nenhum?”, (confissões, VII, pag.176) “Que onipotência era a sua se não podia criar algo de bom sem o auxilio de matéria não criada por ele?” (idem).
O que em Agostinho eram meros questionamentos a fim de se chegar às respostas e soluções do problema do mal, em outros pensadores como os maniqueus, essas palavras soavam com um tom acusador e que provava a existência do mal, como poderia não existir, se tanto sofrimento remetia a essa conclusão, como explicar o sofrimento do homem, essa seria a prova claro da existência de uma força que causa dor e sofrimento ao ser humano.
O problema do mal pode ser entendido por duas vertentes distintas, a dos crentes, que é mais um ato de fé, que professam um mistério da fé, os nãos crentes, que encaram esse problema como argumento para prova da não existência de Deus. É esse o dilema da modernidade, onde Leibniz já se propunha a perguntar, como poderia do perfeito sair o imperfeito, como poderia Deus ser bom e criar tudo bom e o mal existir seria uma incoerência. Enquanto os crentes se baseiam no catecismo da igreja “Deus permite o mal, para que desse mal se tire um bem” (Catecismo da igreja católica. Pag. 23), os não crentes veem a prova da não existência de Deus.
É importante também gastar algumas linhas considerando o quê se entende por mal. Nesse ponto as coisas não são tão simples e redutíveis ao essencial como é com o problema. Definir alguma coisa é, necessariamente, a delimitar: traçar linhas e dizer o quê aquilo é e o quê aquilo não é. É investigar as propriedades mais gerais daquela coisa, e a diferenciar das demais, para dizer, afinal, o que é aquela coisa. Para nossos propósitos, se trata de trazer a tona “aquilo que subjaz” um conceito X.
3. A origem do mal no pensamento de Agostinho
Para Agostinho a origem do mal é simplesmente o livre-arbítrio que torna a mente humana escrava das paixões “sem o livre arbítrio não haveria mérito nem demérito, nem glória, responsabilidade nem irresponsabilidade, virtude nem vicio”. (livre-arbítrio), poderia se pensar então Deus é culpado por ter dado ao homem o livre arbítrio, claro que não, o livre arbítrio é como no caso do homem que traí sua esposa, como um ladrão que furta ou como alguém que busca vingança, de certo modo não se esta procurando o mal, o homem não faz o mal pelo mal, faz achando que aquilo feito por ele é um bem, poderia se culpa a Deus se o mal estivesse na essência do livre arbítrio, o que não é mal esta na vontade desregrada manipulada pelas paixões.
“Em consequência dessa doutrina, não basta admitir que os maniqueus errassem ao considerar o mal como um ser, visto que é uma pura ausência de ser; é preciso ir mais longe e dizer que, sendo nada por definição, o mal sequer pode ser concebido fora de um bem. Para que haja um mal, é necessário que haja privação; portanto, é necessário que haja uma coisa privada. Ora, enquanto tal, essa coisa é boa e somente enquanto privada ou má.” (Étienne Gilson).
Em suma, o mal é a privação ou defecção do bem, das perfeições constitutivas de toda e qualquer natureza, é a ausência de ser, ou seja, como dissemos acima. Em oposição à dualidade maniqueia, Agostinho instaura o Bem como único princípio existente Deus e o mal como sua simples negação. Em outras palavras, o mal, na concepção agostiniana, não tem existência ontológica, não é, portanto, um princípio de força antagonicamente equiparada ao bem, como supunham os maniqueus.
Platão só trata do bem largamente, deveria, correlatamente, suscita-se o problema do mal tanto no sentido de mal natural como no de mau moral. Mas, a este respeito, Platão se cala. De temperamento completamente positivo, nenhum lugar concedeu ao negativo no seu pensamento.
