Politica, a arte de governar , e persuadir !

Por GUILHERME LUCAS TONACO CARVALHO | 25/02/2016 | Política

"O preço a pagar por tua não participação política é seres governado por quem é inferior" - Platão. 

Na nossa magna carta, no Art.1° Parágrafo único esta escrito que Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.  O governo seria um reflexo do povo ?

Hoje, podemos dizer que a situação econômica do Brasil está precária, fruto de corrupção e crimes cometidos pelo governo. Nosso congresso está povoado de pessoas incapazes de exercer qualquer função notória para que nossa nação saia dessa catástrofe econômica. Mais seria sábio culpar estritamente os políticos pela situação do nosso país? ou será que a maior parcela da culpa seria da população ? 

Sabemos que os nossos governantes não estão no poder por fortuna, sendo que quem os elege são os próprios cidadãos... Vejo varias pessoas que jogam o seu voto fora, muitos nem sequer pesquisam sobre a historia do candidato, e sua plataforma, muitos nem se lembram de quem votaram e nem acompanham o que tem feito para justificar o merecimento do voto, então se os corruptos estão lá, foi por vontade da maioria.

Contudo, não podemos estranhar tamanho desinteresse da maioria da população pelas temáticas políticas, se considerarmos que ela (política) não tem conseguido atender as necessidades sociais, dito de outra forma, a política não tem dado conta da realização dos indivíduos. Nisso, são poucos os satisfeitos com ela. Estes são os que dispõem ou usufruem da fonte de recursos que a política pode proporcionar, principalmente em função da inversão dos interesses comuns, pelos particulares, práxis recorrente na atualidade.

 Mas nos tempos de hoje, é raro achar um politico honesto, e quando achamos podemos estar enganados. Mas será se você estivesse lá, seria diferente? Ou você seria influenciado pela maioria dos políticos e se tornaria um deles ? Então podemos dizer que todos somos corruptíveis? Acredito que sim.

A faculdade de se deixar corromper no sentido mais amplo do termo é uma particularidade da espécie humana em geral; mais ainda, as relações entre os homens só são possíveis porque somos todos corruptíveis em maior ou menor grau. Cada vez que dependemos do amor, da benevolência, da simpatia ou simplesmente da delicadeza, estamos já no fundo corrompidos, e o nosso juízo nunca é, por isso, verdadeiramente objetivo; e ele é o tanto menos quanto nos esforçamos por permanecer incorruptíveis. Se não corrompeu, foi por que não pagaram o suficiente.

Mas Ser corrompível não quer dizer só com o pagamento em dinheiro, mas quando se coloca o dinheiro no meio a coisa tende a ser um grande complicador. Então enquanto ser politico significar dinheiro rápido, fácil e indolor, a situação não melhorará. Temos muitos políticos bons, mas esses são atropelados por essa máquina implacável de fazer dinheiro: cargos políticos, e sendo assim fica bem difícil acreditar que essa minoria irá conseguir fazer o que se deve ser feito: ser corrompível pelo engajamento, pelo bem do povo, pela melhoria do país.

 Ser politico hoje virou profissão, salários altos, com facilidade e sem necessidade de estudos avançados, precisa apenas dominar uma arte, a arte de persuasão. Na política não seria diferente uma vez que ela precisa convencer a o seu eleitor que ele precisa daquilo que lhe é mostrado. Cada político tem sua forma e jeito particular de persuadir. O político tem de certa forma a finalidade principal de persuadir o eleitor através de um discurso e argumentos bem analisados e preparados. É através disso que ele mostra que seu ponto de vista está coerente e que é o certo a se fazer.

Mais quando essa persuasão da certo, na maioria das vezes os discursos e argumentos não saem do papel. Trata-se de um cenário atroz, onde os mais interessados parecem, serem os profissionais que a cada dia se profissionalizam mais nesse ramo ou empreendimento organizativo. Tornaram-se donos do negócio, dispostos a travarem uma competição no mercado, para manutenção do status quo. Nesse “novo” cenário de profissionalização da política brasileira, essa atividade social vem cada dia mais sendo desconfigurada e, ao invés de servir como um mecanismo regulador e distribuidor das riquezas, contribuindo para diminuição das desigualdades sociais, tornou-se um espaço de assaltos à coletividade, de concentração de riquezas, pois o mando é passado de geração a geração num ciclo vicioso.

 Virou rotina, sempre a mesma coisa, promessas e compromissos não cumpridos. Isso faz com que as pessoas se afastem da politica criando um desinteresse da maioria. Atualmente é possível notar, no cenário nacional, certo descrédito da população quanto às questões relacionadas à política. Mesmo com as mobilizações sociais que emergem com frequência, temos uma sociedade alheia aos fatos políticos.

Guilherme Lucas Tonaco Carvalho