Preservação e educação ambiental na Carta Encíclica Laudato Si' do papa Francisco

Por francisco hermes batista alencar | 18/12/2017 | Educação

            UFCG - Universidade Federal de Campina Grande – CSTR - UACB

            Prof. Dr. Jair Moisés de Sousa. Ciências Biológicas. Campus: Patos-PB

            Aluno: Francisco Hermes Batista Alencar, Membro GE LENBIO

              Preservação e Educação Ambiental na Carta Laudato Si’ do Papa Francisco

                                                           RESUMO:

Na presente reflexão, o professor Francisco Borba, PUC-SP, apresenta dez pontos de diálogo entre a Encíclica ‘Laudato Si', a Educação Ambiental e a questão ecológica atual e o contexto cultural das instituições espirituais de hoje. O Prof.º Francisco Borba é Biólogo, Sociólogo e Doutor em Oceanografia pela Universidade de São Paulo. Coordenador de projetos do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A palestra foi proferida na Livraria Paulinas, Vila Mariana, em São Paulo-SP, na noite do dia 28 de julho de 2015. São dez pontos de diálogo da questão ambiental ecológica da Encíclica Laudato Si’ na sociedade hodierna com o contexto cultural da Igreja Cristã para tentar nos ajudar a aproveitar melhor a leitura da escrita. No primeiro ponto, a Laudato Si’ é importante para o mundo porque chega às vésperas de uma conferência internacional sobre as mudanças climáticas que podem ser decisivas para o futuro da humanidade. Então, nós sabemos que houvera em Paris uma conferência sobre o clima e, existe um ambiente de pouca fé no que os governos podem fazer, por que os pactos internacionais para controlar a emissão de gases do efeito estufa nos últimos dez anos foram pífios e, não funcionaram. E de repente vem o Papa Francisco com autoridade de, ou seja, a personalidade de maior força moral deste tempo nosso, e isso é inegável.

Palavras-chave: Ecologia. Bem comum. Preservação. Educação Ambiental.

                                                     ABSTRACT:

In the present reflection, Prof. Francisco Borba, PUC-SP, presents ten points of dialogue between the Encyclical Laudato Si’ and the current ecological question and the cultural context of today's spiritual institutions. Prof. Francisco Borba is a Biologist, Sociologist and Doctor of Oceanography from the University of São Paulo. Coordinator of projects of the Nucleus Faith and Culture of the Pontifical Catholic University of São Paulo (PUC-SP). The lecture was given at the Paulinas Bookstore, Vila Mariana, in the city of São Paulo, on the night of July 28, 2015. There are ten points of dialogue on the ecological environmental issue of the Encyclical Laudato Si’ in today's society with the cultural context of the Church To help us take better advantage of reading the writing. In the first point, Laudato Si ' is important to the world because it arrives on the eve of an international conference on climate change that may be decisive for the future of humanity. So we know that there was a climate conference in Paris, and there is an atmosphere of little faith in what governments can do, why the international covenants to control greenhouse gas emissions in the last ten years were meager and, did not work. And suddenly Pope Francis comes with authority from, that is, the most moral personality of this time of ours, and this is undeniable.

Keywords: Ecology. Common good. Preservation.Environmental education.                                                                      1

                                    

                                                                                                                

O Papa Francisco é aclamado em verso e prosa, praticamente no mundo inteiro por não católicos, ateus, às toas.

Todo o mundo agora vem sendo a favor do pontífice  o Papa Francisco, ele se sente na obrigação moral de dizer: “Eu sou de uma ação mais rigorosa a todos os países para controlar a degradação ambiental”.

E o senhor do país X vai fazer ‘Como eu?!’. É uma força, mas não é o papa que vai resolver o problema ecológico, mas, de fato existe um grande esforço dos militantes ambientalistas no mundo inteiro por este apoio. “Por que é um apoio de muito peso na questão ecológica e da Educação Ambiental?­”

Apoio de muito peso porque, está diretamente ligado à fragilidade dos governos do mundo inteiro na adesão à defesa do meio ambiente.

Um segundo ponto, a encíclica papal ‘Laudato Si’ recupera um sentido utópico, de busca por um outro mundo possível, que está sendo perdido pelo movimento ecológico. E o este segundo ponto quase todos conhecemos.

Até a ECO-92, para darmos um ponto de referência histórico, o movimento ecológico era um movimento utópico feito, principalmente por ex-hippies, pessoas com a mentalidade alternativa, cientistas com esta outra militância, aqueles que acreditavam que um outro mundo era possível.

E, defender o meio ambiente significava defender um outro modus vivendi. Há um outro modo de viver a vida, de se relacionar com a cultura, de se relacionar com os feitos, inclusive da nossa sociedade, era questionar aquilo que era razão de orgulho de nossa sociedade ocidental.

