PREJUÍZOS PROVOCADOS PELO USO INDISCRIMINADO DE FARÓIS

Por Jacob Bettoni | 23/04/2011 | Sociedade

USO INDISCRIMINADO DOS FARÓIS VEÍCULARES GERA POLUIÇÃO LUMINOSA E PREJUÍZOS PARA MOTORISTAS
ACENDA ESTÁ IDÉIA: RESPEITE O SOL, APAGUE O FAROL!
RESUMO DOS PREJUÍZOS DOS FARÓIS VEICULARES DIURNOS INDISCRIMINADOS
I. Aumenta o limiar visual mínimo: pequenos animais ou objetos na pista que são facilmente enxergados sob luz natural, que exigem um limiar menor, deixam de ser vistos e passam a ser atropelados;
II. Motoqueiros perdem a proteção do "estimulo mutante de Conrad Mueller", devendo aumentar acidentes com motos; Não é sem razão que foram os motoqueiros que barraram lei similar na França;
III. Luz artificial desnecessária diurna Interfere na pineal, no ritmo circaciano, aumentando o megacortissol;
IV. Aumenta estresse e degeneração cerebral: era amplamente conhecido nos porões das torturas o FAROL NA CARA;
V. o aumento do estresse decorrente da poluição luminosa cerebral enfraquece o sistema imune e aumenta os radicais livres (pesquisas do Dr. Cevem Bock);
VI. Provoca momentos de cegueira induzida por cronaxia, podendo ocasionar acidentes exatamente porque os faróis estavam acesos; .
VII. Introduz mais um poluidor no nosso cenário tropical, a perigosíssima Poluição luminosa;
VIII. Decorridos cerca de oito meses com todos os carros usando faróis indiscriminados devem aumentar os acidentes noturnos, isso porque o teor de luminância necessário para a noite foi esbanjado inutilmente durante o dia. E os faróis que não forem trocados depois de uma média de 600 horas de uso, farão com que os motoristas enxerguem menos e provoquem mais acidentes noturnos;
IX. No nascente e no poente, o sol tropical ao nível dos olhos com faróis veiculares abusivamente e criminosamente sobrepostos aumentarão a cegueira focal por cronaxia, fenômeno já comprovado por Conrad Mueller, podendo gerar gravíssimos acidentes;
X. Onera o cidadão com gastos desnecessários;
XI. Já ingerimos soja transgênica, bebemos água contaminada, ouvimos sons poluentes, comemos comida e carne com uma série de ingredientes não naturais. Agora vamos perder um dos últimos presentes da nossa natureza tropical: nosso céu de anil, nossa luminosidade extraordinária!
XII. Essa medida já foi testada da no Rio Grande do Sul, onde mostrou-se inócua. Nossa ONG recebia dados estatísticos mensais diretamente dos órgãos gaúchos competentes. Ficou na época evidente: a) a inexistência de correlação positiva na melhoria do trânsito; b) os mesmos períodos oscilatórios para mais ou para menos acidentes que existiam antes da implantação, continuaram existindo depois dela; c) em alguns ciclos pós-farol houve significativo aumento de mortos e feridos; d) a grande mídia jamais noticiou isto. Ficou claro o movimento publicitário de press release que enfatizava exatamente o contrário para os consumidores de eletropeças; e) a sociedade brasileira ficou refém dos releases patrocinados por esses lobies econômicos; f) é necessária profunda vigilância intelectual, como a que aconteceu no Paraná, onde a sociedade devidamente esclarecida boicotou as tentativas dos vendedores de eltroimplementos disfarçados de deputados.


FARÓIS ABUSIVOS SEMPRE ACESOS: FATO E FICÇÃO, MERCHANDISING E ARMAÇÃO.
I - FICÇÃO: faróis sempre acesos fazem bem ao trânsito; FATO: faróis sempre acesos fazem bem ao faturamento das eletropeças, porque a cada: a) sete horas consomem 1% da sua luminosidade; b) 70h consomem 10% do seu potencial luminoso; c) 420h consomem 60% da sua luminosidade, a partir do que ou você troca os faróis ou você é candidato a provocar graves acidentes noturnos.

O principal efeito dos faróis abusivos é realizar o grande sonho de qualquer vendedor: VENDER GELADEIRA PARA ESQUIMÓ OU FAROL PARA USO EM PLENO SOL.Indústria & comércio de eletropeças agradecem aos releases sutis que vem enganando otários fazendo-os crer que o sonho do seu departamento comercial é uma desinteressada medida para o bem do motorista.
II - FICÇÃO: faróis diurnos sempre acesos chamam mais atenção e todo mundo enxerga; FATO: O que chama atenção são os estímulos mutantes e não faróis acesos. Dr. Muller demonstrou isso fazendo uma pessoa olhar fixo para uma lâmpada acesa a um metro do seu nariz. Um jogo de espelhos impedia qualquer outro estímulo. Após 60 segundos a pessoa não via mais a lâmpada. Isso porque a atenção é despertada não por faróis acesos ou apagados, mas por estímulos mutantes, conforme enuncia a Lei da Atenção: 75% dos sensores visuais procuram o estímulo mutante e apenas 25% buscam o estímulo predominante. No Brasil, o estímulo mutante é ricamente suprido pela própria natureza.
III - FICÇÃO: de dia vemos melhor faróis estaticamente acesos, do que faróis usados no modo fotocélula; FATO: Einstein descobriu a teoria da relatividade, em cujo contexto faróis sempre acesos são uma aberração científica, o que foi confirmado por Hoffding: a percepção não é absoluta e imutável, mas relativa ao cenário e ao contexto. Os mesmos políticos que já revogaram a lei da gravidade, agora revogam a Teoria Geral da Relatividade de Einstein: a única permanência é a mudança em todo o universo, menos nos faróis.
IV - FICÇÃO: nossos olhos enxergam melhor com faróis acesos; FATO: faróis usados no modo fotocélula melhoram a visibilidade, porém faróis abusivos sempre acesos pioram a visibilidade, porque não enxergamos com os olhos e sim com o córtex visual, que processa a percepção visual de maneira ativa e relativa e jamais passiva e imutável.
V - FICÇÃO: quanto mais luz melhor se enxerga; FATO: a percepção visual melhora com estímulos medianos e se deteriora com overdose. A aguçada visão da águia resulta da qualidade de suas glândulas que, quando a luz aumenta, escorrem um líquido sobre os olhos para diminuir a luminosidade, o que automaticamente melhora a visão. A indústria criou os óculos de sol Eagle, que melhoram sensivelmente a visibilidade, diminuindo a luminosidade. Exigir faróis acesos em dia de clima normal, debaixo de sol tropical ? ao invés de óculos de proteção solar ? é cegueira perceptiva, é miopia intelectual, é enganação teleguiada pelo esperto lobbie dos que não se interessam pelo bem estar do motorista, mas apenas pelo bem estar do seu lucro antiético.
VI - LEI INTELIGENTE: veículos devem sair de fábrica com fotocélula, automatizando o uso correto dos faróis, acendendo-os ao entrar em túneis e neblina e apagando-os ao sair, medida que acabará com a ignorância e a corrupção que contaminam esse tema, evitando vitimar o brasileiro com mais essa criminosa poluição luminosa.

EPEA ? ENCONTRO PARANAENSE DE ENTIDADES AMBIENTALISTAS APROVOU UNANIMEMENTE MOÇÃO DE APOIO: A fiscalização ambiental deve coibir atividades de poluição luminosa no sentido amplo e, especialmente, o uso indiscriminado dos faróis veiculares diurnos, prática tipificada como poluente, por produzir incômodo e mal estar aos seres vivos, e, em razão de estar em desacordo com a ciência do momento e por ser suscetível de provocar efeitos nocivos à saúde dos animais humanos e não humanos. Justificativa: Tendo em vista que o meio ambiente é um bem de todos, e, portanto, um bem não privativo de certos grupos sociais em detrimento de outros, propomos que as ações das entidades ambientalistas e dos órgãos de controle ambiental iniciem o combate à poluição luminosa. Ressaltamos que tal uso interessa apenas ao poderoso lobbie econômico das eletropeças de olho no milionário mercado de reposição dos eletro-implementos, em prejuízo do nosso habitat. LAURA JESUS DE MOURA E COSTA, OORDENADORA DO XV EPEA.