PRATICAS DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAUDE MENTAL E PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO

Por ALESSANDRA GONÇALVES | 08/06/2017 | Saúde

RESUMO

O presente artigo traz uma reflexão sobre a política de saúde mental no Brasil e, a importância do serviço social e sua pratica na saúde mental, além de trazer a tona o processo de humanização que é destinado a esse publico especifico. O interesse pelo tema abordado surgiu a partir do curso de especialização em saúde mental, onde um mundo novo e complexo me foi apresentado. O objetivo desse trabalho é demonstrar a importância da atuação do assistente social junto aos portadores de doença mentais, sua família e comunidade. Priorizando a integralidade no atendimento humanizado

Introdução

O presente Artigo tem a finalidade de discutir a questão da saúde mental no Brasil, a saúde publica e o trabalho do assistente social e sua inserção na saúde mental, de forma a descrever e analisar o papel desse profissional e, em como se da o processo de humanização nos dias atuais na área mental e hospitalar , junto aos usuários e familiares dos portadores de transtornos mentais.O envolvimento com essas questões deriva-se dos questionamentos levantados no decorrer do curso de pós-graduação em saúde mental e assistência psicossocial e do meu trabalho voluntário na CEF onde surgiram algumas inquietações que foram determinantes para a escolha de meu tema; A precariedade da saúde mental pública, o comportamento mecanizado dos profissionais de saúde, o motivo pelo qual a área de saúde mental sofrer tanto com a discriminação e, qual é a importância e o lugar que os assistentes sociais ocupam dentro dessa sociedade.
O tema é muito rico, bastante complexo, considerando que a saúde é um direito social, e direito de todos e que cabe ao assistente social a defesa exaustiva desses direitos e cabe a ele também ascensão da soberania do ser humano, desta forma, o texto traz uma reflexão sobre a saúde mental no Brasil e, daquilo que faz um assistente social, fazendo uma aproximação com a prática e a realidade vivida.
Em fase de tantos questionamentos, pretendo com esse trabalho discutir a importância do assistente social na saúde mental pública e, qual a melhor forma de atender a população que vem em busca de atendimento.
A metodologia aplicada em meu trabalho foi a descritiva, explicativa e aplicativa, o procedimento usado foi o bibliográfico, através das pesquisas bibliográficas tornou-se possível verificar vários autores, o pensamento de cada um a respeito do tema escolhido, além de explorar as praticas aplicadas na saúde pública e, no dia a dia dos assistentes sociais. Os autores pesquisados contribuíram para dar embasamento á pesquisa.
O Artigo está dividido em partes, onde trazemos um breve relato histórico sobre a reforma psiquiátrica Brasil e sua trajetória. Vamos discutir

sobre a trajetória do serviço social na saúde mental, na inserção dos assistentes sociais dentro do contexto da saúde, fazendo uma analise sobre as transformações ocorridas durante as décadas que se seguiram. Teremos por ultimo uma analise da importância do assistente social e dos profissionais envolvidos no atendimento na área de saúde mental, trazendo a temática da humanização em saúde com diretrizes no projeto ético – político do serviço social.evidenciamos, assim, o trabalho dos assistentes sociais e, principalmente, o eixo do serviço social, na direção da defesa dos direitos sociais, articulados ao “projeto de humanização”.

A TRAJETÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NA SAÚDE MENTAL

No que diz respeito á classe, enquanto profissão, o serviço social continua desarticulado, defrontando-se diretamente com o Estado Neoliberal, tendo dificuldades em garantir a população os direitos mínimos, com grandes dificuldades, de inserção de seus projetos, que inclui dar ao cidadão o direito de ter direito. O modelo de atendimento dispensado a saúde mental vem sofrendo transformações em sua ideologia e estrutura, com embasamento direto na reforma psiquiátrica. Considerado um dos grandes marco Brasileiro, o projeto de reforma psiquiátrica trouxe a proposta da desinstitucionalização de pacientes que sofriam de transtornos psíquico e a descontinuação das instituições de internações ´´ manicômios``. Esse projeto de lei foi criado pelo deputado Paulo Delgado no ano de 1989.
No entanto, fazendo uma analise concisa dos anos 90, pode se verificar que alguns desafios ainda estão presentes em nossa atualidade. Efetivamente, a reorientação da profissão, para atender às novas configurações do desenvolvimento capitalista, exige a qualificação e sistematização de seu espaço socio‐ocupacional tendo em vista atender às requisições de um Estado que começa a implementar políticas no campo social.
Segundo Bravo (2006) Na saúde onde esse embate claramente se expressa, a critica ao projeto hegemônico de profissão passa pela reatualização do discurso da cisão entre o estudo teórico e a intervenção,

pela descrença na possibilidade da existência de políticas públicas e, sobretudo, na suposta necessidade da construção de um saber especifico na área de saúde mental, que caminha tanto para negação da formação original em serviço Social como deslancha para um trato exclusivo de estudos na perspectiva da divisão clássica da pratica médica.

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