A partir da ECO-92 o movimento ecológico se torna um movimento de massa, todos os países, todos os empresários, todo o mundo concorda que o problema ecológico é importante.

Só que todo o mundo concorda que a questão ecológica é importante, a ecologia se torna um grande negócio, talvez já tenhamos ouvido estas expressões: ecobussiness, os econegócios, no mundo corporativo.

A economia tem um grande mercado na questão ambiental, e aí surge a ecologia fashion, a ecologia de moda, as meninas que ganham uns recursos para pousarem peladas defendendo os animais que perderam ou, estão perdendo a vida lá no Pólo Norte. 

Enfim, nós deixamos de ter a ecologia como um movimento que procura um outro mundo, mas por outro lado, um movimento dentro do mundo capitalista através do qual o mundo capitalista se torna cada vez mais rico.

E se cria uma situação assim, antes nós afirmávamos: e um outro mundo é possível?; agora, a ideia é: um outro mundo é possível, mas dentro desse, não precisamos mudar muito, nós acertamos aqui, acertamos ali, com um melhor manejo dos recursos, aí nós damos ‘um jeitinho brasileiro’.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              2                                                            

Até que chegamos naquela crise de 2008, e as coisas ficam piores ainda, porque os discursos se tornam o seguinte: quando a crise econômica passar, aí nós vamos nos preocuparmos com o meio ambiente porque, agora nossa primeira preocupação é sairmos da crise.

Neste contexto, nós iremos repetir o que já falaram antes de nós: A ideia de novo estilo de vida defendido pela igreja é fundamental: a igreja resgatando uma bandeira das novas esquerdas latino-americanas laicas, que essas novas esquerdas não conseguem mais defender.

A nova esquerda laica tem um novo problema gravíssimo, que é se perder no consumismo individualista.                                                                 

A carta encíclica Laudato Si’ se articula em torno de uma base formada por três pontos. Antes Dom Odilo Sherer falava sobre a articulação da  Carta Encíclica como base natural, base antropológica e base social.

São três linhas que perpassam a carta encíclica, mas se nós formos ver a estrutura da reflexão da encíclica ela se assenta em um tripé, a base deste tripé são três ideias ligadas.

Em primeiro lugar, o fascínio e a gratidão do homem diante do dom da criação, podemos ver que o tempo todo o papa está se referindo a esta ideia de fascínio e gratidão do homem pela criação que, num segundo ponto, que o amor de Deus.

 Reflete-se no amor ao próximo e, o amor à criação, por que, nós percebemos que essa criação que nos fascina é um dom de amor: nós somos chamados a viver nós também o amor para com nossos irmãos e, para com toda a criação, o nosso amor é reflexo da gratidão que nós sentimos pelo amor de Deus.

Em terceiro lugar, a partir daí nasce como consequência desta consciência da responsabilidade do homem diante da criação, a qual geme de dor pelos agravos humanos.

O que queremos mostrar aqui é que o tema da responsabilidade na Laudato Si’, não aparece desvinculado desses dois temas anteriores: a gratidão, o fascínio diante do dom da criação e o amor entre nós que nasce desse fascínio.

No quarto ponto, Laudato Si’ lembra que todos somos vítimas da crise ecológica, quando existe uma crise ecológica todos somos afetados: se o ar de São Paulo está poluído todo o mundo está sujeito a problemas respiratórios mas são sempre os mais pobres, os excluídos os que mais sofrem.

Todos nós temos problemas respiratórios, mas se temos recursos para comprar remédios não iremos morrer de problemas respiratórios. Se não tenho nenhum recurso e ‘sou uma criança subnutrida’, posso morrer sim, de problema respiratório.

Então, a poluição, a degradação do meio ambiente, isso é uma ideia muito importante dentro do movimento ecológico: a degradação ambiental não é como nós pensávamos numa certa época, algo que afeta igualmente a todos.

A degradação do meio ambiente também reflete nas desigualdades e, injustiças humanas do mesmo jeito que o salário, do mesmo jeito que as possibilidades de educação e tudo o mais.                                                                                                                                                                                                                                                                                   3

Esta é uma ideia-chave que perpassa toda a Carta Encíclica, vamos citar um exemplo bem evidente, por exemplo, a ideia dos condomínios fechados, numa cidade como São Paulo, tem gente que vive num ambiente horrível e, tem gente que vive num ambiente maravilhoso.

Existem casas em São Paulo nas quais escutamos os passarinhos cantando a qualquer hora do dia, mas há casas em São Paulo que se encontrarmos um passarinho vamos tentar matar para termos um pouco de proteína no almoço.

No quinto ponto, Laudato Si’ condena, implícita ou explicitamente, ao longo do texto, soluções tecnicistas ou mercantilistas para a questão ambiental e, defende soluções integrais, esta é um linguagem cristã, isso é muito importante, ecologia integral resgata humanismo integral, resgata o movimento humano integral.

