PRÁTICAS EMERGENTES HOSPITALAR NO ATENDIMENTO DE USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS

Por DILMA PAZ LANDIM | 26/09/2012 | Adm

AHM- AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL

CURSO INTENSIVO DE ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

PRÁTICAS EMERGENTES HOSPITALAR NO ATENDIMENTO DE USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS”

Autor: Dilma Paz Landim

           RF.: 636.268.100  

São Paulo - SP

2012

AHM- AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL

CURSO INTENSIVO DE ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

PRÁTICAS EMERGENTES HOSPITALAR NO ATENDIMENTO DE USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS”

“Trabalho apresentado como requisito final para a conclusão do Curso Intensivo de Administração Hospitalar.

São Paulo

2012

RESUMO

 No intuito de instituir mecanismos de atendimento de qualidade das ações e serviços prestados à população que requer atenção específica por ser portadora de doença de dependência química e a busca de uma prática inovadora desenvolvida em um serviço de atendimento de usuários de álcool e outras drogas. Sugere-se a elaboração de uma proposta de cuidado e atenção aos usuários de álcool e outras drogas, tanto no seu pronto atendimento e de urgência, em gênero institucional e humano, quanto visando fortalecer a rede em atenção ao cidadão, usuário do serviço público, portador da dependência de álcool e substâncias químicas, que se encontra adoecido ou buscando sua saúde integral, que atualmente utiliza o atendimento emergencial, tratado de forma preconceituosa e inabilidosa, lançando nessa proposta a garantia ao usuário do serviço um tratamento digno e resolutivo tanto durante o período de internação quanto após esse.

 

PALAVRAS CHAVE: Drogas, Atendimento Hospitalar.


 SUMÁRIO

Introdução....................................................................................... 5

1. História do Hospital.......................................................................6

2. Caracterização da Unidade......................................................... 6

3. Recursos Humanos .................................................................. 11

4. Dados Epidemiológicos ............................................................ 13

5. Proposta de Melhoria ............................................................... 15

    5.1 O Objetivo do Atendimento Preconiza ................................ 15

    5.2 Fluxo do Atendimento ......................................................... 16

6. Da Implantação ..........................................................................17

7. O Trabalho em Rede     ............................................................ 20

8. Conquistas de Locais que Atuam com Projeto Semelhante...... 22

     8.1 Principais Dificuldades ...................................................... 22

9. Conclusão................................................................................ 23

      Referência Bibliográfia........................................................... 24

 

INTRODUÇÃO

Visto a necessidade de um tratamento diferenciado devido o comportamento da pessoa que apresenta dependência química, este instrumento finaliza-se em propor acolhimento e atendimento diferenciado dentro do Hospital de Urgências e Emergências de Usuários de Álcool e Outras Drogas, Respaldados pela Lei Municipal Nº 13.271, de 4 de janeiro de 2002 que dispõe sobre a descentralização das ações e serviços de saúde no Município de São Paulo, com a criação de entidades autárquicas hospitalares de regime especial. Art. 5º  item “e. instituir mecanismos de controle de qualidade das ações e serviços prestados à população., que preconiza que o Serviço Hospitalar de Referência de Álcool e outras Drogas credenciada pela portaria nº580; no intuito de ajudar o paciente em seus momentos de “fissura” (evitar determinados odores como desinfetantes, álcool, fumo etc.), barrar a entrada de drogas na enfermaria (exceção se faz à medicação usada pelos pacientes) e outras situações que possam desencadear comportamentos “difíceis” na enfermaria. Preconizando regras caráter educativo, e não punitivo com o objetivo de proteger o paciente. O Serviço visa atender pessoas de ambos os sexos, usuários de álcool e outras drogas, que necessitem de desintoxicação tanto adultos como adolescentes. Esses últimos devem receber tratamento diferenciado, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

 1.    HISTÓRIA DO HOSPITAL

   O nome do Hospital homenageia a Sr.ª Matilde Azevedo Setúbal (1925 – 1972) que foi casada com Olavo Setúbal, Prefeito da Cidade de São Paulo período de 1975 à 1979. A Sr.ª Matilde foi voluntária no hospital por isso recebeu a homenagem dando o nome carinhoso de “Tide Setúbal”.

   O Hospital Municipal Tide Setúbal surgiu como pronto atendimento em 1959, precariamente instalado na Rua Beraldo Marcondes em uma casa de 05 cômodos, contanto inicialmente com 12 médicos, 20 profissionais de enfermagem e um serviço de remoção com 03 ambulâncias, até o ano de 1967 onde foi transferido para instalações mais amplas na Praça Campos Sales (atual Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra), funcionando anexo ao Centro de Saúde Estadual, atualmente Centro de Referência do Idoso. Em outubro de 1968 foi inaugurado atuais instalações, na Praça da Paz, onde se construiu um prédio para funcionamento do Pronto Socorro. Em 1975, ampliações foram feitas, atingindo o máximo de construção que a área permite.

 2.    CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE

Sabe-se que toda situação hospitalar tem como missão, sobretudo o bem estar do ser humano, desse modo, deve-se ter como foco a busca constante pelo aperfeiçoamento, de maneira que consiga uma união entre as diversas áreas que compõem a instituição. O hospital, como disseminador do conhecimento institucional e a cultura organizacional como fator determinante na Gestão Estratégica que é desencadeada pelos princípios norteadores pela missão, visão e valores que são:

Missão: Prestar atendimento à Saúde de Urgência e Emergência, de forma eficiente, ética e humanizada.

Visão: Ser reconhecido pela sociedade como hospital que supera as expectativas dos clientes, tornando-se referência regional no atendimento à Saúde.

Valores:

   Ética: atuar com consciência e responsabilidade no exercício de suas atividades; Qualidade: procurando a excelência na prestação de cuidados; Humanização: cuidar de todos como deseja para si; Confiabilidade: atuar com honestidade e transparência; Respeito: respeito com todos os seres humanos sem distinção; Capacitação: promover e estimular o desenvolvimento pessoal e profissional.

   Com 11.000 m2 de construção, o Hospital Municipal Tide Setúbal (HMTS) está localizado no bairro de São Miguel Paulista. Atende a uma população das 3 sub-prefeituras os Distritos de Vila Jacuí, São Miguel, Jd. Helena de aproximadamente 400 mil habitantes.

   Todos os profissionais são do Sistema Único de Saúde – SUS , sendo Médicos 137 e demais Funções em número de quinhentos, o tipo de Atendimento Prestado são Convênios: Internação SUS; SADT SUS; Urgência SUS e o Fluxo de Clientela: com Atendimento de Demanda Espontânea e Referenciada.

Todos os Leitos  Existentes são Leitos SUS a saber:

Nome Leitos

Leitos SUS

Cirurgia Geral

15

Ginecologia

6

Ortopedia traumatologia

6

Clinica Geral

55

Neonatologia

9

 

Unidade de Cuidados Intermediários Adulto

4

Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional

5

UTI Adulto - Tipo II

7

Obstetrícia Cirúrgica

20

Obstetrícia Clinica

4

Pediatria Clinica

21

Psiquiatria

29

 

Equipamentos

 

 

 

 

 

 

 

Equipamentos De Diagnostico Por Imagem

 

 

 

Equipamento:

Existente:

Em Uso:

 

Raios-X Dentário

1

1

 

Raio X Ate 100 Ma

3

3

 

Raio X de 100 A 500 Ma

2

2

 

Raio X Mais de 500ma

1

1

 

 

 

 

 

Equipamento:

Existente:

Em Uso:

 

Controle Ambiental/Ar-Condicionado Central

1

1

 

Grupo Gerador

2

2

 

Usina de Oxigênio

1

1

 

Equipamentos para Manutenção da Vida

 

 

 

Equipamento:

Existente:

Em Uso:

 

Berço Aquecido

28

27

 

Bomba de Infusão

32

32

 

Bomba/Balão Intra-Aortico

25

2

 

Desfibrilador

14

14

 

Equipamento de Fototerapia

17

15

 

Incubadora

15

15

 

Marcapasso Temporário

2

2

 

Monitor de ECG

28

25

 

Monitor de Pressão Nao-Invasivo

4

4

 

Reanimador Pulmonar/Ambu

45

41

 

Respirador/Ventilador

29

29

 

Equipamentos Por Métodos Gráficos

 

 

 

Equipamento:

Existente:

Em Uso:

 

Eletrocardiógrafo

10

10

 

Equipamentos Por Métodos Ópticos

 

 

 

Equipamento:

Existente:

Em Uso:

 

Endoscópio Digestivo

1

1

 

 

 

 

 

Resíduos/Rejeitos

 

 

 

Coleta Seletiva De Rejeito:

 

 

 

Resíduos Biológicos

 

 

 

Resíduos Comuns

 

 

 

 

 

 

 

Instalações Físicas Para Assistência

 

 

 

Urgência e Emergência

 

 

 

Instalação:

Qtde./Consultório

Leitos/Equipos:

 

Consultórios Médicos

7

0

 

Odontologia

1

1

 

Sala de Atendimento A Paciente Critico/Grave

1

1

 

Sala de Curativo

1

0

 

Sala de Gesso

1

0

 

Sala de Higienização

1

0

 

Sala Pequena Cirurgia

1

0

 

Sala Repouso/Observação - Indiferenciado

6

21

 

Sala Repouso/Observação - Pediátrica

3

18

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AMBULATORIAL

Instalação:

Qtde./Consultório

Leitos/Equipos:

 

Clinicas Básicas

3

0

 

Sala de Curativo

1

0

 

Sala de Enfermagem (Serviços)

2

0

 

Sala de Imunização

1

0

 

Sala de Nebulização

2

0

 

Sala de Pequena Cirurgia

1

0

 

 

 

 

 

HOSPITALAR

Instalação:

Qtde./Consultório

Leitos/Equipos:

 

Sala de Cirurgia

3

0

 

Sala de Recuperação

1

3

 

Sala de Cirurgia

3

0

 

Sala de Parto Normal

2

0

 

Sala de Pre-Parto

1

6

 

Leitos de Alojamento Conjunto

0

24

 

 

 

 

 

SERVIÇOS DE APOIO

 

 

 

Serviço PROPRIO E TERCEIRIZADO

 

 

 

Ambulância

 

 

 

Serviço PROPRIO

 

 

 

Central de Esterilização de Materiais

 

 

 

Farmácia

 

 

 

Necrotério

 

 

 

S.A.M.E. ou S.P.P. (Serv. Prontuário De Paciente)

 

 

 

Serviço Social

 

 

 

Serviço TERCEIRIZADO

 

 

 

Lactario

 

 

 

Lavanderia

 

 

 

Nutrição E Dietética (S.N.D.)

 

 

 

 

 

 

 

SERVIÇOS ESPECIALIZADOS

 

 

 

Serviço PROPRIO Hospitalar E Ambulatorial: SUS

 

 

 

Serv. Atenção ao Pré-Natal, Parto e Nascimento

 

 

 

Serv. Atenção Domiciliar

 

 

 

Serv. Diagnostico Por Métodos Gráficos Dinâmicos

 

 

 

Serv. Endocrinologia

 

 

 

Serv. Endoscopia

 

 

 

Serv. Farmácia

 

 

 

Serv. Fisioterapia

 

 

 

Serv. Hemoterapia

 

 

 

Serv. Nefrologia Urologia

 

 

 

Serv. Suporte Nutricional

 

 

 

Serv. Traumatologia E Ortopedia

 

 

 

Serv. Triagem Neonatal

 

 

 

Serv. Urgência E Emergência

 

 

 

Serviço Móvel De Urgência (Exceto Samu)

 

 

 

Transplante

 

 

 

Serviço Terceirizado Hospitalar E Ambulatorial: SUS

 

 

 

Serv. Diagnostico Por Anatomia Patológica e ou Citopato

 

 

Serv. Diagnostico Por Imagem

 

 

 

Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico

 

 

 

Serv. Hemoterapia

 

 

 

Serv. Laboratório de Histocompatibilidade

 

 

 

Serv. Suporte Nutricional

 

 

 

Serviço Posto de Coleta De Materiais Biológicos

 

 

 

 

 

 

 

Serviço Próprio

Classificação:

 

Serv. Atenção A Saúde Reprodutiva

Laqueadura

 

Serv. Atenção A Saúde Reprodutiva

Vasectomia

 

Serv. Atenção Ao Pré-Natal, Parto E Nascimento

Centro De Parto Normal

Serv. Atenção Ao Pré-Natal, Parto E Nascimento

Acompanhamento Do Pré-Natal De Risco Habitual

Serv. Atenção Ao Pré-Natal, Parto E Nascimento

Parto Em Gestação De Risco Habitual

Serv. Atenção Domiciliar

Assistência Domiciliar

Serv. Diagnostico Por Métodos Gráficos Dinâmicos

Exame Eletrocardiográfico

Serv. Endocrinologia

Cirurgia De Glândulas Endócrinas

Serv. Endoscopia

Do Aparelho Urinário

Serv. Endoscopia

Do Aparelho Digestivo

Serv. Farmácia

Farmácia Hospitalar

Serv. Fisioterapia

Ass. Fisioterapeutica Cardiovasculares e Pneumofunci

Serv. Fisioterapia

Ass.Fisioterapeutica nas Disfunções Músculo Esqueleto

Serv. Fisioterapia

Ass. Fisioterapeutica Nas Alterações Em Neurologia

Serv. Hemoterapia

Medicina Transfusional

Serv. Nefrologia Urologia

Confecção Intervenção De Acessos Para Diálise

Serv. Suporte Nutricional

Entegral Parenteral

Serv. Suporte Nutricional

Enteral

 

 

Serv. Traumatologia E Ortopedia

Serv. Traumatologia E Ortopedia De Urgência

Serv. Triagem Neonatal

Trat. Recém-nascido Fibrose Cística

Serv. Triagem Neonatal

Trat. Recém Nascido Com Outras Doenças Congênitas

Serv. Triagem Neonatal

Trat. Recém Nascido Doenças Falciformes

Serv. Triagem Neonatal

Trat. Recém Nascido Com Hipotireoidismo E Fenilcetonuri

Serv. Urgência E Emergência

Pronto Socorro Geral

Serviço Móvel De Urgência (Exceto São)

Transporte Terrestre

Transplante

Acoes Para Doação E Captação De Órgãos E Tecidos

 

Serviço Terceirizado

 

 

 

Serv. Diagnostico Por Anatomia Patológica e ou Citopato

Exames Citopatologicos

Serv. Diagnostico Por Anatomia Patológica e ou Cito pato

Exames Anatomopatológicos

Serv. Diagnostico Por Imagem

Ultra cenografia

 

Serv. Diagnostico Por Imagem

Radiologia

 

Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico

Exames Imunohematologicos

Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico

Exames De Genetica

Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico

Exames Em Outros Liquidos Biologicos

Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico

Exames Toxicologicos Ou De Monitorizacao Terapeutica

Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico

Exames Sorologicos E Imunologicos

Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico

Exames Hormonais

Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico

Exames De Uroanalise

Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico

Exames Hematologicos E Hemostasia

Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico

Exames Bioquimicos

Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico

Exames Microbiologicos

Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico

Exames Coprologicos

Serv. Hemoterapia

Diagnostico Em Hemoterapia

Serv. Laboratório De Histocompatibilidade

Exames De Histocompatibilidade Por Meio Sorologia

Serviço Posto De Coleta De Materiais Biologicos

Coleta Realizada Fora Da Estrutura Laboratorial

 

 

 

 

 

 

 

 

3. RECURSOS HUMANOS

O Hospital Municipal Tide Setúbal possui um quadro de funcionários diversos aptos a atender todos os serviços prestados. Estes funcionários são contratados através de quatro vínculos empregatícios, sendo eles:

•  Celetistas;

•  Estatutários;

•  Contratados de Emergências;

•  Comissionados

Segue abaixo o quadro de funcionário por função e divididos por vínculos empregatícios:

 

 

FUNÇÃO

CE

CLT

COMIS.

ESTÁT.

TOTAL

1

ACD

0

0

0

2

2

2

Agente Administrativo

0

1

0

1

2

3

Agente de Apoio

0

0

0

94

94

4

Apoio Administrativo

0

0

0

2

2

5

Armazenador

1

1

0

0

2

6

Assistente Social

2

0

0

2

4

7

Assistente Técnico II

0

0

1

0

1

8

ATA / AGPP

33

62

0

33

128

9

Atendente de Enfermagem

0

0

0

5

5

10

Aux. Adm. Hospitalar

0

0

0

2

2

11

Aux. de Enfermagem

87

164

0

149

400

12

Aux. Técnico de Eletrocardiograma

4

0

0

6

10

13

Aux. Técnico de Gasoterapia

0

1

0

12

13

14

Aux. Técnico de Hemoterapia

0

0

0

11

11

15

Caldereiro

0

3

0

0

3

16

Cirurgião Dentista

0

0

0

8

8

17

Coordenador

0

0

2

0

2

18

Encarregado de Equipe I

0

0

3

0

3

19

Encarregado de Equipe II

0

0

4

0

4

20

Encarregado de Equipe Técnica

0

0

1

0

1

21

Enfermeiro

22

53

0

11

86

22

Farmacêutico

2

2

0

2

6

23

Fisioterapeuta

1

2

0

0

3

24

Médico Anestesista

0

4

0

7

11

25

Médico Cirurgia Geral

6

3

0

16

25

26

Médico Clinico Geral

14

13

1

7

35

27

Médico do Trabalho

1

1

0

0

2

28

Médico Endoscopista

0

1

0

0

1

29

Médico Intensivista

1

5

0

1

7

30

Médico Neonatologista

2

4

0

2

8

31

Médico Neurologista

0

1

0

3

4

32

Médico Ortopedista

10

2

0

9

21

33

Médico Pediatra

2

7

0

5

14

34

Médico Psiquiatra

4

4

0

4

12

35

Médico Tocoginecologista

3

1

0

10

14

36

Médico Ultrassonografista

0

1

0

0

1

37

Motorista

0

7

0

0

7

38

Nutricionista

0

0

0

1

1

39

Oficial Manutenção Automotiva

0

0

0

1

1

40

Psicólogo

3

0

0

2

5

41

Supervisor Técnico I

0

0

1

0

1

42

Técnico de Farmácia

12

0

0

3

15

43

Técnico de Laboratório

0

0

0

5

5

44

Técnico de Radiologia

0

0

0

10

10

 

Total

210

343

13

426

992

 

 

 

 4.    DADOS EPIDEMIOLÓGICOS

A sistemática predominante de raciocínio, em epidemiologia, é própria lógica indutiva, mediante a qual, partindo de certo número de dados, estabelece-se uma proposição mais geral e, os métodos utilizados na epidemiologia são encontrados em outras áreas do conhecimento, embora sejam frequentes à referência a métodos epidemiológicos, eles devem ser entendidos como certo número de estratégias adaptadas para aplicação a situações próprias do estudo da saúde da população.

A identificação do padrão de ocorrência de doenças nas populações humanas e os fatores que influenciam (determinam, condicionam) têm sido reiteradamente definidos como o objeto de estudo da epidemiologia.

Os instrumentos de medida ou identificação de caso estão sujeitos a erros sistemáticos (viés) em função de sua maior ou menor sensibilidade (capacidade para identificar um maior número de casos incluindo inevitavelmente os falsos e positivos) e especificidade (capacidade de só incluir casos positivos).

Como o Hospital Municipal Tide Setúbal, está localizado na região de São Miguel Paulista, é Hospital referencia da região em saúde mental. Dados Estatísticos de Atendimento a Usuários de Álcool e outras Drogas, até a presente data não há informações, segue alguns dados Epidemiológicos desta região no ano de 2011.

A Tabela Nascidos vivos (NV) indica as características do recém-nascido, da gestação e da mãe:

NASCIDOS VIVOS - REGIÃO DE SÃO MIGUEL

 
 

CARACTERISTICAS %

Quantidade

 

Nascidos Vivos Baixo Peso

Menos de 1,5 Kg

1,8

 

Menos de 2,5 kg

9,7

 

Prematuros

 

8,7

 

Mães Adolescentes (menores de 20 anos)

 

15,3

 

Gestantes com 7 ou mais consultas de Pré-Natal

 

74

 

Partos Cesáreos

 

50,3

 

Partos Rede SUS

 

65,1

 

Nº de Nascidos Vivos

 

9060

 

Evasão

 

2,9

 

 

A tabela abaixo indica o número de casos e coeficiente de incidência (CI) de alguns agravos de notificação compulsória.

NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS COMPULSÓRIAS - REGIÃO DE SÃO MIGUEL

 
 

SÍFILIS CONGÊNITA

10

 

CI

1,1

 

TUBERCULOSE

375

 

CI

6

 

HANSENÍASE

20

 

CI

3,2

 

DENGUE

349

 

CI

55,8

 

DOENÇA MENINGOCÓCICA

30

 

CI

4,8

 

AIDS

45

 

CI

7,2

 

LEPTOSPIROSE

29

 

CI

4,7

 

 

RELATÓRIO TRIMESTRAL DE ATENDIMENTO

 
 

 

MARÇO

ABRIL

MAIO

 

Nº de Internações

1.048

1.170

1.135

 

Paciente Dia

4.215

4.276

4.411

 

Nº de Leitos Planejados

184

184

184

 

Nº de Leitos Instalados

171

171

171

 

nº de Leitos Operacionais

151

162

160

 

Nº de Leitos Extras

0

0

0

 

Nº de Partos

151

146

138

 

Nº de atos Cirurgicos

143

151

148

 

Nº de Anestesias

175

181

176

 

Nº de Consultas Ambulatoriais

500

500

500

 

Nº de Consultas no PS

11.877

11.258

12.120

 

Abaixo seguem tabelas que descrevem alguns dados do Hospital Municipal Tide Setúbal. A tabela Relatório Trimestral de atendimento indica as internações, consultas no Pronto Socorro e atos Cirúrgicos nos meses de março, abril e maio de 2012, e também mostra dados do nosso ambulatório de ortopedia que atendem pacientes que possuem algum tipo de fratura e precisam de um tratamento conservador. Na tabela relatório trimestral de exames indica os exames realizados nos setores de Radiologia, Ultrassonografia, Laboratório e Endoscopia.

 

 
 

RELATÓRIO TRIMESTRAL DE EXAMES

EXAMES

MARÇO

ABRIL

MAIO

Total

Raio X

5.324

4.341

5.093

14.758

Ultrassom

241

267

279

787

Patologia Clínica

14.407

14.466

15.486

44.359

Anatomia Patológica

49

61

56

166

Métodos Gráficos

536

655

653

1.844

Endoscopia Digestiva

34

31

31

96

Total

20.591

19.821

21.598

62.010

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




5.    PROPOSTA DE MELHORIA

O Serviço visa atender pessoas de ambos os sexos, de qualquer faixa-etária usuárias de álcool e outras drogas, que necessitem de atendimento emergencial de comorbidades provenientes de uso e/ou abuso de substâncias psicoativas ou de desintoxicação.

 

5.1 O Objetivo do Atendimento Preconiza:

Acolher, conscientizar e orientar o paciente desde a porta de entrada no hospital;

Verificar em que estágio o paciente se encontra quanto ao uso de álcool ou outras drogas,esclarecendo e orientando sobre a doença de dependência química e seus estágios conforme prescreve a OMS; Respeitar sua singularidade; construindo, com ele e com a equipe, seu projeto terapêutico e traçando seu perfil psicológico;

Avaliar o grau de aceitabilidade do paciente em relação ao tratamento de desintoxicação e possibilidade de continuidade em abstinência ou redução de danos no tratamento após a alta; Atender, orientar e conscientizar o paciente com relação ao tratamento, à recuperação, à abstinência, à redução de danos e aos encaminhamentos posteriores à internação; Ajudar o paciente a repensar seu estado e baixa auto-estima, focando em seu projeto de vida; Oferecer cuidados específicos e devidos encaminhamentos aos pacientes vivendo com DST, HIV e Aids; Realizar, na unidade hospitalar onde o serviço está situado, campanhas frequentes de esclarecimento e conscientização dos profissionais acerca da dependência química e todas as suas implicações para o sujeito, enfatizando o direito ao tratamento digno e humano, com respeito à doença e seu transtorno. (CID 10 de F-10 a F-19); Construir um diálogo multiprofissional, como forma de atravessar as estreitas barreiras disciplinares e como forma de superar as barreiras desta fragmentação, mantendo e incentivando a comunicação entre os membros da equipe, favorecendo uma convivência harmônica e respeitando a singularidade de cada profissional; Manter sempre bons contatos com a rede que trabalha com o usuário de álcool e outras drogas no sentido de manter um bom fluxo e alimentação de dados estatísticos que respaldem a rede; Implementar orientações quanto ao registro correto do atendimento desde as informações iniciais, no Boletim de Emergência, quanto de toda a equipe e/ou profissional que atender esse paciente específico, para que  haja dados suficientes para auxiliar nas pesquisas e estatísticas epidemiológicas.