O seu idealismo não o transviou de modo a perder de vista todo o fato do mal ao contrário, escreve num sentido bastante realista: "O bem, para nós homens, é de muito separado pelo mal" (Republica. pág.; 379). E, em maneira profética, diz em outro lugar:
"Se o justo aparecer na terra será açoitado, atormentado, posto em cadeias, cegado de ambos os olhos, e, finalmente, depois de todos os martírios, pregado numa cruz, para chegar á compreensão que o importante neste mundo não é o ser justo, mas parecê-lo" (Republica. pág.; 361).
Mas no seu sistema filosófico o mal não entra em nenhuma categoria. O ser, que Platão reconhece como o ser verdadeiro e real, é somente o ser ideal. Por isso não considera ser o que se lhe opõe. Assim se exprime: o mal é uma realidade, mas não é "justo", não é um ser ideal. Posteriormente chamar-se-á isto privação falta-lhe algo que deva ser. Mas esta fórmula só se aplica à questão teórica, o assim pode-se ainda perguntar, e Platão pergunta: mas por que há no mundo o oposto ao bem? Sua resposta é: pelo mau moral, e o homem o responsável.
Culpa Quanto ao mal físico à doença, o sofrimento, a miséria e a morte, o seu fundamento está no limitado do mundo visível. São coisas coincidentes (Teeteto, pág.; 176). Mais tarde nascerá desta doutrina, que para Platão é apenas um meio de explicar a lacunosa perfeição do mundo, a teoria de que a matéria, como tal, é má. Este maniqueísmo, de muito mais amplas consequências, não se encontra ainda em Platão. Contudo, fala-se muitas vezes de uma alma do mundo má, cuja existência ele deve ter ensinado. Ela é a causa necessária da aparição do mal no domínio do físico e do moral.
4. Causas do mal na concepção neoplatônica.
Mas então qual será a causa do mal? Após já ter dito algumas coisas sobre a origem do mal é importante saber qual a sua causa, já que, se Deus fez tudo bom, não poderia haver razão para o mal existir. Deixemos que o próprio Agostinho nos diga:
“E procurando o que era a iniquidade compreendi que ela não era uma substancia existente em si mesma, mas a perversão da vontade”, “A má vontade é, por conseguinte, a causa eficiente de toda obra má, porém nada é causa eficiente da má vontade”. “Quando a vontade, abandonando o superior, se converte às coisas inferiores, torna-se má, não por ser mal o objeto a que se converte, mas por ser má a própria conversão”. (confissões, Livro VII, capítulo VII, pág.; 191).
O mal existe e tem uma causa. Há, porém, males físicos e morais. Há os que não se pode evitar (flagelos) e os que se podem evitar (vícios). Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, do cupidez, de seus excessos em tudo. No que tange aos flagelos naturais, o homem recebeu a inteligência e com ela consegue amenizar muito desses problemas.
Então como já foi dita para Agostinho a causa do mal é vontade do homem, o livre arbítrio que Deus deu ao homem, e a comcupcencia gera no ser humano esse desvio do caminho certo, tendo assim uma causa de efeito, o homem que desmata e destrói o meio ambiente sofre a consequência de seus atos, diante disso escreve o século XX, o filósofo britânico Bertrand Russell:
“Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, têm governado minha vida: o anseio de amor, a busca do conhecimento e a dolorosa piedade pelo sofrimento da humanidade. Essas paixões, como grandes vendavais, impeliram-me aqui e acolá, em curso instável, ao longo de um profundo oceano de angústia, chegando às raias do desespero. Amor e conhecimento, na medida em que são possíveis, conduzem para cima em direção aos céus. Mas a piedade sempre me trazia de volta a Terra. Ecos de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças em fome, vítimas torturadas por opressores, velhos desvalidos a um fardo odiava seus filhos, e todo o mundo de solidão, pobreza, dor e fazer uma paródia do que a vida humana deve ser. Anseio por aliviar o mal, mas eu não posso, e também sofro”. (Russell, pág. 78)
Desde a existência do mal era uma daquelas questões que, especialmente em questão Agostinho, quase todos os seus escritos têm a dizer algo sobre isso. Talvez um tratado especial na livre escolha da vontade, lida mais com o problema do mal do que outros. No entanto, esses escritos como A Cidade de Deus, da verdadeira religião, Sobre a natureza do Bom, bem como anti-maniqueístas tratados contra a Epístola de Manichaeus, sobre a moral dos maniqueus, e muitos outros têm a dizer um monte sobre o mal, a sua causa, o modo de manifestação e as suas ramificações.
