PRÁTICAS EMERGENTES HOSPITALAR NO ATENDIMENTO DE USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
Por DILMA PAZ LANDIM | 26/09/2012 | AdmAHM- AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL
CURSO INTENSIVO DE ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR
“PRÁTICAS EMERGENTES HOSPITALAR NO ATENDIMENTO DE USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS”
Autor: Dilma Paz Landim
RF.: 636.268.100
São Paulo - SP
2012
AHM- AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL
CURSO INTENSIVO DE ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR
“PRÁTICAS EMERGENTES HOSPITALAR NO ATENDIMENTO DE USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS”
“Trabalho apresentado como requisito final para a conclusão do Curso Intensivo de Administração Hospitalar.
São Paulo
2012
RESUMO
No intuito de instituir mecanismos de atendimento de qualidade das ações e serviços prestados à população que requer atenção específica por ser portadora de doença de dependência química e a busca de uma prática inovadora desenvolvida em um serviço de atendimento de usuários de álcool e outras drogas. Sugere-se a elaboração de uma proposta de cuidado e atenção aos usuários de álcool e outras drogas, tanto no seu pronto atendimento e de urgência, em gênero institucional e humano, quanto visando fortalecer a rede em atenção ao cidadão, usuário do serviço público, portador da dependência de álcool e substâncias químicas, que se encontra adoecido ou buscando sua saúde integral, que atualmente utiliza o atendimento emergencial, tratado de forma preconceituosa e inabilidosa, lançando nessa proposta a garantia ao usuário do serviço um tratamento digno e resolutivo tanto durante o período de internação quanto após esse.
PALAVRAS CHAVE: Drogas, Atendimento Hospitalar.
SUMÁRIO
Introdução....................................................................................... 5
1. História do Hospital.......................................................................6
2. Caracterização da Unidade......................................................... 6
3. Recursos Humanos .................................................................. 11
4. Dados Epidemiológicos ............................................................ 13
5. Proposta de Melhoria ............................................................... 15
5.1 O Objetivo do Atendimento Preconiza ................................ 15
5.2 Fluxo do Atendimento ......................................................... 16
6. Da Implantação ..........................................................................17
7. O Trabalho em Rede ............................................................ 20
8. Conquistas de Locais que Atuam com Projeto Semelhante...... 22
8.1 Principais Dificuldades ...................................................... 22
9. Conclusão................................................................................ 23
Referência Bibliográfia........................................................... 24
INTRODUÇÃO
Visto a necessidade de um tratamento diferenciado devido o comportamento da pessoa que apresenta dependência química, este instrumento finaliza-se em propor acolhimento e atendimento diferenciado dentro do Hospital de Urgências e Emergências de Usuários de Álcool e Outras Drogas, Respaldados pela Lei Municipal Nº 13.271, de 4 de janeiro de 2002 que dispõe sobre a descentralização das ações e serviços de saúde no Município de São Paulo, com a criação de entidades autárquicas hospitalares de regime especial. Art. 5º item “e. instituir mecanismos de controle de qualidade das ações e serviços prestados à população”., que preconiza que o Serviço Hospitalar de Referência de Álcool e outras Drogas credenciada pela portaria nº580; no intuito de ajudar o paciente em seus momentos de “fissura” (evitar determinados odores como desinfetantes, álcool, fumo etc.), barrar a entrada de drogas na enfermaria (exceção se faz à medicação usada pelos pacientes) e outras situações que possam desencadear comportamentos “difíceis” na enfermaria. Preconizando regras caráter educativo, e não punitivo com o objetivo de proteger o paciente. O Serviço visa atender pessoas de ambos os sexos, usuários de álcool e outras drogas, que necessitem de desintoxicação tanto adultos como adolescentes. Esses últimos devem receber tratamento diferenciado, como determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
1. HISTÓRIA DO HOSPITAL
O nome do Hospital homenageia a Sr.ª Matilde Azevedo Setúbal (1925 – 1972) que foi casada com Olavo Setúbal, Prefeito da Cidade de São Paulo período de 1975 à 1979. A Sr.ª Matilde foi voluntária no hospital por isso recebeu a homenagem dando o nome carinhoso de “Tide Setúbal”.
O Hospital Municipal Tide Setúbal surgiu como pronto atendimento em 1959, precariamente instalado na Rua Beraldo Marcondes em uma casa de 05 cômodos, contanto inicialmente com 12 médicos, 20 profissionais de enfermagem e um serviço de remoção com 03 ambulâncias, até o ano de 1967 onde foi transferido para instalações mais amplas na Praça Campos Sales (atual Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra), funcionando anexo ao Centro de Saúde Estadual, atualmente Centro de Referência do Idoso. Em outubro de 1968 foi inaugurado atuais instalações, na Praça da Paz, onde se construiu um prédio para funcionamento do Pronto Socorro. Em 1975, ampliações foram feitas, atingindo o máximo de construção que a área permite.
2. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE
Sabe-se que toda situação hospitalar tem como missão, sobretudo o bem estar do ser humano, desse modo, deve-se ter como foco a busca constante pelo aperfeiçoamento, de maneira que consiga uma união entre as diversas áreas que compõem a instituição. O hospital, como disseminador do conhecimento institucional e a cultura organizacional como fator determinante na Gestão Estratégica que é desencadeada pelos princípios norteadores pela missão, visão e valores que são:
Missão: Prestar atendimento à Saúde de Urgência e Emergência, de forma eficiente, ética e humanizada.
Visão: Ser reconhecido pela sociedade como hospital que supera as expectativas dos clientes, tornando-se referência regional no atendimento à Saúde.
Valores:
Ética: atuar com consciência e responsabilidade no exercício de suas atividades; Qualidade: procurando a excelência na prestação de cuidados; Humanização: cuidar de todos como deseja para si; Confiabilidade: atuar com honestidade e transparência; Respeito: respeito com todos os seres humanos sem distinção; Capacitação: promover e estimular o desenvolvimento pessoal e profissional.
Com 11.000 m2 de construção, o Hospital Municipal Tide Setúbal (HMTS) está localizado no bairro de São Miguel Paulista. Atende a uma população das 3 sub-prefeituras os Distritos de Vila Jacuí, São Miguel, Jd. Helena de aproximadamente 400 mil habitantes.
Todos os profissionais são do Sistema Único de Saúde – SUS , sendo Médicos 137 e demais Funções em número de quinhentos, o tipo de Atendimento Prestado são Convênios: Internação SUS; SADT SUS; Urgência SUS e o Fluxo de Clientela: com Atendimento de Demanda Espontânea e Referenciada.
Todos os Leitos Existentes são Leitos SUS a saber:
Nome Leitos |
Leitos SUS |
Cirurgia Geral |
15 |
Ginecologia |
6 |
Ortopedia traumatologia |
6 |
Clinica Geral |
55 |
Neonatologia |
9 |
Unidade de Cuidados Intermediários Adulto |
4 |
Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional |
5 |
UTI Adulto - Tipo II |
7 |
Obstetrícia Cirúrgica |
20 |
Obstetrícia Clinica |
4 |
Pediatria Clinica |
21 |
Psiquiatria |
29 |
Equipamentos |
|
|
|
|
|
|
|
Equipamentos De Diagnostico Por Imagem |
|
|
|
Equipamento: |
Existente: |
Em Uso: |
|
Raios-X Dentário |
1 |
1 |
|
Raio X Ate 100 Ma |
3 |
3 |
|
Raio X de 100 A 500 Ma |
2 |
2 |
|
Raio X Mais de 500ma |
1 |
1 |
|
|
|
|
|
Equipamento: |
Existente: |
Em Uso: |
|
Controle Ambiental/Ar-Condicionado Central |
1 |
1 |
|
Grupo Gerador |
2 |
2 |
|
Usina de Oxigênio |
1 |
1 |
|
Equipamentos para Manutenção da Vida |
|
|
|
Equipamento: |
Existente: |
Em Uso: |
|
Berço Aquecido |
28 |
27 |
|
Bomba de Infusão |
32 |
32 |
|
Bomba/Balão Intra-Aortico |
25 |
2 |
|
Desfibrilador |
14 |
14 |
|
Equipamento de Fototerapia |
17 |
15 |
|
Incubadora |
15 |
15 |
|
Marcapasso Temporário |
2 |
2 |
|
Monitor de ECG |
28 |
25 |
|
Monitor de Pressão Nao-Invasivo |
4 |
4 |
|
Reanimador Pulmonar/Ambu |
45 |
41 |
|
Respirador/Ventilador |
29 |
29 |
|
Equipamentos Por Métodos Gráficos |
|
|
|
Equipamento: |
Existente: |
Em Uso: |
|
Eletrocardiógrafo |
10 |
10 |
|
Equipamentos Por Métodos Ópticos |
|
|
|
Equipamento: |
Existente: |
Em Uso: |
|
Endoscópio Digestivo |
1 |
1 |
|
|
|
|
|
Resíduos/Rejeitos |
|
|
|
Coleta Seletiva De Rejeito: |
|
|
|
Resíduos Biológicos |
|
|
|
Resíduos Comuns |
|
|
|
|
|
|
|
Instalações Físicas Para Assistência |
|
|
|
Urgência e Emergência |
|
|
|
Instalação: |
Qtde./Consultório |
Leitos/Equipos: |
|
Consultórios Médicos |
7 |
0 |
|
Odontologia |
1 |
1 |
|
Sala de Atendimento A Paciente Critico/Grave |
1 |
1 |
|
Sala de Curativo |
1 |
0 |
|
Sala de Gesso |
1 |
0 |
|
Sala de Higienização |
1 |
0 |
|
Sala Pequena Cirurgia |
1 |
0 |
|
Sala Repouso/Observação - Indiferenciado |
6 |
21 |
|
Sala Repouso/Observação - Pediátrica |
3 |