5.2 Fluxo do Atendimento

Como o a característica do Hospital é Pronto Socorro do Hospital de Urgência e Emergência o atendimento se dá pela porta emergencial diretamente na Emergência, e preenchido o “boletim de emergência”., dependendo do estado do paciente, ele é recebido pelo setor Classificação de Risco, encaminhando-o a Sala de Emergência ou Consultório Médico, onde é feito o primeiro atendimento onde o médico da emergência faz as condutas de desintoxicação, juntamente com o médico de referência do Serviço Hospitalar de Referência de Álcool e outras Drogas onde verifica se esse se encontra em estado de intoxicação aguda e/ou síndrome de abstinência e após estabilizar o paciente ele é encaminhado para ser atendimento pela equipe de referência, permanecendo nas enfermarias de observação, onde é acolhido e atendido por equipe multiprofissional. A equipe o recebe numa interconsulta, oferecendo ao paciente os atendimentos e procedimentos necessários que seu caso específico requer, sempre de forma acolhedora e com escuta qualificada. Logo que o paciente tenha condições, ele é convidado a responder o teste CAGE (questionário utilizado para o rastreamento do alcoolismo quando a pessoa admite que faz uso de bebidas alcoólicas), um teste simples, de apenas quatro perguntas e que é utilizado como instrumento diagnóstico do consumo de álcool. Além disso, são feitas observações e investigação se o mesmo é alcoolista e se é usuário de outras drogas. Cabe a todos os membros da equipe orientar o paciente sobre sua condição, as regras específicas da enfermaria, bem como as atividades oferecidas.

O atendimento emergencial geralmente na ultrapassa vinte e quatro horas porém dependendo do quadro do paciente e de outras comorbidades, ele pode permanecer internado, sua permanência na Unidade Hospitalar requer uma atuação profissional específica e intensiva, pois é um paciente com características de paciente de saúde mental, portanto: ancioso, impaciente,agitado, às vezes agressivo, e na maioria das vezes com dificuldade de aderir qualquer tratamento.

   Após alta é encaminhado para atendimento por um dos parceiros que compõem a rede de atendimento a usuários de álcool e outras drogas que pode ser o CAPSad, uma Residência Terapêutica ou Grupo de Mútua Ajuda. Se o paciente apresentar ou já portar alguma comorbidade, deverá ser encaminhado para atendimento específico.

6.    DA IMPLANTAÇÃO

Traçar objetivos, metas e estratégias de ação visando a reorganização de fases: Primeira fase: discussão em equipe e estabelecimento de objetivos, metas e estratégias. Definir como ação capacitação continuada dos profissionais como prioritária; avaliar e reorganizar o fluxo de atendimento ao paciente usuário de álcool e outras drogas, desde seu atendimento inicial na porta de entrada o pronto socorro do hospital até sua chegada à enfermaria, para o processo de desintoxicação, principalmente o envolvimento de agentes de apoio de forma urgente e de forma mais humanizada. Evitando evasões antes mesmo de receber qualquer tipo de atenção. Considerando os parâmetros e o fluxo do atendimento e as especificidades da condição de usuário, que apresenta “fissura” e outros comportamentos diferenciados de outros pacientes, é necessário uma supervisão constante para adaptação do staff do setor incluindo remanejamento e troca de profissionais, intensificando as ações de forma continuada, Faz-se necessário a discussão de cada caso e traçar estratégias de intervenção, agilizar o andamento do trabalho, a comunicação entre os membros da equipe multiprofissional, o que contribui e influi  diretamente na melhora e evolução dos pacientes.

A elaboração de projetos terapêuticos individualizados com a participação ativa da equipe multiprofissional, do usuário do serviço e de seus familiares, os estudos de casos, o melhor gerenciamento do serviço, a participação dos membros da equipe na elaboração de formulários, o envolvimento de familiares e o início do trabalho em rede, possibilitaram o crescimento e melhoria da qualidade do atendimento prestado.

O serviço de atendimento a pacientes usuários de álcool e outras drogas estende-se a demais profissionais de outros setores do Hospital, com a necessidade de capacitação formal e informal permanente, para que esses possam compreender melhor a dependência química (o transtorno encontrado no Código Internacional de Doenças CID 10). Esporadicamente convém a realização de seminários dentro da unidade hospitalar, distribuição de folders, além de outras intervenções que nos diversos períodos  quando os profissionais do serviço de referência álcool e outras drogas  interagem com profissionais de outros setores. Concomitantemente, mapear toda a rede de serviços disponíveis aos usuários de álcool e outras drogas no município e demais municípios do Estado, convocando todos os serviços para discussão e esclarecer acerca dos objetivos e metodologia do trabalho e juntamente com cada entidade, calendário de atendimento dentro do setor, oferecer aos usuários oportunidade de conhecer todas e escolher aquela metodologia com a qual melhor se identifique. Deverá haver um comprometimento da equipe em realizar reuniões em grupo ou individuais semanais, sempre com a presença do profissional especialista; criando dessa maneira uma escala de modo que toda semana haja grupos diferentes, mas que possuem o mesmo objetivo/meta, que é conscientizar o paciente a buscar o tipo de ajuda que melhor lhe aprouver após a alta hospitalar.

