PRESSUPOSTOS TEÓRICOS PARA UMA EDUCAÇÃO INFANTIL DE QUALIDADE

Por Marlene Vitório da Silva | 04/11/2016 | Educação

 

Marlene Vitorio1

RESUMO:

O artigo trata da educação infantil e fornece informações relevantes para a compreensão do estágio atual da educação básica, em que se busca uma escola de qualidade envolvendo toda a comunidade educativa. O objetivo é identificar a relevância do papel da escola de educação infantil no novo contexto educacional. É clara a importância da educação infantil na formação integral do cidadão, e, portanto, a transferência dessa importância para o processo educacional, que deve romper com o padrão estabelecido e produzir novos referenciais mais qualitativos e inclusivos.

INTRODUÇÃO

Este artigo trata da educação infantil de qualidade e é uma iniciativa da pesquisadora que valoriza a busca constante pela qualidade do ensino básico.
O objetivo geral é identificar a relevância do papel da escola de educação infantil no novo contexto educacional.
Os objetivos específicos incluem: apresentar pressupostos teóricos sobre educação infantil de qualidade; evidenciar impactos positivos do contexto atual da educação básica; refletir e mostrar a relevância de um ensino eficaz para a formação integral de crianças da educação infantil.
A problemática é responder a pergunta: como privilegiar o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade?
A pesquisa sobre o tema se torna relevante na medida em que apresenta informações importantes sobre educação infantil, que representa, na vida da criança, uma importante fase de desenvolvimento e deve ser trabalhada com muita atenção, pois as aulas devem ser direcionadas visando à aprendizagem efetiva dos alunos, possibilitando a eles a apropriação de saberes de forma interativa e envolvente.
Para atingir o objetivo, o trabalho está baseado em pesquisa bibliográfica, desenvolvida a partir de material já elaborado (livros e artigos científicos) e tem com vantagem maior o fato de permitir cobertura de grande variedade de informações sem problema de tempo e espaço. O cuidado com a fidedignidade e cientificidade das referências bibliográficas requer análise das informações de fontes diferentes, detecção de incoerências, situação em que foram geradas etc.
A experiência mostra algumas tarefas importantes quanto à pesquisa bibliográfica, tais como exploração das fontes bibliográficas (bibliotecas especializadas, bibliografia das fontes etc.), consulta a especialistas etc.; leitura do material (reter o essencial e ler partes selecionadas); elaboração de fichas (resumos de assuntos lidos); ordenação e análise das fichas e conclusões significativas sem influencia pessoal (GIL, 2004).
Houve também apresentação de estudo de caso sobre avaliação na educação infantil.

PRESSUPOSTOS DA EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO INFANTIL DE QUALIDADE

