Prevenção às Drogas Exige Participação da Família
Por Ataíde Lemos Silva | 12/11/2008 | EducaçãoO alcoolismo ou dependência química é uma doença, jamais podemos desconsiderar isto, pois quando falamos em doença psicologicamente já passamos a tratá-la como tal, ao contrario do que ocorre enquanto ficamos com a falsa idéia que dependência seja coisa como vagabundagem, defeito de caráter, etc. Ao pensarmos assim, não consideramos a pessoa que se encontra dependente, não procuramos tratamento.
Pois bem, a partir do colocado acima, gostaria de levantar uma reflexão. Porque as famílias se desestruturam e deixam que a doença chegue num grau acentuado para procurar ajuda e recorrer a tratamentos?
Quando falamos em prevenção às drogas, precisamos levar em conta não somente para que adolescentes e jovens não venham fazer uso de drogas, mas é preciso que a sociedade, as famílias se envolvam em trabalhos de prevenção. Por exemplo, os pais precisam inserir-se nas instituições de ensino participando e cobrando projetos pedagógicos antidrogas como curso, palestras e tantas outras formas de informação e formação dos alunos. Certamente quando os pais, escolas compartilham ações preventivas às drogas, os efeitos positivos são maiores.
Outro fator e responsabilidade dos pais está na promoção e participação de tantas outras formas de prevenção às drogas. Há inúmeras entidades que atuam nesta área e que estão aptas para ministrarem palestras, cursos de formação, etc. Enfim, é necessário que os pais se sentem responsáveis nesta luta contra as drogas, não deixando para que as entidades cheguem até eles, pelo contrario, os pais procurem entidades passando a inteirar-se dentro desta realidade. As palavras arrastam, mas testemunhos oculares têm uma forma maior de sensibilização.
O mais comum que observamos é a falta de conhecimentos dos pais sobre drogas. Na maioria das entrevistas com familiares de dependentes a pergunta deles é: "O que é que eu faço?".
Tudo isto ocorre por um simples fato; as famílias somente procuram saber sobre drogas, sobre dependência química quando o problema já se instalou em casa e está em estagio avançado. No entanto, quando a dependência atinge este patamar, infelizmente todos da família encontram-se doentes.
As famílias, a sociedade precisa ter em mente que dependência é uma doença bio-psico-social e que, uma vez instalada não há cura – há sobriedade. Ocorre a interrupção no uso, mas ela permanece encubada até ser provocada no organismo novamente, isto surge com o retorno do primeiro contato com a droga após ter parado.
Outro fato que a família e a sociedade precisam ter consciência é que, são poucos, em média 3% daqueles que procuram tratamento conseguem esta sobriedade segundo Organização Mundial da Saúde (OMS).
Enfim, a partir dela (dependência química) instalada no organismo a família do dependente perdeu o controle dele (dependente), e o tratamento, estará condicionado a ele. No entanto, a família que tem um conhecimento profundo sobre o assunto saberá como se posicionar e buscar ajuda para o dependente quanto para ela mesma.
Finalizando, é fundamental que a família saia do comodismo; informe-se por todos meios disponíveis como, por exemplo, livros, palestras, curso, etc. Que a família seja parceira de seus filhos atuando junto aos diversos meios da Educação institucional como as escolas cobrando e participação na fomentação de projetos pedagógicos incluindo a prevenção às drogas de maneira sistemática no ensino. Como também participar ativamente nas entidades que atuam nesta área para que assim, possa antecipar uma eventual dependência química de seus entes, e caso isto não seja possível, saber como lidar com o problema.
Ataíde Lemos
Ministro palestras
Livros publicados
Drogas Um Vale Escuro e Grande Desafio para Família
O Amor Vence as Drogas
Livro de poesia Palavras Expressão dos Sentimentos
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