5. Soluções para o problema do mal
Existem quatro partes para a solução para o problema do mal. Primeiro, o mal não é uma coisa, uma entidade, um ser. Todos os seres são ou o Criador ou criaturas criadas pelo Criador. Mas cada coisa que Deus criou é boa, segundo o Gênesis. Nós, naturalmente, tendemos a imaginar o mal como uma nuvem, uma coisa preta, ou uma tempestade perigosa, ou um rosto fazendo caretas, ou sujeira. Mas estas imagens nos enganar. Se Deus é o Criador de todas as coisas e do mal é uma coisa, então Deus é o Criador do mal, e ele é o responsável por sua existência. Não, o mal não é uma coisa, mas uma escolha errada, ou o dano feito por uma escolha errada. O mal não é mais uma coisa positiva do que a cegueira é. Mas é tão real. Não é uma coisa, mas não é uma ilusão.
Se dermos um “salto” e formos para o século XVII veremos que esse problema é novamente discutido, principalmente Mais tarde onde filósofos colocariam o problema do mal em forma de argumento dedutivo e argumentar que o teísmo cristão se contradiz e não dá uma resposta plausível para a existência do mal no universo. A princípio, com pequenas modificações é geralmente apresentado nesta sequência: I. Deus é todo-bom. II Deus é todo-poderoso. III. O mal existe. IV. Se existisse algum ser tanto todo-bom e todo-poderoso, o mal não existiria.
Como podemos perceber sempre se quer mais do que provar a existência do mal, mas também culpar a Deus por esse mal, ou seja, se tira a culpa do homem de seus atos e se tenta culpar a Deus por tais mazelas. Leibniz na sua teodiceia questiona o seguinte “(...) ou Deus é onipotente, mas não é bom, pois o mal existe ou Deus é bom e quer acabar com o mal, mas não pode, porque não é onipotente” (Teodiceia pág.: 127 §4). Agostinho também em confissões fazia esses questionamentos ele diz:
“e por que isso? Acaso sendo onipotente não podia muda-la, transforma-la toda, para que não restasse nela à semente do mal? Enfim, por que se utilizou dela para criar? Por que a sua onipotência não a aniquilou totalmente? (...) por que ele não seria onipotente se não pudesse criar algum bem sem utilizar essa matéria (...)” (confissões, Livro VII capitulo V, pág.; 60).
Mas ele mesmo da à resposta:
Eu buscava a origem do mal, mas de modo errôneo, e não via o erro que havia em meu modo de buscá-la. Desfilava diante dos olhos de minha alma toda a criação, tanto o que podemos ver como a terra, o mar, o ar, as estrelas, as árvores e os animais como o que não podemos ver como o firmamento, e todos os anjos e seres espirituais. Estes, porém, como se também fossem corpóreos, colocados pela minha imaginação em seus respectivos lugares. Fiz de tua criação uma espécie de massa imensa, diferenciada em diversos gêneros de corpos: uns corpos verdadeiros, e espíritos, que eu imaginava como corpos. (confissões, Livro VII, capitulo V Pág.; 59).
No fundo Agostinho comete o mesmo erro de Leibniz na modernidade de considerar o mal como ontológico, sendo que na verdade o mal é apenas uma privação, e não uma coisa. Diz Agostinho: “afanando-me da verdade, parecia encaminhar-me para ela, por que não sabia que o mal é uma privação do bem (...)”. (confissões, livro VII, capitulo VII, pág.; 23).