É relevante a participação de grupos de mútua ajuda e comunidades terapêuticas, onde fazem parte desta escala o grupo de espiritualidade, independentemente da religião do usuário, da mesma forma, precisa-se manter semanalmente um grupo reflexivo/educativo sobre DSTS/ AIDS para orientação aos pacientes, contando com a ajuda da psicóloga do Serviço de Atendimento Especializado – SAE, que se unidos á equipe hospitalar a realização de prevenção às DSTs.

O atendimento diferenciado para pacientes em situação de rua (ou no momento sem vínculo familiar), que são atendidos e que demonstram interesse em ingressar em tratamento terapêutico são encaminhados pela Assistente Social para serviços e Programas Sociais, com acompanhamos a evolução do tratamento tomando providências e objetivando, após o tratamento, seu retorno à sociedade e resgate de sua cidadania. A atuação de profissional especializado nestes casos visa trabalhar com o paciente seu projeto de vida para que ele possa vislumbrar para si outras possibilidades.

A supervisão do trabalho deverá ser realizada semanalmente e, quinzenalmente, discutidos e estudados casos de pacientes com comorbidades e reincidentes. A presença “constante” de tais pacientes. No ambiente hospitalar propicia que sejam feitos estudos mais acurados de sua situação biopsicossocialespiritual, para delinear intervenções dentro e fora do serviço de referência álcool e outras drogas.

Os pacientes que apresentam comorbidade ou possibilidade de dois diagnósticos geralmente são também alvo de discussão nas reuniões de estudo de caso por parte da equipe multiprofissional. Como já citado anteriormente, cada paciente possui seu próprio Projeto Terapêutico, elaborado por um membro da equipe juntamente com o paciente e também utilizar um formulário de anamnese, que contém os seguintes itens:

1. Identificação do paciente;

2. Relato da história de vida (fatos importantes sobre a família/relacionamento familiar, história de relacionamentos afetivos, fonte de renda, etc);

3. História do uso de drogas (História familiar de uso de drogas/ violência intrafamiliar/ doença mental, visão sobre a sua situação atual, fonte de lazer além da droga, relato da vida escolar e ocupacional);

4. Hipótese diagnóstica;

5. Plano terapêutico;

6. Procedimentos junto à família;

7. Diagnóstico definitivo;

8. Projeto de vida;

9. Encaminhamentos;

10. Movimentos entrada/saída do paciente na enfermaria;

11. Evolução de atendimento.

Esse formulário, idealizado pela equipe multiprofissional, é utilizado por toda a equipe como instrumento de uso permanente no serviço. É arquivado no próprio setor para consulta da equipe,sempre respeitando as questões éticas de preservação do paciente. São  consideramos de suma importância, alimentam o formulário cada vez que o paciente retorna para novo atendimento ou novo tratamento de desintoxicação, diferencia do prontuário emergencial devido a característica da doença: crônica e progressiva, esse instrumento auxiliará muito no atendimento e encaminhamento do paciente.l

O profissional especializado, gerente do serviço deverá manter uma comunicação fluente com a rede das entidades que trabalham com o usuário, fazendo reuniões avaliativas mensais e alimentando os dados estatísticos. A divulgação de serviço e o estabelecimento de uma rede propicia um vínculo com o paciente, fator importante para o início/ continuidade do tratamento e o sucesso de sua recuperação, diminuindo a utilização dos serviços de urgência/emergência.

 7.    O TRABALHO EM REDE

A equipe multiprofissional, contribui para a conscientização dos pacientes quanto à doença crônica da dependência química (com a presença de uma pessoa que já esteve no mundo do uso abusivo do álcool e outras drogas) e fazendo assim uma sintonia entre o trabalho técnico e a prática de um usuário em recuperação.

Tanto no ambiente de internação quanto no ambulatorial, há a parceria de uma equipe de espiritualidade, organizado por qualquer um dos membros da Equipe Multiprofissional ou até por pastores, padres, espíritas ou outras pessoas que desejam fazer uma oratória de fé para o momento de fragilização de uma internação em unidade hospitalar, todos com conhecimento da doença. Membros da equipe multiprofissional devem participar dos grupos, notadamente com a presença de profissional capacitado que participa efetivamente de todos os grupos, sendo presença técnica obrigatória, já que em tais encontros e reuniões tantos dados relevantes que podem vir a contribuir para a direção do tratamento são colocados pelos sujeitos. Além de participar dos grupos com os parceiros, há atendimento com profissional específico na necessidade. De preferência nas segundas e sextas-feiras pois o grupo na segunda-feira, é perceptível a chamada “ressaca moral” dos pacientes. A escuta atenta, qualificada e acolhedora contribui para um certo alívio do paciente participante. Já o grupo na sexta-feira, o trabalho é direcionado no sentido de motivar o desejo do paciente em manter-se abstinente ou reduzir os danos, já que o início de um final de semana faz os pacientes lembrarem-se do período de maior consumo.