 Só a igreja cristã no século XX desenvolveu uma teoria da integralidade do ser humano e a dinâmica da Educação Ambiental.

Talvez isso aqui mereça uma explicação: O que significa a integralidade do ser humano?! O mundo moderno, o mundo contemporâneo, pós-moderno, principalmente, pensa o homem como um ser multidimensional, porém fragmentado dentro de cada uma dessas dimensões.                                                                                                

Chegamos ao nosso trabalho, ‘Sou Um’, chegamos à nossa casa, ‘Sou Outro’, nós nos relacionamos com um grupo de amigos no bar ou, no clube de futebol, de um terceiro modo, cria em cada lugar onde nós nos apresentamos de um modo diferente.

Mas, não é considerado um defeito, isso é considerado uma consequência de um mundo muito diversificado, onde nós somos obrigados a desempenhar, simultaneamente, papéis sociais muito diferentes.

Por exemplo, para pegarmos um exemplo, talvez mais claro e evidente, quando a mulher trabalhava, principalmente, em casa, fosse trabalhando na própria casa, ou na casa dos outros como doméstica, ela tinha que ter uma única feição, que era a feição que ela tinha no ambiente do lar.

Quando a mulher passa a ter uma vida no trabalho, igual ao homem, há uma outra vida em casa como mãe, etc, etc, etc...

Há uma outra vida nos ambientes sociais, onde ela tem que aparecer como uma mulher bem sucedida, tem atributos numa sociedade machista, ela tem atributos diferentes daqueles que ela tem no trabalho ou no lar, a começa a se esfacelar em várias, a mesma mulher em vários lugares.

Já o homem tem mais dificuldades de perceber isso, por que ele já vivia um pouco esta fragmentação há mais tempo, mas a mulher é bem evidente por que isso acontece, praticamente, durante duas ou três gerações, estas gerações que ainda convivem umas com as outras, da avó para a neta esta diferença é gritante, e nós temos a ideia de que isto é normal.

Nesta sociedade, não é possível falar de integralidade da pessoa, dá para entender! A igreja cristã resgata desde Jacques Maritain, “a ideia de que o ser humano é uno e, tem que o tempo todo ser pensado como uma integralidade”.                                                                                                                                                                                                4

Este conceito vem do humanismo integral do Jacques Maritain, lá dos anos de 1940, como uma ideia de que não é possível um desenvolvimento humano, uma postura verdadeiramente humana, que negue o desejo de transcendência do homem.

Vem nos ano de 1960, com o desenvolvimento humano integral com a ideia de que uma realização humana, meramente economicista, não poderia satisfazer o ser humano.

 Vem em 2015, com uma ideia de uma ecologia integral que diz, qual é a ideia da ecologia integral! É aquilo que o Padre Denilson salientou em sua colocação:

“Não é possível pensar a natureza física, do mundo físico e biológico, sem pensar na natureza do ser humano e, a Educação Ambiental em um contexto de mudança rápida dos paradigmas estabelecidos e, também em transmutação constante?!”.

Na ecologia integral, a minha natureza, a lei natural minha, e a lei natural que rege os ecossistemas, os oceanos, os rios, os mares, as florestas têm que serem pensados de forma integral e, de certa forma, determinando o destino e a realização do ser humano na Terra.

Tanto quanto o destino planetário e, destino da humanidade, como destino local, e destino pessoal de cada um de nós.

É muito importante entendermos a crítica pronunciada à técnica que é feita na Laudato Si’.

Atentemos gente: Francisco não critica a técnica, nós iremos ler, a negação do paradigma tecnológico-tecnocrático não é a negação da técnica, por que o paradigma tecnocrático não é um problema de técnica, o paradigma tecnocrático é um problema de poder.

O papa citando na encíclica Romano Guardini, atenção uma coisa bem importante: qual é o pensador que influencia diretamente o Papa Francisco na Carta Encíclica Laudato Si’?!

Se formos ser rigorosos nas citações, ele citou um, citou outro, ele tentar ser influenciado por este ou por aquele: João Paulo II, Bento XVI, Romano Guardini, são as três referéncias fundamentais da Laudato Si’.

 É impossível, seria impossível escrever Laudato Si’ sem estas três referências bibliográficas significativas para a Educação Ambiental, em tempos de crises nos quais estamos.

 As duas primeiras nós conhecemos, é óbvio! Já o escritor Romano Guardini, temos a impressão de que pouca gente o conhece.

Romano Guardini foi um grande teólogo alemão, apesar do nome italiano, foi um grande teólogo alemão da primeira metade do século XX, basicamente, para termos uma ideia, o livro do Romano Guardini que é citado direto na encíclica, o capítulo sobre a análise da situação atual.

