Por que as desigualdades sociais em saúde podem ser um fator determinante para o homem adquirir a hanseníase?

Por MARCOS LUAN DIAS DA CRUZ | 15/03/2012 | Saúde

Por que as desigualdades sociais e os fatores psicossomáticos em saúde podem ser um fator determinante para o homem adquirir a hanseníase?

 

 

  

                                                                                   *Marcos Luan Dias da Cruz

                                                                             

 

Sabe- se que o sistema de saúde, desde seu principio, passa por inúmeras mudanças, tais que possibilita a evolução de seus conceitos e conseqüentemente de suas práticas. Atualmente a saúde além de ser vista como um vasto campo de intervenções médicas, administração de medicamentos e outras técnicas necessárias para a manutenção do bem estar humano, também é encarada como eficaz instrumento de educação, que tem como principal objetivo promover a saúde, ou seja, tornar todos os cidadãos conhecedores dos seus deveres, enquanto condutor principal da sua saúde.

Os profissionais da saúde agem como mediadores nesse processo de educação e devem ter como foco principal em suas ações a humanização, assim Pinheiro, contribui de forma significativa, quando afirma:

Humanizar o trabalho de enfermagem implica em oferecer assistência que valorize o ser humano, que leve em conta sua cultura, seus valores e suas necessidades. Implica na capacidade de ouvir o cliente com o coração. O olhar, a expressão e a mente também contribuem, para a preservação da saúde, do bem estar pessoal e social, para a ampliação de possibilidades de exercer autonomia e de transformar o contexto em que se vive. (p.1).

Trabalhando dessa forma, estaríamos construindo fortes elos com os clientes e por meio desses a obtenção de bons resultados, tais que revelam- se no controle de muitas doenças, inclusive a Hanseníase, doença que a muito tempo vem provocando mortes, por conta da falta de informação e de estruturas físicas equipadas para o tratamento da mesma. Como afirma o professor do departamento de historia da universidade estadual de ponta grossa, José Augusto Leandro.

Inexistiam políticas públicas sistemáticas para o controle da hanseníase. Além de ser doença sem cura, a existência de poucas instituições apropriadas para doentes no início da republica, assim como no período colonial e no império. ( LEANDRO, José Augusto).

Porém, é importante registrar o significativo avanço no tratamento da doença referida, como, campanhas publicitárias ativação de centros de equipes especializadas dentre outros fatores que contribuem de forma singular para o controle da doença.

Com base no caderno de Atenção Básica elaborado pelo Ministério da Saúde em 2008, a Hanseníase é uma doença crônica e infecciosa, que tem muita importância para a Saúde Pública devido a sua magnitude e seu alto poder incapacitante. A pele e os nervos periféricos são as partes do corpo mais acometidas, porém, manifestam- se também como uma doença sistêmica comprometendo articulações, olhos, testículos, gânglios e outros órgãos.

Ainda de acordo com o caderno de Atenção Básica, é importante ressaltar o alto potencial incapacitante da Hanseníase, que é uma conseqüência da capacidade de penetração da Mycobacterium Leprae na célula nervosa e seu poder imunogênico. Essa bactéria tem a capacidade de infectar alto número de indivíduos, ou seja, é de alta infectividade, porém, como afirma Tortora, poucos adoecem, sendo considerada de baixa patogenicidade, existem também fatores que contribuem para o aparecimento dos sintomas como, a relação com o hospedeiro e grau de endemilidade do meio. Segundo Jeorgina Gentil, et al, o domicilio é apontado também como um dos principais fatores para a transmissão da doença.

De acordo com o caderno de Atenção Básica, a Hanseníase é transmitida do homem para o homem, essa transmissão acontece por meio de uma pessoa doente (forma infectante da doença), sem tratamento, que elimina o bacilo para o meio externo infectando assim outras pessoas suscetíveis.

Ainda comungando das idéias do caderno de Atenção Básica, conclui-se que 90% da população tenha defesa natural contra M. Leprae, e sabe-se que a susceptibilidade a ela, tem influencia genética.

O Guia de Vigilância Epidemiológica, produzido pela FUNASA, nos oferece uma grande contribuição para o estudo dessa doença, deixando claras características e conceitos relacionados como, o agente etiológico que nesse caso é um Bacilo Álcool- ácido resistente, M. Leprae.

