PRÁTICAS PEDAGÓGICAS LÚDICAS PARA A INCLUSÃO DE CRIANÇAS AUTISTAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por Vaneide D.C. Arantes | 14/12/2020 | Educação

[1]Graduanda do Curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências e Tecnologias de Campos Gerais – FACICA. E-mail: vivianesilvestre48@yahoo.com.br

[2] Professora e Orientadora do Curso de Pedagogia da Faculdade de Ciências e Tecnologias de Campos Gerais – FACICA. E-mail: prof.vaneidearantes@gmail.com


O presente artigo "PRÁTICAS PEDAGÓGICAS LÚDICAS  PARA A INCLUSÃO DE CRIANÇAS AUTISTAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL" foi escrito pela aluna VIVIANE DE SOUSA SILVESTRE, aluna do 8º período de Pedagogia da FACICA - MG.

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS LÚDICAS PARA A INCLUSÃO DE CRIANÇAS AUTISTAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

Viviane Sousa Silvestre[1]

Vaneide Damasceno Cunha Arantes[2]

 

RESUMO

A criança autista tem características adversas que comprometem suas relações com outras crianças, seu desenvolvimento de linguagem/comunicação, sua socialização/inclusão na sociedade em que vive e seu desenvolvimento cognitivo. A Educação Infantil tem como foco o estímulo do desenvolvimento de crianças pequenas, sendo que nesta o contato com o teatro é positivo, a considerar que ele representa uma forma de cultura, de socialização e de acesso ao conhecimento. Assim, ‘ludicidade’, ‘práticas pedagógicas’, ‘autismo’ e ‘inclusão’ foram termos que compuseram o tema de pesquisa deste artigo. Sua escolha se fez relevante, pois serve de subsídio para pesquisadores e professores das áreas de Pedagogia e Educação Especial, reunindo informações pautadas em referências especializadas, evidenciando reflexões sobre práticas pedagógicas inclusivas para crianças autistas já nos primeiros anos de seu ingresso na vida escolar. Objetivou-se, por meio de pesquisa bibliográfica, demonstrar a importância da ludicidade na Educação Infantil enquanto prática pedagógica para a promoção da inclusão de crianças autistas no ensino regular. Concluiu-se que as brincadeiras e jogos são excelentes recursos lúdicos que devem imperar nas salas de aula, além de funcionar como ferramenta para a aprendizagem significativa de crianças pequenas e promoção social inclusiva de crianças autistas.


Palavras-chave: Ludicidade. Autismo. Prática Pedagógica. Inclusão. Educação Infantil.


INTRODUÇÃO 

Na conjuntura, a sociedade vem repensando a escola em seu novo paradigma, onde a homogeneidade de sua constituição vem cedendo lugar parara uma demanda da heterogeneidade. Em que o grande desafio vem sendo proporcionar uma educação para todos, com igualdade e qualidade, por meio de garantias de práticas pedagógicas organizadas e adaptadas. Assim, ‘ludicidade’, ‘práticas pedagógicas’, ‘autismo’ e ‘inclusão’ são termos que compõe o tema de pesquisa deste artigo. De modo geral, o lúdico é de grande importância para a Educação Infantil, pois contribui para o desenvolvimento de crianças pequenas, podendo ser utilizado como formas de aprendizagem e desenvolvimento cognitivo no cotidiano da sala de aula, em diversas modalidades.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) veio propor à Educação Infantil, uma prática para valorização e formação humana do aluno pequeno, centrada em aprendizagem enquanto mudança física, emocional, afetiva, social e cognitiva ao longo do desenvolvimento. Indica que, para a promoção deste desenvolvimento, ações como a convivência, a brincadeira, a participação, a exploração de si mesmo e a comunicação aconteçam de forma natural. Assim, ‘convivência’, ‘participação’, ‘brincadeira’ e ‘comunicação’ são preconizadas no documento basilar para as crianças pequenas nas escolas regulares. Diante desta breve contextualização, surgem algumas questões investigativas que motivaram a pesquisa: Que práticas pedagógicas são utilizadas pelo professor para desenvolver a inclusão do aluno com autismo em sala de aula do ensino regular? A ludicidade pode contribuir para o processo de inclusão de crianças autistas pequenas na Educação Infantil? Como? Como hipótese norteadora, acredita-se que a ludicidade como prática pedagógica desperta as crianças pequenas para a aprendizagem prazerosa e natural, além de promover o processo de inclusão social. Uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem características adversas que, em muitas vezes, podem comprometer suas relações com outras crianças, seu desenvolvimento de linguagem, de socialização e inclusão na sociedade em que vive, e por consequência, seu desenvolvimento cognitivo e seu processo de ensino-aprendizagem. Deste modo, o objetivo geral resume-se em demonstrar a importância da ludicidade na Educação Infantil enquanto recurso didático pedagógico para a promoção da inclusão de crianças autistas nas salas de aula do ensino regular. Já, por consequência, os objetivos específicos prendem-se em: explanar sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), passando a caracterizar o mesmo de forma generalizada; discorrer sobre as práticas pedagógicas evidenciadas no contexto da sala de aula regular para a inclusão do aluno com TEA e; mostrar os jogos e brincadeiras como ferramentas pedagógicas para a promoção do processo inclusivo de crianças autistas. Assim, a escolha desta temática de pesquisa e estudo se justifica, pois, por meio do lúdico que subsidia as atividades didáticas, as crianças autistas a serem inseridas na Educação Infantil participam ativamente de seus processos de ensino 5 aprendizagem e de inclusão social, e pode transformar as salas de aula em espaços pedagógicos e sociais prazerosos, partindo de distintas modalidades apresentadas pelo docente, diversificando suas formas de aplicação, ao passo em que promove vivência e desenvolve habilidades sociais, cognitivas e psicomotoras. A metodologia utilizada se define por meio de pesquisa bibliográfica, subsidiada por uma revisão literária, caracterizando-se como um estudo sistematizado com base em material publicado (GIL, 2008). Desta forma, foram consultadas obras clássicas da Pedagogia, bem como artigos científicos eletrônicos abarcam sobre o tema em pesquisa. [...]

Artigo completo: