POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA E INATIVA NO BRASIL
Por STENIO NEVES GAMELEIRA | 21/02/2016 | EconomiaSegundo o CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do MTPS - Ministério do Trabalho e Previdência Social o Brasil possuía em 2015 aproximadamente 40.500.000 (quarenta milhões e quinhentos mil) trabalhadores com CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Dentro desse quadro, no mesmo ano foram admitidos aproximadamente 17.700.000 (dezessete milhões e setecentos mil) e demitidos aproximadamente 19.200.000 (dezenove milhões e duzentos mil) trabalhadores formais.
Percebemos claramente uma queda significativa no volume de contratações que ficou em torno de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) trabalhadores formais.
Esperávamos um aumento ou até mesmo um equilíbrio nestes números, mas a crise econômica global junto com a crise econômica e política brasileira, contribuíram para enegrecer o quadro do trabalho formal no Brasil.
O quadro numérico acima nos faz perceber que a população brasileira é de aproximadamente 200.000.000 (duzentos milhões) de pessoas com 40.000.000 (quarenta milhões) trabalhando formalmente para manter aproximadamente 160.000.000 (cento e sessenta milhões) de desempregados formais é claro.
É bom salientar que nós temos aproximadamente 35.000.000 (trinta e cinco milhões) de aposentados no Brasil e de certa forma esse grupo ameniza a situação do quadro anterior em análise.
Está claro e notório que aproximadamente 20% (vinte por cento) da população é economicamente ativa, aproximadamente 20% (vinte por cento) é aposentada e aproximadamente 60% (sessenta por cento) é economicamente inativa para facilitar nosso entendimento.
Trocando em miúdos queremos dizer que para cada 5 (cinco) brasileiros nascidos 1 (um) é trabalhador formal, 1 (um) é aposentado e 3 (três) são desempregados e assim permanecerão por um longo tempo ou enquanto perdurar o atual modelo econômico e tributário que suprime qualquer avanço para mudar este quadro.
Os tecnocratas da economia, possuidores de currículos invejáveis se afogam em análises e estatísticas fantasiosas, orientando o governo a tomar medidas impopulares com base apenas em argumentações econômicas teóricas, alheias a realidade da população e desprovidas de resultados práticos.
A regra básica consiste no aumento sucessivo de tributos para bens e serviços adquiridos pela população, gerando desconforto e desequilíbrio na economia, sem falar que esta ação estimula a sonegação e alimenta a corrupção.
A alternativa mais viável para a solução do problema seria uma nova política de tributação do patrimônio e da renda da população de forma universal (imposto único) ou individual (imposto por faixa de patrimônio e renda) democratizando assim a economia.
A idéia é audaciosa e apresentará pouca rejeição, pois a população terá acesso livre a bens e serviços a custos acessíveis.
O princípio norteador para compreender a nova realidade econômica é o de que a omissão de bens e serviços é ato comum e possível, mas a omissão de patrimônio e renda é ato incomum e impossível, pois não existe patrimônio e nem existe renda sem titular.
STENIO NEVES GAMELEIRA
Educador