 Desta situação cultural atual é Romano Guardini do começo ao fim, do mesmo livro, ou seja, é chupado quase daquele o livro, este livro se chama em português O Fim da Era Moderna.                                                                                                                                                                                                                                                                                     5

Em fins da década de 1950, este padre alemão, este teólogo vaticinou a pós-modernidade, muito antes de qualquer outro pensador laico falar de pós-modernidade, e é daí que o para Francisco tira a crítica dele.                                                         

E de onde é que vem a obra de Romano Guardini que não está citada aqui, mas de onde é que vem a crítica do Romano Guardini à questão da Técnica e à questão natureza?!

Romano Guardini escreve lá pelos anos de 1920, confessamos para todos que não lemos este livro, nós lemos um teto comentando este livro, não queremos parecer mais intelectuais do que somos.

Romano Guardini nos anos de 1920 passava suas férias no Lago Como, é um lago situado nos Alpes italianos, uma região lindíssima, na qual os lagos são muito grandes e, cercados de montanhas, lembram um pouco talvez o que fosse o litoral norte do Estado de São Paulo, ali a estrada Rio-Santos na altura de Ubatuba.

A estrada vai margeando o oceano pela montanha e, lá as pequenas aldeias vão todas serpenteando os lagos incrustadas nos Alpes.

É uma região muito bonita e, Guardini em 1920, percebe que no passado as estradas e as casas eram quase construídas utilizando, aproveitando a topografia por que o homem não tinha técnica suficiente para romper os limites topográficos da região.

E, a partir dos anos de 1920, ele começa a perceber que começam a aparecer casas que antes eram situações impensáveis no passado, porque aquelas construções não podiam ser feitas naquele lugar, e começavam a ir invadindo a beleza da natureza rompendo o equilíbrio da paisagem daquela região.                                                

E há alguma coisa que se nós formos para o litoral norte do Estado de São Paulo iremos ver isso: que de repente começamos a ver aquelas construções na beira da praia, é claro a pessoa que tem a casa tem uma vista linda, mas ele ferrou com a vista de todo o mundo e, a montanha está correndo o risco de desabar por causa da casa dele.

São mil problemas daquela apropriação inadequada do ponto de vista ambiental que foi feita daquele lugar.

A partir daí, Guardini diz o poder da técnica está destruindo a nossa capacidade de viver em harmonia com a natureza e, ele começa uma reflexão sobre o problema do poder em uma sociedade moderna e, como o homem usa a tecnocracia para abraçar o poder e, deixar de procurar aquilo que é bom.                                                                  

 Há uma citação na encíclica do Romano Guardini em que ele diz, mais ou menos, o seguinte: “Temos que reconhecer: o homem não foi educado para o reto uso do poder?”

 Nós não fomos educados para ter o poder e a tecnologia que nos permite termos? Então, este é o problema, o problema é o poder, o problema não é a técnica. Se formos educados para usarmos bem a técnica seria uma maravilha do século.

Em seus dois últimos capítulos da Laudato Si’ articula, ela não usa a expressão, porém uma expressão conhecida de quem trabalha com meio ambiente, o capítulo cinco e o capítulo seis se encaixam exatamente neste pressuposto: pensar globalmente é o capítulo cinco, agir localmente é o capítulo seis.                                                                          6

 

Então, o capítulo V diz como o homem deve enfrentar os grandes problemas do mundo, do ponto de vista ecológico.

A palavra-chave é o diálogo, todas as soluções que o papa monta no capítulo V estão articuladas em torno do diálogo: são cinco diálogos, um dos diálogos que mais nos impressionam é o diálogo entre a ciência e a religião, por que ele diz sem a religião, a técnica e a arte, o homem perde a capacidade de ver a beleza.

Este é o drama, e todo o mal começa com a nossa incapacidade de ver a beleza e de ver a relação que há entre o belo e o bom.

Mas ali há dois aspectos que queríamos colocar aqui para todos e, é o seguinte: Laudato Si’ defende um tema muito complicado que é a autoridade mundial: “Meu Deus, querem internacionalizar a Amazónia?!”, saiu no jornal que um filósofo aqui no Brasil que diz: “Mas como?

Ele critica a internacionalização da Amazónia em um tópico da encíclica, depois ele fala que tem que ter uma autoridade mundial que vai internacionalizar a Amazónia?” Este papa é incoerente?

É que temos que entender o que ele está dizendo: a igreja cristã sempre defendeu uma autoridade mundial, somo um só povo cristão, independente da nossa raça, da nossa condição social, da nossa etnia, dos nossos interesses económicos.

 Se nós somos um povo, é natural que procuremos agir todos juntos em prol do meio ambiente e do bem comum?