É um parasita intracelular obrigatório que apresenta afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos. Apesar do homem ser reconhecido como a única fonte de infecção, existem animais que são naturalmente infectados como o tatu, o macaco mangaleei e o chimpanzé. É importante citar que a identificação do infectado não é feita pela presença dos sintomas como afirma Euzenir.

Nem todos os infectados ficam doentes. Na verdade, sabe-se que entre as pessoas que mantém contato com um paciente multibacilar, 8% mais ou menos ficam doentes. Quando o paciente é paucibacilar, essa proporção é menor. (SARNO, Euzenir Nunes).

Sabe- se, que todos nós já nascemos com respostas imunológicas naturais, ou seja, são vários os fatores do sistema imune que promovem ações de defesa, quando entramos em contato com alguma bactéria. Existe outro tipo de resposta imune, a que chamamos de adquirida essa por sua vez que envolve o sistema de linfócitos específicos, resposta imune específica.

De acordo com o Guia de Vigilância Epidemiológica publicado pela FUNASA, a transmissão da Hanseníase tem como principal via a eliminação dos bacilos pela via aérea superior, sendo que o trato respiratório é a mais provável via de entrada do M. Leprae no corpo. O trato respiratório superior dos pacientes multibacilares é a principal fonte de M. Leprae encontrada no meio ambiente. Seguindo essa mesma linha de pensamento a FUNASA afirma que a Hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional brasileiro. É objeto de atuação na saúde pública, devido à sua magnitude e ao potencial incapacitante, e por acometer na faixa etária economicamente ativa. Esse potencial incapacitante da doença deve ser combatido com quimioterapia adequada e instituição de técnicas de prevenção de incapacidades. “No Brasil, apesar da redução drástica na taxa de prevalência, de 19 para 4,68 doentes em cada 10.000 habitantes, no período compreendido entre 1985 a 2000, a hanseníase ainda se constitui em um problema de saúde que exige uma vigilância resolutiva” (FUANASA p.365).

Partindo desse principio percebe-se que está obra está intimamente voltada com base em autores tendo como objetivo identificar os possíveis diagnósticos que se desenvolve a hanseníase. Engloba todo o ângulo social, antropológico e econômico.

Segundo o Guia de Vigilância Epidemiológica a hanseníase apresenta longo período de incubação, em media de dois a sete anos. Há referencias a períodos mais curtos, de sete meses, como, também de mais de dez anos. Os doentes paucibacilares (Indeterminados e Tuberculóides) não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença, devido à baixa carga bacilar. Os pacientes multibacilares, no entanto, constituem o grupo contagiante e assim, se mantém enquanto não se iniciar o tratamento específico. 

Assim como em outras doenças infecciosas, a conversão de infecção em doença depende de interações entre fatores individuais do hospedeiro, ambientais e do próprio M. Leprae. Devido ao longo período de incubação, é menos freqüente na infância. Contudo, em áreas mais endêmicas, a exposição precoce, em focos domiciliares, aumenta a incidência de casos nessa faixa etária. Embora acometa ambos os sexos, observa-se predominância do sexo masculino, em uma relação de 2 para 1.

Conseqüentemente a hanseníase é uma doença de notificação compulsória, em todo o território nacional e de investigação obrigatória. Concluído o diagnostico da doença, o caso deve ser notificado ao órgão de vigilância epidemiológica hierarquicamente superior, através de uma ficha de notificação e investigação do Sistema de Informações de Agravo de Notificação (SINAN). Desta maneira a descoberta de casos de hanseníase pode ocorrer por detecção passiva ou por detecção ativa. A detecção passiva de casos de hanseníase acontece na própria unidade de saúde, durante as atividades gerais de atendimento à população. Nessas situações há uma busca sistemática de portadores da doença pela equipe da unidade de saúde. Para os serviços da unidade de saúde, em que poderá haver casos com sinais e sintomas dermatológicos ou neurológicos, e nos encaminhamentos feitos por outras unidades de saúde, para confirmação diagnostica da doença- caso com suspeita de hanseníase. Nestas duas situações, é realizado o exame dermatológico na pessoa, para confirmar ou não o diagnostico da hanseníase.

Porém entende-se por detecção ativa de casos de hanseníase, a busca sistemática de doentes, pela equipe da unidade de saúde, por meio das seguintes atividades: investigação epidemiológica de um caso conhecido (exame de contatos); exame das pessoas que demandam espontaneamente os serviços gerais de unidade de saúde por muitos motivos que não sinais e sintomas dermatológicos ou neurológicos.

Para que haja uma melhoria na qualidade de vida das pessoas segundo O Guia de Vigilância é necessário que a população deva conhecer os sinais e sintomas da doença e deve estar informada de que a hanseníase tem cura. Deve estar informada, também, sobre o tratamento e estar motivada a buscá- lo nas unidades de saúde de seu município; as unidades de saúde devem ter seus serviços organizados para desenvolver as atividades de controle da hanseníase, garantindo o acesso da população a esses serviços; os profissionais de saúde devem estar capacitados, para reconhecer os sinais e sintomas da doença, isto é, para diagnosticar e tratar os casos de hanseníase; os profissionais devem estar capacitados para realizar ações de promoção de saúde. 

Partindo desse pressuposto O guia de Vigilância pressupõe que as reações hansênicas são reações do sistema imunológico do doente ao Mycobacteriem Leprae. Apresentam-se através de episódios inflamatórios agudos e sub- agudos. Podem acometer tanto os casos Paucibacilares, como os Multibacilares. Os estados reacionais ocorrem, principalmente, durante os primeiros meses do tratamento quimioterápico da hanseníase, mas também podem ocorrer antes ou depois do mesmo, nesse caso após a cura do paciente. Quando ocorrem antes do tratamento, podem induzir ao diagnostico da doença.  Os estados reacionais são a principal causa de lesões de nervos e de incapacidades provocadas pela hanseníase. Portanto, é importante que o diagnóstico dos mesmos seja feito precocemente, para se dar início imediato ao tratamento, visando prevenir essas incapacidades. 

É importante ressaltar que as desigualdades sociais existe no âmbito da saúde, e abrange diversas áreas do mundo. Hoje em dia vivemos em uma sociedade bastante capitalista onde a globalização cresce cada vez mais, a partir daí percebe-se que as camadas populares estão intimamente divididas por classes seja ela, a classe baixa, média e a classe alta, a partir daí pode perceber que os agravos sociais atingem principalmente a classe baixa e parte da classe media. Geralmente as doenças acometem mais a classe baixa, como por exemplo, a hanseníase que é uma doença causada por uma infecção do Mycrobacterium Leprae, que abrange mais áreas de poucas condições de vida.

Podemos começar dizendo que as desigualdades sociais que nos interessam são diferenças no estado de saúde entre grupos definidos por características sociais, tais como riqueza, educação ocupação, raça e etnia, gênero e condições do local de moradia ou trabalho. (BARata, Rita Barradas p. 11).

Desta maneira entende-se que as desigualdades em saúde, surgem dos diversos estudos empíricos, conseqüentemente verificadas em quase todos os países.  O estado de saúde de um indivíduo depende de diversos fatores, cujo estes podem ser classificados em três grupos os de fatores associados às preferências dos indivíduos; fatores exógenos aos indivíduos e os fatores associados às condições sócio econômicas. O primeiro fator diz respeito relacionado aos hábitos e as escolhas que o indivíduo preza, como por exemplo, dois indivíduos com a mesma condição sócio econômica e tendo acesso às mesmas informações sobre os males que o álcool pode causar, podem realizar escolhas diferenciadas entre beber e não beber, o que pode significar estados de saúde diferenciados entre os indivíduos, resultando portanto em desigualdade de saúde. O segundo fator o exógeno trata-se de um componente independente das atitudes e situações sócio econômicas, como: o caso dos acidentes e doenças genéticas. É realmente comprovado que um indivíduo que tem 59 anos ou mais tem um estado de saúde mais complicado que um jovem com seus 24 anos, então isso nos explica os fatores determinantes de porque há desigualdades em saúde. Já o terceiro fator relacionado ao sócio econômico, retrata a situação sócio econômica do individuo e conseqüentemente o estado de saúde dos mesmos. Nota- se que é real a afirmação que trabalhadores que possuem níveis de renda mais alto têm maior acesso a informações sobre saúde podendo optar por tratamento preventivo e nesse caso apresentar estados de saúde melhores. Um segundo aspecto que também relaciona renda à saúde, diz respeito às condições de trabalho e moradia: indivíduos de baixa renda freqüentemente estão expostos a trabalhos que apresentam altos riscos a sua saúde, além de possuírem habitações com piores condições de saneamento. Dessa forma, controlando para os fatores biológicos e para aqueles relacionados às preferências individuais, os indivíduos de classes sócio econômicas mais baixas têm maior chance de morrer e adoecer.

