Por que não ter apenas aulas teóricas?

Por Silas Dumont Pires Horta | 08/12/2009 | Arte

As aulas práticas são cada vez mais freqüentes nas salas de aula do Ensino Médio, porém não são todos os educadores que são adeptos a esta didática.
As aulas práticas são fundamentais em qualquer disciplina, fazendo com que o educando relacione o conteúdo dado com o seu cotidiano. Como exemplo, no ensino de ciências, pode citar os fenômenos físicos, químicos e biológicos que interagem entre si, e estão presentes no nosso dia-a-dia. Cabe ao educador buscar métodos diversos de ensino, mas que atinja seu objetivo, que é de transmitir o seu conhecimento para seus educandos.

SILVA, da Dias, 1998, afirma que cabe ao educador em Ciências superar tais obstáculos, construindo possibilidades de mudança, ao estimular atividades que priorizem questões de Ciências, Tecnologia e Sociedade. Esta tarefa pressupõe unificar experiências e estratégias de ensino, para qualificar a educação desenvolvendo novas competências a serem aplicadas nas escolas, uma busca que inclui desde a procura por cursos, treinamentos ou leituras, até uma troca constante de informação com colegas considerados mais competentes ou especialistas na área.

Dessa forma, a formação de uma atitude científica está intimamente vinculada ao modo como se constrói o conhecimento (Fumagalli, 1993). Na aula prática, o aluno desenvolve habilidades processuais ligadas ao processo científico, tais como capacidade de observação (todos os sentidos atuando visando à coleta de informações), inferência (a partir da posse das informações sobre o objeto ou evento, passa-se ao campo das suposições), medição (descrição através da manipulação física ou mental do objeto de estudo), comunicação (uso de palavras ou símbolos gráficos para descrever uma ação, um objeto, um fato, um fenômeno ou um evento), classificação (agrupar ou ordenar fatos ou eventos em categorias com base em propriedades ou critérios), predição (previsão do resultado de um evento diante de um padrão de evidências.

Baseado em:

SILVA, da Dias. O professor e seu desenvolvimento profissional: superando a concepção do algoz incompetente. Caderno CEDES, Campinas, SP, Vol.19, N.44, 1998.