Porém, há uma autoridade mundial, volto uma palavra que o padre Denilson usou é uma autoridade subsidiária, é uma autoridade, um poder, alguém que está a serviço do bem comum, o que faria a autoridade mundial na Amazónia?Impediria que os grandes poderes económicos sufocassem a harmonia que devia haver entre as comunidades locais e o equilíbrio global no contexto da nova Educação ambiental.

Uma coisa que a internacionalização da Amazónia ou que a entrada de grandes capitais faria exatamente o contrário: destruiria tanto as comunidades locais quanto os interesse multinacionais. Isto no plano mundial.

Entremos um pouco agora numa intermediária aí no meio de campo entre o mundial e o doméstico, poderíamos falar sobre a proposta da Laudato Si’ no campo dos comportamentos económicos e do mercado.

  A Carta Encíclica Laudato Si’ é bastante clara: temos que “Reduzir o consumo?” e, ele defende em um parágrafo, mas é muito importante este parágrafo, a questão do controle dos mercados, através do controle dos consumidores, isso existe muito na Europa, mas pouco no Brasil.

Na muitos países da Europa, um produto deixa de ser vendido, apesar de ser mais barato por que não vem com selo verde, não é considerado produzido de uma forma ecologicamente correta.                                                                             

Terceiro nível, exatamente o local, a proposta a Laudato Si’ a propósito dos comportamentos domésticos, não teremos tempo de falar aqui sobre isto, mas há uma regra famosa para quem trabalha com meio ambiente que sintetiza tudo: Se nós -7 usarmos esta regra todas as vezes que formos fazer alguma coisa em casa, resolve-se imediatamente o problema ambiental, a regra dos três erres, já ouvimos falar?!

Não estamos todos fora do discurso, três erres: primeiro R, de REDUZIR, se podemos consumir menos não vamos consumir mais; se podemos sair limpos com um banho de dez minutos, não vamos tomar um banho de quinze minutos.

Segundo, REUTILIZAR, se um veneno é a troca da garrafa de vidro pela garrafa PET, por que a garrafa de vidro nós a usamos e a lavamos, a garrafa PET nós a jogamos lá para fora.

Hoje em dia é possível fazer a reciclagem, mas a reciclagem não é cem por cento boa por que ela consome energia, é um processo que consome energia, então, a reciclagem é a última solução, não é a primeira, a melhor solução seria garrafas de vidro  ou, hoje existe tecnologia para isso, ou garrafas de plástico não descartáveis, as quais nós possamos ir e voltar com ela como fazemos com a garrafa de vidro.

Última coisa dos três erres para a Educação Ambiental: REDUZIR, REUTILIZAR e RECICLAR. Relativamente, óbvio! A ‘Laudato Si’ propõe uma conversão ecológica, e esta ideia da conversão ecológica é fundamental para nossa questão, por que qual é o problema!

Todo o mundo hoje é sensível ao meio ambiente, todo o mundo acha bonito comprometer-se com o meio ambiente! Mas todo o mundo é consumista e, o consumo é contraditório com a defesa do meio ambiente.

 E de fato é uma guerra que o movimento ambientalista está perdendo. Ele está ganhando a guerra dos hábitos dos dois erres: do REDUZIR, e do RECICLAR. Principalmente, do reciclar, mas do reduzir ele já perdeu direto, está claro!            

Por que o consumismo é que ganha. E por que isso acontece?! E aqui é o nosso problema?! O papa é muito claro, muito explícito nisso?! Por que os homens consomem?! Por que eles estão com o coração vazio?!

O consumo é uma tentativa de preencher o vazio interno do nosso coração, um vazio que só pode ser preenchido com o amor e, nós que somos religiosos, não estou dizendo cristãos religiosos: E só pode ser preenchido pelo amor da divindade?!

Por que nenhum outro ser humano pode dar todo o amor que nós precisamos, sentimos necessidade?!

Portanto, nesse sentido, vamos nos arriscar a dar uma interpretação da mensagem de Francisco para o movimento ambientalista, porque trabalhamos em vinte anos com o movimento ambientalista: O que os cristãos podem dizer ao movimento ambientalista e de utilidade para a Educação Ambiental?!

Uma sobriedade alegre, mas o que é uma sobriedade alegre?! É aquele que é alegre não por que tem muito, mas por que tem tudo aquilo de seu?!

Que não é cem vezes mais coisas, propriamente, mas é cem vezes mais a relação com o mundo que é permitida pela experiência do encontro com Cristo?!               

 E isso o mundo precisa, não dá para pensarmos a relação com o movimento ambientalista e, na Educação Ambiental nossa de cristãos sem pensar muito nisso!                                                                                                                     

                                                                                                                                                                                          -8

Não dá para querer defender a natureza sem abraçar todas as demandas justas do movimento ambientalista, mas não dá para um cristão querer ajudar o movimento ambientalista negando esta necessidade fundamental de todo homem de encontrar: ‘O  amor de Deus’.

