Práticas com rotação por estação

Por cleonice de almeida cunha lussich | 04/07/2018 | Educação

Ultimamente, minha preocupação como professora, tendo por base a minha atuação na mesma escola há mais de duas décadas, é perceber como meus alunos estão despreparados para enfrentar o futuro, aliás, um futuro que ainda não conseguimos projetar em termos de formação acadêmica e profissional. Percebo fragilidades no desenvolvimento das funções executivas de meus alunos, no rebaixamento da memória de trabalho e, por fim, na capacidade de tomar decisões e argumentar sobre elas, além das dificuldades socioemocionais que são potencializadas por fatores econômicos, sociais e familiares, os quais impactam mais ainda no desenvolvimento de suas aprendizagens. Diante dessa situação, surgiu e permanece em mim um questionamento: “Como fazer meus alunos desenvolverem competências e habilidades básicas para aprender?”. Tal questionamento ressoa em mim, principalmente em vista do meu fazer docente cotidiano que se realiza no seguinte contexto e realidade: [1] uma sala de aula com 29 alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental, com níveis de aprendizagens bastante heterogêneos; [2] a ausência de um professor de apoio para desenvolver um manejo pedagógico com os alunos com dificuldades de aprendizagem medianas, de forma a auxiliá-los a superar o problema; [3] a falta de um projeto de reforço em que as crianças com maiores dificuldades possam ter a oportunidade de aprender, considerando seu ritmo e necessidade. O contexto e a realidade descritos expressam três situações que se desdobram em complexidade e extensão, posto que afetam de forma contundente o sistema de ensino-aprendizagem, com prejuízos efetivos para todos os atores envolvidos neste processo: alunos e professores, tanto na situação exemplificada por minha experiência pessoal como docente, quanto em um âmbito maior, visto que também é a realidade de outros professores(as) e alunos(as) em inúmeras outras escolas em território nacional. Para fazer frente ao problema enunciado, resolvi colocar em prática os conhecimentos adquiridos em cursos oferecidos pela Secretaria da Educação e também em outros cursos que realizei por iniciativa própria e às minhas expensas. A partir dos conhecimentos do Ensino Híbrido, proposto pelos autores destacados na seção Referências, refleti sobre a teoria trazida pelos cursos realizados e sobre a realidade que vivencio diariamente. Com este exercício reflexivo, elaborei um projeto para colocar em prática o modelo de Rotação por Estação e uma adaptação da Rotação Individual, por um semestre letivo, na escola em que ministro minhas aulas. Os objetivos desta escolha são apresentados no Quadro 1 e o desenvolvimento das rotações e sua prática figuram no Quadro 2...

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