Por que os nossos cães sofrem quando ficam sozinhos?

Por Pet Mais | 19/03/2016 | Saúde

Por que os nossos cães sofrem quando ficam sozinhos?

É muito comum que os nossos pequenos companheiros ocupem em nossas vidas papeis fundamentais, como filhos, pais, entre outros, e que nós por sua vez também ocupemos na relação de vínculo com os mesmos um papel de cuidado indispensável, nos tornando a base segura para o crescimento físico e emocional dos cães. Diante disso, as saídas de casa costumam se tornar um ponto de grande angústia para tutores e animais o que pode acabar por desencadear nestes uma síndrome muito comum denominado ansiedade de separação (SAS).

Existem duas regras básicas que podem evitar o desenvolvimento da SAS, a primeira é nunca se despedir do seu cachorrinho ao sair de casa e a segunda é deixá-lo sempre no mesmo ambiente com brinquedos e objetos de que goste, isso inclui a sua cama, para que ele não se aborreça, e possa descarregar a sua ansiedade e se distrair.

Caso essas informações não tenham chegado a tempo não se preocupe, pois é sabido que os cães domesticados tendem a sofrer quando separados dos seus donos ou de ambientes que lhes são familiares, e como consequência desenvolvem comportamentos característicos da SAS, tais como lambeduras compulsivas de membros, vômitos, vocalização excessiva, latidos e uivos, destruição de objetos e até depressão. Esses comportamentos tendem a ter início após cinco ou trinta minutos da saída do proprietário, mas podem ter início assim que o cão percebe que o seu tutor esta se preparando para sair. Esses sinais são compreendidos como uma tentativa desesperada do pequeno de estabelecer contato com o seu tutor na sua ausência, a base segura com a qual estabeleceu uma relação de vínculo.

Uma vez identificada à presença desses sinais a pergunta mais comum é: Como agir? Algumas pequenas mudanças podem ser estabelecidas para que aos poucos o seu pequeno companheiro possa aliviar a tensão na sua ausência. A cada vez que voltar para casa espere até que o mesmo se acalme para que possa cumprimentá-lo, isso demora em média 20 minutos, assim você vai dissociar o recebimento de carinho com a volta para casa, nesse período procure ignorá-lo e só depois desse tempo faça carinho ou brinque; pegue os objetos que normalmente são indicativos da sua saída, como chaves, bolsas, etc, e fique circulando com eles sem sair de casa, coloque-os de volta no lugar e haja normalmente; em outro momento pegue os objetos saia de casa e volte rapidamente.  Aos poucos, após alguns dias de exercício, você perceberá que os sinais da SAS tenderão a desaparecer.

Sei que não é fácil lidar com esses comportamentos, uma vez que eles tendem a mobilizar a necessidade de cuidar e proteger os pequenos. Sugiro, então, que ao executar essas poucas, mas difíceis tarefas, lembre-se que a saúde psicológica, física e emocional do seu bichinho esta em jogo, e que amar as vezes significa executar tarefas um tanto dolorosas a principio, mas que agregarão qualidade de vida a você e ao seu cãozinho.

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Referencia

NOVAIS, A.A. LEMOS. D.S.A. JUNIOR.D.F. Sindrome de Ansiedade de Separação (SAS) em Cães Atendidos no Hospital Veterinário da UNICASTELO, Fernandópolis, SP. Ci. Anim. Bras, v. 11, n. 1, p. 205-211. 2010.