Em uma mesa redonda sobre a nova espiritualidade e, Educação Ambiental marcaram o último dia do colóquio ‘Laudato Si’ realizado nesta última semana.

Conforme a jornalista Malu Barquilha da PUC-SP, este foi o terceiro encontro a cerca da nova Educação Ambiental, a partir do Núcleo Fé e Cultura, da Universidade Católica: ‘Laudato Si’. Por uma Ecologia Integral na Educação Ambiental, realizado em Campinas-SP.

Com a qual discutimos juntamente ao Papa Francisco: a ecologia na educação ambiental e, a importância em cuidar bem do nosso agredido meio ambiente.  Consoante a professora Ceci Maria Costa Baptista Mariani: “A espiritualidade  cristã é fundamentalmente uma proposta de cuidado com o mundo. Na educação ambiental, à medida que nós nos autocompreendemos como filhos e, filhas de Deus”, sentimo-nos responsáveis pela criação.

As discussões tiveram como objetivo principal despertar uma consciência ecológica e a importância da educação ambiental nos alunos e, capacitar os futuros profissionais para que esta ideia seja enraizada desde cedo na sociedade como um todo organizado.

Segundo a professora Rita de Cássia Pietrobon, da Faculdade de Ciências  Biológicas, “quando repensamos os pequenos gestos que temos no quotidiano e, fazemos a nossa parte, achamos que podemos provocar uma grande mudança”.

Há uma outra maneira, é podermos passar o nosso conhecimento através da Educação Ambiental, aquilo que nós fazemos e propomos ‘não deixarmos o conhecimento parado’, conversarmos com nosso irmão, com nosso pai, com nosso avó, com nossos vizinhos e, passarmos aquilo que sabemos para tentar conscientizar as pessoas da necessidade desta mudança.

Já a bióloga Carolina Mantovani afirma que podemos mudar no sentido de “melhorar mais, diminuir a quantidade de lixo que produzimos por dia, seja dentro de nossas casas, ensinar nossos pais a fazerem o mesmo, meus irmãos, meus amigos”, para que possamos trazer esta Educação Ambiental para as pessoas ao nosso redor, pois quanto mais conversamos disto com os amigos e os familiares, assim sendo, será melhor para o meio ambiente.

Laudato Si’ é o título desta Carta Encíclica escrita pelo papa Francisco, endereçada a toda a humanidade. Laudato Si’, em italiano, ‘Louvado Sejas’, em português, uma sinfonia de amor ao planeta Terra, e o cuidado que devemos ter com esta nossa Casa-Comum.

Convidamos todas nossas comunidades a abrirmos nossos ouvidos e o coração para saborearmos a melodia dos pontos e, contrapontos desta brilhante encíclica do Papa Francisco.                                                                                                  

Mas, afinal, o que é uma encíclica?!  Conforme o teólogo Padre José Oscar Beozzo, a carta encíclica é uma ‘carta circular dirigida a toda a Igreja, normalmente, 9 aos Cardeais, Arcebispos e bispos, aos fiéis’, e a novidade desta encíclica do papa Francisco Laudato Si’ é que ela é também dirigida a toda a humanidade”. Conclamando a todos nós a cuidarmos da nossa casa comum.

Laudato Si’, uma Carta que o papa Francisco endereça a todos nós! Não é uma carta pequena, ela tem 246 parágrafos, divide-se em seis capítulos. Há uma introdução onde o papa se dirige a cada pessoa que habita neste planeta para entrar em diálogo com todos nós. No Capítulo I, o papa expõe o que está acontecendo com nossa casa-comum. No Capítulo II, a partir dos textos bíblicos, o papa compõe o que chamamos de o Evangelho da Criação.

Já no capítulo III, expõe as grandes causas que estão na origem dos problemas do planeta. No capítulo IV, o papa Francisco propõe uma forma holística de olharmos para a ecologia e a Educação Ambiental. No capítulo V, oferece algumas linhas de orientação e ação. E no último capítulo, o para Francisco insiste na necessidade de espiritualidade e educação ecológicas.

A Carta Encíclica Laudato Si’, foi escrita de acordo com um método já bem conhecido do Ver, Julgar e Agir. De acordo com o professor Doutor Fernando Altemeyer Júnior, o método ver-julgar-agir tem larga tradição na Igreja, vem da ação católica, especialmente da JOC, Juventude Operária Católica, que o Cardeal Carden ensinava: “É preciso que um bom militante, bom cristão se insira na realidade com um olhar de Deus, com o julgamento do Evangelho, e uma ação concreta de transformação.”

Mas se o papa Francisco nos deu de presente esta encíclica Louvado Seja’, o cuidado com a criação: Laudato Si’, em língua italiana. Também é dividida pelo método ver-julgar-agir: a primeira parte o capítulo I, VER: o que está acontecendo com nossa casa-comum?!

