Preparo do terreno e plantio em area de Recuperação de APP

Por tamires medeiros | 13/10/2015 | Ambiental

Preparo do terreno e plantio

O preparo do terreno para o plantio dividiu-se em onze etapas:

A primeira é o procedimento de limpeza da área de plantio: ela deve ser roçada totalmente de forma manual ou mecânica, a biomassa decorrente da roçada devera sem enfileirada nas entrelinhas do plantio.

 A segunda etapa é combate ás formigas cortadeira: antes do plantio a área e seu redor devem ser inspecionados e levantando se há ou não a presença de formigas, carreadores, olheiros. Se for constatada sua presença, deverão ser eliminadas através do uso de iscas granuladas e/ ou termonebulizadores, antes do plantio. Deve ser colocada armadilhas para formigas tipo porta iscas nas linhas de plantio, abastecidos com iscas adequadas, numa proporção mínima de 1 armadilha para cada 150 mudas plantadas. Essa etapa é importante, pois quanto se planta a muda as formigas presentes no local podem se alimentar dela e de suas raízes matando a muda.

A terceira etapa é a abertura e marcação de covas: elas devem ter o espaçamento de 3m x 2m, dimensão mínima de 30 cm de diâmetro e 40 cm de profundidade, o local da cova deve ser coroado num raio de 0,50m.

A quarta etapa é a adubação, a terra que sobrou da abertura das covas deve ser misturada com 5 litros de matéria orgânica, 200 gramas de adubo químico ou 100 gramas de calcário dolomítico, esse mistura deve ser usada posteriormente para encher as cova durante o plantio.

A quinta etapa é a Abertura das covetas, no centro de cada cova abrem-se covetas no diâmetro das mudas para recebê-las.

A sexta etapa é o condicionador de solo: a terra da abertura das covas deve ser misturada com 8 gramas de Condicionador de Solo a base de Copolímero Poliacrilato de Potássio e Poliacrilamida (gel hidropônico) ou similar. A aplicação deverá ser conforme indicado pelo fabricante e pela fiscalização.

A sétima etapa é o Plantio das mudas: depois das covetas serem abertas e adicionado o condicionador de solo, elas recebem as mudas que devem ter a altura mínima de 30 centímetros e deve-se retirar  e descartar em local adequado as embalagem do torrão da muda antes do plantio.

A cova deve formar uma bacia para a contenção de água, sendo mais baixa próximo a muda e mais alta em suas bordas, após o plantio o solo em torno das mudas devera ser levemente compactado.

Oitava etapa estacamento: as mudas devem ser estruturadas com estacas de bambu na altura de 1,50 metros e enterradas 30 centímetros no solo, para ajudar a planta em seu crescimento.

 Nona etapa características das mudas: elas devem ter no mínimo 30 centímetros, possuir características para uma boa sobrevivência. Deverão ser utilizadas mudas que garantam a diversidade exigida na legislação.

 Décima etapa irrigação: logo após o plantio as mudas devem ser regadas em pelo menos 5 litros por planta, mesmo em períodos chuvosos, esse procedimento tem finalidade de aconchegar o solo ao redor do torrão e estabelecer capilaridade entre eles, protegendo as raízes das mudas.

Por 30 dias consecutivos deve ser feita a irrigação se a quantidade de chuvas não for suficiente.

Décima Primeira etapa replantio: durante os 30 primeiros dias após o plantio a área devera ser acompanhada, irrigada quando necessário e fazer a substituição das mudas com baixo desenvolvimento.Para conter as erosões presentes e evitar as futuras aconselha-se o plantio de mudas com raízes maiores e de boa fixação no solo, construir barreiras de contenção nos pontos já assoreados e o plantio em curva de nível que evita futura erosões.

Para se reestabelecer a fauna no local deve-se colocar puleiros artificiais, plantio de arvores frutíferas, floríferas e transposição de galharias, propiciando esconderijo, descanso e alimento para animais e insetos, incentivando assim a voltas deles.