18 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
AMBULATORIAL Instalação: |
Qtde./Consultório |
Leitos/Equipos: |
|
Clinicas Básicas |
3 |
0 |
|
Sala de Curativo |
1 |
0 |
|
Sala de Enfermagem (Serviços) |
2 |
0 |
|
Sala de Imunização |
1 |
0 |
|
Sala de Nebulização |
2 |
0 |
|
Sala de Pequena Cirurgia |
1 |
0 |
|
|
|
|
|
HOSPITALAR Instalação: |
Qtde./Consultório |
Leitos/Equipos: |
|
Sala de Cirurgia |
3 |
0 |
|
Sala de Recuperação |
1 |
3 |
|
Sala de Cirurgia |
3 |
0 |
|
Sala de Parto Normal |
2 |
0 |
|
Sala de Pre-Parto |
1 |
6 |
|
Leitos de Alojamento Conjunto |
0 |
24 |
|
|
|
|
|
SERVIÇOS DE APOIO |
|
|
|
Serviço PROPRIO E TERCEIRIZADO |
|
|
|
Ambulância |
|
|
|
Serviço PROPRIO |
|
|
|
Central de Esterilização de Materiais |
|
|
|
Farmácia |
|
|
|
Necrotério |
|
|
|
S.A.M.E. ou S.P.P. (Serv. Prontuário De Paciente) |
|
|
|
Serviço Social |
|
|
|
Serviço TERCEIRIZADO |
|
|
|
Lactario |
|
|
|
Lavanderia |
|
|
|
Nutrição E Dietética (S.N.D.) |
|
|
|
|
|
|
|
SERVIÇOS ESPECIALIZADOS |
|
|
|
Serviço PROPRIO Hospitalar E Ambulatorial: SUS |
|
|
|
Serv. Atenção ao Pré-Natal, Parto e Nascimento |
|
|
|
Serv. Atenção Domiciliar |
|
|
|
Serv. Diagnostico Por Métodos Gráficos Dinâmicos |
|
|
|
Serv. Endocrinologia |
|
|
|
Serv. Endoscopia |
|
|
|
Serv. Farmácia |
|
|
|
Serv. Fisioterapia |
|
|
|
Serv. Hemoterapia |
|
|
|
Serv. Nefrologia Urologia |
|
|
|
Serv. Suporte Nutricional |
|
|
|
Serv. Traumatologia E Ortopedia |
|
|
|
Serv. Triagem Neonatal |
|
|
|
Serv. Urgência E Emergência |
|
|
|
Serviço Móvel De Urgência (Exceto Samu) |
|
|
|
Transplante |
|
|
|
Serviço Terceirizado Hospitalar E Ambulatorial: SUS |
|
|
|
Serv. Diagnostico Por Anatomia Patológica e ou Citopato |
|
|
|
Serv. Diagnostico Por Imagem |
|
|
|
Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico |
|
|
|
Serv. Hemoterapia |
|
|
|
Serv. Laboratório de Histocompatibilidade |
|
|
|
Serv. Suporte Nutricional |
|
|
|
Serviço Posto de Coleta De Materiais Biológicos |
|
|
|
|
|
|
|
Serviço Próprio |
Classificação: |
|
|
Serv. Atenção A Saúde Reprodutiva |
Laqueadura |
|
|
Serv. Atenção A Saúde Reprodutiva |
Vasectomia |
|
|
Serv. Atenção Ao Pré-Natal, Parto E Nascimento |
Centro De Parto Normal |
||
Serv. Atenção Ao Pré-Natal, Parto E Nascimento |
Acompanhamento Do Pré-Natal De Risco Habitual |
||
Serv. Atenção Ao Pré-Natal, Parto E Nascimento |
Parto Em Gestação De Risco Habitual |
||
Serv. Atenção Domiciliar |
Assistência Domiciliar |
||
Serv. Diagnostico Por Métodos Gráficos Dinâmicos |
Exame Eletrocardiográfico |
||
Serv. Endocrinologia |
Cirurgia De Glândulas Endócrinas |
||
Serv. Endoscopia |
Do Aparelho Urinário |
||
Serv. Endoscopia |
Do Aparelho Digestivo |
||
Serv. Farmácia |
Farmácia Hospitalar |
||
Serv. Fisioterapia |
Ass. Fisioterapeutica Cardiovasculares e Pneumofunci |
||
Serv. Fisioterapia |
Ass.Fisioterapeutica nas Disfunções Músculo Esqueleto |
||
Serv. Fisioterapia |
Ass. Fisioterapeutica Nas Alterações Em Neurologia |
||
Serv. Hemoterapia |
Medicina Transfusional |
||
Serv. Nefrologia Urologia |
Confecção Intervenção De Acessos Para Diálise |
||
Serv. Suporte Nutricional |
Entegral Parenteral |
||
Serv. Suporte Nutricional |
Enteral |
|
|
Serv. Traumatologia E Ortopedia |
Serv. Traumatologia E Ortopedia De Urgência |
||
Serv. Triagem Neonatal |
Trat. Recém-nascido Fibrose Cística |
||
Serv. Triagem Neonatal |
Trat. Recém Nascido Com Outras Doenças Congênitas |
||
Serv. Triagem Neonatal |
Trat. Recém Nascido Doenças Falciformes |
||
Serv. Triagem Neonatal |
Trat. Recém Nascido Com Hipotireoidismo E Fenilcetonuri |
||
Serv. Urgência E Emergência |
Pronto Socorro Geral |
||
Serviço Móvel De Urgência (Exceto São) |
Transporte Terrestre |
||
Transplante |
Acoes Para Doação E Captação De Órgãos E Tecidos |
||
|
|||
Serviço Terceirizado |
|
|
|
Serv. Diagnostico Por Anatomia Patológica e ou Citopato |
Exames Citopatologicos |
||
Serv. Diagnostico Por Anatomia Patológica e ou Cito pato |
Exames Anatomopatológicos |
||
Serv. Diagnostico Por Imagem |
Ultra cenografia |
|
|
Serv. Diagnostico Por Imagem |
Radiologia |
|
|
Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico |
Exames Imunohematologicos |
||
Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico |
Exames De Genetica |
||
Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico |
Exames Em Outros Liquidos Biologicos |
||
Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico |
Exames Toxicologicos Ou De Monitorizacao Terapeutica |
||
Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico |
Exames Sorologicos E Imunologicos |
||
Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico |
Exames Hormonais |
||
Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico |
Exames De Uroanalise |
||
Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico |
Exames Hematologicos E Hemostasia |
||
Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico |
Exames Bioquimicos |
||
Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico |
Exames Microbiologicos |
||
Serv. Diagnostico Por Laboratório Clinico |
Exames Coprologicos |
||
Serv. Hemoterapia |
Diagnostico Em Hemoterapia |
||
Serv. Laboratório De Histocompatibilidade |
Exames De Histocompatibilidade Por Meio Sorologia |
||
Serviço Posto De Coleta De Materiais Biologicos |
Coleta Realizada Fora Da Estrutura Laboratorial |
||
|
|||
|
|
||
|
|
3. RECURSOS HUMANOS O Hospital Municipal Tide Setúbal possui um quadro de funcionários diversos aptos a atender todos os serviços prestados. Estes funcionários são contratados através de quatro vínculos empregatícios, sendo eles: • Celetistas; • Estatutários; • Contratados de Emergências; • Comissionados Segue abaixo o quadro de funcionário por função e divididos por vínculos empregatícios:
|
|
4. DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
A sistemática predominante de raciocínio, em epidemiologia, é própria lógica indutiva, mediante a qual, partindo de certo número de dados, estabelece-se uma proposição mais geral e, os métodos utilizados na epidemiologia são encontrados em outras áreas do conhecimento, embora sejam frequentes à referência a métodos epidemiológicos, eles devem ser entendidos como certo número de estratégias adaptadas para aplicação a situações próprias do estudo da saúde da população.
A identificação do padrão de ocorrência de doenças nas populações humanas e os fatores que influenciam (determinam, condicionam) têm sido reiteradamente definidos como o objeto de estudo da epidemiologia.
Os instrumentos de medida ou identificação de caso estão sujeitos a erros sistemáticos (viés) em função de sua maior ou menor sensibilidade (capacidade para identificar um maior número de casos incluindo inevitavelmente os falsos e positivos) e especificidade (capacidade de só incluir casos positivos).
Como o Hospital Municipal Tide Setúbal, está localizado na região de São Miguel Paulista, é Hospital referencia da região em saúde mental. Dados Estatísticos de Atendimento a Usuários de Álcool e outras Drogas, até a presente data não há informações, segue alguns dados Epidemiológicos desta região no ano de 2011.
A Tabela Nascidos vivos (NV) indica as características do recém-nascido, da gestação e da mãe:
NASCIDOS VIVOS - REGIÃO DE SÃO MIGUEL |
|||
CARACTERISTICAS % |
Quantidade |
||
Nascidos Vivos Baixo Peso |
Menos de 1,5 Kg |
1,8 |
|
Menos de 2,5 kg |
9,7 |
||
Prematuros |
|
8,7 |
|
Mães Adolescentes (menores de 20 anos) |
|
15,3 |
|
Gestantes com 7 ou mais consultas de Pré-Natal |
|
74 |
|
Partos Cesáreos |
|
50,3 |
|
Partos Rede SUS |
|
65,1 |
|
Nº de Nascidos Vivos |
|
9060 |
|
Evasão |
|
2,9 |
A tabela abaixo indica o número de casos e coeficiente de incidência (CI) de alguns agravos de notificação compulsória.
NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS COMPULSÓRIAS - REGIÃO DE SÃO MIGUEL |
|||
SÍFILIS CONGÊNITA |
Nº |
10 |
|
CI |
1,1 |
||
TUBERCULOSE |
Nº |
375 |
|
CI |
6 |
||
HANSENÍASE |
Nº |
20 |
|
CI |
3,2 |
||
DENGUE |
Nº |
349 |
|
CI |
55,8 |
||
DOENÇA MENINGOCÓCICA |
Nº |
30 |
|
CI |
4,8 |
||
AIDS |
Nº |
45 |
|
CI |
7,2 |
||
LEPTOSPIROSE |
Nº |
29 |
|
CI |
4,7 |
RELATÓRIO TRIMESTRAL DE ATENDIMENTO |
||||
|
MARÇO |
ABRIL |
MAIO |
|
Nº de Internações |
1.048 |
1.170 |
1.135 |
|
Paciente Dia |
4.215 |
4.276 |
4.411 |
|
Nº de Leitos Planejados |
184 |
184 |
184 |
|
Nº de Leitos Instalados |
171 |
171 |
171 |
|
nº de Leitos Operacionais |
151 |
162 |
160 |
|
Nº de Leitos Extras |
0 |
0 |
0 |
|
Nº de Partos |
151 |
146 |
138 |
|
Nº de atos Cirurgicos |
143 |
151 |
148 |
|
Nº de Anestesias |
175 |
181 |
176 |
|
Nº de Consultas Ambulatoriais |
500 |
500 |
500 |
|
Nº de Consultas no PS |
11.877 |
11.258 |
12.120 |
Abaixo seguem tabelas que descrevem alguns dados do Hospital Municipal Tide Setúbal. A tabela Relatório Trimestral de atendimento indica as internações, consultas no Pronto Socorro e atos Cirúrgicos nos meses de março, abril e maio de 2012, e também mostra dados do nosso ambulatório de ortopedia que atendem pacientes que possuem algum tipo de fratura e precisam de um tratamento conservador. Na tabela relatório trimestral de exames indica os exames realizados nos setores de Radiologia, Ultrassonografia, Laboratório e Endoscopia.
|
5. PROPOSTA DE MELHORIA
O Serviço visa atender pessoas de ambos os sexos, de qualquer faixa-etária usuárias de álcool e outras drogas, que necessitem de atendimento emergencial de comorbidades provenientes de uso e/ou abuso de substâncias psicoativas ou de desintoxicação.
5.1 O Objetivo do Atendimento Preconiza:
Acolher, conscientizar e orientar o paciente desde a porta de entrada no hospital;
Verificar em que estágio o paciente se encontra quanto ao uso de álcool ou outras drogas,esclarecendo e orientando sobre a doença de dependência química e seus estágios conforme prescreve a OMS; Respeitar sua singularidade; construindo, com ele e com a equipe, seu projeto terapêutico e traçando seu perfil psicológico;
Avaliar o grau de aceitabilidade do paciente em relação ao tratamento de desintoxicação e possibilidade de continuidade em abstinência ou redução de danos no tratamento após a alta; Atender, orientar e conscientizar o paciente com relação ao tratamento, à recuperação, à abstinência, à redução de danos e aos encaminhamentos posteriores à internação; Ajudar o paciente a repensar seu estado e baixa auto-estima, focando em seu projeto de vida; Oferecer cuidados específicos e devidos encaminhamentos aos pacientes vivendo com DST, HIV e Aids; Realizar, na unidade hospitalar onde o serviço está situado, campanhas frequentes de esclarecimento e conscientização dos profissionais acerca da dependência química e todas as suas implicações para o sujeito, enfatizando o direito ao tratamento digno e humano, com respeito à doença e seu transtorno. (CID 10 de F-10 a F-19); Construir um diálogo multiprofissional, como forma de atravessar as estreitas barreiras disciplinares e como forma de superar as barreiras desta fragmentação, mantendo e incentivando a comunicação entre os membros da equipe, favorecendo uma convivência harmônica e respeitando a singularidade de cada profissional; Manter sempre bons contatos com a rede que trabalha com o usuário de álcool e outras drogas no sentido de manter um bom fluxo e alimentação de dados estatísticos que respaldem a rede; Implementar orientações quanto ao registro correto do atendimento desde as informações iniciais, no Boletim de Emergência, quanto de toda a equipe e/ou profissional que atender esse paciente específico, para que haja dados suficientes para auxiliar nas pesquisas e estatísticas epidemiológicas.
5.2 Fluxo do Atendimento
Como o a característica do Hospital é Pronto Socorro do Hospital de Urgência e Emergência o atendimento se dá pela porta emergencial diretamente na Emergência, e preenchido o “boletim de emergência”., dependendo do estado do paciente, ele é recebido pelo setor Classificação de Risco, encaminhando-o a Sala de Emergência ou Consultório Médico, onde é feito o primeiro atendimento onde o médico da emergência faz as condutas de desintoxicação, juntamente com o médico de referência do Serviço Hospitalar de Referência de Álcool e outras Drogas onde verifica se esse se encontra em estado de intoxicação aguda e/ou síndrome de abstinência e após estabilizar o paciente ele é encaminhado para ser atendimento pela equipe de referência, permanecendo nas enfermarias de observação, onde é acolhido e atendido por equipe multiprofissional. A equipe o recebe numa interconsulta, oferecendo ao paciente os atendimentos e procedimentos necessários que seu caso específico requer, sempre de forma acolhedora e com escuta qualificada. Logo que o paciente tenha condições, ele é convidado a responder o teste CAGE (questionário utilizado para o rastreamento do alcoolismo quando a pessoa admite que faz uso de bebidas alcoólicas), um teste simples, de apenas quatro perguntas e que é utilizado como instrumento diagnóstico do consumo de álcool. Além disso, são feitas observações e investigação se o mesmo é alcoolista e se é usuário de outras drogas. Cabe a todos os membros da equipe orientar o paciente sobre sua condição, as regras específicas da enfermaria, bem como as atividades oferecidas.
O atendimento emergencial geralmente na ultrapassa vinte e quatro horas porém dependendo do quadro do paciente e de outras comorbidades, ele pode permanecer internado, sua permanência na Unidade Hospitalar requer uma atuação profissional específica e intensiva, pois é um paciente com características de paciente de saúde mental, portanto: ancioso, impaciente,agitado, às vezes agressivo, e na maioria das vezes com dificuldade de aderir qualquer tratamento.
Após alta é encaminhado para atendimento por um dos parceiros que compõem a rede de atendimento a usuários de álcool e outras drogas que pode ser o CAPSad, uma Residência Terapêutica ou Grupo de Mútua Ajuda. Se o paciente apresentar ou já portar alguma comorbidade, deverá ser encaminhado para atendimento específico.
6. DA IMPLANTAÇÃO
Traçar objetivos, metas e estratégias de ação visando a reorganização de fases: Primeira fase: discussão em equipe e estabelecimento de objetivos, metas e estratégias. Definir como ação capacitação continuada dos profissionais como prioritária; avaliar e reorganizar o fluxo de atendimento ao paciente usuário de álcool e outras drogas, desde seu atendimento inicial na porta de entrada o pronto socorro do hospital até sua chegada à enfermaria, para o processo de desintoxicação, principalmente o envolvimento de agentes de apoio de forma urgente e de forma mais humanizada. Evitando evasões antes mesmo de receber qualquer tipo de atenção. Considerando os parâmetros e o fluxo do atendimento e as especificidades da condição de usuário, que apresenta “fissura” e outros comportamentos diferenciados de outros pacientes, é necessário uma supervisão constante para adaptação do staff do setor incluindo remanejamento e troca de profissionais, intensificando as ações de forma continuada, Faz-se necessário a discussão de cada caso e traçar estratégias de intervenção, agilizar o andamento do trabalho, a comunicação entre os membros da equipe multiprofissional, o que contribui e influi diretamente na melhora e evolução dos pacientes.
A elaboração de projetos terapêuticos individualizados com a participação ativa da equipe multiprofissional, do usuário do serviço e de seus familiares, os estudos de casos, o melhor gerenciamento do serviço, a participação dos membros da equipe na elaboração de formulários, o envolvimento de familiares e o início do trabalho em rede, possibilitaram o crescimento e melhoria da qualidade do atendimento prestado.
O serviço de atendimento a pacientes usuários de álcool e outras drogas estende-se a demais profissionais de outros setores do Hospital, com a necessidade de capacitação formal e informal permanente, para que esses possam compreender melhor a dependência química (o transtorno encontrado no Código Internacional de Doenças CID 10). Esporadicamente convém a realização de seminários dentro da unidade hospitalar, distribuição de folders, além de outras intervenções que nos diversos períodos quando os profissionais do serviço de referência álcool e outras drogas interagem com profissionais de outros setores. Concomitantemente, mapear toda a rede de serviços disponíveis aos usuários de álcool e outras drogas no município e demais municípios do Estado, convocando todos os serviços para discussão e esclarecer acerca dos objetivos e metodologia do trabalho e juntamente com cada entidade, calendário de atendimento dentro do setor, oferecer aos usuários oportunidade de conhecer todas e escolher aquela metodologia com a qual melhor se identifique. Deverá haver um comprometimento da equipe em realizar reuniões em grupo ou individuais semanais, sempre com a presença do profissional especialista; criando dessa maneira uma escala de modo que toda semana haja grupos diferentes, mas que possuem o mesmo objetivo/meta, que é conscientizar o paciente a buscar o tipo de ajuda que melhor lhe aprouver após a alta hospitalar.
É relevante a participação de grupos de mútua ajuda e comunidades terapêuticas, onde fazem parte desta escala o grupo de espiritualidade, independentemente da religião do usuário, da mesma forma, precisa-se manter semanalmente um grupo reflexivo/educativo sobre DSTS/ AIDS para orientação aos pacientes, contando com a ajuda da psicóloga do Serviço de Atendimento Especializado – SAE, que se unidos á equipe hospitalar a realização de prevenção às DSTs.
O atendimento diferenciado para pacientes em situação de rua (ou no momento sem vínculo familiar), que são atendidos e que demonstram interesse em ingressar em tratamento terapêutico são encaminhados pela Assistente Social para serviços e Programas Sociais, com acompanhamos a evolução do tratamento tomando providências e objetivando, após o tratamento, seu retorno à sociedade e resgate de sua cidadania. A atuação de profissional especializado nestes casos visa trabalhar com o paciente seu projeto de vida para que ele possa vislumbrar para si outras possibilidades.
A supervisão do trabalho deverá ser realizada semanalmente e, quinzenalmente, discutidos e estudados casos de pacientes com comorbidades e reincidentes. A presença “constante” de tais pacientes. No ambiente hospitalar propicia que sejam feitos estudos mais acurados de sua situação biopsicossocialespiritual, para delinear intervenções dentro e fora do serviço de referência álcool e outras drogas.
Os pacientes que apresentam comorbidade ou possibilidade de dois diagnósticos geralmente são também alvo de discussão nas reuniões de estudo de caso por parte da equipe multiprofissional. Como já citado anteriormente, cada paciente possui seu próprio Projeto Terapêutico, elaborado por um membro da equipe juntamente com o paciente e também utilizar um formulário de anamnese, que contém os seguintes itens:
1. Identificação do paciente;
2. Relato da história de vida (fatos importantes sobre a família/relacionamento familiar, história de relacionamentos afetivos, fonte de renda, etc);
3. História do uso de drogas (História familiar de uso de drogas/ violência intrafamiliar/ doença mental, visão sobre a sua situação atual, fonte de lazer além da droga, relato da vida escolar e ocupacional);
4. Hipótese diagnóstica;
5. Plano terapêutico;
6. Procedimentos junto à família;
7. Diagnóstico definitivo;
8. Projeto de vida;
9. Encaminhamentos;
10. Movimentos entrada/saída do paciente na enfermaria;
11. Evolução de atendimento.
Esse formulário, idealizado pela equipe multiprofissional, é utilizado por toda a equipe como instrumento de uso permanente no serviço. É arquivado no próprio setor para consulta da equipe,sempre respeitando as questões éticas de preservação do paciente. São consideramos de suma importância, alimentam o formulário cada vez que o paciente retorna para novo atendimento ou novo tratamento de desintoxicação, diferencia do prontuário emergencial devido a característica da doença: crônica e progressiva, esse instrumento auxiliará muito no atendimento e encaminhamento do paciente.l
O profissional especializado, gerente do serviço deverá manter uma comunicação fluente com a rede das entidades que trabalham com o usuário, fazendo reuniões avaliativas mensais e alimentando os dados estatísticos. A divulgação de serviço e o estabelecimento de uma rede propicia um vínculo com o paciente, fator importante para o início/ continuidade do tratamento e o sucesso de sua recuperação, diminuindo a utilização dos serviços de urgência/emergência.
7. O TRABALHO EM REDE
A equipe multiprofissional, contribui para a conscientização dos pacientes quanto à doença crônica da dependência química (com a presença de uma pessoa que já esteve no mundo do uso abusivo do álcool e outras drogas) e fazendo assim uma sintonia entre o trabalho técnico e a prática de um usuário em recuperação.
Tanto no ambiente de internação quanto no ambulatorial, há a parceria de uma equipe de espiritualidade, organizado por qualquer um dos membros da Equipe Multiprofissional ou até por pastores, padres, espíritas ou outras pessoas que desejam fazer uma oratória de fé para o momento de fragilização de uma internação em unidade hospitalar, todos com conhecimento da doença. Membros da equipe multiprofissional devem participar dos grupos, notadamente com a presença de profissional capacitado que participa efetivamente de todos os grupos, sendo presença técnica obrigatória, já que em tais encontros e reuniões tantos dados relevantes que podem vir a contribuir para a direção do tratamento são colocados pelos sujeitos. Além de participar dos grupos com os parceiros, há atendimento com profissional específico na necessidade. De preferência nas segundas e sextas-feiras pois o grupo na segunda-feira, é perceptível a chamada “ressaca moral” dos pacientes. A escuta atenta, qualificada e acolhedora contribui para um certo alívio do paciente participante. Já o grupo na sexta-feira, o trabalho é direcionado no sentido de motivar o desejo do paciente em manter-se abstinente ou reduzir os danos, já que o início de um final de semana faz os pacientes lembrarem-se do período de maior consumo.
Em relação ao trabalho com as famílias, essas precisam ter atuação constante junto ao paciente/usuário. Sempre que um paciente ingressa no serviço ou que retorna, sua família é entrevistada com o objetivo de fornecer informação, ser orientada e colocada no processo de tratamento. Tais famílias deverão participar de um trabalho educativo quanto à abordagem, ao acolhimento e à oferta da ajuda qualificada ao usuário, colocando-se como família participativa que se propõe a ajudar o ente querido e que evita assim rotulá-lo como o “problema” da família.
É primordial o contato com a rede externa: Casas Terapêuticas, grupos de Mútua Ajuda, outros setores Governamentais e não Governamentais. Tanto na internação quanto no momento da alta. Talvez em determinados momento ou na necessidade do paciente, far-se-á necessário o auxilio de uma pessoa que já foi usuária de álcool e outras drogas para falar de igual para igual com os pacientes internos. Essas parcerias são muito importantes, pois apresentam ao usuário pessoas que em algum momento de sua trajetória já se encontraram na mesma condição em que ele se encontra no momento.
A grande maioria dos pacientes que obteve alta costuma procurar o serviço solicitando informações, orientação e apoio no seu processo ou até mesmo nova internação. Acreditamos que tal atitude ocorre em função do acolhimento e oferta de tratamento por parte da equipe, a qual possibilita que ele sinta segurança no serviço para procurá-lo quando se encontra fragilizado. Ressalte-se é de suma importância que o diferencial do trabalho de profissionais capacitados e bem treinados desde o recebimento do paciente no serviço quanto a realização dos devidos atendimentos e/ou encaminhamentos.
8. CONQUISTAS DE LOCAIS QUE ATUAM COM PROJETO SEMELHANTE
Noventa e Nove por cento dos pacientes que recebem alta são encaminhados a algum tipo de atendimento;
Noventa por cento dos pacientes buscam ajuda após a alta do serviço de referência álcool e outras drogas;
O trabalho em equipe é eficaz, dinâmico, colaborativo e reconhecido pela direção do Hospital, parceiros e pela Secretaria de Saúde do Estado;
A rede se apresenta mais fortalecida e, se por algum motivo, se faz necessário defender este e os demais trabalhos realizados com o cidadão usuário de álcool e outras drogas que se encontra adoecido ou buscando sua saúde como um todo, a rede se mobiliza em busca de soluções para as demandas existentes;
A possibilidade de realizar um trabalho multiprofissional propicia o crescimento do serviço, dos profissionais. A troca possibilita que instrumentos, métodos e modelos conceituais possam ser integrados;
8.1 Principais dificuldades
Uma obstáculo importante e evidente é o espaço físico, porém passível de ajustes, tanto quanto a carência de materiais para trabalhar com os pacientes. Materiais de consumo e específicos para Terapeuta Ocupacional desenvolver, nos grupos, porém a maior deficiência é em relação ao número de profissionais na equipe multiprofissional e a aderência ao Sistema por profissionais que já tratavam desses pacientes não como doentes; o preconceito com relação ao usuário de álcool e outras drogas ainda é muito forte e presente tanto dentro quanto fora da Unidade Hospitalar. Há a necessidade de mais profissionais com carga horária maior dentro do serviço para que possam participar ativamente de todas as atividades desenvolvidas junto aos pacientes, à rede e aos familiares.
9. CONCLUSÃO
Há muitas facilidades que propiciam a veiculação e distribuição de drogas o que implica em consumo cada vez maior por um maior número de pessoas da sociedade de todas as idades e classes sociais. Muitos são os serviços oferecidos para prevenção do uso e tratamento para os usuários, porém a rede não está ainda bem tramada, no que necessita de intervenções e iniciativas bem sucedidas de atendimento às pessoas usuárias, principalmente urgência e emergência, as quais podem contar com um serviço público e gratuito, que tem sua qualidade aprimorada pela seriedade do trabalho e pela articulação em rede – que surge como uma possibilidade de superação da histórica fragmentação presente na intervenção de diferentes áreas – pelo estudo constante, pela supervisão, por sua prática diária. A solidez desse trabalho pioneiro nos faz prever perspectivas mais esperançosas para os usuários de álcool e outras drogas.
O presente projeto tem respaldo legal governos Federal e Estadual, que é a Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e Outras Drogas.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CENTRO DE REFERENCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLITICAS PUBLICAS Conselho Federal De Psicologia XV Plenário Gestão 2011-2013 – Práticas Emergentes e Inovadoras De Psicólogos(As) no Campo das Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas. Disponível em <http://crepop.pol.org.br/novo/> Acesso em 29 ago 2012.
MINISTÉRIO DA SAÚDE – Secretaria de Atenção à Saúde – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES – Ministério da Saúde Disponível em <http://cnes.datasus.gov.br> Acesso em 29 ago 2012.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA, Lei nº. 8.069, de 13 de julho de1990.
PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO – Secretaria Municipal da Saúde – Disponível em <www.prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 29 ago 2012.