Depois, o capítulo II, JULGAR: O Evangelho da criação e, capítulo III, a raiz da crise humana, que ele coloca juntas como ‘julgar’. Por que ele mostra que tudo está interconectado, não é uma encíclica-verde, mas uma encíclica social, mas que tem uma perspectiva de ver o mundo de forma articulada.

E nós terminamos, claro, com a ação efetiva do evangelho que é o AGIR: uma ecologia integral, linhas de ação, espiritualidade e educação ecológicas. Que talvez seja a ‘cereja do bolo’, por que aqui o papa diz como cada um de nós tem que mudar ou, o seu mundo, o nosso mundo, a Casa-Comum.

No final da introdução da Laudato Si’, o papa Francisco, cita os eixos temáticos que perpassam a sua Carta Encíclica; são eles:

  1. A relação entre os pobres e a fragilidade do planeta;
  2. A convicção de que no mundo tudo está interligado;
  3. A crítica ao paradigma e às formas de poder que derivam da tecnologia.
  4. O convite a buscar outras maneiras de compreender a economia e o progresso.
  5. O valor próprio de cada criatura.
  6. O sentido humano da Ecologia (educação ambiental).
  7. A necessidade de debates sinceros e honestos.                                                                                                                                                                                                                                                               10
  8. A grave responsabilidade da política internacional e local.
  9. A cultura do descarte.
  10. A proposta de um novo estilo de vida.

 

Segundo o Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da REPAM- Rede Eclesial Pan-Amazónica, “esses dez eixos temáticos mostram que nesta encíclica nós temos uma mensagem central que é esta: de que está tudo interligado no nosso mundo?!”

Seja a ligação do gênero humano, nós os seres humanos e a sociedade com a criação e com as demais criaturas, mas também a própria questão de como a nossa sociedade está estrutura, ou seja, nós temos obrigações éticas para com os pobres, por que eles são as primeiras vítimas da devastação.

Na verdade, “nós temos o dever muito grande para com as gerações futuras, de forma também que toda questão tecnológica do sistema atual econômico-financeiro e produtivo tem que ser mudado, tem que ser transformado” para que, realmente, ele seja um sistema que respeite os seres humanos, em primeiro lugar, mas também toda a criação?!

Pelo que refletimos sobre o que o papa escreveu na Laudato Si’ é muito importante, é muito interessante, por isso vamos todos ler e refletir em nossas casas com nossas famílias, no nosso grupo de jovens na igreja, e com nossos amigos também.

Conforme a educadora ambiental do CEI VERBO DIVINO a professora Sílvia de Souza G. Rodrigues: “E que esta proposta do papa Francisco possa estar ajudando todos a construirmos um mundo melhor, uma vida melhor, para que todos nós possamos lutar pela paz, e pela vivencia do bem no nosso quotidiano?!”

No capítulo I, o papa apresenta um mapa dos vários aspectos da crise ecológica, para isso, ele conta com as mais recentes aquisições científicas no campo socioambiental. Vejamos, então, o que está acontecendo com nossa casa-comum?!

Segundo o cientista social e educador ambiental Ivo Poleto: “Ao olhar a realidade, que é o ponto de partida do papa Francisco, na sua carta Laudato Si’, ele diz que nós temos fenómenos que são de poluição do espaço em que nós vivemos, fenómenos que são também de geração de quantidades que são cada vez crescentes de lixo, de resto dos produtos que nós usamos, muitas vezes, inclusive, descartando sem necessidade, e por outro lado, nós também percebemos que a atmosfera está contaminada, principalmente com aquilo que é jogado no espaço a partir do processo industrial, a partir  dos transportes nas grandes cidades, a partir, principalmente, do uso de fontes fósseis para produzir energia.

E é por isso que o papa Francisco vai dizer duas coisas importantes sobre isso: ele diz que estes ‘problemas são ligados à cultura do descarte’, significa que nós estamos tão acostumados a isso que nós achamos normal que se jogue tanto lixo, que se jogue tanta poluição para a atmosfera, que se jogue, inclusive, isto que vai depois produzir o aquecimento.

E este aquecimento provoca mudanças climáticas, que ele define assim: “As mudanças climáticas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, económicas, distributivas e políticas, constituindo atualmente um dos principais desafios para a humanidade” (Papa Francisco, Laudato Si’, p. 25).                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  11                                   

Então, isto significa que nós temos o desfio de mudar, nós precisamos mudar o nosso estilo de vida, nós vamos precisar de mudarmos também como uma ação política o modo como nós produzimos, uma vez que vimos o que nós precisamos e, também o modo como nós consumimos, para que então, nós entremos  em um diálogo com a natureza e, ela possa voltar a viver mais equilibradamente, e nós também tenhamos um melhor meio ambiente para vivermos?!

‘Um melhor meio ambiente para a vida’, neste quesito o papa Francisco fala de outra questão séria ligada ao consumo da água. Conforme afirma o professor Dr. Paulo Augusto Romeira e Silva, coordenador do Centro Tecnológico de Hidráulica do Estado de São Paulo: “Primeiramente, ao falarmos do consumo da água devemos ressaltar o seguinte: temos em casa uma situação de salário, portanto, aquilo que nós temos como receita e, embora a gente queira fugir das despesas, elas estão sempre a correr atrás” de nós, temos que olhar aí, “o equilíbrio entre a receita, ou aquilo que recebemos e, a despesa, ou aquilo que gastamos”, na questão da água funciona da mesma forma.

Temos na natureza uma disponibilidade que é determinada pelas condições do clima e das outras variáveis que estão no ambiente, e isto como a própria Encíclica ressalta, tem enormes diferenças de um lugar para outro no planeta, então, o que ocorre?!

Nós temos que conhecer a disponibilidade para em função dela dimensionar os consolos. Nós temos três usos provocam alterações nos mananciais que nós lançamos mão, eles são: a irrigação, ou uso da água, para a plantação e os cultivos e tudo o mais, que representam algo em torno de 70% de toda a água que é retirada dos mananciais.

Em segundo lugar, temos o uso industrial onde impera a questão do jogo económico, em função de lucros e de ganhar sem gastar muito com a natureza, então 20% de toda a água retirada dos mananciais é utilizada no uso industrial, e por fim, o uso urbano, o uso urbano refere-se àquela água que é tornada potável, e que nós fazemos questão de abrir a torneira em nossa casa e, sabermos que ela está disponível para nosso uso.

A importância desta Carta Encíclica em função do tema abordado:

“Os impactos ambientais poderiam afetar milhões de pessoas, sendo previsível que o controle da água por grandes empresas mundiais possa transformar-se numa das principais fontes de conflitos desse século”. (p. 31)

Pela encíclica fica muito claro a necessidade da construção de uma consciência crítica a partir de percebermos os problemas que estão a nossa volta, que é o passo mais longo a ser trabalhado nessa mudança de atitude, para em seguida termos a possibilidade de observar, controlar, conhecer, respeitar e defender o ambiente em que nós vivemos.

E um dado que pode ser terrível ainda do Brasil, por volta de 70% dos leitos hospitalares são ocupados por pessoas que estão ali em função de doenças de veiculação hídrica, as diferenças de acesso estão associadas a questão económica que, está e anda junto com tudo isto o que estamos falando.                                                                   

                                                                                                                                                                                        12

Outros aspectos graves da crise ecológica, lembrados pelo papa Francisco estão relacionados com a perda da biodiversidade e, a deterioração da qualidade de vida e degradação social.                                                                                               

O papa fala de coisas fundamentais, conforme afirma a especialista em biodiversidade Nurit Rachel Bensusan, sobre o quanto é importante a conservação das espécies, mas não só pela própria espécie ou, por uma espécie ou outra, mas mostrando que todas as espécies interagem.

E assim, elas fazem uma grande teia, e citamos inclusive ambientes que são fundamentais para manutenção da qualidade de vida, e da vida humana na Terra, como as florestas tropicais e os oceanos.

Ali há, portanto, não somente um conjunto enorme de espécies, mas há um conjunto de processos biológicos que, se eles ou com eles comprometidos a vida na Terra vai ficar bem mais complicada, ou mesmo ameaçada.

Mas o papa é sábio e, nisso a encíclica é genial, por que ela mostra que não é só por causa desse utilitarismo, mas devemos conservar a biodiversidade só por que a biodiversidade é útil para a vida humana, mas o papa fala da beleza que é esta diversidade que a vida tem e, fala também do direito que nós não temos de destruir esta biodiversidade.

Ele diz claramente aqui: “Entretanto, não basta pensar nas diferentes espécies apenas como eventuais ‘recursos’ exploráveis, esquecendo que possuem um valor em si mesmas”. (p. 33) Depois diz falando sobre a possibilidade de destruição destas espécies ele fala que nós não temos o direito de fazê-lo.

Segundo o advogado André Feitosa Alcántara: Ele traz principalmente um conceito para nós que é a dívida ecológica, que os ricos tém para com os pobres ,todas estas dificuldades que passamos advém de uma relação de desigualdade, pois o papa diz:

Especialmente sobre os mais pobres, fracos e vulneráveis recai todas as consequências da degradação ambiental” (p. 52).

Todavia, que muitas vezes nestes debates internacionais, ou nos espaços nos quais convivemos é dominado pelos interesses dos mais poderosos, por isso precisamos ter a consciência que somos uma única família humana. E também que não podemos globalizar a injustiça e a indiferença com o outro, especialmente, os mais fracos e oprimidos.

 

                                  

                    REFERÉNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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