Assim, vemos que Agostinho teve que aceitar o desafio apresentado pela sua época e para fornecer uma teodiceia satisfatória. Seu argumento poderia ser resumido em termos de dois conceitos distintos, uma ontológica e antropológica. Ontologicamente, em termos do estatuto do mal no universo, ele entende o mal como uma privação ou corrupção de bondade e do ser “O mal não tem natureza alguma; pois a perda do ser é que tomou o nome de mal” (confissões, IX, pág. 301).
Antropologicamente, em termos de efeito o mal sobre um ser humano, ele representa o mal como uma perversão da natureza humana boa. É comum referir-se ao primeiro princípio como mal natural, e ao segundo como o mal moral. Estes podem ser nomeados como dois pilares da teodiceia de Agostinho. Charles Mathews dá uma visão brilhante de toda a tradição agostiniana, salientando que "a privação e perversão Juntos estes podem capturar os contornos conceituais dentro dos quais a tradição propõe a sua resposta concreta para o mal”.
6. Conclusão
Diante disso, o que seria, na verdade, o mal? Essa pergunta é ao mesmo tempo simples e inquietante. É muito comum que situemos o mal no campo dos prejuízos e sofrimentos. Se for dito que mal é aquilo que causa dor e sofrimento, então teríamos de assumir que o parto de uma mulher é uma ocorrência má. Mas qualquer pessoa em sã consciência não consideraria o nascimento de um ser humano (um filho, um irmão) algo mal em si mesmo. Isso, na verdade, é algo que muitos sonham desde os primeiros anos de socialização.
O mesmo poderia ser dito se o mal fosse definido como o causador de prejuízo. Existem prejuízos que não são maus. O jogador compulsivo precisa primeiro perder uma considerável quantia em dinheiro para perceber que precisa deixar seu vício. No final o seu prejuízo, quando na verdade, foi um grande ganho: o de mudar de vida.
Logo, esses critérios não servem para estabelecer uma definição ontológica do mal, pois os conceitos que são comumente colocados em uma relação de identidade com o ele, não são, de fato, idênticos ao próprio há um mundo possível onde sofrimento e prejuízo não são ocorrências más, logo o sofrimento e prejuízo não podem ser idênticos ao mal.
De fato, há uma imensa dificuldade conceitual no que concerne ao mal. No entanto, não nos é difícil identificar o mal quando o vemos no nosso dia a dia, na rotina.
Quando algum desastre natural ocorre e varre a vida de milhares, ou quando algum parlamentar é deposto de seu cargo por corrupção, não é difícil que a coletividade veja nesses eventos um mal explícito: temos aqui um exemplo de mal natural e mau moral.
Portanto poderia nos ser útil dizer que um evento é mal se, e somente se, causar desordem na ordem estabelecida, não importando se essa ordem é subjetiva ou intersubjetiva quando o desenrolar, o andar dos fatos não ocorre da forma como deveria acontecer.
Agostinho conseguiu uma façanha muito grande e contribuiu muito na filosofia na conciliação de fé e razão e ainda hoje é uma grande referencia seu pensamento, depois de ser questionado pelos maniqueus e ter se proposto a descobrir sobre o problema do mal, se Deus haveria criado o mal, ou por que Deus permitia o mal, usando a razão Agostinho responde essas questões abertas novamente na modernidade com Leibniz e seus alunos e mais questionada nos horrores da segunda Guerra mundial com a morte de tantos inocentes, terremotos, tsunamis, etc., o que se sabe é questionamentos como esse ainda há com novas perspectivas e nunca deixaram de ter.
Referencias
AGOSTINHO, Confissões, ed. vozes, são Paulo, 1997.
PLATÃO, A Republica, 1ª ed.. Martin Fontes. São Paulo, 2002.
LEIBNIZ, Gottfried Wilhelm. Discurso de metafisica, 3ªed. Edições 70 Brasil LTDA. Rio de Janeiro, 2000.
RUSSELL, Bertrand. Os problemas da filosofia, 1ª ed. Brasileira. São Paulo. 1998.
GILSON, Étienne. A Filosofia na Idade Média. Martin Fontes, São Paulo. 2002.