Compreender as desigualdades sociais, portanto, vai muito além da simplificação habitual presente nas dicotomias “doença de pobre”x “doença de rico” ou “doenças sociais” x “doenças biológicas”. Toda e qualquer doença e sua distribuição populacional são produtos da organização social, não tendo sentido falar, portanto, em doenças sociais e doenças não sociais.

As desigualdades sociais em saúde podem manifestar- se de maneira diversa no que diz respeito ao processo saúde- doença em si, bem como ao acesso e utilização de serviços de saúde. As desigualdades no estado de saúde estão de modo geral fortemente à organização social e tendem a refletir o grau de iniqüidade existente em cada sociedade. O acesso e a utilização dos serviços refletem também essas diferenças, mas podem assumir feições diversas, dependendo da forma de organização dos sistemas de saúde. Há sistemas que potencializam as desigualdades existentes na organização social e outros que procuram compensar, pelo menos em parte, os resultados danosos da organização social sobre os grupos socialmente mais vulneráveis.(Rita Barradas p. 20).

 

Em virtude dos fatos mencionados é notável que as desigualdades em saúde ocorrem tanto em centros de cidades desenvolvidas como também no interior delas, como menciona Rita Barrados “Quanto mais homogêneo o espaço social considerado, mais evidentes tornam- se as desigualdades entre elas...” (p. 37). 

A moradia dos indivíduos influencia muito no seu estilo de saúde, se você possui um estilo de vida ponderado, que atenda suas necessidades básicas como coloca Rita Barradas, “Moradia adequada, alimentação saudável, trabalho em condições satisfatórias, acesso a bens e serviços relacionados com a educação, a cultura e a saúde” (p. 41), certamente com um padrão de vida social mais qualificado aumentam as expectativas para viver com saúde.

Hoje existem diversas diferenças nos serviços de saúde, nota- se através do atendimento público. Segundo os princípios e diretrizes do SUS a saúde é um direito de todos e dever do estado, então a política de saúde deve seguir os princípios tais como: universalidade, integralidade, e equidade que orientam a constituição do sistema de saúde brasileiro podem garantir acesso mais igualitário aos diferentes grupos sociais.

O livro de Rita Barradas “Como e por que as desigualdades Sociais Fazem Ma a Saúde”, ao relacionar com o caso abordado da hanseníase nota- seu há bastante relação. Isso porque a hanseníase é uma doença que acomete em um índice maior nas classes sociais de porte baixo. Então a desigual distribuição de renda per capita influi muito nesses aspectos sociais. Para que os indivíduos obtenham boa qualidade de vida é essencial uma forma de divisão mais igualitária, muitos não tem um emprego, não tem um plano de saúde, isso na verdade é um fator que gera complicações para que o homem consiga obter uma vida mais saudável.

Como já foi citado a hanseníase tem tratamento, segundo a FUNASA, o portador da Micobacteria para ser curado é indispensável o tratamento, que tem como primeiro passo fechar a fonte de infecção para interromper a transmissão da doença por meio das cadeias sendo uma estratégia para a eliminação da hanseníase.

Na tomada mensal de medicamentos, é feita uma avaliação do paciente, para acompanhar a evolução de suas lesões de pele, do seu comprometimento neural, verificando- se há presença de neutrites ou de estados reacionais. Quando necessárias, são orientadas técnicas de prevenção de incapacidades e deformidades. São dadas orientações sobre os auto- cuidados que ela deverá realizar diariamente, para evitar as complicações da doença, sendo verificada sua correta realização. (FUNASA p.351).