Em relação ao trabalho com as famílias, essas precisam ter atuação constante junto ao paciente/usuário. Sempre que um paciente ingressa no serviço ou que retorna, sua família é entrevistada com o objetivo de fornecer informação, ser orientada e colocada no processo de tratamento. Tais famílias deverão participar de um trabalho educativo quanto à abordagem, ao acolhimento e à oferta da ajuda qualificada ao usuário, colocando-se como família participativa que se propõe a ajudar o ente querido e que evita assim rotulá-lo como o “problema” da família.

É primordial o contato com a rede externa: Casas Terapêuticas, grupos de Mútua Ajuda, outros setores Governamentais e não Governamentais. Tanto na internação quanto no momento da alta. Talvez em determinados momento ou na necessidade do paciente, far-se-á necessário o auxilio de uma pessoa que já foi usuária de álcool e outras drogas para falar de igual para igual com os pacientes internos. Essas parcerias são muito importantes, pois apresentam ao usuário pessoas que em algum momento de sua trajetória já se encontraram na mesma condição em que ele se encontra no momento.

A grande maioria dos pacientes que obteve alta costuma procurar o serviço solicitando informações, orientação e apoio no seu processo ou até mesmo nova internação. Acreditamos que tal atitude ocorre em função do acolhimento e oferta de tratamento por parte da equipe, a qual possibilita que ele sinta segurança no serviço para procurá-lo quando se encontra fragilizado. Ressalte-se é de suma importância que o diferencial do trabalho de profissionais capacitados e bem treinados desde o recebimento do paciente no serviço quanto a realização dos devidos atendimentos e/ou encaminhamentos.

8.    CONQUISTAS DE LOCAIS QUE ATUAM COM PROJETO SEMELHANTE

Noventa e Nove por cento dos pacientes que recebem alta são encaminhados a algum tipo de atendimento;

Noventa por cento dos pacientes buscam ajuda após a alta do serviço de referência álcool e outras drogas;

O trabalho em equipe é eficaz, dinâmico, colaborativo e reconhecido pela direção do Hospital, parceiros e pela Secretaria de Saúde do Estado;

A rede se apresenta mais fortalecida e, se por algum motivo, se faz necessário defender este e os demais trabalhos realizados com o cidadão usuário de álcool e outras drogas que se encontra adoecido ou buscando sua saúde como um todo, a rede se mobiliza em busca de soluções para as demandas existentes;

A possibilidade de realizar um trabalho multiprofissional propicia o crescimento do serviço, dos profissionais. A troca possibilita que instrumentos, métodos e modelos conceituais possam ser integrados;

 

8.1 Principais dificuldades

Uma obstáculo importante e evidente é o espaço físico, porém passível de ajustes, tanto quanto a carência de materiais para trabalhar com os pacientes. Materiais de consumo e específicos para Terapeuta Ocupacional desenvolver, nos grupos, porém a maior deficiência é em relação ao número de profissionais na equipe multiprofissional e a aderência ao Sistema por profissionais que já tratavam desses pacientes não como doentes; o preconceito com relação ao usuário de álcool e outras drogas ainda é muito forte e presente tanto dentro quanto fora da Unidade Hospitalar. Há a necessidade de mais profissionais com carga horária maior dentro do serviço para que possam participar ativamente de todas as atividades desenvolvidas junto aos pacientes, à rede e aos familiares.

9.    CONCLUSÃO

   Há muitas facilidades que propiciam a veiculação e distribuição de drogas o que implica em consumo cada vez maior por um maior número de pessoas da sociedade de todas as idades e classes sociais. Muitos são os serviços oferecidos para prevenção do uso e tratamento para os usuários, porém a rede não está ainda bem tramada, no que necessita de intervenções e iniciativas bem sucedidas de atendimento às pessoas usuárias, principalmente urgência e emergência, as quais podem contar com um serviço público e gratuito, que tem sua qualidade aprimorada pela seriedade do trabalho e pela articulação em rede – que surge como uma possibilidade de superação da histórica fragmentação presente na intervenção de diferentes áreas – pelo estudo constante, pela supervisão, por sua prática diária. A solidez desse trabalho pioneiro nos faz prever perspectivas mais esperançosas para os usuários de álcool e outras drogas.

O presente projeto tem respaldo legal governos Federal e Estadual, que é a Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e Outras Drogas.


 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 CENTRO DE REFERENCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLITICAS PUBLICAS Conselho Federal De Psicologia XV Plenário Gestão 2011-2013 – Práticas Emergentes e Inovadoras De Psicólogos(As) no Campo das Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas. Disponível em <http://crepop.pol.org.br/novo/> Acesso em 29 ago 2012.

 MINISTÉRIO DA SAÚDE – Secretaria de Atenção à Saúde –  Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES – Ministério da Saúde Disponível em <http://cnes.datasus.gov.br> Acesso em 29 ago 2012.

 BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA, Lei nº. 8.069, de 13 de julho de1990.

 PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULOSecretaria Municipal da Saúde – Disponível em  <www.prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 29 ago 2012.