A Educação Infantil representa, na vida da criança, uma importante fase de desenvolvimento e deve ser trabalhada com muita atenção, pois as aulas devem ser direcionadas visando a aprendizagem efetiva dos alunos, possibilitando a eles a apropriação de saberes de forma interativa e envolvente.
Aliando a ludicidade ao processo de ensino-aprendizagem dos educando o professor atua como mediador, utilizando de vários recursos e estratégias para alcançar seus objetivos, tornando esse processo agradável. Aprendendo a lidar com questões diárias desenvolvendo raciocínio lógico e aspectos físicos, cognitivos e motores. 
O Aprendizado é cotidiano, ou seja, a cada dia a criança assimila aprendizado, mesmo que seja de um único brinquedo ou mero ato de pintar figuras geométricas ou colar barbantes no papel, pois a cada dia, sua forma de pensar incorpora, se aprimora, repensa em uma forma mais divertida de brincar, aproveitar melhor o tempo,usar brinquedos ou instrumentos artístico com mais destreza ou mais conforto, assim pode-se pensar de que a criança é um ser em constante transformação e capaz, sim, de criar outras alternativas de usualidade e acomodação e assimilação de aprendizado por meio do lúdico e artístico (CROTTIE; MAGNI, 2011).
Conforme Crottie e Magni (2011) é interessante também constar de que o lúdico artístico é um componente de ensino de grande planejamento por parte dos gestores e professores, onde continuamente, se observe o desenvolvimento da criança no brincar , para que neste ato prazeroso, possa ser fonte de aprendizado e desenvolva estratégias lúdicas de aprendizagem.
Um dos principais focos norteadores da educação infantil é a condição da alfabetização e segundo Soares (2013), a perspectiva de alfabetização percorre, na sua dimensão individual, apesar de se considerarem a alfabetização uma tarefa difícil, deriva-se dois processos fundamentais: ler e escrever.
Tatit e Machado (2011) comentam que o modo de aprendizagem dos alunos é um fio condutor importante nas propostas de ensino. É interessante de que o aluno, nas bases da aquisição do saber, inclua o fazer artístico, para que formalize em seu repertorio de aprendizado, o binômio entre fazer e entender possa somatizar ao conceito de que também são consideravelmente importantes os processos de aprendizagem da leitura e os processos de aprendizagem da escrita. Há quem diga de que escrever nada mais é do que desenhar simbologias textuais.
Ler e reler, sob a perspectiva de sua dimensão individual, é um conjunto de habilidades e conhecimentos linguísticos e psicológicos, estendendo-se desde a habilidade de decodificar símbolos e letras, até a capacidade de entender um trecho de frase (SOARES, 2013, p. 23).
Crotti e Magni (2011) consideram o desenho como uma expressão forte e espontânea, na forma da criança se comunicar com o mundo graficamente.
O contexto do lúdico na grade de educação ressalta o pensamento de Oliveira (2011, p. 43): “...a formulação de currículo aprendente requer que o professor amplie sua noção acerca do que constitui um meio de desenvolvimento, ligando- o ás práticas cotidianas”.
Partindo da Lei 9.394 (BRASIL, 1996), da qual estabelece diretrizes para educação nacional, consta neste, o atendimento a crianças em creches de 0 a 3 anos e pré-escolas para crianças de 4 a 5 anos.
Divaga-se muitos modelos educacionais, onde registra-se desde sua existência pelo século XIX, com a universalização da psicologia e a difusão da ideia do jardim da infância. Até então, no período barroco e romântico, comportados entre o século XVI e século XVIII, as crianças se posicionavam como preparação de adultos miniaturas, com aulas de musica, química e sociologia aplicada ao contexto da época (OLIVEIRA, 2011).
Conforme Oliveira (2011, p. 56):
Atualmente, as instituições de educação infantil, sejam elas de cunho publico ou privado, tem como desafio esclarecer desafios sócios psicológicos que permeiam a criação da criança, como a globalização, o reflexo do consumismo, informações rápidas e em algumas vezes, desencontradas à formação do ser humano. Tome-se como exemplo as bonecas Barbie e os desenhos animados com excesso de recursos tecnológicos. A educação infantil busca traçar alternativas de se encarar estas ditas forças padronizadoras, sejam elas padronizadoras de estética artística, condição social e opinião publica.
Outro grande desafio das escolas, em se tratando de contextos, são as tradições históricas, culturais e políticas. A diversidade de recursos humanos que permeia a vida de um país incide nas concepções a respeito das funções da educação infantil. Para tanto, o lúdico e artístico colabora com a formulação de identidades e constituição cultural da criança, com as devidas leituras narradas e resgate de jogos folclóricos, onde se explora no seu lúdico, o senso de coletivismo e abrangência de saberes (RCNEI, BRASIL, 1998).
Quantas vezes não se vê crianças chorando na porta da escola, dizendo para a mãe ou responsável que não quer ir para a escola, que prefere ficar em casa brincando. O lúdico na educação, segundo Rau (2011), o educador deve buscar o conhecimento sobre o que faz e sobre por que motivo o faz a boa recepção dos alunos.
Cotidiano este que deve ser prazeroso para melhor aprender e já se inicia numa boa agenda para a rotina inaugural da semana, visando o domínio dos instrumentos pedagógicos para melhor adaptá-los ás exigências das novas situações educativas, como a diferença de opiniões, cargas psicológicas trazidas de casa por cada criança (criança que não quer dividir o brinquedo por causa da pobreza existente em casa etc.) (RAU, 2011).
Segundo Kulisz (2006), percebe-se em sala, alunos agressivos, tímidos, medrosos, ansiosos, retraídos e resistentes ás atividades, exibicionistas, inseguros e só realizam as atividades com auxilio do professor e até mesmo, alunos que criam conflitos como bullying ou até mesmo desafio ao regimento escolar. Acerca de vários estudos em relação á educação infantil, diferentes resoluções foram tomadas em consideração á derivadas exponenciações de estágios de aprendizado e acomodação de caráter.
O papel da maturação orgânica e os fatores hereditários tem sido afirmações constantes de estudiosos do biologismo ou do inatismo, cujas espontaneidades de transformações nas capacidades psicológicas do individuo, sustentariam por sua vez, de que os fatores externos pouco aplacariam como influência na criação de seu caráter pessoal e interpessoal. O desenvolvimento seria como um novelo a se desenrolar e, a cada centímetro deste novelo,estariam todas as evoluções intrapessoais “digeridas” e resolvidas pela reflexão e experimentação da própria criança (KULISZ, 2006).
Santos (2004) argumenta que ao alinhavar um processo de aptidões pessoais e maturação, pois de então, se guiaria o comportamento do sujeito. O exemplo acima é um pensamento notoriamente forte no cotidiano da educação infantil, partindo do pressuposto de que o corpo docente necessite apenas “regar as pequenas sementes” para que faça-se brotar suas aptidões. Uma vertente mais ideal para se obter paliativos na resolução da recusa de abranger as atividades, seria a Vertente interacionista.
A proposta parte do principio de que o desenvolvimento humano não decorre nem de ações de fatores ambientais ou da hereditariedade, mas sim de trocas recíprocas que se estabelecem durante a vida entre o meio e o individuo, cada aspecto influindo sobre o outro. O ser humano insere-se em uma linha de desenvolvimento condicionado, tanto pela operação de mecanismos gerais de interação com o meio, como pelo equipamento biocomportamental da espécie. Desta forma, a criança modifica sua perspectiva, operacionalizando estratégias que condizem com a adaptação do ambiente,atribuindo significados,formas culturais de ação, transformando sua maneira de pensar ,agir e se expressar (SANTOS, 2004).

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