É de fundamental importância saber que para o tratamento da doença não é eticamente recomendável tratar a paciente com hanseníase com um só medicamento. A PQT mata o bacilo, tornando- o inviável, evita a evolução da doença, prevenindo as incapacidades e deformidades causadas por ela, levando a cura. A PQT é constituída pelo conjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina, com administração associada. Essas associações evitam a resistência medicamentosa do bacilo que ocorre, com freqüência, quando se utiliza apenas um medicamento, impossibilitando a cura da doença.

Segundo a FUNASA o esquema Paubacilar, neste caso é utilizado em pacientes com até 5 lesões de pele, desta maneira é utilizado uma combinação da rifampicina e dapsona, acondicionados numa cartela.

Já o esquema Multibacilar é utilizado em pacientes com mais de 5 lesões de pele, sendo utilizada uma combinação da rifampicina, dapsona e de clofazimina, acondicionados numa cartela.

O diagnóstico pode ser obtido por duas formas laboratoriais o exame baciloscópico que nesse caso é utilizada a baciloscopia como exame complementar para classificação dos casos em MB e TB. A baciloscopia positiva indica hanseníase multibacilar, desta forma independente da quantidade de lesões o indivíduo, o outro é o exame histopatológico que é utilizado como suporte na elucidação diagnóstica e em pesquisas.

É válido registrar a importância do PCR como instrumento do diagnóstico da doença, nos mostra Euzenir.

O PCR baseia- se na identificação de um fragmento de DNA. A técnica do PCR identifica quantidades exageradamente pequenas do gene, então torna- se pouco especifico. O Mycrobacterium leprae  foi uma das primeiras bactérias patogênicas que tiveram o genoma completamente seqüenciado. (SARNO, Nunes Euzenir).

 

 

As doenças psicossomáticas podem exercer ação na saúde do corpo humano de maneira intensa. Dessa forma temos que ter uma atenção privilegiada para as questões psicológicas, tais que são determinantes no nível de gravidade de cada doença.

Existem estudiosos, que afirmam que todas as nossas doenças são causadas por nós mesmos, a exemplo da psicólogo americana, Louise L. Hay,assim tais doenças são observadas por uma ótica relativista entre as doença (biológica) e os demais fatores psicológicos e também os sociais.

O nosso cérebro torna-se nesse contexto peça fundamental para o surgimento da psicopatia, pois é lá que tudo começa a acontecer, quando a hipófise, uma glândula que possui ligação com a região do hipotálamo no cérebro, é a responsável pelo mecanismo que desencadeia a doença, uma vez que ela produz hormônios que controlam todas as funções do organismo.

            As emoções e sentimentos mais fortes são percebidos pelo hipotálamo, estas emoções alteram as funções do hipotálamo e sua conexão com a hipófise. As doenças respiratórias, de pele, circulatórias e gastrointestinais causadas ou agravadas pela tensão nervosa são resultados desta alteração. Sendo assim, pode-se dizer que as doenças psicossomáticas têm componente psíquico, a manifestação de doenças orgânicas é ocasionada por problemas emocionais.

            O corpo possui suas próprias defesas, ou seja, ele manifesta, coloca para fora as emoções que às vezes a pessoa tenta esconder por meio de tremor, dores de barriga, gestos e travamento de dentes.

Maria Beatriz Breves Ramos, aborda de maneira singular essas questões, nos favorecendo com diversos casos para a compreensão das doenças psicossomática.  

Desta forma concluímos que a hanseníase é uma doença causada pela M. leprae, que afeta principalmente a pele e o sistema nervoso, sendo considerada como uma das doenças crônicas, atingindo principalmente os adultos por conta de seu período de incubação. É importante lembrar que além de ser muitas vezes letal tem tratamento e cura quando diagnosticada previamente. Esse diagnóstico depende muito das condições sociais de cada indivíduo, por fim pode- se registrar que a promoção a saúde e a prevenção de doenças são fatores determinantes para diminuição dos casos de hanseníase.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 RAMOS,Maria Beatriz Breve. A Fronteira do Adoecer: o Sentir e a Psicossomática            Editora Mauad: São Paulo.2008.  

 

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RAMOS,Maria Beatriz Breve. A Fronteira do Adoecer: o Sentir e a Psicossomática           Editora Mauad: São Paulo.2008.